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MATERIAL COM GABARITO DE DTO CIVIL II - OBRIGAÇÕES

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quarta-feira, 24 de junho de 2009
MATERIA DE DIREITO CIVIL II 2009.1 
AULA 1
Direito Civil II (Obrigações)
Docente: Des. Marco Aurélio Bezerra de Melo
Roteiro
– Direito das Obrigações – conceito
– Sua importância social e econômica
– Posição da matéria nos Códigos Civil de 1916 e 2002
– Influência do Direito Romano
– Relação obrigacional: características
– Fontes das obrigações – evolução histórica
– Unificação do direito privado – obrigações civis e comerciais
– Principais diferenças entre direitos obrigacionais e direitos reais
– Solução dos casos concretos propostos
1) Direito das Obrigações
Conceito: é o ramo do Direito que estuda e disciplina determinadas relações jurídicas interpessoais, de natureza patrimonial, também chamadas de direitos de créditos ou pessoais.
2) Importância social e econômica
A produção, circulação e armazenamento das riquezas, tudo se faz através de obrigações.
Estão presentes nas relações de produção e consumo.
3) Posição da matéria nos Códigos de 1916 e 2002
Código de 1916 – Parte Especial, Livro III
Código de 2002 – Parte Especial, Livro I
4) Influência do direito romano – a perenidade e a universabilidade da Teoria Geral das Obrigações. Repercussão nos demais sistemas, inclusive da common law.
Obrigação
Diversas accepções em que se usa a palavra
obrigação moral
obrigação religiosa
obrigação social
ônus jurídico
título representativo da obrigação
Definições (entre muitas outras)
Clássica (Institutas) – obrigação é o vínculo jurídico ao qual nos submetemos coercitivamente, sujeitando-nos a uma prestação, segundo o direito de nossa cidade.
Clovis Bevilacqua – relação transitória de direito, que nos constrange a dar, fazer ou não fazer alguma coisa, economicamente apreciável, em proveito de alguém que, por ato nosso ou de alguém conosco juridicamente relacionado, ou em virtude de lei, adquiriu o direito de exigir de nós esta ação ou omissão
Caio Mário – é o vínculo jurídico em virtude do qual uma pessoa pode exigir de outra uma prestação economicamente apreciável.
Características da obrigação
- vínculo jurídico – sujeito ativo e passivo
- caráter transitório
- prestação economicamente aferível
- patrimônio do devedor como garantia
A obrigação como processo (Clovis Couto e Silva) – relação obrigacional
Fontes
Direito Romano – contrato, quase-contrato, delito, quase delito; (Gaio)
Código de Napoleão – igual orientação ( Pothier)
Código Alemão (BGB) – negócio jurídico e lei
Direito Brasileiro – a vontade humana (atos jurídicos, negócios jurídicos, atos ilícitos) e a lei.
Obrigações legais ou deveres jurídicos?
5) A unificação das obrigações civis e comerciais – Solução do Código Civil de 2002
Principais diferenças entre direitos obrigacionais (pessoais) e direitos reais
– quanto à oponibilidade e seqüela
– quanto ao objeto
– quanto aos sujeitos
– quanto à duração
– quanto ao modo de exercício
– quanto aos efeitos da inércia do titular
– quanto ao abandono
• Situações híbridas
– obrigações propeter rem ou reais
– ônus reais
– cláusulas de eficácia real
CASOS E QUESTÕES OBJETIVAS
• Examinando o conceito de obrigação formulado pelos autores, é correto dizer:
• é um direito subjetivo absoluto porque permite a uma pessoa exigir de outra certo comportamento;
• é um direito subjetivo relativo porque permite a uma pessoa exigir a prática de certa conduta de toda a comunidade (erga omnes);
• é um direito subjetivo absoluto porque trata das relações que se estabelecem entre as pessoas sobre uma coisa (ius in re), e todas as demais pessoas ficam sujeitas a respeitá-lo;
• é um direito subjetivo relativo porque é o poder de uma pessoa de exigir de outra a prática de certo comportamento em decorrência de um fato específico;
• é um direito subjetivo absoluto de uma pessoa impor à coletividade que respeite o seu nome, a honra e a dignidade.
• O direito das obrigações emprega o vocábulo obrigação no sentido técnico-jurídico de:
• qualquer espécie de vínculo ou de sujeição da pessoa;
• submissão a uma regra de conduta, cuja autoridade é reconhecida ou forçosamente se impõe;
• vínculo jurídico de conteúdo patrimonial, que se estabelece de pessoa a pessoa, colocando-as, uma em face da outra, como credora e devedora;
• qualquer dever jurídico preexistente;
• dever jurídico sucessivo, decorrente da violação de um dever jurídico originário.
• Marque a alternativa correta.
3. Norberto encontra-se profundamente perturbado, em virtude de certos comportamentos de sua filha Elaine: negou ajuda a uma senhora da vizinhança que precisava atravessar a rua e, como se não bastasse, ficou alheia aos cuidados indispensáveis ao desenvolvimento material e moral de seu filho menor, Otávio.
Certo dia, Elaine foi surpreendida com a presença de um oficial de justiça que realizou sua citação por conta de uma ação de despejo por falta de pagamento, proposta pelo seu locador, Francisco, tendo ainda recebido uma notificação quanto ao término do contrato de comodato de seu veículo.
Analise o caso e identifique as situações propostas a partir dos seguintes tópicos:
a) Todos os atos praticados por Elaine consistem em infrações de obrigações decorrentes de vínculos jurídicos?
b) No caso de locação, há a caracterização de algum estado de sujeição? Qual a distinção existente entre obrigação e estado de sujeição?
c) Pode-se afirmar que a prestação referente ao pagamento do aluguel está afeta ao direito de crédito? Esclareça a resposta apresentando um enfoque doutrinário.
AULA Nº 2
SLIDE 1
VÍNCULO JURÍDICO OBRIGACIONAL
“Este vínculo se diz jurídico porque, sendo disciplinado pela lei, vem acompanhado de sanção. Com efeito, se o devedor que legalmente se obrigou, deixar de efetuar o pagamento, a lei abre as portas dos pretórios ao credor, para que este, através da execução patrimonial do inadimplente, obtenha a satisfação do crédito.” Sílvio Rodrigues
A SUJEIÇÃO DO DEVEDOR AO CREDOR:
A) SUJEIÇÃO CORPORAL – Importância da Lex poetelia papiria (428 a.c.)
Reminiscência atual em nossa Constituição da República e no direito infraconstitucional – artigos 5º, LXVII, CRFB, 652, CCB e 732, CPC
O STF entendeu recentemente que o o artigo 4º do Decreto-lei nº 911/69 não foi recepcionado pela Constituição de 1988 (RE 466343/SP, Informativo nº 449 do Supremo Tribunal Federal).
B) SUJEIÇÃO PATRIMONIAL – artigo 391, CC.
AULA Nº 2
SLIDE Nº 2
TEORIA DUALISTA
Obrigação e Responsabilidade
Obrigação (Shuld)– É o dever jurídico originário.
Responsabilidade (Haftung) – É o dever jurídico sucessivo que nasce do inadimplemento.
Quando a obrigação é cumprida espontaneamente – destino natural da obrigação – não há que se falar em responsabilidade.
Fundamento legal: Analisar sistematicamente o disposto nos artigos 186 e 927, caput, do Código Civil.
Existe obrigação sem responsabilidade? E responsabilidade sem obrigação?
AULA Nº 2
SLIDE 3
FONTES DAS OBRIGAÇÕES
Consistem nos fatos que dão ensejo ao surgimento do vínculo obrigacional, desde que sejam observadas as regras do direito.
Correspondem à causa para o surgimento da obrigação.
A primeira e mais importante fonte é a lei.
A manifestação de vontade também conduz à criação das obrigações. Daí dizer-se que também representam fontes do direito os negócios jurídicos unilaterais, negócios jurídicos bilaterais, atos ilícitos e o risco da atividade.
AULA Nº 3
SLIDE 1
OBRIGAÇÕES NATURAIS
A obrigação natural situa-se no meio caminho entre o dever moral e a obrigação propriamente dita.
Quem cumpre obrigação natural atende a um reclamo de sua consciência.
Podemos encontrar exemplos típicos e atípicos.
Trata-se de obrigação a que o ordenamento jurídico não atribui uma sanção positiva ao devedor.
A bem da verdade, a proteção do credor é feita de modo indireto, como se pode verificar com a simples leitura do artigo 882, do Código Civil: “Não se pode repetir o que se pagou para solver dívida prescrita, ou cumprir obrigação judicialmente inexigível.”AULA Nº 3
SLIDE 2
No direito obrigacional o objeto é a prestação; No direito das coisas o objeto é a coisa.
O direito obrigacional é transitório; O direito das coisas tende à perpetuidade.
No direito obrigacional o vínculo é relativo; No direito das coisas há aderência ao titular, seqüela e ambulatoriedade.
O direito das obrigações é presidido pela atipicidade (rol meramente exemplificativo). O direito das coisas é presidido pela taxatividade (rol exaustivamente)
AULA Nº 3
SLIDE 3
CATEGORIAS JURÍDICAS HÍBRIDAS
OBRIGAÇÃO PROPTER REM
(REAL, MISTA OU AMBULATORIAL)
Conceito – É a obrigação que surge em razão da coisa, acompanhando-a.
Natureza Jurídica - Possui natureza jurídica mista
Exemplos: débito condominial, dívida de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto Territorial Rural (ITR) e Imposto sobre a propriedade de veículo automotor
AULA Nº 3
SLIDE 4
Obrigação de Meio e Obrigação de Resultado
Obrigação de meio é aquela em que o adimplemento se verifica mediante a realização da atividade que o devedor se obrigou. É também chamada de obrigação de atividade.
Obrigação de resultado é aquela em que o adimplemento somente ocorre quando o resultado esperado pelo credor se realiza. É também chamada de obrigação de fim.
Exemplo de obrigação de meio: Intervenção médica e a prestação de serviço de um modo geral
Exemplo de obrigação de resultado: Cirurgia plástica embelezadora.
DIREITO CIVIL II
PROFESSOR – MARCO AURÉLIO MELO
AULA 4
OBRIGAÇÃO DE MEIO E OBRIGAÇÃO DE RESULTADO
Obrigação de meio é aquela em que o adimplemento se verifica mediante a realização da atividade que o devedor se obrigou. É também chamada de obrigação de atividade.
Obrigação de resultado é aquela em que o adimplemento somente ocorre quando o resultado esperado pelo credor se realiza. É também chamada de obrigação de fim.
Exemplo de obrigação de meio: Intervenção médica e a prestação de serviço de um modo geral
Exemplo de obrigação de resultado: Cirurgia plástica embelezadora.
MODALIDADES DAS OBRIGAÇÕES
(Arts. 233 a 285, CC)
OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA
(Arts. 233 a 242, CC)
Na obrigação de dar coisa certa, o bem é identificado na sua quantidade, qualidade e espécie.
Princípio da identidade da coisa devida (art. 313, CC)
Princípio da gravitação jurídica (art. 233, CC)
Princípio res perit domino
Ex. entregar 1 veículo automotor da marca Volkswagen, modelo Gol, cor branca, ano 2000, placa XXX 1234, Chassis aaaabbbb12345.
A coisa certa não é necessariamente infungível?
POSSIBILIDADES DAS OBRIGAÇÕES DE DAR
A) Entregar (arts. 234 a 237, CC) – A coisa pertence ao devedor. Ex. obrigação do vendedor, locador, comodante.
Com a tradição ou o registro é que se constituirá a aquisição da posse ou da propriedade.
B) Restituir (arts. 238 a 242, CC– A coisa pertence ao credor. Ex. obrigação do locatário, do comodatário, do depositário, do mandatário e do usufrutuário.
C) Pecuniária (arts. 315 a 318) – O dinheiro é o meio de realização da prestação, servindo para quantificar a dívida do devedor. Ex. pagar o preço na compra e venda, pagar o aluguel ao locador, pagar o principal e os juros ao banco mutuante.
RISCOS QUE CORREM AS PARTES NAS OBRIGAÇÕES DE ENTREGAR COISA CERTA
ANÁLISE SISTEMÁTICA DOS ARTIGOS 234 A 237, CC.
RISCOS QUE CORREM OS CONTRATANTES NAS OBRIGAÇÕES DE
RESTITUIR COISA CERTA
ANÁLISE SISTEMÁTICA DOS ARTIGOS 238 A 242, CC
OBRIGAÇÃO DE DAR COISA INCERTA
Na obrigação de dar coisa incerta, o bem é identificado na sua quantidade e espécie (art. 243, CC).
No momento do adimplemento da obrigação, a prestação deverá ser devidamente individualizada. A esse momento dá-se o nome de concentração da dívida.
Quem escolherá a qualidade da coisa a ser entregue? Qual o fundamento jurídico?
OBRIGAÇÃO SIMPLES E COMPLEXA
SIMPLES – APENAS UM OBJETO – ex. entregar um livro ao credor
COMPLEXA OU COMPOSTA – MAIS DE UM OBJETO – ex. entregar automóvel e nele fazer os consertos em sua lataria
A obrigação composta pode ser cumulativa ou alternativa
Na cumulativa, o devedor realiza o adimplemento apenas quando quitar todas as prestações; na alternativa, o devedor cumprirá a sua obrigação prestando uma ou outra.
OBRIGAÇÃO ALTERNATIVA
(arts. 252 a 256, CC)
“Tipo obrigacional em que existem unidade de vínculo e pluralidade de prestações, liberando-se contudo o devedor mediante o pagamento de uma só delas. Difere, assim, desde logo da cumulativa, em que há pluralidade objetiva também, mas tanto na obrigação quanto na solução, isto é, o devedor somente se libera pagando todas as coisas.” Caio Mário da Silva Pereira.
Na obrigação alternativa também há a necessidade de concentração do débito.
Assim, a quem caberá a escolha da prestação?
Obrigação alternativa e obrigação facultativa são sinôminos?
Dar ou entregar – Pode ser a transferência da propriedade, do uso ou restituir, respectivamente: cxv, locação e término do comodato.
- Coisa certa – coisa infungível – lembrar do art. 863, CC, da perda da coisa derivada de caso fortuito ou força maior, a tentar para a regra da
O dinheiro é a moeda universal das sub-rogacões.
“ Princípio da identidade da coisa devida. “ Caio Mário
Teoria dos riscos
Dar ¹ Restituir
Na obrigação de dar a coisa pertence ao devedor
Na obrigação restituir a coisa pertence ao credor
Princípio res perit domino
Art. 865, 869 e 1.127, CC
Ressaltar a diferença entre perda – destruição total (art. 865, CC) e deterioração (art. 867, CC) – destruição parcial
O contrário:
Entregar: art. 868,CC melhoramentos e acrescidos pertencem ao devedor aumentando o valor da obrigação, sob pena de resolução do contrato.
Restituir: art. 869, CC - art. 872, CC – melhoramento e aumento lucra o credor.
- Coisa incerta – Obrigação de gênero
Aplica-se o princípio genus nunquam perit
A escolha cabe, em regra, ao devedor - art. 875, CC
A faculdade de escolha deve ser exercida de “ qualidade intermediária “
Ex: Entregar arroz. Tem de 1a , de 2a, de 3a, entrega de 2ª
FIM
DIREITO CIVIL II
PROFESSOR – MARCO AURÉLIO MELO
AULA 5
OBRIGAÇÃO SIMPLES E COMPLEXA
SIMPLES – APENAS UM OBJETO – ex. entregar um livro ao credor
COMPLEXA OU COMPOSTA – MAIS DE UM OBJETO – ex. entregar automóvel e nele fazer os consertos em sua lataria
A obrigação composta pode ser cumulativa ou alternativa
Na cumulativa, o devedor realiza o adimplemento apenas quando quitar todas as prestações; na alternativa, o devedor cumprirá a sua obrigação prestando uma ou outra.
OBRIGAÇÃO ALTERNATIVA
(arts. 252 a 256, CC)
“Tipo obrigacional em que existem unidade de vínculo e pluralidade de prestações, liberando-se contudo o devedor mediante o pagamento de uma só delas. Difere, assim, desde logo da cumulativa, em que há pluralidade objetiva também, mas tanto na obrigação quanto na solução, isto é, o devedor somente se libera pagando todas as coisas.” Caio Mário da Silva Pereira.
Na obrigação alternativa também há a necessidade de concentração do débito.
Assim, a quem caberá a escolha da prestação?
Obrigação alternativa e obrigação facultativa são sinôminos?
Ressaltar a diferença entre perda – destruição total (art. 865, CC) e deterioração (art. 867, CC) – destruição parcial
O contrário:
Entregar: art. 868,CC melhoramentos e acrescidos pertencem ao devedor aumentando o valor da obrigação, sob pena de resolução do contrato.
Restituir: art. 869, CC - art. 872, CC – melhoramento e aumento lucra o credor.
Coisa incerta – Obrigação de gênero
Aplica-se o princípio genus nunquam perit
A escolha cabe, em regra, ao devedor - art. 875, CC
A faculdade de escolha deve ser exercida de “ qualidade intermediária “
Ex: Entregar arroz. Tem de 1a , de 2a, de 3a, entrega de 2ª
CASOS E QUESTÕES OBJETIVAS
2. XXVII Concurso da Magistratura/RJ:
A e B realizaram um negócio jurídico em que o primeiro se obrigou a fornecer, no curso de 90 dias, por preço certo, de logoadiantado, 20 cabeças de vacas leiteiras da raça holandesa, dentre as melhores de seu pasto, no Município de Cações. Cláusula especial estabeleceu que, no dies ad quem do termo, poderia A desobrigar-se, entregando, no lugar do gado, 5 cavalos da raça manga larga marchador, em criação no Haras Solar, situado no município vizinho. Uma súbita epidemia dizimou todo o rebanho bovino de A, impedindo a entrega das 20 vacas. B, então, exigiu os 5 cavalos, invocando o artigo 253 do Código Civil.
Responda objetivamente:
a) Que tipo ou espécie de obrigação assumiu A?
b) Cabe aplicar-se ao caso o artigo 253 do Código Civil?
Resolva, sucintamente, a questão, fornecendo os esclarecimentos e a fundamentação necessários e pertinentes.
3. Empresa X formulou pedido de restituição de mercadorias à Massa Falida da Empresa Y, fundamentando o pedido no fato de terem sido as mercadorias entregues à falida mediante venda em consignação. Alega a falida ser impossível a restituição uma vez que as mercadorias já foram vendidas. Confirmada a venda, pode a empresa X exigir outra prestação? À luz dos arts.534/535 do C.Civil, que espécie de obrigação tem o consignatário.
FIM
AULA 6 – Direito das Obrigações
SLIDE 01
OBRIGAÇÃO DE FAZER
A obrigação de fazer contempla qualquer atividade humana lícita e possível de ser realizada por determinada pessoa.
Ex. Pintar um quadro, celebrar um contrato, consertar um veículo automotor, defender os interesses de uma pessoa junto ao Poder Judiciário, tratar o paciente de uma doença, intervenção odontológica, dedetizar um ambiente, desentupir uma instalação hidráulica, dentre outras.
Pode ser fungível e infungível (personalíssima).
A despeito da redação do artigo 247 do Código Civil, é preciso assegurar ao credor a execução específica com os meios coercitivos estabelecidos pela lei processual civil.
Nesse sentido, façamos a leitura crítica do artigo 461 do Código de Processo Civil.
SLIDE 02
CASO Nº 1
XXXII Concurso da Magistratura/RJ
Um pintor de arte obrigou-se a fazer o retrato de uma pessoa, mas, quando assumiu a obrigação, estava acometido de uma doença que o impede de pintar, a qual ele pensava que era curável, embora houvesse sido diagnosticada como incurável. Qual o seu reflexo na obrigação?
SLIDE 03
CASO Nº 2
Mauro vendeu a Osvaldo seu veículo usado. Ajustaram as partes que o comprador ficaria responsável pela transferência do registro junto ao Detran. Dois anos após, o veículo ainda estava registrado em nome de Mauro e diversas notificações com multas chegaram “a sua casa.
Em ação própria, Mauro pleiteia que Osvaldo seja compelido a proceder à requerer, todavia, a aplicação de multa destinada a compelir o cumprimento da obrigação.
Em contestação, Osvaldo alega que não procedeu à transferência porque perdera o CRV (Certificado de Registro do Veículo), cuja segunda via o autor não lhe entregou (alegação não demonstrada).
Decida a questão, indicando os dispositivos legais aplicáveis. Caso seja acolhido o pedido, poderá o juiz aplicar a multa cominatória ?
SLIDE 04
OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER
Trata-se de obrigação negativa, em que o devedor se obriga abster-se de determinada atividade. O adimplemento se verifica, exatamente na inércia do devedor em realizar a atividade em que se obrigou.
Como diz Carlos Roberto Gonçalves, “a obrigação de não fazer, ou negativa, impõe ao devedor um dever de abstenção o de praticar o ato que poderia livremente fazer, se não se houvesse obrigado.”
Ex. não revelar o sigilo da empresa, não emprestar a sua imagem durante determinado período de tempo para veicular publicidade em favor de determinada cervejaria, não construir mais alto, não abrir determinado estabelecimento que explore o mesmo ramo empresarial que o credor, dentre outras.
SLIDE 05
OBRIGAÇÕES DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS
Obrigação divisível é aquela em que se permite o cumprimento da prestação de modo fracionado. Ex. João deve a Manoel, em decorrência da celebração de um contrato de mútuo, a importância de R 10.000,00, sendo-lhe assegurado o pagamento da dívida em dez prestações de R$ 1.000,00.
Ao revés, obrigação indivisível é aquela que somente admite o adimplemento por inteiro. O devedor não pode fracionar o pagamento (art. 258, CCB).
Ex. entregar um cavalo, restituir o imóvel, finda a locação e pagar a cota condominial.
Para se ter uma noção perfeita do tema, é fundamental relembrar os estudos sobre bens divisíveis e indivisíveis, estudados na parte geral (arts. 87/88, CCB).
SLIDE 06
EFEITOS JURÍDICOS DA OBRIGAÇÃO INDIVISÍVEL QUANDO HOUVER PLURALIDADE DE DEVEDORES:
Em razão da indivisibilidade da prestação, o credor pode exigir a prestação por inteiro de qualquer um dos devedores, afastando-se a regra de que cada credor deve se satisfazer com o recebimento de sua parcela creditícia (regra concursu partes fiunt – as partes se satisfazem pelo concurso, pela divisão).
Ex. A é credor de um automóvel de B, C e D e, portanto, pode exigir a prestação por inteiro de qualquer um deles, tendo em vista que tal obrigação não pode ser cumprida parcialmente.
Para que tal regra não se mostre injusta, o devedor que adimpliu integralmente, poderá exigir dos demais a cota respectiva de responsabilidade de cada um para o adimplemento (fenômeno da sub-rogação).
SLIDE 07
EFEITOS JURÍDICOS DA OBRIGAÇÃO INDIVISÍVEL QUANDO HOUVER PLURALIDADE DE CREDORES:
O mesmo raciocínio anterior, ou seja, em razão da indivisibilidade da prestação, qualquer credor poderá exigir a dívida inteira, mas o devedor somente se desobrigará se respeitar os ditames legais do artigo 260 do Código Civil.
Façamos a sua leitura.
SLIDE 08
CASO Nº 3
Marcos emprestou para Carolina e Edvan um cavalo manga larga, que fugiu por ter sido deixada aberta a porteira por descuido de Célio, funcionário de Marcos e Brigitte. Analise o caso a partir dos seguintes tópicos:
1) Qual a natureza da obrigação assumida?; 2) Em razão da perda do objeto qual o efeito jurídico?;3) Há responsabilidade civil? Sob qual fundamento?
AULA Nº 7
SLIDE 01
OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS
A obrigação solidária pressupõe a existência de pluralidade de sujeitos no pólo ativo ou passivo. Os credores (solidariedade ativa) ou devedores (solidariedade passiva) manifestam-se na relação obrigacional como se fossem os únicos de sua classe. Por esse motivo, qualquer dos credores pode exigir a prestação na sua integralidade, assim como cada devedor é obrigado à prestação toda.
À semelhança do que sucede na obrigação indivisível com pluralidade de sujeitos, afasta-se a regra geral concursu partes fiunt.
SLIDE 02
REGRAS DE OURO PARA O ENTENDIMENTO DA SOLIDARIEDADE:
1ª) A solidariedade não se presume, resulta da lei ou da vontade das partes (art. 265 do Código Civil). No sistema jurídico italiano, permite-se ao intérprete presumir a solidariedade, enquanto que no Brasil a regra continua sendo a de que cada credor deve se satisfazer com a parcela de seu crédito e cada devedor apenas é obrigado a responder pela sua cota;
2ª) Há pluralidade de sujeitos, mas há unidade de prestação, estando exonerado o devedor que pagou a qualquer um dos credores a dívida toda, assim como o credor que recebeu a prestação integral de qualquer um dos coobrigados, não terá qualquer responsabilidade perante este.
SLIDE 03
Três dispositivos legais (arts. 264, 267 e 275, CC) que demonstram que a solidariedade manifesta-se na relação externa entre credores e devedor solidário ou entre o credor e os devedores solidários.
Art. 264, CC – Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda.
Nota: Diz-se mista a solidariedade em que há diversos credores e diversos devedores
SLIDE 04
SOLIDARIEDADE ATIVA
Art. 267 – Cada um dos devedores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação por inteiro.
SLIDE 05
SOLIDARIEDADE PASSIVA
Art. 275 – O credor tem direito a exigire receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto.
Parágrafo único. Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores.
SLIDE 06
CASO 1
(Baseada na PROVA DA OAB-SP) Carlos, arquiteto, realizou um extenso trabalho de pesquisa, desenhos e viabilidade geográfica para um grupo de (5) cinco amigos que pretendiam comprar um terreno. Ficou acertado em contrato escrito que: “os contratantes deverão pagar ao contratado, a título de honorários, o valor de dez mil reais, trinta dias após a conclusão do serviço”.
Passados trinta dias após o serviço prestado, não ocorreu o pagamento; Carlos deseja cobrar toda a quantia de um só cliente, posto ser o mais rico de todos. Os demais amigos não têm meios para arcar com a dívida.
Analise o caso a partir dos seguintes tópicos:
1)Com base em nosso Código Civil, pode Carlos efetuar a cobrança de um só dos devedores? Explique juridicamente.
2)Qual a principal diferença entre os sistemas brasileiro, italiano, alemão e argentino acerca da solidariedade ?
SLIDE 07
RELAÇÃO INTERNA DA SOLIDARIEDADE PASSIVA
Importante efeito jurídico do pagamento feito por um dos devedores solidários: O devedor que paga integralmente a dívida, pode exigir dos demais devedores solidários a cota de responsabilidade que compete a cada um deles.
Passemos a leitura do artigo 283 do Código Civil:
SLIDE 08
Art. 283, CC – O devedor que satisfez a dívida por inteiro a exigir de cada um dos co-devedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os co-devedores.
Nota: fazer leitura atenta ao disposto no artigo 282 do Código Civil.
SLIDE 09
CASO 2
(OAB/BA) Nas obrigações solidárias:
a) importará renúncia da solidariedade à propositura da ação pelo credor contra um dos devedores.
b) Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento apenas do seu montante.
c) No caso de rateio entre os co-devedores, contribuirão também os exonerados da solidariedade pelo credor, pela parte que na obrigação incumbia ao insolvente.
d) A solidariedade pode ser presumida.
SLIDE 10
EFEITOS DA SOLIDARIEDADE EM CASO DE FALECIMENTO DE UM DOS DEVEDORES SOLIDÁRIOS
Art. 276. Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, nenhum destes será obrigado a pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível; mas todos reunidos serão considerados como um devedor solidário em relação aos demais devedores.
SLIDE 11
DIFERENÇAS ENTRE SOLIDARIEDADE E INDIVISIBILIDADE
1º) Na obrigação indivisível afasta-se a regra concurso partes fiunt, tendo em vista o objeto da relação obrigacional; Na obrigação solidária esta exceção ocorre em razão da relação jurídica in solidum que existe entre os credores (solidariedade ativa) ou entre os devedores (solidariedade passiva).
2º) A solidariedade é personalíssima, extinguindo-se com a morte de um dos credores solidários (art. 270, CC) ou entre os devedores solidários (art. 276, CC); a indivisibilidade persiste, pois o efeito jurídico da indivisibilidade está atrelado ao objeto e não ao sujeito.
SLIDE 12
3º) A perda do objeto com a conversão da obrigação em perdas e danos extingue a indivisibilidade (art. 263, CC), enquanto que a solidariedade continua mesmo quando houver a perda do objeto e conversão em perdas e danos.
Art. 263. Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e danos.
§ 1º Se, para efeito do disposto neste artigo, houver culpa de todos os devedores, responderão todos por partes iguais.
§ 2º Se for de um só a culpa, ficarão exonerados os outros, respondendo só esse pelas perdas e danos.
AULA 8
SLIDE 01
TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES
I - CESSÃO DE CRÉDITO
Conceito:
“Negócio jurídico em virtude do qual o credor transfere a outrem a sua qualidade creditícia contra o devedor, recebendo o cessionário o direito respectivo, com todos os acessórios e todas as garantias. “ Caio Mário
O credor originário é substituído pelo adquirente do crédito, ao passo que este – o crédito - remanesce inalterado.
SLIDE 02
Art. 286, CC
“O credor pode ceder o seu crédito, se a isso não se opuser a natureza da obrigação, a lei, ou a convenção com o devedor; a cláusula proibitiva da cessão não poderá ser oposta ao cessionário de boa fé, se não constar do instrumento da obrigação.
SLIDE 03
REQUISITOS:
1) Comuns a todos os negócios jurídicos, ou seja, agente capaz, consenso, objeto lícito, possível, determinado ou determinável, forma prescrita ou não defesa em lei.
2) Disponibilidade - Não podem ser cedidos créditos com caráter personalíssimo (ex. alimentos, benefício da justiça gratuita direitos trabalhistas) e crédito que já tenha sido penhorado por outro credor (art. 298, CC) ou outras situações previstas em lei
3) Ausência de cláusula proibindo a cessão.
SLIDE 04
Nota 1: Crédito de incapaz somente pode ser cedido se houver autorização judicial mediante a demonstração de necessidade ou vantagem em favor do incapaz.
Nota 2: Na cessão do crédito, em regra, o acessório segue o principal (art. 287, CC).
Nota 3: Se a cessão envolver bens imóveis, faz-se necessária a escritura pública e se casado outorga uxória ou marital.
SLIDE 05
NOTIFICAÇÃO DO DEVEDOR DA CESSÃO DO CRÉDITO
Entre cedente e cessionário, basta que haja a convenção. Entretanto, em relação ao devedor, para que o negócio jurídico possa ter eficácia há a necessidade de notificação do devedor para que este saiba a quem pagar.
Art. 290 – A cessão do crédito não tem eficácia em relação ao devedor, senão quando a este notificada; mas por notificado se tem o devedor que, em contrato escrito ou particular, se declarou ciente da cessão feita.
SLIDE 06
ESPÉCIE DE CESSÃO DO CRÉDITO
a) Cessão de Crédito a título oneroso e gratuito (art. 295, CC)
b) Cessão de Crédito pro soluto e pro solvendo. (art. 296)
Nota 4: O cedente responde pela existência do crédito, mas, em regra, não responde pela solvência do devedor.
SLIDE 07
Art. 295, CC – Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que não se responsabilize, fica responsável ao cessionário, fica responsável ao cessionário pela existência do crédito ao tempo que lhe cedeu; a mesma responsabilidade lhe cabe nas cessões por título gratuito, se tiver procedido de má fé.
SLIDE 08
Art. 296, CC – Salvo estipulação em contrário, o cedente não responde pela solvência do devedor.
Isto significa que, em regra, a pessoa que cedeu o crédito não se responsabiliza pelo pagamento da dívida por parte do devedor (cessão do crédito pro soluto).
SLIDE 09
CASO 1
Antonio vendeu um automóvel usado para Benedito, cujo preço (R$ 30.000,00) deveria ser pago no prazo de 60 dias. Como Antonio necessitava do dinheiro para comprar outro veículo, cedeu seu crédito para Carlos pelo valor de R$ 25.000,00. Vencido o prazo de 60 dias, que valor poderá Carlos exigir de Benedito? 30 mil ou 25 mil reais? Supondo que Benedito, vencido o prazo, venha a desaparecer, de modo a se tornar impossível a cobrança, poderá Carlos exigir de Antonio o pagamento dos R$ 30.000,00 ou pelo menos a devolução dos R$ 25.000,00 ?
SLIDE 10
CESSÃO DO CONTRATO
“Negócio pelo qual um dos contratantes em qualquer contrato bilateral ou sinalagmático transmite a terceiro, com o necessário assentimento do outro contraente, o conjunto de direitos e obrigações que lhe advém desse contrato.” Antunes Varela
Ex: art. 13, lei 8.245/91.
SLIDE 11
CASO 2
O Banco XCV S/A ajuizou ação de rescisão contratual em face de Olavo, alegando falta de pagamento. Em sua defesa, Olavo alega que o Banco não tem legitimidade ativa para propor tal ação, pois cedera seu crédito em relação ao contrato que pretenderia rescindir para o Banco Dinheiro S/A e queeste é que teria legitimidade, pois era o novo credor.
Analise o caso a partir dos seguintes tópicos:
1) Na hipótese, houve cessão do crédito ou cessão contrato? Qual a diferença?
2) Na hipótese em concreto, que Banco teria legitimidade para a ação de rescisão contratual?
SLIDE 12
ASSUNÇÃO DE DÍVIDA OU CESSÃO DO DÉBITO
Conceito - Negócio jurídico pelo qual o devedor transfere a outrem a sua posição na relação jurídica. 
Na assunção de dívida, é indispensável o consentimento do credor, pois este tem o direito de fiscalizar se a pessoa que assumiu a obrigação do devedor era solvente e cumpridora das obrigações
Passemos a leitura do artigo 299, CC
SLIDE 13
Art. 299 – É facultado a terceiro assumir a obrigação do devedor, com o consentimento expresso do credor, ficando exonerado o devedor primitivo, salvo se aquele ao tempo da assunção era insolvente e o credor o ignorava. Parágrafo único. Qualquer das partes pode assinar prazo ao credor para que consinta na assunção da dívida, interpretando-se o seu silêncio como recusa.
SLIDE 14
Nota 5 – O novo devedor não pode se valer de defesas que competiam exclusivamente ao devedor primitivo.
Nota 6 – A assunção de dívida pode se dar sem a participação do devedor primitivo, sendo apenas um acerto entre o credor e o novo devedor (expromissão) ou, ao contrário, se aperfeiçoar com a participação do devedor primitivo (cedente), o novo devedor (cessionário ou assuntor) e o credor. A esta última possibilidade dá-se o nome de delegação.
SLIDE 15
CASO 3
Antonio deve a Benedito a importância de R$ 50.000,00. Em face da grande dificuldade financeira de Antonio (doença de família, etc.) e da cobrança insistente de Benedito que, inclusive, ameaça propor ação de cobrança, o pai de Antônio (Carlos) se dispõe a pagar a dívida desde que Benedito a parcele em três vezes. Supondo que Benedito concorde com a proposta de Carlos, o que teremos na espécie (assinale a alternativa correta):
a) Cessão de crédito;
b) Novação;
c) Dação em pagamento;
d) transação
e) assunção de dívida
AULA 9
PROFESSOR MARCO AURÉLIO DE MELO
Curso de Direito
AV 1 – DIREITO CIVIL II – 2009.1 – PROVA A
1ª PARTE — Assinale a alternativa correta. Justifique sua escolha.
Questão 01: (1,0 ponto)
Assinale a alternativa correta:
a) A obrigação de pagar alimentos ao filho integra o ramo do direito civil denominado direito das obrigações, tendo em vista o seu caráter estritamente patrimonial;
b) A obrigação alternativa é simples, possibilitando, entretanto, ao devedor o exercício da faculdade de adimplir a prestação remanescente em caso de impossibilidade de cumprimento da primeira;
c) A sujeição do devedor inadimplente é, em regra, corporal, podendo, entretanto, incidir sobre o patrimônio do devedor;
d) Na dívida de jogo o pagamento espontâneo impede o devedor de buscar a repetição do indébito, sendo, portanto, classificada como obrigação natural;
e) A obrigação de pagar a prestação da energia elétrica é denominada de obrigação real.
Sugestão de gabarito: letra d – artigos 814 e 882,CC
Questão 02: (1,0 ponto)
Assinale a alternativa correta:
a) Na denominada obrigação de meio o devedor se obriga a conseguir para o credor o resultado por ele desejado;
b) Na obrigação de fazer é vedado ao credor buscar em juízo a execução específica, devendo contentar-se com a indenização decorrente do inadimplemento;
c) Na obrigação indivisível com pluralidade de credores, cada qual pode exigir do devedor a integralidade da prestação, afastando-se a regra de que cada credor deve apenas cobrar a sua cota;
d) Nas obrigações de dar coisa incerta, a escolha da qualidade do bem pertence ao credor por ser a parte mais fraca na relação obrigacional;
e) A obrigação que o advogado assume perante o seu cliente de defendê-lo, em regra, é obrigação de resultado, devendo o profissional reparar todos os danos sofridos que decorram da derrota judicial.
Sugestão de gabarito: letra c – artigo 260, primeira parte, CC
2ª PARTE — Responda às questões propostas, justificando-as objetivamente.
Questão 03: (2,5 pontos)
César adquiriu um imóvel e após se encontrar no bem, soube por Josué, síndico do prédio, que havia débito residual relativo a três meses de parcela condominial não adimplida por Carlos, antigo proprietário. César entende não ter qualquer responsabilidade sobre o pagamento, posto que a sua titularidade é ulterior. Fundamenta, sobretudo, que o eventual cumprimento dessa obrigação caracterizaria enriquecimento sem causa para o alienante.
Ante a questão estabelecida, responda fundamentadamente as indagações que seguem:
1) Qual a natureza da obrigação imputada a César?
Sugestão de gabarito: trata-se de obrigação propter rem, que significa “por causa da coisa”, que recai sobre uma pessoa que é titular de um direito real, e só existe em função da situação jurídica do obrigado, de titular de domínio ou possuidor de determinada coisa.
2) Há exigibilidade do cumprimento da obrigação conforme pretendido pelo condomínio, mesmo que seja comprovada a ausência do vínculo jurídico entre as partes à época da constituição em mora?
Sugestão de gabarito: Há exigibilidade e consequente responsabilidade do adquirente, em virtude da própria natureza da obrigação propter rem, que tem caráter ambulatorial.
Tal obrigação provém da existência de um direito real imposta a seu titular. Conforme consideração de Orlando Gomes “esse cordão umbilical jamais se rompe. Se o direito de que se origina é transmitido , a obrigação o segue, seja qual for o título translativo. Por sua vez, ao adquirente do direito real não pode recusar-se a assumi-la.” Dessa forma, César deverá cumprir tal obrigação, consoante a norma do artigo 1.345 do Código Civil.
Questão 04: (2,5 pontos)
João perdeu o seu animal de estimação que foi encontrado por Manoel. Como o animal tinha em sua coleira o endereço do proprietário, Manoel dirigiu-se para a casa de João e ao entregar o animal anunciou que a descoberta do animal tinha lhe conferido o direito de cobrar pelas despesas de manutenção e transporte do animal, além de recompensa equivalente a dois por cento do valor do bem, o que somaria a importância de R$ 78,20. Diante do dilema entre recuperar o seu animal e ter que pagar a quantia devida, João resolve abandonar o bem nas mãos de seu descobridor.
Diante desse quadro, responda se o comportamento de João é juridicamente sustentável, fundamentando a resposta.
Sugestão de gabarito: Trata-se de obrigação facultativa em que é lícito ao dono do animal abandoná-lo, exonerando-se de sua obrigação de pagar. Ver artigo 1.234, CC.
Questão 05: (2,0 pontos)
Maria das Dores alugou o seu apartamento a Joaquim Raposo, sendo fiadora solidária Teresa Silva e, portanto, garantidora da locação. Diante de uma situação de desemprego, seguida de grave doença na família, o locatário se vê na contingência de entregar as chaves, deixando uma dívida de R$ 4.768, 20 a título de alugueres, multas e encargos da locação. Diante desse quadro de inadimplemento, a locadora Maria ajuíza ação para o fim de cobrar tal dívida da fiadora Teresa que se defende dizendo que não sendo locatária, somente poderá sofrer a cobrança da dívida se o locatário demandado judicialmente não pagar, pois em caso contrário estaria acontecendo enriquecimento sem causa já que jamais teve posse do imóvel, sendo apenas a fiadora da locação.
Considerando verdadeiras todas as assertivas contidas no problema, queira responder a quem assiste razão.
Sugestão de gabarito: Teresa Silva assumiu a fiança, obrigando-se solidariamente com o locatário pelo pagamento dos alugueres e encargos. Assim, assiste razão a locatária que pode exigir o pagamento de qualquer um dos devedores solidários, na forma do artigo 275 do Código Civil.
PROFESSOR MARCO AURÉLIO DE MELO
Curso de Direito
AV 1 – DIREITO CIVIL II – 2009.1 – PROVA B
1ª PARTE — Assinale a alternativa correta. Justifique sua escolha.
Questão 01: (1,0 ponto)
Assinale a alternativa correta:a) Na denominada obrigação de meio o devedor se obriga a conseguir para o credor o resultado por ele desejado;
b) Na obrigação de fazer é vedado ao credor buscar em juízo a execução específica, devendo contentar-se com a indenização decorrente do inadimplemento;
c) Na obrigação indivisível com pluralidade de credores, cada qual pode exigir do devedor a integralidade da prestação, afastando-se a regra de que cada credor deve apenas cobrar a sua cota;
d) Nas obrigações de dar coisa incerta, a escolha da qualidade do bem pertence ao credor por ser a parte mais fraca na relação obrigacional;
e) A obrigação que o advogado assume perante o seu cliente de defendê-lo, em regra, é obrigação de resultado, devendo o profissional reparar todos os danos sofridos que decorram da derrota judicial.
Sugestão de gabarito: letra c – artigo 260, primeira parte, CC
Questão 02: (1,0 ponto)
Assinale a alternativa correta:
a) A obrigação de pagar alimentos ao filho integra o ramo do direito civil denominado direito das obrigações, tendo em vista o seu caráter estritamente patrimonial;
b) A obrigação alternativa é simples, possibilitando, entretanto, ao devedor o exercício da faculdade de adimplir a prestação remanescente em caso de impossibilidade de cumprimento da primeira;
c) A sujeição do devedor inadimplente é, em regra, corporal, podendo, entretanto, incidir sobre o patrimônio do devedor;
d) Na dívida de jogo o pagamento espontâneo impede o devedor de buscar a repetiçao do indébito, sendo, portanto, classificada como obrigação natural;
e) A obrigação de pagar a prestação da energia elétrica é denominada de obrigação real.
Sugestão de gabarito: letra d – artigos 814 e 882,CC
2ª PARTE — Responda às questões propostas, justificando-as objetivamente.
Questão 03: (2,0 pontos)
Maria das Dores alugou o seu apartamento a Joaquim Raposo, sendo fiadora solidária Teresa Silva e, portanto, garantidora da locação. Diante de uma situação de desemprego, seguida de grave doença na família, o locatário se vê na contingência de entregar as chaves, deixando uma dívida de R$ 4.768, 20 a título de alugueres, multas e encargos da locação. Diante desse quadro de inadimplemento, a locadora Maria ajuíza ação para o fim de cobrar tal dívida da fiadora Teresa que se defende dizendo que não sendo locatária, somente poderá sofrer a cobrança da dívida se o locatário demandado judicialmente não pagar, pois em caso contrário estaria acontecendo enriquecimento sem causa já que jamais teve posse do imóvel, sendo apenas a fiadora da locação.
Considerando verdadeiras todas as assertivas contidas no problema, queira responder a quem assiste razão.
Sugestão de gabarito: Teresa Silva assumiu a fiança, obrigando-se solidariamente com o locatário pelo pagamento dos alugueres e encargos. Assim, assiste razão a locatária que pode exigir o pagamento de qualquer um dos devedores solidários, na forma do artigo 275 do Código Civil.
Questão 04: (2,5 pontos)
João perdeu o seu animal de estimação que foi encontrado por Manoel. Como o animal tinha em sua coleira o endereço do proprietário, Manoel dirigiu-se para a casa de João e ao entregar o animal anunciou que a descoberta do animal tinha lhe conferido o direito de cobrar pelas despesas de manutenção e transporte do animal, além de recompensa equivalente a dois por cento do valor do bem, o que somaria a importância de R$ 78,20. Diante do dilema entre recuperar o seu animal e ter que pagar a quantia devida, João resolve abandonar o bem nas mãos de seu descobridor.
Diante desse quadro, responda se o comportamento de João é juridicamente sustentável, fundamentando a resposta.
Sugestão de gabarito: Trata-se de obrigação facultativa em que é lícito ao dono do animal abandoná-lo, exonerando-se de sua obrigação de pagar. Ver artigo 1.234, CC.
Questão 05: (2,5 pontos)
César adquiriu um imóvel e após se encontrar no bem, soube por Josué, síndico do prédio, que havia débito residual relativo a três meses de parcela condominial não adimplida por Carlos, antigo proprietário. César entende não ter qualquer responsabilidade sobre o pagamento, posto que a sua titularidade é ulterior. Fundamenta, sobretudo, que o eventual cumprimento dessa obrigação caracterizaria enriquecimento sem causa para o alienante.
Ante a questão estabelecida, responda fundamentadamente as indagações que seguem:
3) Qual a natureza da obrigação imputada a César?
Sugestão de gabarito: trata-se de obrigação propter rem, que significa “por causa da coisa”, que recai sobre uma pessoa que é titular de um direito real, e só existe em função da situação jurídica do obrigado, de titular de domínio ou possuidor de determinada coisa.
4) Há exigibilidade do cumprimento da obrigação conforme pretendido pelo condomínio, mesmo que seja comprovada a ausência do vínculo jurídico entre as partes à época da constituição em mora?
Sugestão de gabarito: Há exigibilidade e consequente responsabilidade do adquirente, em virtude da própria natureza da obrigação propter rem, que tem caráter ambulatorial.
Tal obrigação provém da existência de um direito real imposta a seu titular. Conforme consideração de Orlando Gomes “esse cordão umbilical jamais se rompe. Se o direito de que se origina é transmitido , a obrigação o segue, seja qual for o título translativo. Por sua vez, ao adquirente do direito real não pode recusar-se a assumi-la.” Dessa forma, César deverá cumprir tal obrigação, consoante a norma do artigo 1.345 do Código Civil.
AULA 10
SLIDE 01
EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES
PAGAMENTO DIRETO
O pagamento extingue a obrigação e pode ser direto e indireto. O pagamento direto ocorre quando o adimplemento observa o tempo, lugar e modo previstos previamente na lei ou no contrato. O pagamento direto é o modo normal de extinção das obrigações. Ex. No dia 10 de fevereiro de 2008 o locatário pagou ao locador a importância de R$ 450,00. No dia 1º de junho de 2008 o prestador do serviço realizou a desratização na residência da tomadora do serviço. Na data fixada no contrato para o “habite-se” a incorporadora entregou o apartamento ao comprador.
SLIDE 02
QUEM DEVE PAGAR
Em regra, quem paga é o devedor, mas a lei permite ao terceiro realizar a prestação. O terceiro pode ser interessado e não interessado.
O interesse é jurídico e não de outra natureza. Devemos considerar como terceiro interessado a pessoa que se fizer o pagamento evitará uma consequência jurídica típica do próprio inadimplemento.
Ex. fiador, avalista, herdeiro, sublocatário, seguradora, adquirente de imóvel hipotecado
SLIDE 03
PAGAMENTO PELO TERCEIRO INTERESSADO – CONSEQUÊNCIAS
O terceiro interessado que paga a dívida substitui o credor satisfeito e pode exigir do devedor o que pagou. Trata-se de efeito jurídico conhecido como sub-rogação, na forma do artigo 346, III, do Código Civil.
O terceiro interessado pode fazer o pagaemnto forçado ao credor, ao qual denominamos de pagamento em consignação.
Nota: Artigo 346, III, CC: “A sub-rogação opera-se de plano direito, em favor: III – do terceiro interessado.”
SLIDE 04
CASO Nº 1
César deve R$ 5.000,00 a Suzana. No dia combinado para o pagamento, o pai de César, Sr. Hélio, se apresenta a Suzana oferecendo-lhe o valor da dívida. Suzana recusa, alegando que Hélio não tem interesse em fazê-lo. Analise o caso a partir dos seguintes tópicos:
a) Hélio é terceiro interessado ou terceiro não interessado?
b) Tem o pai de Suzana direito de, em seu próprio nome, consignar em pagamento? Por que?
SLIDE 05
CASO Nº 2
1. Através de escritura pública de cessão de direitos e obrigações, Matheus adquiriu o imóvel hipotecado de Paolos, não tendo, todavia, a Caixa Econômica Federal, credora hipotecária, participado do ato. Em seguida, Matheus pretende pagar a dívida de Paolos e extinguir a Hipoteca, sendo que a Caixa Econômica Federal nega tal possibilidade, alegando que o pagamento não pode ser feito por pessoa estranha ao vínculo obrigacional. É Matheus parte legítima para ingressar com ação de consignação em pagamento?Justifique.
SLIDE 06
PAGAMENTO FEITO PELO TERCEIRO NÃO INTERESSADO
CONSEQUÊNCIAS
Se o fizer em nome próprio tem direito ao reembolso. Se o fizer em nome e à conta do devedor, tal ato equipara-se, em regra, a uma liberalidade, não tendo, portanto, direito algum perante o devedor.
O terceiro não interessado deve ter cautela ao realizar o pagamento, pois se o devedor tinha mecanismos de defesa próprios contra o credor, nada mais poderá reclamar deste (art. 306, CC). Ex. prescrição, exceção de contrato não cumprido.
Artigo 305 – O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor.
SLIDE 07
A QUEM SE DEVE PAGAR
A prestação deve ser paga ao credor ou a quem o represente (art. 308, CC). Por esta razão, se utiliza o jargão popular que diz: “quem paga mal, paga duas vezes.”.
Entretanto, o pagamento feito pelo devedor de boa fé ao credor putativo reputa-se eficaz (art. 309, CC), assim como o pagamento feito ao incapaz se o devedor provar que a prestação reverteu em seu proveito (art. 310, CC).
SLIDE 08
OBJETO DO PAGAMENTO
O objeto da prestação é a prestação na forma pactuada ou prevista na lei que como sabemos deve ser de dar, fazer ou não fazer.
Quando a prestação for pecuniária, o pagamento deve ser em moeda corrente (princípio do nominalismo – artigo 315, CC), sendo nulas as convenções estabelecidas em moeda estrangeira e em ouro, salvo autorização legal especial (art. 318, CC).
SLIDE 09
CASO Nº 3
Bernardo, atleta profissional (jogador de futebol), pretende fechar contrato de cessão de sua imagem com a empresa X, no qual consta uma cláusula que atrela à variação cambial ao dólar a atualização dos pagamentos que lhe serão devidos. Em face do disposto no artigo 318 do Código Civil, quer saber do seu advogado se essa cláusula é ou não válida.
SLIDE 10
PROVA DO PAGAMENTO - QUITAÇÃO
A quitação é o ato jurídico comprobatório da extinção da obrigação. O devedor tem direito a receber a quitação, estando autorizado, inclusive a reter o pagamento ou se assim entender, consignar o pagamento, depositando o valor da dívida em nome do credor a fim de se exonerar da obrigação. O artigo 320 do Código Civil estabelece requisitos para a quitação, mas admite-se que o pagamento seja provado por outros meios, desde que convincentes. Ex. quitação eletrônica.
SLIDE 11
CASO Nº 4
Francisco José propôs ação de cobrança em face de Nova América Cia de Seguros S/A postulando o recebimento de diferença de indenização em razão de seguro por roubo de veículo. Alegou que o objeto da avença era uma indenização correspondente ao valor atualizado da importância segurada, limitado ao valor médio de mercado do veículo. Confiando na informação da seguradora, recebeu e deu quitação pela quantia que aquela lhe pagou, certo de que a mesma correspondia ao valor referido. Constatando, logo em seguida, que o valor recebido era bem inferior ao devido, manifestou imediato protesto, recorrendo ao Judiciário a fim de ver solucionado o litígio. Em contestação, a empresa ré alega que o autor, pessoa acostumada a praticar atos de comércio, recebeu o valor da indenização e outorgou à seguradora plena, rasa, geral e irrevogável quitação, liberando a devedora e transferindo-lhe a propriedade, de sorte que nada mais pode dele reclamar em decorrência do evento. Ademais, sustenta que, somente em casos excepcionais, a quitação pode ser invalidada, dentre os quais não se incluem os motivos expostos pelo autor. Dando os fatos alegados na exordial como provados, decida fundamentadamente.
SLIDE 12
LUGAR DO PAGAMENTO
Em regra, o pagamento deve ser efetivado no domicílio do devedor, sendo, portanto, a obrigação quesível (buscável). Trata-se de mais um exemplo de favor debitoris.
Entretanto, deve se reconhecer que esta matéria está entregue ao princípio da autonomia da vontade.
Quando a prestação deve ser adimplida no domicílio do credor, diz-se que a obrigação é portável.
SLIDE 13
CASO Nº 5
Célia e Alfredo celebraram entre si contrato de compra e venda. Estabeleceram como data do pagamento o dia 17 de fevereiro. Não previram lugar para o pagamento. No dia do vencimento, Alfredo fica aguardando o pagamento e Célia fica aguardando a cobrança. Ambos permaneceram inertes e o pagamento não foi efetuado.
1) Qual o princípio fundamental que regula o lugar do pagamento?
2) No silêncio do contrato, qual a solução jurídica apresentada pelo ordenamento?
AULA 11
SLIDE 01
PAGAMENTO FEITO PELO TERCEIRO NÃO INTERESSADO
CONSEQUÊNCIAS
Se o fizer em nome próprio tem direito ao reembolso. Se o fizer em nome e à conta do devedor, tal ato equipara-se, em regra, a uma liberalidade, não tendo, portanto, direito algum perante o devedor.
O terceiro não interessado deve ter cautela ao realizar o pagamento, pois se o devedor tinha mecanismos de defesa próprios contra o credor, nada mais poderá reclamar deste (art. 306, CC). Ex. prescrição, exceção de contrato não cumprido.
Artigo 305 – O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor.
SLIDE 02
A QUEM SE DEVE PAGAR
A prestação deve ser paga ao credor ou a quem o represente (art. 308, CC). Por esta razão, se utiliza o jargão popular que diz: “quem paga mal, paga duas vezes.”.
Entretanto, o pagamento feito pelo devedor de boa fé ao credor putativo reputa-se eficaz (art. 309, CC), assim como o pagamento feito ao incapaz se o devedor provar que a prestação reverteu em seu proveito (art. 310, CC).
SLIDE 03
OBJETO DO PAGAMENTO
O objeto da prestação é a prestação na forma pactuada ou prevista na lei que como sabemos deve ser de dar, fazer ou não fazer.
Quando a prestação for pecuniária, o pagamento deve ser em moeda corrente (princípio do nominalismo – artigo 315, CC), sendo nulas as convenções estabelecidas em moeda estrangeira e em ouro, salvo autorização legal especial (art. 318, CC).
SLIDE 04
CASO Nº 3
Bernardo, atleta profissional (jogador de futebol), pretende fechar contrato de cessão de sua imagem com a empresa X, no qual consta uma cláusula que atrela à variação cambial ao dólar a atualização dos pagamentos que lhe serão devidos. Em face do disposto no artigo 318 do Código Civil, quer saber do seu advogado se essa cláusula é ou não válida.
SLIDE 05
PROVA DO PAGAMENTO - QUITAÇÃO
A quitação é o ato jurídico comprobatório da extinção da obrigação. O devedor tem direito a receber a quitação, estando autorizado, inclusive a reter o pagamento ou se assim entender, consignar o pagamento, depositando o valor da dívida em nome do credor a fim de se exonerar da obrigação. O artigo 320 do Código Civil estabelece requisitos para a quitação, mas admite-se que o pagamento seja provado por outros meios, desde que convincentes. Ex. quitação eletrônica.
SLIDE 06
CASO Nº 4
Francisco José propôs ação de cobrança em face de Nova América Cia de Seguros S/A postulando o recebimento de diferença de indenização em razão de seguro por roubo de veículo. Alegou que o objeto da avença era uma indenização correspondente ao valor atualizado da importância segurada, limitado ao valor médio de mercado do veículo. Confiando na informação da seguradora, recebeu e deu quitação pela quantia que aquela lhe pagou, certo de que a mesma correspondia ao valor referido. Constatando, logo em seguida, que o valor recebido era bem inferior ao devido, manifestou imediato protesto, recorrendo ao Judiciário a fim de ver solucionado o litígio. Em contestação, a empresa ré alega que o autor, pessoa acostumada a praticar atos de comércio, recebeu o valor da indenização e outorgou à seguradora plena, rasa, geral e irrevogável quitação, liberando a devedora e transferindo-lhe a propriedade, de sorte que nada mais pode dele reclamar em decorrência do evento. Ademais, sustenta que, somente em casos excepcionais, a quitação pode ser invalidada, dentre os quais não se incluem os motivos expostos pelo autor. Dandoos fatos alegados na exordial como provados, decida fundamentadamente.
SLIDE 07
LUGAR DO PAGAMENTO
Em regra, o pagamento deve ser efetivado no domicílio do devedor, sendo, portanto, a obrigação quesível (buscável). Trata-se de mais um exemplo de favor debitoris.
Entretanto, deve se reconhecer que esta matéria está entregue ao princípio da autonomia da vontade.
Quando a prestação deve ser adimplida no domicílio do credor, diz-se que a obrigação é portável.
SLIDE 08
CASO Nº 5
Célia e Alfredo celebraram entre si contrato de compra e venda. Estabeleceram como data do pagamento o dia 17 de fevereiro. Não previram lugar para o pagamento. No dia do vencimento, Alfredo fica aguardando o pagamento e Célia fica aguardando a cobrança. Ambos permaneceram inertes e o pagamento não foi efetuado.
1) Qual o princípio fundamental que regula o lugar do pagamento?
2) No silêncio do contrato, qual a solução jurídica apresentada pelo ordenamento?
AULA 12
SLIDE 01
CASO Nº 4
Francisco José propôs ação de cobrança em face de Nova América Cia de Seguros S/A postulando o recebimento de diferença de indenização em razão de seguro por roubo de veículo. Alegou que o objeto da avença era uma indenização correspondente ao valor atualizado da importância segurada, limitado ao valor médio de mercado do veículo. Confiando na informação da seguradora, recebeu e deu quitação pela quantia que aquela lhe pagou, certo de que a mesma correspondia ao valor referido.
SLIDE 02
Constatando, logo em seguida, que o valor recebido era bem inferior ao devido, manifestou imediato protesto, recorrendo ao Judiciário a fim de ver solucionado o litígio. Em contestação, a empresa ré alega que o autor, pessoa acostumada a praticar atos de comércio, recebeu o valor da indenização e outorgou à seguradora plena, rasa, geral e irrevogável quitação, liberando a devedora e transferindo-lhe a propriedade, de sorte que nada mais pode dele reclamar em decorrência do evento. Ademais, sustenta que, somente em casos excepcionais, a quitação pode ser invalidada, dentre os quais não se incluem os motivos expostos pelo autor. Dando os fatos alegados na exordial como provados, decida fundamentadamente.
SLIDE 03
LUGAR DO PAGAMENTO
Em regra, o pagamento deve ser efetivado no domicílio do devedor, sendo, portanto, a obrigação quesível (buscável). Trata-se de mais um exemplo de favor debitoris.
Entretanto, deve se reconhecer que esta matéria está entregue ao princípio da autonomia da vontade.
Quando a prestação deve ser adimplida no domicílio do credor, diz-se que a obrigação é portável.
SLIDE 04
CASO Nº 5
Célia e Alfredo celebraram entre si contrato de compra e venda. Estabeleceram como data do pagamento o dia 17 de fevereiro. Não previram lugar para o pagamento. No dia do vencimento, Alfredo fica aguardando o pagamento e Célia fica aguardando a cobrança. Ambos permaneceram inertes e o pagamento não foi efetuado.
1) Qual o princípio fundamental que regula o lugar do pagamento?
2) No silêncio do contrato, qual a solução jurídica apresentada pelo ordenamento?
SLIDE 05
FORMAS INDIRETAS DE PAGAMENTO
PAGAMENTO EM CONSIGNAÇÃO – Consiste no depósito da coisa devida, nas hipóteses legais, cujo efeito será a liberação do devedor da obrigação (art. 334, CCB). Se a dívida consistir em dinheiro, poderá ser feito extrajudicialmente em instituição financeira autorizada para tanto. Se a dívida for de outra natureza, o depósito deverá ser feito judicialmente.
As hipóteses em que a consignação em pagamento tem cabimento se encontram no artigo 335 do Código Civil.
SLIDE 06
CASO CONCRETO Nº 2
(caso nº 1 no caderno de exercícios)
1) Por meio de escritura pública de cessão de direitos e obrigações, Romildo adquiriu de Juca imóvel hipotecado, não tendo, todavia, a Caixa Econômica Federal, credora hipotecária participado do ato. Em seguida, Romildo pretende pagar a dívida de Juca e extinguir a hipoteca, sendo que a Caixa Econômica Federal nega tal possibilidade, alegando que o pagamento não pode ser feito por pessoa estranha ao vínculo obrigacional. Analise o caso a partir dos seguintes tópicos:a ) Juca é terceiro interessado; b) Que medida judicial poderá Juca utilizar ?
SLIDE 07
PAGAMENTO POR SUB-ROGAÇÃO – Pela sub-rogação o credor primitivo é substituído pelo terceiro que pagou a dívida ou emprestou a outrem o dinheiro necessário para solvê-la, na forma da lei ou do contrato. Desta forma, o credor fica satisfeito com o adimplemento, mas o terceiro que pagou o que não devia, tem agora direito de crédito contra o devedor. Ex. O fiador pagou a dívida do devedor ao credor e, por conseguinte, se sub-rogou nos direitos do credor.
SLIDE 08
Dá-se a sub-rogação pode incidência direta da lei (sub-rogação legal – art. 346, CC) ou mediante acordo de vontades (sub-rogação convencional – art. 347, CC). Possui efeito liberatório e translativo. Art. 346 – A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor: I – do credor que paga a dívida do devedor comum; II – do adquirente de imóvel hipotecado, que paga a credor hipotecário, bem como por terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado de direito sobre o imóvel; III – do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte.
SLIDE 09
CASO Nº 2
(caso nº 1 do caderno de exercícios)
XCV Seguros ajuizou ação indenizatória para obter de Maria da Luz o valor de R$ 24.000,00, que desembolsou na reparação dos danos de veículo do segurado, oriundos do acidente. Alegou que, pagando os referidos danos, aub-rogou-se em todos os direitos, ações e privilégios de seu segurado. Em defesa, Maria da Luz exibiu recibo oriundo de acordo extrajudicial firmado com o segurado, no qual esse dava plena e geral quitação por danos sofridos em decorrência do sinistro. Assim, quitados os danos, não haveria crédito a ser sub-rogado. Analise o caso a partir dos seguintes tópicos:
1) No tema pagamento, o que é sub-rogação?
2) Quais são as modalidades de sub-rogação e suas características?
3) No caso concreto, houve sub-rogação? Justifique.
SLIDE 10
IMPUTAÇÃO DO PAGAMENTO - “É a faculdade de escolher, dentre várias prestações de coisa fungível, devidas ao mesmo credor, pelo mesmo devedor, qual dos débitos satisfazer.“ Caio Mário
Trata-se, em regra, de direito potestativo do devedor que ocorre nas situações em que o valor apresentado pelo devedor se mostra insuficiente para solver todas as obrigações. Se o devedor não exercer essa faculdade, o credor fará a imputação, submetendo o devedor à sua vontade.
SLIDE 11
REQUISITOS DA IMPUTAÇÃO DO PAGAMENTO
a) Pluralidade de débitos;
b) Identidade na pessoa do devedor e credor;
c) Débitos da mesma natureza, líquidos e vencidos.
d) Suficiência do pagamento para extinguir uma das dívidas.
SLIDE 12
CASO Nº 3
Antônio depositou em sua conta-corrente a quantia de R$ 1.500,00, destinada a pagar a prestação do seu automóvel, cuja cobrança é feita mediante débito automático. O Banco, entretanto, utilizou a referida quantia para amortizar o saldo devedor do cheque especial de Antônio, valendo-se de cláusula contratual que permite tal prática. Como Antônio não concorda com a destinação dada ao seu pagamento e o Banco se recusa a fazer o estorno para quitar a prestação do veículo, indaga-se qual dos débitos deve ser considerado quitado? Pode o Banco escolher qual dos débitos satisfazer?
SLIDE 13
DAÇÃO EM PAGAMENTO – Modo de extinção da obrigação em virtude do qual o credor concorda em receber do devedor objeto diverso do que era devido, ainda que seja em dinheiro. Art. 356, CC.REQUISITOS:
a) Intenção de extinguir a obrigação; b) dívida vencida; c) diversidade de objeto; d) consentimento do credor.
E se o credor que recebeu objeto diverso do devido para extinguir a obrigação, for privado da coisa por direito anterior de outra pessoa (evicção)? Ver artigo 359, CC
AULA 13
SLIDE 01
FORMAS INDIRETAS DE PAGAMENTO
PAGAMENTO EM CONSIGNAÇÃO – Consiste no depósito da coisa devida, nas hipóteses legais,cujo efeito será a liberação do devedor da obrigação (art. 334, CCB). Se a dívida consistir em dinheiro, poderá ser feito extrajudicialmente em instituição financeira autorizada para tanto. Se a dívida for de outra natureza, o depósito deverá ser feito judicialmente.
As hipóteses em que a consignação em pagamento tem cabimento se encontram no artigo 335 do Código Civil.
SLIDE 02
CASO CONCRETO Nº 2
(caso nº 1 no caderno de exercícios)
2) Por meio de escritura pública de cessão de direitos e obrigações, Romildo adquiriu de Juca imóvel hipotecado, não tendo, todavia, a Caixa Econômica Federal, credora hipotecária participado do ato. Em seguida, Romildo pretende pagar a dívida de Juca e extinguir a hipoteca, sendo que a Caixa Econômica Federal nega tal possibilidade, alegando que o pagamento não pode ser feito por pessoa estranha ao vínculo obrigacional. Analise o caso a partir dos seguintes tópicos:a ) Juca é terceiro interessado; b) Que medida judicial poderá Juca utilizar ?
SLIDE 03
PAGAMENTO POR SUB-ROGAÇÃO – Pela sub-rogação o credor primitivo é substituído pelo terceiro que pagou a dívida ou emprestou a outrem o dinheiro necessário para solvê-la, na forma da lei ou do contrato. Desta forma, o credor fica satisfeito com o adimplemento, mas o terceiro que pagou o que não devia, tem agora direito de crédito contra o devedor. Ex. O fiador pagou a dívida do devedor ao credor e, por conseguinte, se sub-rogou nos direitos do credor.
SLIDE 04
Dá-se a sub-rogação pode incidência direta da lei (sub-rogação legal – art. 346, CC) ou mediante acordo de vontades (sub-rogação convencional – art. 347, CC). Possui efeito liberatório e translativo. Art. 346 – A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor: I – do credor que paga a dívida do devedor comum; II – do adquirente de imóvel hipotecado, que paga a credor hipotecário, bem como por terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado de direito sobre o imóvel; III – do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte.
SLIDE 05
CASO Nº 2
(caso nº 1 do caderno de exercícios)
XCV Seguros ajuizou ação indenizatória para obter de Maria da Luz o valor de R$ 24.000,00, que desembolsou na reparação dos danos de veículo do segurado, oriundos do acidente. Alegou que, pagando os referidos danos, ab-rogou-se em todos os direitos, ações e privilégios de seu segurado. Em defesa, Maria da Luz exibiu recibo oriundo de acordo extrajudicial firmado com o segurado, no qual esse dava plena e geral quitação por danos sofridos em decorrência do sinistro. Assim, quitados os danos, não haveria crédito a ser sub-rogado. Analise o caso a partir dos seguintes tópicos:
4) No tema pagamento, o que é sub-rogação?
5) Quais são as modalidades de sub-rogação e suas características?
6) No caso concreto, houve sub-rogação? Justifique.
SLIDE 06
IMPUTAÇÃO DO PAGAMENTO - “É a faculdade de escolher, dentre várias prestações de coisa fungível, devidas ao mesmo credor, pelo mesmo devedor, qual dos débitos satisfazer.“ Caio Mário
Trata-se, em regra, de direito potestativo do devedor que ocorre nas situações em que o valor apresentado pelo devedor se mostra insuficiente para solver todas as obrigações. Se o devedor não exercer essa faculdade, o credor fará a imputação, submetendo o devedor à sua vontade.
SLIDE 07
REQUISITOS DA IMPUTAÇÃO DO PAGAMENTO
e) Pluralidade de débitos;
f) Identidade na pessoa do devedor e credor;
g) Débitos da mesma natureza, líquidos e vencidos.
h) Suficiência do pagamento para extinguir uma das dívidas.
SLIDE 08
CASO Nº 3
Antônio depositou em sua conta-corrente a quantia de R$ 1.500,00, destinada a pagar a prestação do seu automóvel, cuja cobrança é feita mediante débito automático. O Banco, entretanto, utilizou a referida quantia para amortizar o saldo devedor do cheque especial de Antônio, valendo-se de cláusula contratual que permite tal prática. Como Antônio não concorda com a destinação dada ao seu pagamento e o Banco se recusa a fazer o estorno para quitar a prestação do veículo, indaga-se qual dos débitos deve ser considerado quitado? Pode o Banco escolher qual dos débitos satisfazer?
SLIDE 09
DAÇÃO EM PAGAMENTO – Modo de extinção da obrigação em virtude do qual o credor concorda em receber do devedor objeto diverso do que era devido, ainda que seja em dinheiro. Art. 356, CC.
REQUISITOS:
b) Intenção de extinguir a obrigação; b) dívida vencida; c) diversidade de objeto; d) consentimento do credor.
E se o credor que recebeu objeto diverso do devido para extinguir a obrigação, for privado da coisa por direito anterior de outra pessoa (evicção)? Ver artigo 359, CC
SLIDE 10
NOVAÇÃO
“Novação é a criação de obrigação nova, para extinguir uma anterior. É a substituição de uma dívida por outra, extinguindo-se a primeira.” Carlos Roberto Gonçalves
“É um modo de extinção do vínculo obrigatório, pela criação de outro, que absorve o primeiro.“ Clóvis Beviláqua
REQUISITOS:
a) existência de obrigação anterior;
b) constituição de nova obrigação extinguindo a anterior;
c) intenção de novar (animus novandi);
d)capacidade das partes.
SLIDE 11
ESPÉCIES DE NOVAÇÃO:
I - Objetiva – art. 360, I, CC – “Quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a anterior.”
Há a alteração do objeto da prestação no momento em que as partes decidem criar uma nova obrigação com força extintiva da anterior.
Ex. João devia a Manoel a importância de R$ 1.000,00 e os interessados resolvem extinguir essa obrigação, criando uma nova obrigação de dar coisa certa em data posterior.
SLIDE 12
ESPÉCIES DE NOVAÇÃO:
II – Subjetiva passiva – art. 360, II, CC – “Quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor;
1) Expromissão – Cria-se uma nova obrigação em razão de um terceiro apresentar-se espontaneamente para liberar o devedor primitivo, sem o consentimento deste. Ver artigo 362, CC.
2) Delegação – Há a participação do devedor primitivo que criando uma nova obrigação para extinguir a anterior, delega a sua obrigação para um terceiro.
Assemelha-se à assunção de dívida, distinguindo-se desse instituto exatamente pelo fato de que com a novação cria-se uma nova obrigação.
SLIDE 13
ESPÉCIES DE NOVAÇÃO:
B) Subjetiva ativa – art. 360, III, CC – “Quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o devedor quite com este.”
Assemelha-se com a cessão do crédito, distinguindo-se, pois na novação há a criação de uma nova obrigação e a cessão é apenas instituto de transmissão da obrigação, sem alteração de seu conteúdo.
Nota: Art. 366 – “Importa exoneração do fiador a novação feita sem seu consenso com o devedor principal.”
SLIDE 14
CASO CONCRETO
Bosanelo Indústria de móveis devia à Telelista Editora S/A a quantia de R$ 15.000,00 decorrente de publicidade veiculada, consoante contrato de figuração em lista telefônica firmado em 25/08/2006. Como não pagou qualquer das parcelas do contrato originário, renegociou toda a sua dívida em noco contrato, agora no valor de R$ 16.000,00, representado por oito cheques no valor de R$ 2.000,00 cada. Analise o caso a partir dos seguintes tópicos:
1) No tocante ao tema pagamento, o que ocorreu no caso do ponto de vista do direito das obrigações?; 2) Explique o fenômeno jurídico, indicando suas características e modalidades.
SLIDE 15
COMPENSAÇÃO - “É um modo de extinção da obrigação, até onde se equivalerem, entre pessoas que são, ao mesmo tempo, devedora e credora.“ M.H.Diniz.
Requisitos:
a) reciprocidade das obrigações (atentar para a exceção do artigo 371, do CC com relação ao fiador); b) liquidez e exibilidade da dívida; c) fungibilidade entre as prestações.
Nota: A diferença de causas não impede a compensação, salvo a previsão do artigo 373 do Código Civil.
SLIDE 16
CASO CONCRETO
Jurex Administradora de Consórcio Ltda, ajuizou em face de José Pereira ação de busca e apreensão tendo por objeto automóvel alienado fiduciariamentecomo garantia em um consórcio. A demanda fundamentou-se na comprovada mora de José que deixou de pagar as duas últimas prestações. Deferida a liminar e citado o réu, este se defende dizendo já ter sido finalizado o grupo de que participou e que, ao consultar a escrituração da autora, constatou haver saldo credor em seu favor decorrente de fundo de reserva, suficiente para cobrir com sobra o seu débito. Dando os fatos como comprovados, analise o caso a partir dos seguintes tópicos: a) No tocante ao tema pagamento, o que ocorreu no caso, do ponto de vista do direito das obrigações? B) Explique o fenômeno jurídico, indicando as suas características e modalidades.
SLIDE 17
CONFUSÃO – Ocorre a confusão quando se reúnem nas mesmas pessoas a qualidade de credor e devedor, tendo por efeito a extinção da obrigação.
“Pode acontecer que, por força de um fato jurídico estranho á relação obrigacional, as figuras do devedor e do credor se reúnam na mesma pessoa.” Caio Mário da Silva Pereira.
Pode dar-se por ato inter vivos e mortis causa.
SLIDE 18
CASO CONCRETO
Posche Equipamentos Industriais Ltda ajuizou ação de execução por título extrajudicial (duplicata) em face de Sérgio Gustavo, no valor de R$ 20.000,00. Embargando a execução, Sérgio alegou que era sócio da empresa exequente e, nessa qualidade, está aguardando o recebimento de seus haveres, pelo que não poderia ser coagido ao pagamento de título carente de certeza, liquidez e exigibilidade. Sustenta haver no caso confusão. Quem tem razão?
SLIDE 19
REMISSÃO - É o perdão da dívida. Trata-se de ato de liberalidade.
Nota: Em se tratando de solidariedade, a remissão somente aproveita ao devedor remitido e, portanto, o credor só pode cobrar dos outros co-devedores o que sobejar da remissão, salvo se o perdão abranger a dívida inteira.
Art. 388, CC
AULA 14
SEMANA 08 – CASO 01 XCV Seguros ajuizou ação indenizatória para obter de Maria da Luz o valor de R$ 24.000,00, que desembolsou na reparação dos danos de veículo do segurado, oriundos do acidente. Alegou que, pagando os referidos danos, ab-rogou-se em todos os direitos, ações e privilégios de seu segurado. Em defesa, Maria da Luz exibiu recibo oriundo de acordo extrajudicial firmado com o segurado, no qual esse dava plena e geral quitação por danos sofridos em decorrência do sinistro. Assim, quitados os danos, não haveria crédito a ser sub-rogado. Analise o caso a partir dos seguintes tópicos:
7) No tema pagamento, o que é sub-rogação?
8) Quais são as modalidades de sub-rogação e suas características?
9) No caso concreto, houve sub-rogação? Justifique.
SEMANA 09 – CASO 01 1. Bosanelo Industria de Móveis devia à Telelista Editora S/A a quantia de R$ 15.000,00 decorrente de publicidade veiculada, consoante contrato de figuração em lista telefônica firmado em 25/08/2006. Como não pagou qualquer das parcelas do contrato originário, renegociou toda a sua dívida em novo contrato, agora no valor de R$ 16.000,00, representado por oito cheques no valor de R$ 2.000,00 cada. Analise o caso a partir dos seguintes tópicos:
1) No tocante ao tema pagamento, o que ocorreu no caso do ponto de vista do direito de Obrigações?
2) 2) Explique o fenômeno jurídico, indicando suas características e modalidades:
COMPENSAÇÃO - “É um modo de extinção da obrigação, até onde se equivalerem, entre pessoas que são, ao mesmo tempo, devedora e credora.“ M.H.Diniz.
Requisitos:
a) reciprocidade das obrigações (atentar para a exceção do artigo 371, do CC com relação ao fiador); b) liquidez e exibilidade da dívida; c) fungibilidade entre as prestações.
Nota: A diferença de causas não impede a compensação, salvo a previsão do artigo 373 do Código Civil.
CASO CONCRETOJurex Administradora de Consórcio Ltda, ajuizou em face de José Pereira ação de busca e apreensão tendo por objeto automóvel alienado fiduciariamente como garantia em um consórcio. A demanda fundamentou-se na comprovada mora de José que deixou de pagar as duas últimas prestações. Deferida a liminar e citado o réu, este se defende dizendo já ter sido finalizado o grupo de que participou e que, ao consultar a escrituração da autora, constatou haver saldo credor em seu favor decorrente de fundo de reserva, suficiente para cobrir com sobra o seu débito. Dando os fatos como comprovados, analise o caso a partir dos seguintes tópicos: a) No tocante ao tema pagamento, o que ocorreu no caso, do ponto de vista do direito das obrigações?
B) Explique o fenômeno jurídico, indicando as suas características e modalidades.
CONFUSÃO – Ocorre a confusão quando se reúnem nas mesmas pessoas a qualidade de credor e devedor, tendo por efeito a extinção da obrigação.
“Pode acontecer que, por força de um fato jurídico estranho á relação obrigacional, as figuras do devedor e do credor se reúnam na mesma pessoa.” Caio Mário da Silva Pereira.
Pode dar-se por ato inter vivos e mortis causa.
CASO CONCRETO Posche Equipamentos Industriais Ltda ajuizou ação de execução por título extrajudicial (duplicata) em face de Sérgio Gustavo, no valor de R$ 20.000,00. Embargando a execução, Sérgio alegou que era sócio da empresa exequente e, nessa qualidade, está aguardando o recebimento de seus haveres, pelo que não poderia ser coagido ao pagamento de título carente de certeza, liquidez e exigibilidade. Sustenta haver no caso confusão. Quem tem razão?
REMISSÃO - É o perdão da dívida. Trata-se de ato de liberalidade.
Nota: Em se tratando de solidariedade, a remissão somente aproveita ao devedor remitido e, portanto, o credor só pode cobrar dos outros co-devedores o que sobejar da remissão, salvo se o perdão abranger a dívida inteira.
Art. 388, CC
AULA 15 DIREITO CIVIL II 20/05/2009
INEXECUÇÃO DAS OBRIGAÇÕESEm sentido amplo, inexecução da obrigação é “a falta da prestação devida”, conforme nos ensina Caio Mário da Silva Pereira. Várias possibilidades podem ocorrer com relação a tal fato. Por vezes, há um defeito original na formação do vínculo contratual, conforme já se estudou na parte geral do direito civil na análise da ineficácia e invalidade do negócio jurídico. No estudo de hoje nos restringiremos à análise da inexecução superveniente que igualmente pode se verificar sob várias formas.
INADIMPLEMENTO IMPUTÁVEL AO DEVEDORTambém chamado de inadimplemento culposo da obrigação que será considerado absoluto quando a prestação descumprida pelo devedor já não mais poderá sê-lo por ter se tornado inútil para o credor. Ex. João não entregou o bolo da noiva no dia do casamento, conforme anteriormente se obrigara. O inadimplemento será relativo (também chamado de mora) quando a despeito do descumprimento, ainda poderá ser realizada de modo útil para o credor. Ex. Joaquim não pagou o aluguel no dia 10 de maio de 2009.
CASO 1 XXIV Concurso da Magistratura/RJ O contrato de venda de um Jet ski, com cláusula de improrrogabilidade, tem como objeto a entrega do mesmo ao comprador para um certo dia, sob pena de rescisão contratual. O vendedor, alegando que não pode fazê-lo naquela data, insiste que seja aceito na semana seguinte, uma vez que a competição local de Jet Ski vai ser realizada na terceira semana seguinte.
a) É caso de mora ou de inadimplemento ? 
b) Porque? Justifique sucintamente, apontando dispositivo legal ou princípio jurídico pertinente.
CASO 3Carlos celebrou com Pierre, artista plástico de renome internacional, contrato por meio do qual este se comprometeu a pintar, pessoalmente, 2 (duas) telas com motivos alusivos à nova mansão campestre por aquele adquirida. Pelo trabalho, Pierre receberia a quantia de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), dos quais R$ 100.000,00 (cem mil reais) lhe foram adiantados. As telas deveriam ser entregues no prazo de um ano. Passado o prazo, Pierre entregou a Carlos as duas obras de arte, entretanto, elaboradas por Jacques, discípulo de Pierre. Carlos negou-se a receber as obras, uma vez que havia especificamente determinado que Pierre deveria ser o seu autor. (baseada na provada da OAB).
1) Carlos poderá recusar o recebimento

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