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Breve resumo de Criminologia

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CRIMINOLOGIA
Conceito: O que é a Criminologia? A criminologia é a ciência responsável por estudar os fatos e produzir dados importantes. A criminologia moderna é uma ciência empírica, ou seja, é uma ciência de observação. É uma ciência causal-explicativa do delito como fenômeno social e individual.
Métodos: Qual o método utilizado? É empírico, interdisciplinar e indutivo.
	·Empírico: Descobre na prática e observa a realidade, não é uma normativa. Método de análise e observação que objetivam chegar a uma conclusão por meio da indução baseada mais em fatos e observações;
	·Interdisciplinaridade: É a integração e cooperação de diversas ciências, cada uma contribuindo com seus métodos de trabalho na multidisciplinaridade que se detém em trabalhar em parcerias, mas com visões diferentes sobre o problema;
	·Indutivo: Conhece primeiro a realidade para depois explicá-la. Informações vêm dos dados que foi produzido.
Objetos de estudo da criminologia (observar estes): o delito (crime), o delinquente (meliante), a vitima e o controle social.
Delito (crime): Algo que ofende e desestabiliza a sociedade e a ordem da sociedade. Trata-se da conduta prevista na lei que ofende bens jurídicos significativo havendo previsão de sanção penal. A figura do crime sempre está atrelada a um comportamento humano antissocial e que desestabiliza a ordem pública.
No direito, é uma conduta humana que de alguma forma tem previsão na lei, viola o direito das pessoas.
Exemplo: A algum tempo, o adultério era crime, mas hoje não é mais.
Delinquente (criminoso/meliante): Aquele que pratica o crime. A ideia de criminoso mudou com o passar dos tempos.
-Na Escola Clássica: o criminoso era um pecador. Um individuo racional e livre, que opta pelo crime em virtude de decisão baseada em critérios subjetivos (critério pessoal). Seu único interesse era punir o infrator.
	-O crime é um ente jurídico, não é uma ação, mas sim uma infração (Carrara).
	-A punibilidade de ser baseada no livre arbítrio;
-Na Escola Positivista (teoria lombrosiano): O criminoso era um doente, e era preciso tratar doença antes que se desenvolvesse. O comportamento criminal a fatores biológicos (Ex.: narigudo), psicológicos (Ex.: neurose) e sociais (ex.: doença mental);
 	-O direito penal é obra humana.
	-A responsabilidade social decorre do determinismo social.
	- A pena é um instrumento de defesa social (prevenção geral).
 	-Os objetos de estudo da ciência penal são o crime, o criminoso, a pena e o processo.
-Na Escola critica de criminologia ou escola sociológica: Teoria de explicação da causa do crime é adotada pela a maior parte da intelectualidade brasileira. O criminoso é uma pessoa normal. Qualquer pessoa pode cometer um crime;
-Na Escola Correcionalista: entendia a pena como correção da vontade do criminoso e não a retribuição a um mal, motivo pelo qual pode ser indeterminada. O criminoso era um incapaz e merecia um tratamento pedagógico e de piedade.
Vítima ou ofendido: Aquele que é atingido pela prática do crime.
Obs.: A vítima pode influenciar ou direcionar a prática de um crime.
Vítima também merece atenção para não ser vítima novamente e não se traumatizar. Ganha importância maior a partir da 2ª Guerra Mundial, podendo-se pontuar dois itens:
O papel da Vítima: como alguém que influencia o fato criminoso;
Preocupação com a restauração do litígio: Da briga, discussão.
Controle social: Responsável pela investigação e prevenção da prática do crime.
São as instituições responsáveis por impedir a prática de crime.
- Instituições Públicas: Polícia, Ministério Público, Juiz à Elementos formais, nasceram para isso.
- Família, sociedade, comunidades, mídia à Elementos informais para impedir a prática de crime.
Funções da criminologia: Por meio de estudos interdisciplinares e matérias extrajurídicas, busca-se explicar o fenômeno criminógeno (raiz do crime), informando sobre o crime, criminoso, vítima e o controle social, para assim compreender o problema criminal, combate-lo e preveni-lo. Não há dúvidas que a resposta é tão complexa quanto o problema e que o saber científico se distingue do saber popular.
Criminologia e política criminal: 
Criminologia: é ciência empírica (dados da realidade) que estuda o crime, a pessoa do criminoso, da vítima e o comportamento da sociedade. Não se trata de uma ciência teleológica, que analisa as raízes do crime para discipliná-lo, mas de uma ciência causal-explicativa, que retrata o delito enquanto fato, perquirindo as suas origens, razões da sua existência, os seus contornos e forma de exteriorização.
Política criminal: Teve como pioneiro Frans Von Liszt, tem no seu âmago a específica finalidade de trabalhar as estratégias e meios de controle social da criminalidade (caráter teleológico). É característica da Política Criminal a posição de vanguarda em relação ao direito vigente, vez que, enquanto ciência de fins e meios, sugere e orienta reformas à legislação positivada.
Modelos teóricos da criminologia: 
Teoria do labeling approach (interacionismo simbólico, etiquetamento, rotulação ou reação social): demonstra que as condutas tuteladas pela lei penal não são lógicas, tal constatação está mais próximo do entendimento crítico da sociologia. Podemos afirmar que furtar é crime, porém, se o furto for praticado por uma pessoa rica que poderia facilmente comprar o produto furtado, seria considerado distração e etc. Esse fato traduz que o criminoso é selecionado pelas características do meio o qual está inserido, e não pela conduta criminosa, portanto, o sistema punitivo não combate a criminalidade, mas atribuem rótulos através de uma convenção discursiva.
Teoria da opção racional ou teoria da opção econômica: o cidadão na hora do cometimento do crime vai analisar o custos e benefícios, se faz ou não, o quanto vai ficar preso e se vai ganhar muito, qual vantagem e desvantagem, quais as consequências, se vale ou não a pena. Obs.: Etiologica é a ciência que estuda a causa, e nesta teoria estuda as consequências.
Teorias sociológicas: Duas teorias permeiam os estudos sociológicos com relação ao cometimento de delitos, são elas as teorias consensuais entendendo que há um consenso quando há um perfeito funcionamento das instituições onde os indivíduos aceitem as regras da sociedade objetivando o bem comum entre eles. Por outro lado há as teorias de conflito acreditando que para atingir a ordem social é necessário o uso da força e da coerção.
Teorias consensuais: Teoria da Anomia, Teoria da Associação Diferencial, Teoria da subcultura do Delinquente e Escola de Chicago.
Teoria da Anomia (Robert Merton e T. Parsons.): Falta de leis e falta de regras, limites ou valores despertando uma patologia (doença) no meio da sociedade em questão.
Teoria da Associação Diferencial: A ideia é de que certos delitos exigem um conhecimento aprofundado, ou certa habilidade do agente, podendo esses ser aprendidos associados aos agentes e praticados por eles, deixando de lado a ideia de que somente a classe menos favorecida poderia cometer crimes, ou que os crimes seriam frutos de uma disfunção ou inadaptação. Desta forma até grupos empresariais podem cometer os conhecidos crimes de colarinho branco. Ou seja, até os ricos poderiam cometer crimes, e não somente os pobres.
Sistemas de Cifras: Douradas, negras, amarelas e cinzas:
-Douradas: São os crimes que estão nas estatísticas;
-Negras ou ocultas: São os crimes que não estão nas estatísticas oficiais;
-Amarelas: Conjunto de ocorrências policiais praticadas contra a sociedade por abuso de poder da polícia, não chegando as autoridades competentes;
-Cinzas: Número de ocorrências registradas nas delegacias que se encerram lá mesmo.
Teoria da Subcultura Delinquente: As sociedades de modo geral, criam regras e determinam seus valores, no meio dessa sociedade podem-se formar grupos que criam suas próprias regras, normas de condutas e andam segundo elas formando assim uma subcultura. Ex.: facção criminosa em uma favela.
Escola de Chicago: Escola criada por jornalistase tem como características o empirismo e finalidades pragmáticas analisam-se então o desenvolvimento urbano, a civilização industrial, a divisão do trabalho, a mobilidade social e a criminalidade. Duas são as teorias da Escola de Chicago: Teoria Ecológica e Teoria Espacial.
Teoria Ecológicas: traça um paralelo entre o crescimento da cidade e da criminalidade sendo o crime um produto da desorganização própria da grande cidade. Em sua concepção a grande cidade é vista como uma unidade ecológica e quanto maior o desenvolvimento urbano, maior a criminalidade.
Teoria Espacial: teoria que se volta a uma observação arquitetônica e urbanística como política de prevenção ao crime, pois, acredita-se que os modelos para ambientes residenciais devem criar obstáculos ao delito defendendo-se a si mesma. Tem-se a proposta de dividir as áreas públicas em zonas menores para que cada morador tenha atitude de dono local como visto na obra “defensible Space” do Arquiteto Oscar Newman.
Teorias do conflito (Karl Marx e Max Weber): Labelling Approach e Teoria Crítica.
Teoria do labeling approach (interacionismo simbólico, etiquetamento, rotulação ou reação social) (Talcot Parson): demonstra que as condutas tuteladas pela lei penal não são lógicas, tal constatação está mais próximo do entendimento crítico da sociologia. Podemos afirmar que furtar é crime, porém, se o furto for praticado por uma pessoa rica que poderia facilmente comprar o produto furtado, seria considerado distração e etc. Esse fato traduz que o criminoso é selecionado pelas características do meio o qual está inserido, e não pela conduta criminosa, portanto, o sistema punitivo não combate a criminalidade, mas atribuem rótulos através de uma convenção discursiva.
Teoria Crítica(Basec Marxista): Acredita que a criminalidade tem como fato gerador o modelo econômico adotado por certa localidade, segue o ponto de vista de Karl Marx criticando a sociedade capitalista que explora a mão de obra trabalhadora tendo como consequência altos índices de criminalidade. Acredita que enquanto a sociedade for capitalista não existirá uma solução para a criminalidade. Procura-se um abolicionismo ou minimalismo penal para as classes subalternas (menos favorecidas).
Prevenção da infração penal no Estado democrático de direito: na população a que vai atingir: primária, secundária e terciaria.
Prevenção primária: seria a mais fiel, seria aquela destinada a todas as pessoas e se basearia em utilizar programas que atacassem as causas do delito, programas de politica cultural econômica e social que melhorassem a qualidade de vida. Ação indireta ao delito atacando a raiz do conflito antes que este se manifeste. Tendo reflexo a médio e longo prazo.
Prevenção secundária: Não se dirige a todas as pessoas, mas apenas as pessoas que estão em risco de cometer/protagonizar o delito (crime), isto é, de se tornar um delinquente ou de sofrer um delito se tornando vítima. Envolvem programas policia de prevenção, repreensão policial, de um controle dos meios de comunicação, de intervir nos lugares onde o crime está se desenvolvendo, à ordenação urbana, ao surgimento do conflito. Não ataca as causas do crime, mas oferece respostas a curto e médio prazo.
Prevenção terciária: Voltada ao preso, para que não torne um reincidente, é a mais tardia, insuficiente e imparcial, porque se dirige apenas para a população carcerária, envolvendo programas de reabilitação e ressocialização dos presos, seria muito tardia porque o delito já aconteceu.
Modelos de reação ao crime: teoria da reação social: A ocorrência de um crime acaba gerando uma reação diversa que pode ser divida em três modelos:
Dissuasório ou retributivo: repressão por meio de punição ao agente criminoso, proporcionando uma prevenção geral pela punição exemplar aplicada. Aplicação de uma pena como retribuição ao delito (crime).
Ressocializador: possibilita a reinserção social do infrator, de forma a intervir na sua vida pessoal e social.
Restaurador/Integrador: procura restabelecer o status quo ante (que havia antes), visando à reeducação do infrator, à assistência às vítimas e ao controle social afetado pelo crime. É imprescindível (necessário) que o infrator admita sua culpa.
Modelo de Segurança Cidadã: É o modelo em voga hoje na América Latina e que diz que o crime só se vence com maior repressão. Penas duras resolvem o problema. Problema é que este modelo não cuida da prevenção e essa política dura não é contra os poderosos, pois a mídia raramente se posiciona contra eles. Modelo de reação midiática.

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