Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 CRMV-SP info Notas Atenção senhores prefeitos e presidentes de Câmaras de Vereadores: clínicas veterinárias públicas não são solução Pág. 03 Artigo O médico veterinário Lázaro Ronaldo Ribeiro Puglia conta os desafios de sua carreira na área de animais silvestres Pág. 10 Artigo A Fundação Parque Zoológico de São Paulo e a preservação da fauna silvestre Pág. 12 Leia também: 44 ano XVII Médicos veterinários e zootecnistas têm nos animais silvestres um vasto mercado de trabalho a ser explorado também é nossa causa no Médicos veterinários e zootecnistas podem atuar em diversas áreas ligadas a animais silvestres em vida livre, em cativeiros mantidos por programas de conservação e em zoológicos, entre outros locais Informativo do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo Preservar 2CRMV-SP info J u l h o / A g o s t o / S e t e m b r o 2 0 1 0CRMV-SP info CRMV-SP info 2 Francisco Cavalcanti de Almeida | Presidente Palavra do Presidente O tema desta edição do Info CRMV-SP pretende ir além de um me- ro alerta sobre a importância do papel do médico veterinário e do zoo- tecnista na preservação das espécies de animais selvagens. O nosso grande intuito é chamar a atenção dos colegas para a importância da aquisição de competências que assegurem a atuação nessa área de es- pecialização profissional. O reino animal nos dá uma infinita gama de possibilidades de atua- ção. Além da fauna silvestre, como já estamos citando neste informativo, temos mais cinco áreas: animais de companhia, animais econômicos, ani- mais aquáticos, animais de laboratório e animais sinantrópicos. Nosso ob- jetivo é abordar esses temas em outras edições de nosso informativo. Os textos que você vai ler não apenas mostram uma oportunidade de trabalho para os médicos veterinários e zootecnistas, mas procuram alertar sobre um grave problema que atinge nossa fauna: o tráfico de animais silvestres e selvagens. Ele já representa a terceira maior fonte de arrecadação ilícita em nosso País, perdendo apenas para o tráfico de ar- mas e de drogas. Especialistas mostram como os profissionais que lidam com esses animais podem ajudar a prevenir o problema. Chamamos a atenção ainda para outros dois tópicos de destaque desta edição. Na coluna Últimas do CRMV-SP, fazemos uma recomenda- ção em relação à criação de clínicas públicas. Nem sempre a criação dessas estruturas é uma solução para levar atendimento veterinário à população de baixa renda. Já na coluna Fazendo a diferença, alertamos sobre a necessidade de se manter uma maior vigilância sobre a postura ética no trato com animais e seus proprietários. Além de evitar denún- cias e processos éticos, essa é a melhor maneira de se fazer uma divul- gação positiva sobre seu próprio trabalho. O Conselho é de todos! Expediente (Conselho regional de MediCina veterinária do estado de são Paulo – CrMv-sP) – Informativo – 44 – 2010 DIRETORIA ExECUTIVA Presidente MV Francisco Cavalcanti de Almeida Vice-presidente MV Iveraldo dos Santos Dutra Secretário Geral MV Odemilson Donizete Mossero Tesoureiro MV Mário Eduardo Pulga Conselheiros Efetivos MV Carlos Maurício Leal MV Eliana Kobayashi MV Márcio Rangel de Mello MV Otávio Diniz MV Raul José Silva Gírio MV Sílvio Arruda Vasconcellos Conselheiros Suplentes MV Denise Aparecida de Souza Campos MV Antonio Guilherme Machado de Castro MV Maria Lucia Marques de Assis Aquino MV José Rafael Modolo MV Luiz Antonio Abreu e Souza MV Cláudio Regis Depes DELEgACIAS Delegacia Regional de Araçatuba MV Cláudia Stefanini Di Sacco Xavier MV Deomar Carvalho Junior Rua Oscar Rodrigues Alves, 55, 7o andar, Sl.12 Telefone: (18) 3622-6156 | Fax: (18) 3622-8520 e-mail: dr.aracatuba@crmvsp.org.br Delegacia Regional de Botucatu MV Maria Lucia de Souza MV Maria Denise Lopes MV Lucy Marie Ribeiro Muniz Rua Amando de Barros, 1.040 – Fone/fax: (14) 3815-6839 e-mail: dr.botucatu@crmvsp.org.br Delegacia Regional de Campinas MV José Guedes Deak MV Lúcio Oliveira Leite MV Verena Hildegard Gyarfas Wolf Av. Dr. Campos Sales, 532, Sl 23 Fone: (19) 3236-2447 | Fax: (19) 3236-2447 e-mail: dr.campinas@crmvsp.org.br Delegacia Regional de Marília MV Fábio Fernando Ribeiro Manhoso MV Elma Pereira dos Santos Polegato MV Jayme de Toledo Piza e Almeida Av. Rio Branco, 936, 7o andar – Fone/fax: (14) 3422-5011 e-mail: dr.marilia@crmvsp.org.br Delegacia Regional de Presidente Prudente MV Haroldo Alberti MV Luis Carlos Vianna MV Osimar de Carvalho Sanches Av. Cel. José Soares Marcondes, 983, sl. 61 Fone: (18) 3221-4303 | Fax: (18) 3223-4218 e-mail: dr.prudente@crmvsp.org.br Delegacia Regional de Ribeirão Preto MV Carlos Alberto D’Avila de Oliveira MV Dario Valente MV Paulo Henrique Grassano Murta Rua Visconde de Inhaúma, 490, cj. 306 a 308 – Fone/fax: (16) 3636-8771 e-mail: dr.ribeirao@crmvsp.org.br Delegacia Regional de Santos MV André Luis Monteiro Cardoso MV Lílian Borges dos Santos MV Isaíra Baptista Kuhn Av. Almirante Cochrane, 194, cj. 52 – Fone/fax: (13) 3227-6395 e-mail: dr.santos@crmvsp.org.br Delegacia Regional de São José do Rio Preto MV Reinaldo Bassam Gonçalves MV Fernando Gomes Buchala MV Izalco Nuremberg Penha dos Santos Rua Marechal Deodoro, 3.011, 8o andar – Fone/fax: (17) 3235-1045 e-mail: dr.riopreto@crmvsp.org.br Delegacia Regional de Sorocaba MV Francisco Marcos Dias Thomazella MV Amauri Humberto Ávila MV José Henrique Marinho Mauad Rua Sete de Setembro, 287, 16o andar, cj.165 – Fone/fax: (15) 3224-2197 e-mail: dr.sorocaba@crmvsp.org.br Delegacia Regional de Taubaté MV Reinaldo Simões de Araújo Filho MV Karime Cury Scarpelli MV Manoel Djalma Torres Junior Rua Jacques Felix, 615 Fone: (12) 3632-2188 | Fax: (12) 3622-7560 e-mail: dr.taubate@crmvsp.org.br Assessoria de Comunicação Editor Responsável: MV Sílvio Arruda Vasconcellos Editora Responsável Suplente: MV Denise Aparecida de Souza Campos Jornalista Responsável: Thaís Cardoso MTB: 44.208/SP Estagiária: Jussara Iaci Mesquita Mariano e-mail: comunicacao@crmvsp.org.br Ouvidoria e-mail: ouvidoria@crmvsp.org.br Assuntos Relativos ao Conselho e-mail: falecom@crmvsp.org.br Sede do CRMV-SP Rua Apeninos, 1.088, Paraíso – São Paulo -SP Fone: (11) 5908-4799 | Fax: (11) 5084-4907 www.crmvsp.org.br Diagramação: Azul Publicidade e Propaganda Impressão: Rettec Um singelo agradecimento 3 atenção! Mantenha seu endereço e seu e-mail sempre atualizados no CRMV-SP para continuar recebendo as publicações e comu- nicados. No site www.crmvsp.org.br, você encontra uma lista com todos os profissionais e empresas que tiveram cor- respondências devolvidas pelo Correio. Se você conhece alguém que está nessa lista, alerte-o! O CRMV-SP é sua casa e está sempre aberto a sugestões, elogios e críticas. Fale conosco: falecom@crmvsp.org.br. Últimas do CRMV-SP J u l h o / A g o s t o / S e t e m b r o 2 0 1 0 3 Fale CoM a redação A ética é um dos valores mais importantes no trabalho do médi-co veterinário e do zootecnista. Por isso, as Resoluções CFMV no 413 e no 722, que dispõem sobre os códigos de ética do zootec- nista e do médico veterinário, precisam ser seguidas à risca. No caso dos médicos veterinários, a atenção deve ser ainda maior. O CRMV-SP tem recebido com frequência denúncias sobre casos de imperícia, imprudência e omissão. Por isso, pedimos que os colegas observem com rigidez os princípios previstos na Resolução no 722. O texto pode ser consultado no site do CRMV-SP (www.crmvsp.org.br), no item “Legislação”. O Conselho recomenda algumas medidas durante o atendimento, como tratar bem o cliente e o próprio animal, ler com atenção os exa- mes, documentar todos os procedimentos realizados no animalem um protocolo e jamais negar resultados ou informações ao proprietário. É importante também pedir autorização para qualquer ato que for reali- zado no animal. Essas atitudes proporcionam uma divulgação positiva sobre seu tra- balho e ajudam a reduzir o número de processos éticos no CRMV-SP. Contamos com a colaboração de todos os colegas! fazendo a diferença INFO 43 A matéria de capa do Informativo do CRMV-SP sobre o Instituto Biológico ficou linda! É uma honra enorme sermos retratados desta forma, um número da Revista todo dedicado a nós. Agradecemos muito essa honra, de minha parte e de todos do Instituto Biológico. Eliana Roxo Médica veterinária e pesquisadora do Instituto Biológico Em nome da FMVZ-USP, gostaria de cumprimentar o nosso CRMV-SP pela ini- ciativa de homenagear o Instituto Biológico ao completar 83 anos de ativida- des de suma importância para a agropecuária nacional e internacional. Esse instituto sempre teve um papel fundamental pelas atividades de extensão e pesquisa nas profissões de medicina veterinária, agronomia e zootecnia. Mas, acima de tudo, tem uma grande contribuição para com a FMVZ-USP, dando- nos grandes profissionais que foram e são verdadeiros esteios. José Antonio Visintin Professor do Departamento de Reprodução Animal da FMVZ-USP HOMENAgEM Agradeço a indicação de meu nome para receber homenagem prestada pela Avesp e APM em comemoração ao Dia do Médico Veterinário. Muito me honrou a indicação do CRMV-SP, órgão máximo da classe vete- rinária, para representar as médicas veterinárias que tanto têm contribuí- do para o enaltecimento da profissão. Mitika K. Hagiwara Profa colaboradora senior da FMVZ-USP Associação recebe prêmio A Associação Brasileira de Médicos Veteriná- rios de Animais Selvagens (Abravas) recebeu em julho, no Rio de Janeiro, o Troféu Top Of Busi- ness Nacional. As indicações para o recebimen- to do prêmio são feitas por clientes, parceiros, fornecedores, colaboradores de empresas, veí- culos de comunicação e da própria Top Of Busi- ness. “Essa é a primeira vez que uma associação de classe em medicina veterinária recebe este prêmio”, diz o membro da Abravas e da Comis- são de Animais Selvagens do CRMV-SP, Marcelo Gomes. Leia mais sobre a Abravas na página 9. Clínicas públicas Recentemente, a mídia divulgou a criação de uma clínica veterinária pública no município de Jaú (SP). O CRMV-SP informa que não é contra a medida, mas que essa não é a solução mais indica- da para atender a demanda das classes menos fa- vorecidas. O ideal é fazer parceria com as clínicas veterinárias locais registradas no CRMV-SP e de- vidamente regularizadas nas prefeituras. Além de valorizar essas empresas, que geram di visas para os municípios, as parcerias criam novas vagas de emprego e movimentam a economia local. contato Fale com a Redação: Rua Apeninos, 1088, 6o andar, Paraíso, CEP 04104-021 – São Paulo – SP E-mail: comunicacao@crmvsp.org.br Acesse nosso site com conteúdo exclusivo online: www.crmvsp.org.br 4CRMV-SP info J u l h o / A g o s t o 2 0 0 9CRMV-SP info 4 J u l h o / A g o s t o / S e t e m b r o 2 0 1 0 CrMv-sP eM ação EVEntoS IntERnoS • 396a Sessão Plenária Ordinária no Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo (SP) • 397a Sessão Plenária Ordinária na sede do CRMV-SP, em São Paulo (SP) • 398a Sessão Plenária Ordinária na sede do Instituto Biológico, em São Paulo (SP) • Cerimônias de entrega de cédulas de identidade profissional em Araçatuba, Botucatu, Marília, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e São Paulo • Inauguração da Delegacia Regional do CRMV-SP em Campinas (SP) O presidente do CRMV-SP, Dr. Francisco Cavalcanti de Almeida, entre os delegados do Conselho em Ribeirão Preto Dr. Paulo Henrique grassano Murta (à esq.) e Carlos Alberto D’Avilla de Oliveira (à dir.) durante cerimônia de entrega de cédulas profissionais no auditório da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto O secretário geral do CRMV-SP, Dr. Odemilson Mossero, realiza entrega de cédulas de identidade profissional em São José do Rio Preto ao lado do conselheiro suplente Dr. Luiz Antonio Abreu e Souza e do membro da Comissão de Ensino e Pesquisa em Medicina Veterinária e coordenador do curso de medicina veterinária da Unirp, Prof. Dr. Alan Peres Ferraz de Melo O presidente do CRMV-SP, Dr. Francisco Cavalcanti de Almeida, e os novos delegados regionais Dra. Verena Hildegard gyarfas Wolf, Dr. José guedes Deak e Dr. Lúcio Oliveira Leite durante a inauguração da Delegacia Regional de Campinas A diretoria e os conselheiros do CRMV-SP realizaram a 398a Sessão Plenária Ordinária no Instituto Biológico em São Paulo. Na ocasião, a equipe também visitou as instalações dos laboratórios do Instituto, incluindo o recém-inaugurado Complexo de Pesquisa e Diagnóstico Molecular em Sanidade Animal Os médicos veterinários Angélica Ferreira, Rodrigo Cáceres e Daniela Vectirans são os novos fiscais das regionais de Sorocaba, Araçatuba e Campinas O Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo sediou a 396ª Sessão Plenária Ordinária. Antes da plenária, a equipe do CCZ realizou uma palestra sobre suas atividades aos conselheiros e à diretoria do CRMV-SP, e os levou a conhecer a estrutura do local 5J u l h o / A g o s t o 2 0 0 9J u l h o / A g o s t o / S e t e m b r o 2 0 1 0 5 EVEntoS ACADêMICoS DEBAtES E IDEIAS • Curso “Manejo e Diagnóstico de Doenças em Peixes” • II Seminário Brasileiro de Residência em Medicina Veterinária • Câmara Nacional de Presidentes do Sistema CFMV/CRMVs em Belo Horizonte (Mg) • Encontro de entidades de classe de São Paulo, no auditório da sede do CRMV-SP • Participação da abertura da Caballiana Fair, em São Paulo (SP) A médica veterinária e membro da Comissão de Aquicultura do CRMV-SP, Dra. Ana Paula de Araújo, durante o curso “Manejo e Diagnóstico de Doenças em Peixes”, realizado no auditório do CRMV-SP e na Provet Medicina Veterinária Diagnóstica O presidente da Comissão de Ensino e Pesquisa do CRMV-SP, Dr. Eduardo Harry Birgel, o presidente do CFMV, Dr. Benedito Fortes de Arruda, e o presidente do CRMV-SP, Dr. Francisco Cavalcanti de Almeida, durante a abertura do II Seminário Brasileiro de Residência em Medicina Veterinária Os presidentes dos CRMVs do Rio grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Ceará reuniram-se durante a Expointer 2010, em Esteio (RS) para a discussão de assuntos administrativos. Na ocasião, também foram recepcionados alunos de medicina veterinária da Unijuí Os presidentes de todos os Conselhos Regionais de Medicina Veterinária e do CFMV posam para foto oficial da Câmara Nacional de Presidentes do Sistema CFMV/ CRMVs, realizada em Belo Horizonte (Mg) O tesoureiro do CRMV-SP, Dr. Mário Eduardo Pulga, durante cerimônia de entrega de cédulas de identidade profissional realizada em São Paulo (SP) • Solenidade em comemoração ao Dia do Médico Veterinário na Faculdade de Jaguariúna (FAJ) • Palestra na Semana da Medicina Veterinária, na Faculdade de Medicina Veterinária de Andradina (SP) • Palestra “O Que é Ser um Responsável Técnico em um Estabelecimento de Aves Comerciais”, no VII Curso de Atualização em Avicultura para Postura Comercial, na Unesp de Jaboticabal (SP) • Palestra na abertura da 1a Feira Agroindustrial e de Produtos Pet (Faipet) de Descalvado (SP) O presidente da Comissão de Responsabilidade Técnica do CRMV-SP, Dr. Alexandre Develey, durante palestra de abertura da 1a Faipet, em Descalvado REUnIõES E AUDIênCIAS • Reunião com os médicos veterinários da Associação dos Médicos Veterinários de Araraquarae região e audiência com o chefe de gabinete da Prefeitura de Araraquara • Encontro administrativo dos CRMVs das regiões Sul e Sudeste da cidade de Esteio (RS) • Reunião com o presidente do Sindicato dos Médicos Veterinários do Estado de São Paulo (Sindimvet), Jorge Antonio Chehade • Reunião com a presidente da Associação dos Médicos Veterinários e Zootecnistas do Vale do Paraíba (AMVZVP), Monique R. C. Silva CRMV-SP info É cada vez mais frequente o encontro de notícias na mídia ressaltando a importância da preservação da fauna brasileira. Nessa temática, o médico veteriná- rio e o zootecnista têm grande responsabilidade. Desmatamentos, queimadas e o tráfico de animais silvestres são atualmente as maiores ameaças a esses animais. Preocupado com a necessidade de discutir assuntos ligados a essa temática, o CRMV-SP criou em abril a Comissão Técnica de Animais Selvagens. O objetivo é operacionalizar, divulgar, supervisionar e julgar em primeira instância procedimentos e questões na área, respeitando a legislação vigente. Dando continuidade a essa preocupação, nesta edição do Info CRMV-SP vamos abordar de que forma os médicos vete- rinários e zootecnistas podem contribuir para a preservação da fauna silvestre. Silvestres nas grandes cidades Em uma cidade como São Paulo, soa estranho dizer que há campo para trabalhar com animais silvestres. Mas a Prefeitura de São Paulo tem uma divisão voltada exclusiva- mente a essa área. Trata-se da Divisão Técnica de Medicina Veterinária e Manejo da Fauna Silvestre (Depave-3), ligada à Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente. O órgão cuida dos animais mantidos em parques e dos que sofreram danos ou foram vítimas do tráfico. Esses últimos são encaminhados por órgãos como Polícia Ambiental e Ibama ou entregues espontaneamente pela população. “As apreensões correspondem a 50% dos animais que entram anualmente, cerca de 1.500”, explica a médica veterinária e gerente do Depave-3, Vilma Geraldi. Em 18 anos, o órgão atendeu aproximadamente 40 mil animais, 35 mil deles silvestres. A quantidade, superior à capaci- dade de alojamento, dificulta o atendimento adequado. “Esses animais possuem necessidades, comportamentos e biologia diversos entre si e muito diferentes dos domésticos, que habitu- almente tratamos nos cursos de veterinária”, diz Vilma. Outro problema é o recebimento de animais de biomas não existentes no município ou no Estado de São Paulo. “Há casos em que os animais ficam conosco por meses ou anos porque nem sempre é possível destiná-los a outras instituições ou encaminhá-los para soltura. Quanto maior o tempo de cati- veiro, menor a chance de retorno à vida livre”, explica. A soltura é o grande desafio do Depave-3. Vilma afirma que a crescente pressão pela ocupação humana sobre as áreas verdes do município dificulta o procedimento. Elas representam apenas 21% da cidade. “O local de soltura precisa ter extensão territorial mínima, mata capaz de fornecer alimentação e água à fauna, conectividade com outras áreas, abrigo disponível, baixa presença de cães (cães errantes orga- J u l h o / A g o s t o 2 0 0 9CRMV-SP info J a n e i r o / F e v e r e i r o 2 0 0 9CRMV-SP info 6 J u l h o / A g o s t o / S e t e m b r o 2 0 1 0 Matéria de CaPa Médicos veterinários e zootecnistas têm importante atuação na conservação de espécies de animais silvestres. A procura pela área aumenta a cada ano Preservar também é causa nossa A médica veterinária e gerente do Depave-3, Vilma geraldi 7 nizam-se em matilhas e caçam os animais) e população humana vizinha receptiva à soltura”, diz. Segundo Vilma, 50,2% dos animais atendidos são soltos. Antes, passam por exames, são avaliados quanto à capacidade de buscar alimentos, recebem identificadores adequados à espécie (anilha, tatuagem, microchip ou rádio-colar) e são incluídos em um programa de monitoramento pós-soltura. Vida livre O monitoramento de animais selvagens em vida livre tam- bém desperta a atenção de muitos profissionais. É possível atuar tanto na conservação de espécies quanto em estudos de circula- ção de vírus, bactérias e parasitas em hospedeiros silvestres. “Vários agentes importantes para a saúde pública e dos animais domésticos podem ter como hospedeiros os animais silvestres. A expansão da fronteira agrícola e a consequente perda de ambientes naturais preservados, aliados ao aumento da população humana e dos animais domésticos, têm aumen- tado o contato entre animais selvagens, domésticos e pessoas. Isso favorece a circulação de patógenos entre esses grupos”, explica o analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) Rodrigo Jorge. Um dos grandes responsáveis por esse foco nos estudos foi o surgimento, entre as décadas de 90 e 2000, da medicina da conservação. Ela aborda a saúde ambiental, as interações entre hospedeiros humanos, não-humanos e patógenos, e depende da atuação de médicos veterinários que trabalham com animais selvagens em vida livre. Já a conservação de animais em vida livre tem uma pers- pectiva bastante promissora. “Aos poucos, os médicos veteri- nários começam a atuar nos biomas e ecossistemas. A consci- ência ecológica cresce a cada dia, com foco em ações de res- peito à cidadania, educação ambiental, educação em saúde, desenvolvimento sustentável e medicina da conservação”, explica o médico veterinário e coordenador de projetos do Instituto Brasileiro para Medicina da Conservação (Tríade), Jean Carlos Ramos da Silva. Silva desenvolve um projeto em Fernando de Noronha que mede a ocorrência de espécies consideradas invasoras, como bovinos, cães e pardais. Elas se tornaram sinantrópicas e possíveis reservatórios de zoonoses. “O objetivo é traçar o perfil epidemiológico para subsidiar a formulação de políticas públicas. Entre as sugestões, estão a continuação de campa- nhas de esterilização de cães e gatos e a identificação deles por microchip”, conta Silva. Outro projeto que contou com a atuação do coordenador foi um levantamento de toxoplasmose em felídeos em cativeiro de zoológicos, realizado entre 1995 e 2001. Em 21 Estados, foram visitadas 71 instituições e colhidas amostras de 865 ani- mais. “Nessa época, muitas espécies de primatas neotropicais morriam da doença. Assim, foi constatada a necessidade do cuidado no manejo conjunto das duas espécies para que não ocorresse o contágio”, diz o veterinário. Clínicas e criatórios comerciais A aquisição legalizada de animais silvestres como animais de companhia tem gerado outro importante campo para o médico veterinário: as clínicas especializadas. Elas recebem animais de proprietários legalizados e oriundos do tráfico que precisam de atendimento. “Animais vítimas do tráfico podem apresentar doenças gera- das por erros na alimentação, higiene e alojamento em recintos inadequados. A maioria dos casos envolve obesidade e desnutri- ção, intoxicações e doenças metabólicas. Em animais do comércio legalizado, os problemas se concentram em acidentes domésticos e doenças infecciosas. Os proprietários que compram legalmente têm noção das necessidades dos animais, até antes de adquiri- los”, explica o médico veterinário André Grespan. Além das clínicas, os criatórios comerciais também são opor- tunidade de trabalho para os profissionais. “Atuamos no controle de doenças infecciosas e na medicina preventiva, criamos recintos e cuidamos do bem-estar dos animais. Na parte legal, elaboramos laudos e identificamos os animais”, diz Grespan. Para ele, esse campo apresenta grande potencial, mas ainda enfrentapreconceito. “O comércio de animais legaliza- dos apresenta um potencial imenso na atuação como respon- sável técnico de criadores e no atendimento a proprietários finais, fábricas de ração, produtos e laboratórios. Por outro lado, alguns órgãos do governo e ONGs não apoiam a cria- ção comercial sob o pretexto de que ela é fonte de maus tratos e influencia o tráfico, o que não é verdade.” Animais silvestres na alimentação Algumas espécies de animais silvestres também possuem importância econômica e são utilizadas na gastronomia. Para J u l h o / A g o s t o 2 0 0 9J a n e i r o / F e v e r e i r o 2 0 0 9J u l h o / A g o s t o / S e t e m b r o 2 0 1 0 7 O analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) Rodrigo Jorge A b r i l / M a i o / J u n h o 2 0 1 0CRMV-SP info A b r i l / M a i o / J u n h o 2 0 1 0 atender a demanda, existem criatórios e abatedouros regula- rizados, outra possibilidade de atuação para médicos veteri- nários e zootecnistas. “A criação desses animais para a produção de carne e subprodutos possui forte vocação para a sustentabilidade, pois conserva as espécies e preserva os fragmentos de mata nativa onde são criadas. Com baixo custo de implantação e mão-de-obra, a atividade é uma oportunidade de diversifica- ção para o pequeno e médio proprietário”, explica o médico veterinário e gerente de produção da Cerrado Carnes de Caça, Ricardo Pinho Gomez Lopez. Regulamentada em 1997, a atividade cresceu nos últimos anos. Em lista publicada em 2003 pelo Ibama, existiam nas cinco regiões brasileiras, com exceção de São Paulo, 373 criações. Todos os estabelecimentos ligados à criação e abate de animais silvestres devem seguir as exigências das portarias do Ibama no 117 e 118, de 1997. A carne de silvestres possui maior valor protéico e menor teor de gorduras que as carnes tradicionais. “Na região Norte, predominam criações de tartaruga-da-amazônia; no Centro- Oeste, de jacaré-do-pantanal; e no Sudeste e Sul, capivara, paca, cateto e queixada são a maioria, com destaque para a criação de emas no Rio Grande do Sul. O Nordeste é a região com menor número de propriedades, porém tem condições para a criação de cateto, espécie que consegue sobreviver em áreas semi-ári- das”, diz Lopez. Quem deseja atuar na área deve estar ciente dos desafios que vai encontrar. “A falta de informação científica obriga o profissional a valorizar ainda mais a observação e os conheci- mentos dos funcionários encarregados. A nutrição deve ser mantida o mais natural possível, pois uma dieta inadequada pode alterar o sabor da carne. O manejo reprodutivo também merece atenção. Essas espécies possuem comportamentos reprodutivos específicos que, se realizados de forma incorre- ta, podem trazer sérios prejuízos”, afirma o gerente. Cuidar da sanidade também é necessário, mas a preocupação é menor. “Atualmente, os animais silvestres de produção não são vacinados, somente vermifugados três vezes ao ano. Por serem rústicos, são mais resistentes às doenças. Se o manejo na criação é reali- zado de forma correta, dificilmente apre- sentarão alterações que condenem a carcaça no abate”, explica Lopez. Mesmo assim, todo cuidado é pouco. “No Brasil, as espécies silvestres não são alvo de programas de controle e erradicação de doenças, por isso o contato com animais domésticos deve ser evitado. Estudos efetuados na América do Sul relataram o isolamento de Brucella spp em tecidos de capivaras e queixadas de vida livre, porém não há dados sobre a evolução da doença ou se as espécies são fontes de infecção.” tráfico no Estado de São Paulo O tráfico de animais silvestres é a terceira maior fonte de dinheiro ilícito e perde apenas para armas e entorpecentes. Mas não existe na legislação nacional uma classificação da atividade como crime específico. “A lei no 9.605/98 trata de várias condutas proibidas, mas não prevê o crime de traficar animais silvestres. Normalmente, o relacionamos com o tráfico de entorpecentes porque ambos ocorrem de maneira furtiva e visam ao dinheiro”, explica o chefe de operações da Polícia Militar Ambiental de São Paulo, capitão Marcelo Robis Francisco Nassaro. O tráfico também caracteriza maus tratos. Segundo o capi- tão, os animais são transportados em malas, tubos de PVC ou caixas de leite longa vida, o que causa estresse e até a morte. As estatísticas da Polícia Ambiental mostram que o Estado CRMV-SP info 8 J u l h o / A g o s t o / S e t e m b r o 2 0 1 0 Matéria de CaPa O médico veterinário e gerente de produção da Cerrado Carnes de Caça, Ricardo Pinho gomez Lopez ABRAVAS REúnE MéDICoS VEtERInáRIoS nA áREA DE AnIMAIS SElVAgEnS M édicos veterinários que atuam na área de animais silvestres possuem uma associação específica, a Associação Brasileira de Veterinários de Animais Selvagens (Abravas), que congrega 250 profissionais. Embora a procura pela área esteja crescendo, o presi- dente da entidade, Roberto Fecchio afirma que a situação deve ser analisada com cuidado quanto ao ensino. “Hoje, o número de faculdades com disciplinas ligadas a animais selvagens é maior que há uma ou duas décadas. Porém, não há homogeneidade pedagógica. É importante que esse conteúdo seja discutido com os Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária”. O membro da Abravas Marcelo gomes e o presidente da Abravas, Roberto Fecchio, durante premiação à entidade A b r i l / M a i o / J u n h o 2 0 1 0A b r i l / M a i o / J u n h o 2 0 1 0 9J u l h o / A g o s t o / S e t e m b r o 2 0 1 0 9 é um consumidor de fauna silvestre. A apreensão se concen- tra ao longo das rodovias, no sentido interior-capital. “Na região metropolitana, a maioria das ocorrências é de manu- tenção irregular em cativeiro”, explica Nassaro. Até 2008, o número de animais apreendidos estava em crescimento. Em 2009, a média de apreensões caiu de 30 mil para 26.200 por ano. Isso, porém, não significa a redução proporcional da captura e do comércio. “Se os Estados forne- cedores não evitarem a captura, não há muito o que ser feito em São Paulo, a não ser as apreensões”, afirma Nassaro. Devolver animais apreendidos à natureza, em alguns casos, pode não ser possível. “O manuseio humano e a mis- cigenação que ocorrem no transporte podem induzir a pato- genias, que matam muitos animais na recolocação na natu- reza. Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza, a soltura sem critério é uma das causas de extinção de espécies”, diz o capitão. Medicina veterinária e tráfico Para o capitão, a medicina veterinária tem um papel impor- tante no combate ao tráfico. “O médico veterinário pode orien- tar as pessoas sobre a legislação e sobre como adquirir um animal silvestre de origem autorizada pelos órgãos ambientais. A educação é a melhor forma para combater o tráfico”, diz. Nassaro acredita que o interesse dos médicos veterinários pela área vem crescendo pelo número de solicitações de infor- mação que recebe. “São perguntas sobre crimes ambientais que podem ser praticados quando atendem um animal silves- tre sem origem. Um atendimento não pode ser negado a um animal que necessite, por isso procuro explicar a lei e dar dicas. Para o médico veterinário que exerce a profissão dentro das regras e da ética, não há o que temer.” (veja box abaixo) Um dos mitos em relação ao tráfico é que os criatórios comerciais autorizados pelo governo estimulariam o tráfico. Segundo Grespan, o que ocorre é o contrário. “Discussões em outros países mostram que o comercio legalizado é uma saída para o combateao tráfico. Animais adquiridos legal- mente não são abandonados e os proprietários estão dispos- tos a pagar por serviços veterinários e seu bem-estar.” Grespan explica ainda que a compra baseada no “marke- ting de maus-tratos” feito pelo traficante traz prejuízos ao animal. “A maioria dos proprietários que adquirem um animal do tráfico se vêem como benfeitores, pois salvaram o animal de ser maltratado. Como a compra é por impulsividade e sem orientação, erros graves podem acontecer na manutenção em cativeiro. Com animais legalizados, isso não ocorre”. O chefe de operações da Polícia Militar Ambiental do Estado de São Paulo, capitão Marcelo Robis Francisco Nassaro S e você possui um animal silvestre em casa ou tra- balha com essas espécies em sua clínica, fique atento aos alertas do capitão Marcelo Robis Fran- cisco Nassaro. Animais silvestres mantidos como animais de estimação, objetos de comércio, transporte ou outras finalidades devem ter identificação e nota fiscal que descreva o animal, a identificação e o número de registro do comerciante no Ibama. A pena para quem não tiver a nota varia de seis meses a um ano, além de multa penal e administrativa. Animais silvestres exóticos não considerados domésticos também exigem identificação e nota fiscal. A pena para quem não a tiver varia de três meses a um ano de deten- ção, além de multa penal e administrativa. Manter um animal silvestre sem origem na clínica veteri- nária pode induzir a autoridade ambiental a entender que ele está sendo mantido em cativeiro. Caso atenda animais sem origem, pegue os dados completos do pro- prietário para que você possa se resguardar. A mesma situação vale para um médico veterinário que transporte o animal silvestre de um cliente para fins de ci - rurgia. A autoridade ambiental em bloqueio permite o aten- dimento de emergência, mas solicita a origem do animal. Se o médico veterinário não souber, será responsabilizado. AlERtAS DA PolíCIA MIlItAR AMBIEntAl 10 A b r i l / M a i o / J u n h o 2 0 1 0CRMV-SP info A b r i l / M a i o / J u n h o 2 0 1 0CRMV-SP info 10 J u l h o / A g o s t o / S e t e m b r o 2 0 1 0 Como foi o início de seu envolvimento com a área de ani- mais selvagens em cativeiro? Tive o privilégio de nascer no interior, em Sorocaba (SP), e ter um pai com um vínculo muito forte com a natureza. Desde peque- no, criava animais como coelhos, cães, aves e esquilos. Meus pais não se conformavam com minha opção profissional. Dizia meu pai: ”crie animais no seu quintal e curse medicina humana”. Formei-me médico veterinário e tive muitas dificuldades no último ano de faculdade. Dentro do estágio obrigatório, a área de silvestres era novíssima e os orientadores temiam que eu ficasse desempregado. Tive que teimar muito e assim fui o primeiro estagiário oficial da Fundação Parque Zoológico de São Paulo, em 1970, graças ao apoio do Dr. Ernesto Antonio Mattera, conselheiro da Fundação. Quais foram os principais desafios enfrentados em sua atuação profissional com animais selvagens? Enfrentei ausência de referências bibliográficas e profissio- nais, pois na época havia pouca informação e raríssimos profis- sionais na área. Além disso, em função da grande variedade de espécies, o quadro de técnicos deveria ser bem diversificado. O problema é que não havia técnicos disponíveis no mercado, nem profissionais assim no quadro funcional do Zoo. O trabalho era extremamente difícil e novo. Atualmente, o quadro mínimo do Zoológico é composto por zootecnistas, biólogos, arquitetos, engenheiros, etologistas e nutricionistas, entre outros. Algumas dessas especialidades são contratadas eventualmente. Formar uma equipe sem movimentos classistas, onde o animal seja o elemento principal, é um segredo inestimável. Quando a equipe não é afinada, o biólogo fornece as exigên- cias específicas, o arquiteto desenha, o engenheiro constrói. Quando o animal vem a óbito, o veterinário é o culpado. A equipe deve ser uníssona e todos devem ter a liberdade de opinar, de acordo com seu conhecimento. A complementação curricular foi outra barreira. O veteri- nário sabe pouco sobre animais silvestres, pois o trabalho é completamente novo. Necessitamos de conhecimentos nas áreas de biologia, comportamento, nutrição e necessidades entrevista O médico veterinário e ex-diretor dos zoológicos de Sorocaba e Votorantim, Lázaro Ronaldo Ribeiro Puglia, conta os prazeres e desafios de trabalhar em uma área rica em conhecimento, mas ainda pouco explorada pela medicina veterinária Uma vida dedicada aos zoológicos A b r i l / M a i o / J u n h o 2 0 1 0A b r i l / M a i o / J u n h o 2 0 1 0 11J u l h o / A g o s t o / S e t e m b r o 2 0 1 0 11 espaciais, entre outras. Por exemplo, o elefante, o tamanduá, a capivara e o hipopótamo são endórquidos. O urso não hiberna e sua gestação pode durar oito ou dez meses, de acordo com as condições climáticas. Também foi difícil encontrar as definições de objetivos de um zoológico. Logo no início do trabalho com silvestres, vêm algumas perguntas: para que serve um zôo ou um criadouro? É justo retirar um animal da natureza para esses fins? Existem quatro razões básicas para a existência de um zoo: o lazer orientado, a educação ambiental, a conservação de espécies e a assessoria a questões político-ambientais. A retirada de um animal da natureza é justificada pelo fato de que ele será um veiculador de mensagens de conservação de espécies. O médico veterinário, bem como os demais técnicos, deve tra- balhar para o desenvolvimento dessas quatro áreas. Além disso, os animais silvestres exigem mais conheci- mento do veterinário que os domésticos. Por exemplo, o urso, no final da gestação, entra em sono invernal e fica completamente anoréxico. Um profissional desa- visado pode interpretar isso como uma patologia, mas é nor- mal. Os hábitos do animal também devem ser considerados. O flamingo, por exemplo, é de hábito gregário, portanto quando internamos um indivíduo do grupo, devemos internar outros também, senão ele morrerá de “tristeza”. O desafio é conciliar essa prática às exigências sanitárias do veterinário. Outra dificuldade é a necessidade de conhecer o compor- tamento do animal na natureza. Caso contrário, não conse- guiremos propor um ambiente, uma dieta, a formação ou não de um grupo, equipamentos para exercício, declividade, tipo de piso, entre outros. O profissional que trabalha em zoológicos deve ainda comunicar seus resultados aos pagantes, seja por meio da mídia, da publicação de trabalhos, da apresentação de aulas e palestras, da participação em congressos e da realização de visitas técnicas, entre outros. É preciso também associar-se à Sociedade de Zoológicos do Brasil e trabalhar por seus interes- ses. Por último, sempre que possível, ao realizar uma necropsia cuidadosa, é importante fornecer carcaças para taxidermia. Frequentemente, os profissionais da área precisam de peças fixadas para conhecer a anatomia de animais silvestres. Quais as principais sugestões que o senhor faria a um jovem médico veterinário que tem interesse em trabalhar na área de animais selvagens em cativeiro? Existe um mercado crescente nessa área. Além dos zoológi- cos, os profissionais podem atuar em criadouros, onde é neces- sária a presença de um responsável técnico. É fundamental, no entanto, conhecer um mínimo de animais. Tenho apresentado candidatos que são dispensados na primeira visita ao criadou- ro, pois desconhecem animais como quati, jacamim e tachã. Por isso, o interessado deve participar de congressos e exposi-ções, e realizar estágios, cursos e visitas técnicas a locais como criadouros, biotérios, aquários e zoológicos, entre outros. Além disso, é importante ter conhecimentos sobre nutrição, captura, transportes, enriquecimento e recintos. Qual sua opinião sobre a formação acadêmica que os cur- sos de graduação em medicina veterinária desenvolvem atualmente nessa área? Os cursos de graduação estão reformulando suas grades curriculares. Os conhecimentos oferecidos são ainda incipien- tes. O assunto é vasto e nunca permitirá grande aprofunda- mento. Creio que dificilmente um veterinário de animais sil- vestres deixe de ser generalista, pois são muitas espécies no plantel. Temos também que fazer plantões e substituir os colegas nas férias. Só a prática trará a competência. Sugerimos que os veterinários de animais silvestres também frequentem clínicas de animais domésticos. Muitas práticas podem ser extrapoladas e é sempre possível resolver proble- mas comparativamente. Um tigre, por exemplo, tem muita semelhança fisiológica e anatômica com um gato. Já as girafas, camelos, cervos e antílopes são ruminantes. Enfim, temos sem- pre que nos preocupar em conhecer as particularidades. Qual sua opinião sobre o comércio clandestino de animais selvagens no Brasil? O que o senhor sugere para que isso seja controlado? Trata-se de uma prática criminosa. As dificuldades legais vêm na contramão dos interesses. Cada Estado brasileiro pare- ce ter uma legislação própria, apesar de ser uma legislação federal. A educação ambiental ajuda muito, mas seu resultado é muito lento. É preciso ampliar e capacitar urgentemente a fiscalização. Ao mesmo tempo, deve-se ampliar o número e a qualidade dos centros de triagem. Atualmente, quando não é possível conseguir locais para instalação dos animais aprendi- dos, eles são mantidos nos mesmos locais e os infratores são designados fiéis depositários, figura que precisa ser extinta. Devemos ainda estimular os criadouros comerciais. Além de reproduzir as espécies e reduzir a carga sobre as espécies na natureza, eles geram emprego, conhecimento e renda pa- ra veterinários e biólogos. Precisamos também preparar téc- nicos para a reintrodução das espécies. Raio X Lázaro Ronaldo Ribeiro Puglia Médico veterinário pela Unesp Botucatu Foi diretor dos Zoológicos de Sorocaba e de Votorantim, fundador e presidente da Sociedade de Zoológicos do Brasil e criador da educação ambiental em zoológicos A b r i l / M a i o / J u n h o 2 0 1 0CRMV-SP info A b r i l / M a i o / J u n h o 2 0 1 0 Finanças – resuMo dos deMonstrativos FinanCeiros JUnHo. JUlHo E AgoSto DE 2010 Saldo Bancário Inicial 11.131.485,63 Receitas Anuidades Pessoas Físicas/Jurídicas 1.140.783,09 Multas p/ Infração 78.412,17 Honorários Advocatícios 21.653,62 Ressarcimentos 68,22 Rentabilidade Aplicações 265.030,81 Total Receitas 1.505.947,91 Despesas Salários/Férias/13o Salário 653.680,43 Benefícios/Encargos 522.568,31 Material de Consumo 32.043,09 Aluguéis/condomínios/IPTU/Seguros 162.644,38 Telefone/Energia Elétrica/Água 53.972,68 Diárias Dir/Cons/Assess/Servidores 127.995,89 Desp. Transp. Dir/Cons/Ass/Servidores 70.971,32 Refeições/Auxílio Representação 3.327,22 Serviços de Terceiros 30.708,88 Manutenção e Conservação de Bens 18.405,60 Suprimentos Delegacias e Fiscais 12.132,25 Serviços de Informática 18.220,91 Indenizações e Restituições 6.836,35 Repasse Honorários Advocatícios 22.514,50 Desp. Distrib. Ações Executivas 6.067,37 Serviços Postais e Telegráficos 170.655,51 Serviços Divulgação e Publicidade 50.962,41 Impostos. Taxas. Tarifas. Pedágio 3.081,99 Assinaturas e Periódicos 3.631,50 Convênios 93.387,04 Cota Parte CFMV 76.164,65 Despesas Bancárias 26.026,80 Compra de Bens 20.527,48 Total Despesas 2.186.526,56 Saldo Bancário Final 10.450.906,98 Composição Saldo Bancário Resumo BB - Poupança Multas 2.471,39 BB - Conta Movimento 152.936,14 BB - Arrecadação Bancária 10.222.884,70 BB - Conta Multas 45.650,31 BB - Conta Honorários 5.284,81 Banco Nossa Caixa S/A - CEF - Santa Cruz 21.679,63 total 10.450.906,98 CRMV-SP info J a n e i r o / F e v e r e i r o 2 0 0 9CRMV-SP info 12 J u l h o / A g o s t o / S e t e m b r o 2 0 1 0 artigo A Fundação Parque Zoológico de São Paulo e a preservação da fauna silvestre A teoria evolucionista de Darwin sugere que a vida sur-giu em nosso planeta, na forma de organismos uni-celulares, há cerca de 3.5 bilhões de anos, com a es- timativa de 30 milhões de seres. A ciência também descreve cinco grandes extinções de espécies. Entre a primeira, há cerca de 440 milhões de anos, e a quinta, 98% das espécies foram extintas. Esta última ex- tinção, ocorrida há cerca de 65 milhões de anos, significou a extinção dos dinossauros, que dominaram o planeta por cerca de 140 milhões de anos. A partir dela, foi criada a pos- sibilidade da ascensão dos mamíferos, até então reduzidos a espécies de pequenas dimensões, o homem dentre elas. Agora, cientistas acreditam que estamos vivendo a sexta extinção em massa, provocada pelo próprio homem. A refle- xão que aqui se coloca é sobre o papel que a sociedade médi- co-veterinária moderna deve e pode representar para auxiliar na reversão dessa situação que começa a se mostrar crítica. A Fundação Parque Zoológico de São Paulo (FPZSP), em 50 anos de existência, se dedica às práticas de reprodução ex-situ de espécies nativas e exóticas em risco de extinção. Entretanto, nos últimos dez anos, seu corpo técnico identificou a necessida- de de recomendar novas propostas voltadas à conservação das espécies nativas, em especial as do bioma da Mata Atlântica. A FPZSP, que desde 2004 é vinculada à Secretaria do Meio Ambiente, propôs o primeiro Plano de Proteção à Fauna Silvestre (PPFS) e assumiu, em 2007, a gerência do Projeto Estratégico de Fauna Silvestre. A partir disso, deu início à im- plantação do Plano Diretor do Centro de Conservação da Fauna Sivestre do Estado de São Paulo (CECFAU) na Unidade de Produção de Araçoiaba da Serra (SP), onde vai investir cerca de R$ 5 milhões nos próximos cinco anos. MV Paulo Magalhães Bressan Diretor presidente da Fundação Parque Zoológico de São Paulo e coordenador geral da atualização da Lista de Fauna Ameaçada do Estado de São Paulo “Pela Palavra ecologia, queremos designar o conjunto de conhecimentos relacionados com a economia da natureza – a investigação de todas as relações entre o animal e seu ambiente orgânico e inorgânico, incluindo suas relações, amistosas ou não, com as plantas e animais que tenham com ele contato direto ou indireto, – numa palavra, ecologia é o estudo das complexas inter- relações, chamadas por darwin de condições da luta pela vida”. (ernest haeckel, 1870) A b r i l / M a i o / J u n h o 2 0 1 0A b r i l / M a i o / J u n h o 2 0 1 0 13J a n e i r o / F e v e r e i r o 2 0 0 9J u l h o / A g o s t o / S e t e m b r o 2 0 1 0 13 Erramos Por uma falha da Redação no levantamento dos novos inscritos para o Info 43, não publicamos os registros abaixo. Pedimos desculpas a todos. 26757/V NATALIA REGINA B. LUVIZOTTI 26758/V ANDRE DE ANDRADE HAIK 26759/V RENATHA ALMEIDA DE ARAUJO 26760/V FELIPE SABBADIN ZANUZZO 26761/V RICARDORODRIGUES CARVALHO 26762/V MURIELLY ASSIS COELHO CARVALHO 26763/V CIBELE DE SOUSA CAMELO 26764/V ALEXANDRE FERREIRA ROSSATO 26765/V JULIANA MOCO 26766/V ROBERTA NEVES DE OLIVEIRA DIAS 26767/V THAIS BREGADIOLI 26768/V DANIEL RAMOS CAPASSI 26769/V GUILHERME VINCOLETTO KEMPE 26770/V LARISSA COLI SANTORO 26771/V MARCELO PIRES N. DE CARVALHO 26772/V TITO NUNES RODRIGUES 26773/V RODRIGO MACIEL CAVALCANTI 26774/V ARTHUR CESAR FERREIRA 26775/V RENAN DENADAI 26776/V EMILIANO FRANCO RIBEIRO 26777/V GUSTAVO JOSE SILVA HOLTZ 26778/V PAULA SILVA DE TOLEDO 26779/V LAERCIO MARTINS GONCALVES 26780/V LUCAS DE CARVALHO YAMAGUCHI 26781/V ANDRE DA SILVA R. RODRIGUES 26782/V CARLOS RENATO SEVERINO 26783/V ALINE DE MOURA BARBOSA 26784/V RAPHAEL AUGUSTO DE L. OLIVEIRA 26785/V KEITTY MARIA CORREA DE FARIA 26786/V MICHEL CASSIANO FERNANDES 26787/V ALAN MULLER GIASSETTI 26788/V LAURIMAR DE ARAUJO C. NERY 26789/V EVERSON DE ASSIS SILVA 26790/V TANIA MARA DE A. RODRIGUES 26791/V FERNANDA P. DE ANDRADE 26792/V NADIA LADENDORFF DE OLIVEIRA 26793/V DILLAN MENDES DA SILVA 26794/V TATIANE CORREIA BATISTA 26795/V NATHALIA SPINA ARTACHO 26796/V RODRIGO BARROS 26797/V ALAN CASSIO ROMERA MARTINS 26798/V MICHELLE ROISMANN 26799/V FERNANDA ELISA DOS SANTOS 26800/V ISADORA ARRUDA 26801/V TATIANA BARBIERI 26802/V ANNA KAROLLINA M. TEODORO 26803/V SARA FERNANDES ANDRIANI 26804/V FLAVIO YUITI HASHIMOTO 26805/V DOUGLAS FURTADO MAGNANI 26806/V LUCIANA MONTAGNOLI MOURA 26807/V CARLOS ANTONIO EVORA 26808/V MARIANA MULLER BERTIER FRANCO 26809/V MARGARETH DE FRANCA PEREIRA 26810/V BRUNA FIGUEIREDO 26811/V ROBERTA MORATORE COSTA LIMA 26812/V ROBERTA ALINE RAMOS MACHADO 26813/V RAFAEL ALMEIDA MEDINA MALHADO 26814/V MARILIA FERREIRA ROSA 26815/V CRISTINA A. CAVALCANTI DE ARRUDA 26816/V DEBORA CRISTINA M. R. DOMENICO 26817/V MARIANA TADONI MOURA CAMPOS 26818/V RENATA PEREIRA BARBOSA 26819/V MONICA CARVALHO DE ALMEIDA 26820/V JAYME RESTANI JUNIOR 26821/V GABRIEL COCCHI DE BELLIS 26822/V ALEXANDRE AUGUSTO FACHETI 26823/V NATHALIA CANCIO DIAS 26824/V MARIA KAMILLA CRUZ DE TELLA 26825/V FELIPE MONTANHA 26826/V DIEGO GUILLERMO VALENT RAMOS 26827/V ANTONIO MARTINS VAZ 26828/V AMANDA ALBINO SACCARDO 26829/V ALINE DA SILVA RAMACCIOTTI 26830/V MARIANE PELEGRINI DOMINGUES 26831/V MARIANA VENANCIO DOS SANTOS 26832/V MAYRA CARRARO DI GREGORIO 26833/V ANDREIA AFONSO DOS SANTOS 26834/V FLAVIANE F. DE VASCONCELOS 26835/V MARCOS VINICIUS VILELA 26836/V RODOLFO CANDIL CORTE 26837/V ELISANGELA LOVERDE JODA 26838/V RAFAEL DA SILVA CASTELANI 26839/V CRISTINA DA CONCEICAO P. MIRANDA 26840/V JOAO ROBERTO CRUZ BAROCHELO 26841/V ANA LUCIA GOULART DE MORAES 26842/V RODRIGO LEVY SILVA 26843/V DANIELLE MONTEIRO DE LIMA 26844/V LAIS MENDES VIEIRA 26845/V MARCUS VINICIUS GREGORIO PEREZ 26846/V RAFAEL ZOLEZI DA SILVA 26847/V JULLIANA BELICO ESTEVES 26848/V DANIEL DA SILVA PENACHIO 26849/V MARIA FERNANDA D. C. LAZARINI 26850/V SANDRA APARECIDA DE O. CARDINALLI 26851/V PAULA BERGAMIN ARTHUR 26852/V PATRICIA SAMPAIO 26853/V BRUNO EDUARDO MOURAO 26854/V ROBERTA BIASOTO MANACERO 26855/V AMANDA DE FRANCO FERREIRA 26856/V LILIANA REIS ROSA 26857/V KAROLYNE LOMBARDI MORAES 26858/V NATALIA RISI 26859/V AMANDA COSTA CORTEZ 26860/V PEDRO PENOV NETO 26861/V CAROLINNE BROGLIO DEUSDADO 26862/V VANESSA CARLINI CARAVELAS 26863/V DAIANE DE FATIMA CURI 26864/V LIGIA SENTOMA ALVES 26865/V BRUNA DE CARVALHO 26866/V REGINA LUCIA DE OLIVEIRA COSTA 26867/V LARISSA CHAGAS ASSUNCAO 26868/V RAQUEL LUIS DE MIRANDA ALVES 26869/V ANA CAROLINA KOLAREVIC PIRES 26870/V MONICA BARBELLA 26871/V MARILISA FOLHARINI CATALANO 26872/V NATHALIA T. COSTA HERNANDEZ 26873/V LUCIANA SANTOS DE ASSIS 26874/V ADRIANA DE SIQUEIRA 26875/V PAULA SANCHEZ MELERO 26876/V NATALIA FERREIRA RAMALHO 26877/V JOAO PAULO F. G. DE OLIVEIRA 26878/V DANIEL SIMOES DE FREITAS 26879/V GUILHERME DE SOUZA SALLES 26880/V RAFAEL TURCO MARCHIORI 26881/V JULIANA KARINA FIGUEIRA 26882/V RENATA VIRGA BERNARDES 26883/V AMANDA GULLO PINAREL 26884/V DANIELA JUNQUEIRA DE QUEIROZ 26885/V FERNANDO M. MENITTO DO PRADO 26886/V MARCELLA C. MENEZES DE SOUZA 26887/V THALITA ANDRADE MORO 26888/V LIVIA PINHEIRO CHAGAS DA CUNHA 26889/V MAURICIO OLIVEIRA SALAN 26890/V BRUNO PEREIRA DIAS 26891/V RODRIGO GUIDIO DALIO 26892/V LEOVALDO DALIO JUNIOR 26893/V CLARISSA CAMARGO 26894/V MARIANA HADDAD CAPPELLANES 26895/V CONRADO FEDRIZZI DE PRINCE 26896/V JOSE EDVAR SIMOES JUNIOR 26897/V LUIS PAULO TOBALDINI JARDIM 26898/V ELLEN FREITAS DE OLIVEIRA 26899/V RODOLFO MICHAEL RAINHA 26900/V JANINE VIGO 26901/V MIRELA DOS SANTOS DIZERO 26902/V FERNANDO C. CARDOSO DE MENEZES 26903/V PAULA MARTINS SILVA 26904/V EFRAYN ELIZEU PEREIRA DA SILVA 26905/V ARETHA DERANIAN 26906/V VIVIANA EIVAZIAN 26907/V FELIPE CIRIELLI LEMOS 26908/V PIETRO FILIPE R. TOMASELLI 26909/V RENATA CRISTINA LENA26910/V ANIBAL FELIPE FAZANI 26912/V BIANCA CAROLINA M. CIDRAL 26913/V BRUNA PEDROSO SILVERIO 26914/V TALITA DA SILVA MAIA 26915/V SAMANTHA DUVAL HELUANI 26916/V GUSTAVO GURIAN CRETON 26917/V LAIS FERNANDA BAPTISTELLA 26918/V THIAGO NASTAS HAIDAR 26919/V SYBELLE SALGUEIRO SCODELARIO 26920/V ALESSANDRA D. DONNE GENNARI 26921/V GUILHERME SELLITTO BELLI 26922/V RODRIGO FENILI CAMAROTE 26923/V MARCELA VALLE CAETANBO ALBINO 26924/V MARINA NASSIF ARENA 26925/V ALESSANDRA R. NOGUEIRA VOGES 26926/V CARLOS H. LAUTENSCHLAGER 26927/V SAULO VINICIUS AVANCO 26928/V PATRICIA KARINA DA SILVA 26929/V PRISCILLA SHIZURU CAVAGNOLI 26930/V SOLANGE PERES ROSELLI 26931/V DANIEL LEKEVICIUS COSTARDI 26932/V NATHALIA DE SALLES O. CORREA 26933/V TABATHA DO AMARAL KALENSKI 26934/V CAROLINA SUZUKI A. DO NASCIMENTO 26935/V BARBARA JAZE VOLPERT 26936/V RAQUEL HENRIQUES CAVACA 26937/V FABIANA C. ALEO SANTOS DE OLIVEIRA 26938/V BRUNA LUNARDELLI 26939/V ANDREA CERQUEIRA FERREIRA 26940/V RAFAEL ISHIBASHI CIPULLO 26941/V DANIELE M. PERES DE CARVALHO 26942/V ROBERTA RENZO 26943/V TATHIANA OLEGARIO FONSECA LIMA 26944/V CLAUDIO LUIZ XAVIER NUNES 26945/V CARLOS CARVALHO DE SOUZA NETO 26946/V VALERIA M. ROMANO DA SILVA 26947/V FRANCISCO CALABRETA DE LIMA 26948/V PAULA DAS NEVES FERNANDES 26949/V ISIS CRISTINE DA COSTA CARVALHO 26950/V FABIO ZOTESSO 26951/V IZABELA TEODORO DE OLIVEIRA 26952/V ANDREA MARQUES GONCALVES 26953/V FABIO AUGUSTO GARRIDO BARBOSA 26954/V FABIO FERREIRA GARCIA 26955/V LUNDIA LUARA CAVALCANTE BIN 26956/V TIAGO CALESTINI LUIZ 26957/V JULIANA VALENTE PAES DE ALMEIDA 26958/V LEONARDO Q. DE OLIVEIRA SILVA 26959/V ANA KAORI HONDA 26960/V BRUNA DE OLIVEIRA MONTEIRO 26961/V TIAGO CARDOSO DIAS 26962/V CAROLINA LEITE PARSEKIAN 26963/V MARCELO PROENCA MENDES 26964/V DANIEL DE MARCHI FURUYA 26965/V RAFAEL AFONSO DAIA 26966/V JOSE EDUARDO LOBO 26967/V THAIS SAYURI AOKI 26968/V BRUNA SILVA MIRANDA 26969/V NARA LUCIA RICELLI 26970/V MARILIA SIQUEIRA DE PAIVA 26971/V ANDRE FAVARO CORREA 26972/V BARBARA MARCHESIN BOTTOSSO 26973/V LEILA HABERMANN GUILHERME 26974/V LEANDRO BAPTISTA DE LIMA 26975/V ROMULO GONCALVES ROCHA 26976/V JULIANA CANTALEJO AGUILAR 26977/V CRISTIANE MORO BETINI 26978/V GABRIELA DE SOUSA BORGES 26979/V EDUARDO CORTES PELLISSARI 26980/V JOSE DIAS NETO 26981/V MARCELO FERREIRA DA SILVA 26982/V ALEXANDRE YAMASAKI BOTTOS 26983/V RENATA BECCACCIA CAMOZZI 26984/V THAIS ELEONORA MADEIRA BUTI 26985/V BEATRIZ LIE YAMAMOTO 26986/V RENATA REPEKE GOMES 26987/V ERICA BACELLAR SOARES 26988/V THIAGO DE MORAES CAVALCANTE 26989/V ERIKA MORGADO LAMONICA 26990/V EDUARDO DE OLIVEIRA PONTES 26991/V MARCELA ZILIOTTO 26992/V DANIEL HOFMAN GOLCMAN 26993/V ANGELICA CRISTINA MIZUTORI 26994/V TAMARA SHIGAEFF 26995/V GIOVANE OLIVO 26996/V MARIA GABRIELA MIETTO MENDES 26997/V JULIANA TAMY NAKAMURA 26998/V FAUSTO LUCAS V. DOS SANTOS 26999/V ANDREIA GOMES CASAES 27000/V HELENA M. MORSELLI RAMALHO ROSA 27001/V RONY DE ALMEIDA RODRIGUES LEAL 27002/V BRUNA SILVATTI FREITAS SILVA 27003/V VLADEMIR DE SOUZA PESSOA 27004/V TICIANE GOMES MODELLI 27005/V CLEBER OLIANI HARADA 27006/V JAMILA PASTORI 27007/V ADRIANA FERRAZ 27008/V SHEILA NOGUEIRA SARAIVA DA SILVA 27009/V GABRIEL L. DE OLIVEIRA SANTOS 27010/V MARCELA STIVAL 27011/V TABATA TALITA RUGIERO 27012/V SALETE CASSIA IFANGER 27013/V JULIANNA VARELLA 27014/V NATALY ESTEVAM DE CARVALHO 27015/V DANIELA PEREIRA SIDANI 27016/V MARIANA PAULA MARTINHO 27017/V RAFAELA B. DE OLIVEIRA N. MUNHOES 27018/V DOUGLAS SEGALLA CARAGELASCO 27019/V LUIZ HENRIQUE LUNARDI 27020/V AMANDA CUNHA MORAES 27021/V ARYELA TAVEIROS BONETTI 27022/V LENIVALDO BRUNI JUNIOR 27023/V LEANDRO BONAN NARDINI 27024/V CLAUDIA GONCALVES SARAIVA 27025/V CLEIA MARIA DA SILVA 27026/V VINICIUS ROMEU VIDALI 27027/V LUCAS VIANA DA COSTA ROSA 27028/V FABIO PERON COELHO DA ROCHA 27029/V MARCOS MARTINS PEREIRA 27030/V CAMILLA MOTA MENDES 27031/V FRANCISCO L. COSTA DE OLIVEIRA 27032/V BIANCA BUENO GOMES 27033/V MANOELA MIEKO KIKUGAWA 27034/V MONIQUE PEREIRA LUCAS 27035/V ANDRE LUIZ VEIGA CONRADO 27036/V PATRICIA KERR DE SOUZA MACHADO 27037/V RAPHAEL COSTA REBELLO 27038/V ANDREA CAETANO BARBOSA 27039/V LILIAN MOREIRA SEMER 27040/V FELIPE LOPES DELLALIBERA 27041/V MIRELLA ALVES C. CORREA ALMEIDA 27042/V TAIS MAYUMI OKABAYASHI 27043/V FLAVIO DE CASTRO G. RIOS IGNACIO 27044/V ROSENEIDE DE OLIVEIRA MOREIRA 27045/V ELPENOR ANTONIO RIBEIRO 27046/V LUIZ GUILHERME CUNHA MORRONE 27047/V KARINA C. ARROYO DOS SANTOS 27048/V THIRSO SILVEIRA DE ALMEIDA NETO 27049/V KARINA D ALAMBERT 27050/V RODRIGO DA SILVA BARBOZA 27051/V LUCIANA MARIA CURTIO SOARES 27052/V JOSE ARNALDO M. MARQUES FILHO 27053/V MARIANA BARONI SELIM 27054/V CASSIA CESTARI DELBONI 27055/V PAMELA PEREIRA MACEDO 27056/V LIVIA PASINI DE SOUZA 27057/V ANDRESSA DA CRUZ NOVAZZI 27058/V RENATA FACCO QUEIROZ 27059/VCARLA COVIZI COSTA 27060/V MARIANE BORGES DA SILVA 27061/V RENATA NIERO 27062/V DANIELE FERREIRA SANTOS 27063/V AMANDA S. DE CARVALHO 27064/V LEONARDO DUARTE MENDES 27065/V FELIPE C. DE ALAGAO QUERIDO 27066/V ALINE ALBERTI MORGADO 27067/V JOAO PAULO DE CARVALHO 27068/V LESLIE ILZA MARINHO 27069/V FREDERICO ARY STELLE NETO 27070/V PATRICIA APARECIDA BOONEN 27071/V LUIZ ANTONIO MENEGHIN FILHO 27072/V JULIANA REGINA BARREIRO 27073/V LIVIA RAVENA CAMPOS 27074/V DEBORA BUENO SILVA 27075/V VANESSA BIANCHI ZORZI 27076/V MAURICIO VOSS RODRIGUES 27077/V ANA RODRIGUES EYHERABIDE 27078/V ANGELICA BERNARDO VIANA 27079/V CAROLINE MOUCO 27080/V PRISCILA PEDRA MENDONCA 27081/V JAQUELINE GUIMARAES PEREIRA 27082/V THIAGO ZENTIL FRANCO 27083/V MICHEL GAVIOLI DE SOUZA 27084/V RODRIGO SAMPAIO BONUCCI 27085/V NATALIA FORNASSARO DIEHL 27086/V LEONARDO BULGARELLI VIEIRA 27087/V CASSIA CORREA 27088/V ERIKA MARI TAGUTI 27089/V JULIANE DINIZ MAGALHAES 27090/V JULIANA COELHO DE SA ROSA 27091/V JULIANA CIANDELLA VIEIRA 27092/V CYNTHIA PATTY K. SALZANO 27093/V CAMILLA SAMPAIO LEGER 27094/V MATHEUS H. MAGALHAES SILVA 27095/V SILVANA CARDOSO GAMEZ NUNEZ 27096/V VANESSA CRISTINE S. FONSECA 27097/V CAROLINA PRUFE MAZZEI 27098/V JACIANE GABRIELA SILVA MOLEIRO 27099/V MARIANA ROQUE 27100/V MARCELA LEITE DO NASCIMENTO 27101/V BRUNA HELENA F. TEIXEIRA 27102/V ANA RITA CARVALHO PEREIRA 27103/V MARIANA M. BRUNHARA DE OLIVEIRA 27104/V POLLYANA C. SANTOS VOGADO 27105/V LAIZI ZAMBONI BRAGGIO 27106/V DOMENICO DATTOLA 27107/V MARCO DUARTE G. DE OLIVEIRA 27108/V DANILO MACIEL DUARTE 27109/V VANESA KUTZ DE ARRUDA 27110/V GUSTAVO FELIPPELLI 27111/V RENATA RITA CORREIA DOS SANTOS 27112/V DIEGO FERREIRA MUNIZ DA SILVA 27113/V DANIELA MORAES DE OLIVEIRA 27114/V ELDER CLAYTON CAPELLETTO serviço A b r i l / M a i o / J u n h o 2 0 1 0CRMV-SP info A b r i l / M a i o / J u n h o 2 0 1 0CRMV-SP info 14 J u l h o / A g o s t o / S e t e m b r o 2 0 1 0 serviço 27696/V ADELIA DE PAULA OLIVEIRA 27697/V GUILHERME FREITAS DE SOUZA 27698/V ANA ELISA DE PADUA ROSA 27699/V KATE GUERIN 27700/V JENIFER DE SANTANA MARQUES 27701/V DANIEL PINHEIRO LIMA ROSA 27702/V JAIME FRANCELINO PRADO JUNIOR 27703/V GISSELE ROLEMBERG OLIVEIRA SILVA 27704/V MARCELO FRANCISCHINELLI BENEDETTE 27705/V JOSMAR RODRIGUES JORGE 27706/V CAROLINA TERESA BOMBONATTI 27707/V PITER APARECIDO TEODORO 27708/V ELAINE CRISTINA FERREIRA DA COSTA 27709/V MAIRA FORNI GARCIA 27710/V FELIPE BERTOLI CHIARATTI 27711/V MONIQUE MAYTE MALHO GOMES 27712/V RODRIGO GARCIA MOTA 27713/V RENAN MONSANTO 27714/V RODRIGO PIVA DIAS 27715/V ALINE KUNSMINSKAS DA SILVA 27716/V ALLENE FLAVIA BENEZ SASAKI 27717/V CARLA CRISTINA D AMATO 27718/V MARLUS VINICIUS MAZER RIBEIRO 27719/V KATIA BARSAGLINI LOPES 27720/V ROBERTA CACADOR DOS SANTOS 27721/V CAIO CESAR GODINHO DE ALMEIDA 27722/V JORGE PEGOLO FILHO 27723/V CAROLINE MENDONCA CAVAGLIERI 27724/V THIAGO LUIS BIROLINI 27725/V RUY DE CASTRO MARCONDES NETTO 27726/V NATALIA BONFIM PESSOTO 27727/V JULIANA KELLY TOLEDO DA SILVA 27728/V DIOGO JACOMINI ROSSI 27729/V MARCELA OGAWA SAMPAIO 27730/V MARGARETH CRISTINA IAZZETTI SANTOS 27731/V FERNANDA BARCHESI ZANELATTO 27732/V RENATA TEIXEIRA BARBOSA 27733/V ROGERIO DE CARVALHO BERTUCI 27734/V ANDRESA BRONZATTO 27735/V KARINA EVARISTO BORGES 27736/V ROBSON LUIZ DOS REIS PEREIRA 27737/V JAMILLE MERINO DEMISCKI 27738/V ROBERTO CESAR DE BORTOLI 27739/V JOAO PAULO SEGUNDO 27740/V ARLINDO RODRIGO DE MELLO 27741/V ELLEN LOPES NICOLAU 27742/V HENRY MARCEL SILVA NOBRE 27743/V AMANDA BEZERRA ARAGAO 27744/V TAIS MOTA 27745/V ANDRE LUIZ MARQUES DE FREITAS 27746/V ADRIANA TREVISANI DE SOUZA CAMPOS 27747/V THALIA DE CAMARGO ALVES 27748/V FERNANDA KELLY BARROS DE CARVALHO 27749/V GUSTAVO MENDES CANTARINO 27750/V ANTONIO JOAQUIM REZENDE LARA 27751/V ANA LUIZA COUTINHO MEYER FERNANDES 27752/V FRANCISCO PIZZOLATO MONTANHA 27753/V ISIS GEORGINA MARQUES DE OLIVEIRA 27754/V RONALDO HENRIQUE DE OLIVEIRA 27755/V WERNER MEDEIROS RIEKES 27756/V MAGNO NASCIMENTO AFFONSO 27757/V THALITA MASOTI BLANKENHEIM 27758/V LIDIANE SAMARA CARVALHO DA SILVA 27759/V JANAINA DIEZ FERNANDES 27760/V MARIANA GONCALVES DE ANDRADE 27761/V CAMILLA PIMENTEL DE CARVALHO 27762/V LUIZA JUNQUEIRA 27763/V MARIA CAROLINA LEPIANE 27764/V JOSE RICARDO PACHALY 27765/V LUIS OTAVIO MACHADO DE LEMOS 27766/V TACIANO DA SILVA CANEVARI 27767/V JULIANA ANDREA OSORIO BALAN 27768/V DANIEL FELIPE ZANETTI DIAS DA SILVA 27769/V RAFAEL ARMESTO PEDRASSI 27770/V ANDERSON PIRES TANAKA 27771/V ANDRE LUIS RODRIGUES ALVES 27772/V THAIS MAYARA MENEGHETI 27773/V MARIANA KIKUTI 27774/V ANA PAULA DE MELO CALIMAN 27775/V ARIANE GUILHERME TAMANINI 27776/V JUSSARA ROSA PINTO QUINTANILHA 27777/V MARCO ANTONIO MAGIOLO 27778/V JULIA REZENDE LOURENCO DE AZEVEDO 27779/V ANA LUCIA NITHACK M. DE CAMPOS 27780/V THAIS BALAZS DE ALVARENGA 27781/V ALINE CRISTINA ROMOLI MARINHO 27782/V AMANDA DE OLIVEIRA SILVA 27783/V VINICIUS LOVIZUTTO ROMERO 27784/V SABRINA ZBORIL 27785/V ALESSANDRA BENEDICTA ROCCA VIEIRA 27786/V FABIO ENOQUE HILARIO 27787/VFABIO CENI 27788/V LUIZ GABRIEL DOS SANTOS 27789/V CAIO VITOR BUENO DIAS 27790/V EDUARDO LOUREIRO FILHO 27791/V BRUNO DANIEL ARAUJO ALVES 27792/V LEANDRO SOUZA ALVES 27793/V AMANDA NASCIMENTO DE ALMEIDA 27794/V CAMILA CRISTINA BENTO 27795/V ANDRESSA BATISTA DA SILVA LOPES 27796/V RAFAEL MARQUES ZANCHETTA 27797/V REGINALDO JOSE MARTINS 27798/V JOSE SILVIO BARBOSA SBERNI 27799/V PATRICIA HADA BELETATTI 27800/V PALLOMA NABAS MARINO 27801/V ANA PAULA CAVALCANTI 27802/V MARIA BEATRIZ CAVICHIOLO MAURICIO 27803/V LARISSA SENOS DOBROFF 27804/V RENATA ROMERO DI GENOVA 27805/V SAMUEL SCALENGHI 27806/V LEANDRO POLA DE MORAIS 27807/V FLAVIA APARECIDA ANGELO CAMACHO 27808/V MARIA EDUARDA ZENI MONTEIRO 27809/V THAIS FAVARO 27810/V ALLYNE ALVES MOREIRA 27811/V FELIPE DE SORDI COSTA 27812/V PATRICIA DE SOUZA LIMA PIMENTA 27813/V ELIANA TELLES BALDI 27814/V HEDILAINE FRANCO DE OLIVEIRA GAMA 27815/V MELISSA HERNANDEZ MORALES 27816/V RENATO PIRES PASCHOALE 27817/V SERGIO LUIZ DA SILVEIRA CAMARGO JUNIOR 27818/V BARBARA FACHINI AGOSTINHO 27819/V DANIEL CAZALI OTERO 27820/V JOSLEI BAPTISTA DO AMARAL GOUVEA 27821/V THEOMARIS KARINA DE OLIVEIRA MENDES 27822/V PATRICIA RIBEIRO PEDROSO 27823/V CAROLINA DIEGUEZ E SILVA 27824/V GIANNE REGINA DOS SANTOS SLIUZAS 27825/V GIOVANI JOSE MIRANDA ABREU 27826/V RENATA NOGUEIRA FIGUEIREDO 27827/V CAROLINA KAKIUTI IWAMOTO 27828/V KARINA BONFIM FORESTI 27829/V CYNTHIA VIANA FARIA 27830/V PAULINE MAGALHAES CIRELLI 27831/V MARCO PINI RIZZI 27832/V VALDECIR TAFFAREL 27833/V ARIEL CUNHASQUE BERTOLDI 27834/V LEO SANTOS FRAGA 27835/V MILENA CATEL 27836/V CARLA MARTINS DE QUEIROZ 27837/V GABRIELA MAYUMI GOUVEIA 27838/V CAIO GALERA BERNABE 27839/V ERIKA MARTINS RIBEIRO 27840/V DANIELLA APARECIDA GODOI 27841/V DOUGLAS JAZEDJE 27842/V JOAO HENRIQUE A. DE CARVALHO LEITE 27843/V FABRICIO SANTOS ALMENARA 27844/V GUILHERME ALEXANDRE COSTA 27845/V DAYANE CRISTINA LENHAVERDE PEREIRA 27846/V ANTONIO MESSIAS TEIXEIRA FILHO 27847/V CAROLINE GASQUES DE SOUZA 27848/V RAFAEL TERCI BELIZARIO 27849/V FABIO NASCIMENTO FRANCO 27850/V LAURO HENRIQUE C. LUCCHESI TEODORO 27851/V IGOR AUGUSTO ANDRETA PAIOLA 27852/V RENAN ROMERO DA COSTA RANK 27853/V ERICA MELKI CAVALLINI 27854/V FRANCISCO AUGUSTO RICCI CATALANO 27855/V JEANALI CRESPI ALVES PEREIRA 27856/V TARIEL RODRIGO SANCHEZ 27857/V ANGELA LOPES BENINCASA 27858/V ANA CAROLINA DO CARMO GASQUES 27859/V VITOR MATIAS MOREIRA 27860/V AMANDA BARICATTI FINAZZI 27861/V CAMILA LANDIM BRAGA 27862/V GISELLE REGINA RIBEIRO DA SILVA 27863/V RAQUEL HELENA DIAS FERREIRA 27864/V CAROLINA QUARTERONE 27865/V FLAVIA DANIELA DE SOUZA DIAS 27866/V ACACIA FERREIRA VICENTE 27867/V CESAR GARCIA CAPEL WENCESLAU 27868/V MARIDIA CASSANTE MAFISSIONI 27869/V RITA DE CASSIA APARECIDA TIANO GARCIA 27870/V POLLYANNA QUADRADO DO NASCIMENTO 27871/V DEBORA TESTONI DIAS 27115/V ALAN CALAHANI FELICIO 27116/V ERIKA FRUHVALD 27117/V ISABELLE AYMARD 27118/V ROBERTA MUNIZ TOGNARELI DA SILVA 27119/V EDUARDO DE OLIVEIRA SAVASTANO 27120/V RENATA TESSER ROCHA 27121/V NILTON CESAR BELLON 27122/V MARIELEN CRISTINA S. DE OLIVEIRA 27123/V MATHEUS HERNANDES LEIRA 27124/V PAMELLA ZIARESCKI MOREIRA 27125/V FERNANDA MAZZARINO SANCHES 27126/V VERENA MARQUES PERES 27127/V RICARDO TEIXEIRA GUASTINI GRILO 27128/V RODRIGO FERNANDO SCARSO 27129/V CRISTIANE MORENO SANTANA 27130/V PRISCILA ALVES 27131/V GUSTAVO DE CASTRO 27132/V FABRICIO OLIVEIRA SIQUEIRA 27133/V ELBER RODRIGUES LIMA 27134/V ADRIANA MACEDO LOPES 27135/V RAFAEL BALDI RAMBAIOLO 27136/V MANOELA MARIA GOMES FERREIRA 27137/V RENATO DE ASSIS BETTARELLO 27138/V JULIANA OCCASO TAPIAS 27139/V GISELE CRUZ DA SILVA TAKEDA 27140/V ANAMARIA MORAES REHDER 27141/V ANA CAROLINA P. DOS SANTOS 27142/V GILMARA AUGUSTO FREITAS 27143/V FELIPE ACEDO LUCAS 27144/V ELOIZA RENATA SGARBOSA 27145/V LUANA ALEXANDRA FATORETTO 27146/V CARLA PATRICIA DA ROCHA 27147/V LUIZ GUSTAVO PIMENTEL QUIRINO 27148/V MARY TERE G. FERNANDEZ DE MORAIS 27149/V MARIANA ALTIERI DA CUNHA 27150/V ANDRESSA ALVES CASEMIRO 27151/V FERNANDA CAROLINA HENSEL 27152/V JAQUELINE AZEREDO DE OLIVEIRA 27153/V AMANDA OMAKI 27154/V DANIELA MENDES 27155/V CAMILA ROSSI FERNANDES 27156/V ANDREZA CRISTINA GROPPO 27157/V CAIO IZIDORO CAMPOLONGO 27158/V PAMELA DOS SANTOS MARCILLO 27159/V VALMIR DOS SANTOS PINTO 27160/V RENATA MATURINO DE OLIVEIRA 27161/V JOAO FELIPE DE OLIVEIRA PINTO 27162/V DESIREE TOULEKIAN 27163/V ANGELICA COSTA MACHADO 27164/V LUANA CRISTINA DOS SANTOS 27165/V EDUARDO HENRIQUE DE MOLINA 27166/V ALESSANDRA SIQUEIRA E SILVA 27167/V CLEIDE CHIAROT 27168/V PATRICIA CALABRIA 27169/V MICHAELA GUERRA ANDRETTA 27170/V RAFAEL BLUMER ABREU 27171/V CHAYANNE SILVA FERREIRA 27172/V ANA PAULA TEIXEIRA DA SILVA 27173/V PAULA DE FARIA 27174/V MARINA MARQUES COSTA 27175/V EWERTON RENE DE OLIVEIRA COSTA 27176/V GIOVANNA SANTOS FREIRE DE SA 27177/V VIVIANE JUNS GARCIA 27178/V JOSE PAULO DE ANDRADE JUNIOR 27179/V RAPHAELA DEL CARLO LOPES
Compartilhar