VALIDADE DAS NORMAS

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VALIDADE DAS NORMAS
Sob a Teoria tridimensional do direito
Não há um tridimensionalismo apenas: há terias tridimensionais. 
Em todos os tempos houve um enfoque tridimensional do direito.
- Teoria Tridimensional do direito 
Fato – Valor – Norma
A norma é um fato filtrado por um valor.
O direito como resultado de uma conjunção de fatos sociais;
O direito como expressão de normas válidas;
O direito como expressão dos valores sociais.
Dimensão fática: compreende os fatos sociais que influenciam na criação do direito, bem como as condutas reguladas pelo direito.
Dimensão normativa: compreende as relações de validade formal das normas, as suas inter-relações no plano lógico das proposições de dever-ser.
Dimensão axiológica: o direito, como toda atividade humana, é direcionado a finalidades escolhidas pelas pessoas, o que significa dizer que ele é sempre orientado a valores.
Essas dimensões podem ser distinguidas, mas nunca podem ser completamente separadas, sob pena de não se compreender o fenômeno jurídico na sua completude.
O direito é uma experiencia concreta de caráter axiológico – normativo, constituindo uma única realidade que é estudada tanto pelo filosofo, como pelo jurista, não devendo existir um divórcio entre ambos 
Para Reale os valores têm uma existência autônoma, não se confundindo com os objetos ideais 
A norma seria instrumento prático do direito, regulando o fato em função de determinado valor que se pretende adotar no meio social.
Miguel Reale fala em dialética de implicação e polaridade. Eles se implicam, mas não se anulam, não há dominação, estes fatores mantêm cada qual sua identidade, mas nunca se separam.
ELEMENTOS DE VALIDADE
A validade da norma pode ser vista sob três enfoques:
Vigência ou validade formal;
Eficácia ou validade social;
Fundamento ou validade ética.
Vigência 
É um conceito estritamente jurídico e diz respeito principalmente às leis. 
Uma norma vigente é uma regra que faz parte do ordenamento jurídico e que, por isso, estabelece um dever obrigatório.
O conceito de vigência, assim, é utilizado para diferenciar as normas obrigatórias em um certo momento daquelas que não o são.
Eficácia
A eficácia de uma norma é a medida do seu efetivo cumprimento pelas pessoas.
Para a validade social, uma norma somente é considerada eficaz quando os seus destinatários a observam.
Como toda norma poderá, em algum momento, ser infringida, e que o fato de uma ou outra pessoa não a cumprirem não nos permite concluir pela sua ineficácia.
Exemplo: 
Quando uma pessoa mata outra, isso não quer dizer que a norma que proíbe o homicídio seja ineficaz. 
No positivismo legalista o cumprimento de uma norma é obrigatório, ainda que ela não seja eficaz.
*Desuetudo
Os romanos tinham uma figura jurídica que chamavam de desuso - desuetudo - 
Uma norma que deixasse de ser aplicada pelas pessoas durante um longo tempo deixava de ser juridicamente vinculante.
O positivismo não aceita esse tipo de ideia porque dá primazia à vigência, considerando que a ineficácia não pode ter como consequência a perda da validade da norma.
Por outro lado, o desuso é um instituto ligado primordialmente ao direito consuetudinário e não ao legislado.
Legitimidade ou fundamento valorativo. 
As regras jurídicas, como todo produto da atividade humana, são impregnadas de valores.
Toda regra caracteriza uma tentativa de impor comportamentos que sejam adequados a um certo conjunto de valores. 
As respostas oferecidas a esse problema dependem dos posicionamentos ideológicos de cada um, motivo pelo qual não se pode afirmar que uma solução é necessariamente melhor ou mais adequada que outra.