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Aula 1 CIÊNCIA E CONHECIMENTO CIENTÍFICO

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Os diferentes tipos de conhecimento: No percurso feito até aqui, você deve ter percebido que alguns princípios fundamentam o curso de Pedagogia da UNESA. Sendo assim, estaremos destacando alguns deles para que possamos compreender o caminho que iremos trilhar em nossa disciplina. São eles:
Conhecimento contextualizado: O conhecimento veiculado nas disciplinas é contextualizado, ou seja, procuramos compreender o contexto histórico em que o mesmo tenha sido produzido, como e para que foi produzido. Além disso, se tal conhecimento sofreu mudanças ao longo da história, porque e para quê;
Natureza Humana: A compreensão de que a natureza humana não é algo dado ao ser humano, mas é por ele construída, ou seja, homens e mulheres necessitam produzir a sua própria existência.
Trabalho: A produção da existência humana é feita através do trabalho. Este se constitui como elemento essencial da produção material (bens de consumo duráveis) e da produção não material (o saber, o conhecimento, a linguagem, a cultura). Para tanto, o homem antecipa em sua mente a sua ação e, como parte da natureza, retorna à mesma e a transforma, modifica segundo suas necessidades. Dessa forma, o homem se constitui como um ser de necessidade e o trabalho com ato intencional humano.
Homem-Natureza-Homem: O conflito homem-natureza-homem, através do trabalho, provoca transformações no ser humano, ou seja, ao produzir a sua existência, além de modificar a natureza, o homem se modifica, se altera, se transforma. Sendo assim, o homem é o sujeito de sua própria história.
Mediante o exposto até o momento, reflita sobre a relação homem-natureza, a partir do pensamento de Marx: A vida genérica, tanto no homem como no animal, consiste fisicamente, em primeiro lugar, em que o homem (como o animal) vive da natureza inorgânica, e quanto mais universal é o homem e o animal tanto mais universal é o âmbito da natureza inorgânica da qual vive. Assim como as plantas, os animais, as pedras, o ar, a luz etc. constituem, teoricamente, uma parte da consciência humana, em parte como objetos da ciência natural, em parte como objetos da arte (sua natureza inorgânica espiritual, os meios de subsistência espiritual que ele prepara para o prazer e assimilação) assim também constituem praticamente uma parte da vida e da atividade humana. Fisicamente, o homem vive só desses produtos naturais, apareçam na forma de alimentação, calefação, vestuário, moradia etc. A universalidade do homem aparece na prática justamente na universalidade que faz da natureza todo seu corpo inorgânico tanto por ser:
meio de subsistência imediata como por ser
a matéria, o objeto e o instrumento de sua atividade vital. A natureza é o corpo inorgânico do homem; a natureza enquanto ela mesma, não é corpo humano.
Que o homem vive da natureza, quer dizer que a natureza é o seu corpo, com o qual tem que se manter em processo contínuo para não morrer. Que a vida física e espiritual do homem está ligada com a natureza não tem outro sentido que o de que a natureza está ligada consigo mesma, pois o homem é uma parte da natureza. (...) O animal é imediatamente uno com sua atividade vital. Não se distingue dela. É ela. O homem faz de sua própria atividade vital objeto de sua vontade e de sua consciência. Tem atividade vital consciente. Não é determinação com a qual o homem se funda imediatamente. A atividade vital consciente distingue imediatamente o homem da atividade vital animal. (MARX, Karl. Manuscritos econômicos e filosóficos, p.110-111).
Decorrente deste conflito e desta produção, a humanidade percebeu a necessidade de transmitir às futuras gerações as experiências e os conhecimentos acumulados. É da relação homem-natureza-homem, mediada pelo trabalho, que surge outro fenômeno humano: o fenômeno educativo. Sobre a produção do conhecimento (não material), leia os fragmentos a seguir e reflita sobre o significado da Ciência enquanto produto humano: (...) e toda ciência seria supérflua, se a forma de manifestação e a essência das coisas coincidissem imediatamente. (Karl Marx). O modo de produção da vida material condiciona o processo em geral da vida social, política e espiritual. Não é a consciência dos homens que determina o seu ser, mas, ao contrário, é o seu ser social que determina a sua consciência. (MARX, Karl. Prefácio para a crítica da economia política. p.25.)
OS DIFERNTES TIPOS DE CONHECIMENTO:
Conhecimento Mítico: Segundo Danilo Marcondes, o conhecimento mítico apresenta uma contradição interna: pretende oferecer uma explicação da natureza, mas recorre ao sobrenatural, a magia, ao mistério, a fé e etc. É um tipo de conhecimento intuitivo da realidade que dispensa argumentos e fundamentações. Decorre da tradição cultural de um povo, não é datado, não tem autoria, não se justifica e não se fundamenta. Portanto, não se coloca ao questionamento e pressupõe a adesão e a aceitação por parte do indivíduo.
Senso Comum: Considerado como a primeira forma de compreensão do mundo resultante da herança cultural de um povo ou de uma civilização. Busca descrever as crenças e proposições de forma natural sem que haja uma investigação rigorosa para as mesmas. Em outras palavras, é o conhecimento espontâneo do cotidiano sem o crivo da análise crítica, ou seja, de uma investigação rigorosa e se expressa geralmente através do ditado popular: “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”; “aonde há fumaça, há fogo” etc. 
Conhecimento Artístico – É um tipo de conhecimento intuitivo da realidade ou do mundo, tendo a imaginação como medidora entre o percebido e o pensado, ou seja, possibilita outras formas de compreensão da realidade. 
Imaginação: “A imaginação, ao tornar o mundo presente em imagens, nos faz pensar. Saltamos dessas imagens para outras semelhantes, fazendo uma síntese criativa. O mundo imaginário, assim criado, não é irreal. É antes, pré-real, isto é, antecede o real porque aponta suas possibilidades em vez de fixá-lo numa forma cristalizada. Por isso, a imaginação alarga o campo do real percebido, preenchendo-o de outros sentidos”. (ARANHA, Maria Lúcia Arruda. Filosofia da educação. Editora Moderna, 2006. p. 19-20).
Conhecimento Filosófico – É um tipo de conhecimento racional, rigoroso, sistemático, radical, lógico e metódico. Preocupa-se com todo e qualquer saber que pretenda ser verdadeiro. Portanto, tem um compromisso com a verdade. Segundo Marilena Chauí: Filosofia é a fundamentação teórica e crítica dos conhecimentos e das práticas. 
Ciência e Conhecimento Científico: Diante da diferenciação apresentada, podemos agora nos dedicar à Ciência e ao Conhecimento Científico. Você já deve ter percebido que geralmente usamos determinadas palavras sem ao mesmo pensarmos sobre a sua origem, seu sentido e seu significado. Sendo assim, faremos um percurso para que possamos refletir sobre a palavra Ciência.
Ciência – Etimologia da palavra: Ciência vem do latim scientia, ou seja, conhecimento e equivale ao verbo scire (saber) que de signa a origem da faculdade mental do conhecimento. Segundo o Dicionário Aurélio: “Conjunto organizado de conhecimentos relativos a certas categorias de fotos ou fenômenos. (Toda ciência, para definir-se como tal, deve necessariamente recortar, no real, seu objeto próprio, assim como definir as bases de uma metodologia específica: ciências físicas e naturais.)/Conjunto de conhecimentos humanos a respeito da natureza, da sociedade e do pensamento, adquiridos através do desvendamento das leis objetivas que regem os fenômenos e sua explicação: o progresso da ciência ”.
CIÊNCIA - UM BREVE HISTÓRICO: A partir do século VIII A.C., ocorreu um conjunto de fatores políticos, econômicos, sociais, religiosos e etc., que possibilitaram o nascimento da ciência, mais especificamente falando, o surgimento do pensamento filosófico-científico. Este momento é marcado na história do pensamento como sendo a passagem do pensamento mítico-religioso para um pensamento que se estrutura a partir da razão. Os primeiros pensadores que romperam com o mitoforma denominados pré-socráticos, muito mais pelo seu objeto de estudo do que por razões cronológicas, ou seja, pelo fato de alguns desses pensadores terem iniciado o mesmo no século VI A.C. e por Sócrates ter vivido no século V a.C., pois, na história da filosofia, Sócrates é considerado o pai da filosofia por ter iniciado questões que diziam respeito à natureza humana. Mas o que tratavam os filósofos pré-socráticos? Os filósofos pré-socráticos ou filósofos da natureza, tinham como preocupação explicar racionalmente a natureza a partir da natureza, ou seja, de que a explicação da natureza se encontra nela e não no sobrenatural (explicação dada pelo pensamento mítico-religioso). 
Para esses filósofos a phyisis (natureza) é uma realidade primeira, originária e fundamental, ou o que é primário e persistente. Sendo assim, opõe-se ao secundário, ao derivado e ao transitório. Dessa forma, procuraram encontrar o princípio (arché) das coisas existentes. No século V, este modelo explicativo naturalista entra em crise e surge a sofistica que, consiste em uma visão relativa do mundo que se contrapõe a perspectiva de Sócrates que buscava verdades universais e necessárias. Neste período as questões filosóficas se remetem a natureza humana (ética, política e conhecimento). 
Sofistica: (...) os sofistas, em perfeita consonância com seu tempo, mantinham uma prática que os distinguia e os caracterizavam: eram homens que iam de cidade em cidade com o fim de transmitir aos filhos dos cidadãos, por um preço estipulado, uma educação que lhe garantisse a participação e o sucesso na vida pública e na vida política. Além de transmitirem conhecimentos vários, então considerados relevantes para a formação do cidadão, valorizavam e ensinavam à retórica e a arte de argumentar que consideravam indispensáveis a tal formação. Acreditavam que o sucesso de um homem era devido à sua capacidade de convencer o outro de seus argumentos. (...) Os sofistas acreditavam também que essa capacidade de argumentação podia ser ensinada, a natureza humana podia ser moldada ao se transmitir maneiras de comportamento e formas de atuação adequadas e, por isso, foram considerados os primeiros pedagogos. (ANDERY, Mar ia Amália; MICHELETTO, Nilza; SÉRIO, Tereza Maria P. O mundo tem uma racionalidade, o conhecimento depende dele. In: ANDERY, Maria Amália. Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica. Rio de Janeiro: Garamond, 2007. p. 61-62).
Sócrates: Um dos primeiros fatos a se destacar sobre Sócrates é sua oposição a um importante grupo de pensadores da Grécia de sua época – os sofistas. Apesar de ter mantido contato com eles, Sócrates deles se divergia tanto na sua maneira de pensar como de ser. (...) Sócrates opunha-se radicalmente ao relativismo dos sofistas. Acreditava e defendia que havia valores e virtudes permanentes e que precisavam ser conhecidos para serem seguidos em defesa do bem de todos e não de alguns. Diferentemente dos sofistas, não se preocupava com certas convenções, como a forma de se vestir, dado que acreditava que importante era o que ia dentro dos homens, sua alma. Era profundamente respeitador das leis e das normas da cidade, considerando-se e comportando-se como um bom cidadão. Além disso, supunha que, em princípio, todos os homens eram iguais e que todos poderiam descobrir em si mesmos a bondade e sabedoria que traziam em suas almas se corretamente orientados para isso. 
Propunha-se a ensinar a todos quantos se dispusessem a aprender, também porque se acreditavam como um escolhido dos deuses para tal função. Sua vida e forma de atuar eram para ele e seus seguidores, um exemplo daquilo que defendia. (...) Para Sócrates, a sabedoria dependia de conhecer-se a si mesmo e do conhecimento e controle de seus próprios limites; o reconhecimento de sua própria ignorância, por parte de cada indivíduo, consistiria assim, no primeiro passo, absolutamente necessário, para o verdadeiro saber. Sócrates acreditava que os homens precisavam reconhecer que tinham conhecimentos errôneos, inclusive de si mesmos. Acreditava que essa era uma tarefa difícil, mas fundamental. Mostrar-lhes tal ignorância também era sua tarefa. A partir desse passo, o conhecimento de si (e daquilo que importava os universais) era possível e indispensável porque os homens, possuidores de uma alma indissociável de seu corpo, aspiravam ao bem e só não eram capazes de conhecê-lo e praticá-lo por causa de sua ignorância. O homem – suas virtudes, seu comportamento e seu conhecimento – era o centro, portanto, das preocupações de Sócrates. (ANDERY, Maria Amália; MICHELETTO, Nilza; SÉRIO, Tereza Maria P. O mundo tem uma racionalidade, o conhecimento depende dele. In: ANDERY, Maria Amália. Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica. Rio de Janeiro: Garamond, 2007. p. 61-62), 
Durante o período medieval, pelo fato de ter prevalecido à fé como critério de verdade e por ter se constituído a ideia de que a filosofia estava a serviço da teologia, desenvolveu-se uma ciência especulativa. De acordo com CANCIAN: “As ciência especulativas (teóricas) se diferenciam pela propriedade de seu objeto, enquanto é objeto de especulação. O conhecimento intelectual possibilita que a mente perceba as coisas sem ser ofertada pela materialidade dos objetos físicos.”. Na modernidade, ocorrerá a revolução científica, também conhecida como revolução copernicana, que se deu a partir da defesa de Nicolau Copérnico sobre a revolução dos orbes celestes, em 1543. Esta obra refuta o modelo de cosmo elaborado por Ptolomeu (Ele baseou-se na obra Tratado do Céu de Aristóteles.), em que compreendia que a Terra se encontra imóvel no lugar central do universo. Baseando-se em cálculos matemáticos, Copérnico cria o modelo heliocêntrico em que defende ser o sol o centro e que a terra é apenas um astro girando ao redor de si mesmo. [1: CANCIAN, Renato. Ciencias praticas e especulativas. São Tomas de Aquino. Disponivel em: http://ducacao.uol.com.br/filosofia)tomas-de-aquino.jhtm acssado em: 25/10/10.]
De acordo com Danilo Marcondes São duas as grandes transformações que levaram à revolução científica:
Do ponto de vista da cosmologia, a demonstração da vaidade do modelo heliocêntrico, empreendida por Galileu; a formulação da noção de universo infinito que se inicia com Nicolau de Cusa e Giordano Bruno; e a concepção do movimento dos corpos celeste, principalmente da Terra, em decorrência do modelo heliocêntricos;
Do ponto de vista da ideia de ciência contemplativa dos antigos e à utilização da matemática como linguagem da física, proposta por Galileu sob inspiração platônica e pitagórica e contrária à concepção aristotélica. A ciência ativa moderna rompe com a separação antiga entre a ciência (episteme), o saber teórico e a técnica (téchne), o saber aplicado, integrado ciência e técnica, e fazendo com que problemas práticos no campo da técnica levem a desenvolvimentos científicos, bem como que hipóteses técnicas sejam testadas na prática, a partir de sua aplicação técnica. [Grifos do autor]. MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da filosofia: dos pré-socráticos à Wittgenstei n. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003. p. 156).
A aplicação do conhecimento científico e tecnológico no mundo do trabalho e da produção, a partir do século XVIII, possibilitou no século XIX, a Revolução Industrial e a passagem do capitalismo mercantil para o capitalismo industrial. 
O Conhecimento Científico: É um tipo de conhecimento sistemático, lógico, rigoroso e metódico. Para tanto, obedece a um conjunto de princípios, determinados pela razão, na sua forma e no seu conteúdo, a fim de orientar a pesquisa científica acerca de um determinado fenômeno. Em outras palavras, a ciência se esforça para descobrir como a realidade funciona. Assim tem por finalidade oferecer as condições necessárias para o controle racional de um determinado fenômeno natural ou histórico. As verdades gerais ou operações de leis gerais, produzidas pelo conhecimento científico, são obtidas e verificadasatravés do método científico. Dessa forma podemos compreender que o conhecimento científico é mais uma tentativa de se explicar a realidade. Contudo, a ciência caracteriza-se como uma atividade metódica que se propõe conhecer o mundo real e, para tanto, irá utilizar o método científico. Este por sua vez, se caracteriza como sendo: “Um conjunto de concepções sobre o homem, a natureza e o próprio conhecimento, que sustentam um conjunto de regras de ação, de procedimentos, prescritos para se construir conhecimento científico. O método não é único nem permanece exatamente o mesmo, porque reflete condições históricas concretas (as necessidades, a organização social para satisfazê-las, o nível de desenvolvimento técnico, as ideias, os conhecimentos já produzidos) do momento histórico em que o conhecimento foi elaborado” (ANDERY, Maria Amália. Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica. Rio de Janeiro: Garamond, 2007: 14).
Considerações Finais 
No início de nossa aula, evidenciamos que um dos pilares de nosso curso é a contextualização histórica do conhecimento, como também, da aplicabilidade do conhecimento científico na sociedade moderna e capitalista. Tal sociedade acabou por materializar a cultura urbano-industrial, ou seja, que a organização e a produção da vida material é determinada pelo modo de produção capitalista organizado pela lógica científica e tecnológica, tanto na esfera produtiva quanto na esfera administrativas com suas formas de controle da produção. Além disso, a vida moderna é organizada, fundamentalmente, pelos princípios da racionalidade técnico-científica. Sendo assim, convidamos você a rever um fragmento do Prof. Dr. Rubem Alves sobre o poder da ciência e dos cientistas em nossos tempos. “O Cientista virou um mito”. E todo mito é perigoso, porque ele induz o comportamento e inibe o pensamento. 
Existe uma classe especializada em pensar de maneira correta (os cientistas), os outros indivíduos são liberados da obrigação de pensar e podem simplesmente fazer o que os cientista mandam. Antes de mais nada é necessário acabar com o mito de que o cientista é uma pessoa que pensa melhor do que as outras. O senso comum e a ciência são expressões da mesma necessidade básica, a necessidade de compreender o mundo, a fim de viver melhor e sobreviver. “E para aqueles que teriam a tendência de achar que o senso comum é inferior à ciência, eu só gostaria de lembrar que, por dezenas de milhares de anos, os homens sobreviveram sem coisa alguma que se assemelhasse à nossa sobrevivência”. (Rubem Alves – Filosofia da Ciência: Introdução ao jogo e suas regras – Editor a Brasiliense). Como temos por finalidade, pensar criticamente o conteúdo de nosso curso na próxima aula estaremos abordando a temática da Pedagogia como sendo uma ciência, aproveitamos para colocarmos algumas questões como convite à próxima aula. São elas: 
Qual o papel da ciência e do cientista diante dos problemas que afetam a humanidade?
Qual o papel da Pedagogia e do pedagogo diante da realidade educacional brasileira?

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