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CHUMBO Compostos inorgânicos: sulfeto de chumbo; monóxido, dióxido e tetraóxido de chumbo; carbonato de chumbo, sulfato de chumbo Compostos orgânicos: chumbo tetraetila, chumbo tetrametila Etiologia: Ingestão de água e alimentos contaminados (Bovinos ( deficiência de fósforo) Fontes: Baterias (materiais automotivos), latas de tinta, resíduos de indústrias lançados nos rios (indústria extrativa, petrolífera, de acumuladores, de tintas e corantes), pulverizações (arsenato de chumbo), pastagens contaminadas ao redor de tráfego intenso e ao redor de minas (de 2 a 10% é absorvido). Aspiração de ar contaminado (70 a 75% do inalado é absorvido) Absorção pela pele (óleo queimado) ( chumbo tetraetila (100% é absorvido) O.M.S.: água potável 50 (g/l ou 0,05 ppm; Ar 20 a 80 (g Absorção ( armazenado ( tecidos moles (fígado, rins, baço, pulmões) ( ossos A absorção depende das Propriedades físico-químicas dos compostos, e Níveis de Ca, Mg, Fe, P e Vit.D Toxicodinâmica do chumbo: Ação sobre sistema hematopoiético: inibição da enzima que incorpora Fé (inibição da síntese de globina ( Anemia (reticulócitos) Ação sobre o trato gastrointestinal: age nas fibras musculares lisas, vasos mesentéricos ( nervos, atuando sobre a mucosa ruminal e protozoários 3) Ação sobre o sistema nervoso desmielinização de nervos periféricos, menor aporte sangüíneo ( edema; inibição da MAO ( serotonina; lesões em nervos craneais ou núcleos do tronco encefálico Ação sobre o sistema reprodutivo: atravessa barreira placentária ( efeito teratogênico Ação sobre os ossos: osteoporose (rigidez no andar e manqueira) ( paralisia dos posteriores Sintomatologia Clínica Bovinos Agudo ( quadro neurológico ( 90% Anorexia, vontade de andar em frente, sem direção; tremores musculares; ranger de dentes com forte salivação espumosa; incoordenação ( membros arrastados ( quedas; hiperestesia ao toque e ruídos; cegueira; paralisia bucal com protusão de língua Subagudo ( abdominal ( 10% apatia, falta de apetite; salivação, ranger de dentes; dor abdominal; atonia ruminal ( constipação ( diarréia; cegueira Crônico : inibição do crescimento em bezerros; anemia normocítica normocrômica ou hipocrômica em adultos Ovinos e caprinos: anorexia; fezes escuras; timpanismo e tenesmo Eqüinos: dispnéia respiratória (paralisia do nervo laringo-recorrente); paralisia da faringe ( regurgitamento de alimentos ( aspiração; paralisia de lábios; cólica e diarréia Suínos: diarréia; ranger de dentes e salivação; apatia, anorexia e perda de peso; tremores musculares, incoordenação e cegueira; aumento da espessura das articulações ; convulsões (estágios terminais) Cães Fase gastrintestinal: anorexia, vômitos, cólicas (latidos contínuos) e diarréias Fase nervosa: salivação, convulsões epileptiformes até sintomas sútis comportamentais, opistótono, apatia e cegueira (alguns casos). Patologia Clínica e Toxicologia Pesquisa de chumbo no sangue, soro, urina, fezes (?), leite e vísceras Níveis de chumbo em animais normais e intoxicados Espécie Normal Níveis tóxicos Ruminantes e eqüinos – sangue 0,025 – 0,05 ppm > 0,35 ppm Suínos – sangue 0,025 – 0,05 ppm 1,2 ppm Bovinos – fezes 1,5 – 35 ppm > 1.000 ppm Pastagem > 350 ppm Dosagem de ALA na urina (acima de 500(g/100 ml ( tóxico) Exame hematológico: anemia normocítica normocrômica poiquilocitose e anisocitose (fragilidade) eritrócitos com pontilhado basófilo eritrócitos nucleados Teste de pós-quelação do EDTA Ca (animais cronicamente intoxicados) Concentração de protoporfirina eritrocitária livre nas hemácias (PELs) Achados de necropsia Casos agudos: ausência de lesões. Casos mais prolongados: abomasite, enterite, congestão difusa dos pulmões. Casos crônicos: amolecimento do córtex cerebral. Diagnóstico: Diferenciar: Nos cães: raiva, outros metais pesados e cinomose. Nos bovinos: raiva, acetonemia, encefalites, poliencefalomalácea, abscessos cerebrais, edemas encefálicos. Nos cavalos: edema pulmonar Tratamento Sulfato de magnésio EDTA cálcio (solução 12,5% salina isotônica) ( 110 –220 mg/kg IV Citrato de sódio (solução a 10%) ( 0,5 a 1,0 ml/kg IV Penicilamine (cuprimine) ( 15mg/kg 12/12 horas oral (cão) Corticóide ARSÊNICO Etiologia Ingestão oral de substâncias arseniacais: medicamentos arseniacais (agentes melhoradores de pelagem) ; inseticidas (Verde Paris); herbicidas desfolhantes; adubos; preservativos de madeira; materiais de construção; pastagens e águas contaminadas (fundições de minério de cobre e ferro); aditivos na alimentação de suínos (ácido arsanílico ( Progen) Absorção pela pele de substâncias arseniacais: inseticidas (Carrapatil) Inalação de gases arseniacais (homem) Toxicocinética Absorção ( fígado, rins, baço e pulmões ( Deposição nos pêlos, ossos e tecidos ricos em grupamentos sulfidrílas Arsênico inorgânico ( longo tempo retido nos tecidos Arsênico orgânico ( removido rapidamente dos tecidos Excretado ( na urina (16 ppm) e fezes Patogenia Arseniacais bloqueiam enzimas dependentes do ácido lipóico Arseniacais exercem ação tóxica pôr ligarem a grupos sulfidrílicos das proteínas Interferem no Ciclo de Krebs ( inibindo sistemas enzimáticos: - pirúvico oxidadase, desidrogenase succínica e fosfatase ácida Resultado:Diminuição das oxidações celulares e diminuição da formação dos compostos de alta energia Hipóxia (Alteração da parede capilar ( transudação plasmática ( choque Tecidos susceptíveis: parede do trato alimentar (abomaso), fígado, rins e pulmões. Sintomatologia Clínica Ruminantes: Aguda (altos níveis): cólica intensa; salivação; ranger de dentes; diarréia líquida, fétida com presença de sangue; atonia ruminal; rítmo respiratório aumentado; ritmo cardíaco aumentado; depressão; dermatite (absorção cutânea) Crônica: pêlos ásperos; perda de peso; olhos inflamados; membranas do trato respiratório inflamadas; diarréia Eqüinos: congestão acentuada das mucosas; sinais de intensa dor de cabeça; cólica; diarréia; desidratação; incoordenação, tremores musculares e coma (fase final) Cães: náuseas e vômitos ; dores abdominais; diarréia líquida (hemorrágica); depressão e fraqueza progressiva Patologia Clínica e Toxicologia Urina: presença de proteínas, cilindros e eritrócitos Pesquisa de arsênico na urina (animal vivo) e em fragmentos de fígado e rins, pelos e ossos (animal morto) ( 10 a 15 ppm (estabelecer diagnóstico) Achados de necropsia: ulcerações no abomaso; conteúdo intestinal bastante líquido com fragmentos de mucosa; fígado amarelado; pulmões edematosos Histopatologia: hemorragias na submucosa do estômago, duodeno e ceco; lesões degenerativas de fígado e rins Diagnóstico Diferenciar de : Intoxicação por outros metais Febre Catarral maligna ; Diarréia Bovina à Vírus; Salmonelose; Plantas Tóxicas; Parasitismo interno crônico Tratamento Não se deve usar eméticos, pugativos e drogas parassimpatomiméticas BAL (dimercaprol): 5 mg/kg (4/4 horas) 1( dia ( 2,5 mg/kg (2 (e 3( dias) Tiossulfato de sódio (15 a 30g /100 ml IV), 30 a 60g/300ml de água oral Penicilamine e papa de leite em pó (cães) Líquidos e eletrólitos e analgésicos MERCÚRIO Agente mutagênico, teratogênico e carcinogênico Etiologia:grãos contaminados com fungicidas; medicamentos (diuréticos e antissépticos) contaminação de água ( garimpo do ouro peixes rações de peixe Água (garimpo do ouro (bateia)) ( mercúrio inorgânico pode ser biometilado metilação enzimática ( (metilcobalamina)ou metilação não-enzimática((CH3) Ar ( queima do almágama (vapor) ( se inalado ( transportado pela corrente sangüínea ( oxidado ( liga-se as proteinas plasmáticas e tissulares ( Cérebro e rins Metilmercúrio (CH3Hg+) ( forma mais perigosa, pois Atravessa a barreira placentária (acúmulo no feto). Absorvido pelo TGI ( sangue ( eritrócitos ( Cérebro, fígado e rins (acúmulo) Patogenia Ação cáustica ( gastroenterite (coagula mucosa do TGI) Acúmulo de metaloproteinas ( lesão na cortical renal ( falência renal Alta afinidade por grupos sulfidrilas Sintomatologia Clínica Altas doses ( tecido nervoso afetado ( neuropatias Sinais agudos: náuseas; vômitos (muco-sanguinolentos); diarréias; dores abdominais; arritmias cardíacas; choque Sinais subagudos:salivação; respiração ruidosa; perda dos dentes (amolecimento das gengivas); lesões crostosas ao redor do ânus e vulva; uremia (falência renal) ( morte Baixas doses ( tecidos nervoso, digestivo, respiratório afetados. Patologia Clínica e Toxicologia Soro: creatinina e uréia (níveis aumentados) Pesquisa de mercúrio (rins) Achados de necropsia: hiperemia e petéquias na mucosa do trato digestivo; fígado e rins edemaciados; pulmões congestos Histopatologia: alterações degenerativas dos túbulos renais; necrose de coagulação nas células nervosas do córtex do cerebelo, pedúnculo cerebral e medula espinhal Tratamento: BAL (dimercaprol), penicilamine (cuprimine), EDTA Ca, hidratação.
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