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Resumo P1 de Processo Penal IV (8º DC - UNISANTOS 2017)

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Resumo da matéria da P1 de Processo Penal IV 2017 UNISANTOS
As decisões judiciais classificam-se em:
1) Decisões judiciais em sentido amplo: nunca julgam o mérito. Dividem-se em decisões interlocutórias simples e decisões interlocutórias mistas.
Decisões interlocutórias simples são aquelas que fazem o processo andar, que tem por finalidade impulsionar o processo. São decisões meramente processuais.
Ex: decisões concernentes a medidas cautelares, hipóteses em que a ação penal ainda não existe;
Decisões interlocutórias mistas são aquelas que põe fim ao processo ou à uma fase dele, sem julgamento do mérito.
Podem ser não terminativas, sendo aquelas que põe fim à uma fase do processo. Como por exemplo a decisão de pronúncia, que ocorre somente no rito do juri, encerrando a primeira fase, antes do réu se submeter ao julgamento do Tribunal do Juri.
Podem ser, ainda, terminativas, quando sem julgar o mérito, põe fim ao processo. Nem permite que o processo se inicie, impedindo o nascimento da ação penal, porque se trata de rejeição da denúncia, pondo fim ao processo no próprio nascedouro. Por isso, também são chamadas de decisões abortivas.
2) Decisões em sentido estrito (sentenças):
Podem ser condenatórias ou absolutórias.
Sentença condenatória: é aquela que julga procedente ou parcialmente procedente a pretensão punitiva. É a aplicação do direito material ao caso concreto.
Quando o juiz julga totalmente procedente, condena o réu por todo o alegado na acusação.
Quando julga parcialmente procedente, por sua vez, o juiz desconsidera algo constante na acusação, não acolhendo totalmente a pretensão punitiva. 
A sentença condenatória faz coisa julgada formal, cabendo ação de revisão criminal se houver provas novas e fatos novos que possam diminuir a pena ou inocentar o réu. Esta ação é de competência do segundo grau de jurisdição, sendo, então, originária do Tribunal.
Sentença absolutória: é aquela que julga improcedente a pretensão punitiva. Tem fundamento processual e não penal.
Divide-se em própria e imprópria.
A sentença absolutória própria é aquela em que o juiz absolve o réu, de modo que, uma vez esta transitada em julgado, o réu nunca mais pode responder por aqueles fatos.
A sentença absolutória imprópria é aquela em que se absolve o réu, mas este não fica livre. É a sentença que absolve o réu inimputável, julgando improcedente a pretensão punitiva, mas impondo a ele medida de segurança.
Temos, ainda, a sentença terminativa de mérito, que é aquela julga o mérito, mas não condena nem absolve o réu. Essa sentença na verdade extingue a punibilidade.
Ex: sentença que extingue a punibilidade por morte do réu.
Quando ao órgão que profere a sentença, há 3 classificações:
A sentença subjetivamente simples é aquela proferida por um juiz singular.
A sentença subjetivamente plúrima é o que chamamos de acórdão, que é proferido por um órgão colegiado homogêneo, considerado assim porque todos os julgadores tem a mesma função, são todos desembargadores.
A sentença subjetivamente complexa é a proferida por um órgão heterogêneo, considerado assim porque nem todos os julgadores exercem a mesma função. É o caso do Tribunal do Juri, que conta com 7 jurados (todos exercendo a mesma função) e o juiz.
Após os debates orais na audiência, o juiz pode proferir sentença de imediato, já saindo as partes intimadas sobre a decisão.
Pode, ainda, chamar os autos à conclusão para proferi-la no prazo de 10 dias. Isso ocorre também se houver conversão dos debates em memoriais escritos.
O art. 381 do Código de Processo Penal traz o esboço do que deve conter na sentença, como o nome das partes, uma exposição sucinta da acusação e da defesa, etc. São requisitos intrínsecos, sem os quais se pode considerar o julgado viciado, passível de anulação, e que se aplicam também aos acórdãos.
A doutrina (e a prática) entende que a sentença criminal se divide em 3 partes: relatório, fundamentação e dispositivo. 
No relatório, o juiz não irá expor sua opinião nem elencar as leis aplicadas, se prestando a relatar o que aconteceu no processo, indicando por quais artigos o réu está sendo processado, fazendo menção às folhas do processo referentes à citação, defesa, oitiva da vítima, das testemunhas, etc. Apontando se houve algum incidente, existência de diligência, etc. Falando resumidamente das alegações finais da acusação e da defesa, etc. O relatório é dispensável em se tratando de sentença do JEC, conforme o art. 38, e do JECRIM, conforme o art. 81, parágrafo 3º da Lei 9.099/95. Assim a lei buscou desburocratizar a Justiça, garantindo a economia processual.
Na fundamentação, o juiz vai expor os motivos de ter aplicado o direito ao caso concreto da maneira que fez, acolhendo ou rejeitando a pretensão punitiva. Analisa-se a materialidade, a autoria, a superveniência de qualificadoras, causas de diminuição ou de aumento da pena. Analisa-se também os pedidos feitos nas alegações finais. Conterá a dosimetria da pena, sendo todos os cálculos demonstrados.
Na conclusão, o juiz cita as penas aplicadas em concreto. Julga procedente, improcedente ou parcialmente procedente a pretensão punitiva. Diz sobre o direito do réu de apelar em liberdade.
A sentença não prorroga automaticamente a prisão preventiva, devendo o juiz se manifestar sobre a manutenção desta. Art. 387, parágrafo 1º, CPP (decretação da prisão preventiva ou sua manutenção).
Algumas sentenças na conclusão constam fixação da reparação de dano, mas a maioria dos juízes ignora isso por não haver elementos suficientes para tal.
Contém na conclusão P.R.I.C (publique-se, registre-se, intime-se e comunique-se), mas apenas nas sentenças proferidas fora da audiência. Nas proferidas dentro da audiência, não se fala em publicar nem intimar, porque as partes já ficam intimadas no ato.
A vítima deve ser comunicada, bem como o distribuidor da comarca, a delegacia em que se instaurou o inquérito, a Justiça Eleitoral (se tratando de sentença condenatória, caso em que ocorre a suspensão dos direitos políticos do réu, após o trânsito em julgado). Por fim, comunica-se o IIRGD.
Na conclusão deve-se constar a data e a assinatura do juiz.
Embargos de declaração: Disposto no art. 382 do CPP, que não utiliza formalmente o nome de "embargos de declaração", mas que trata justamente de um pedido de declaração por forma de recurso feito que pode ser feito por qualquer uma das partes interessada em aclarar o conteúdo da sentença, no prazo de 2 dias da data da intimação da sentença. Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de recurso. (Segundo o art. 83, parágrafo 2º da Lei 9.099/95. Nesse sentido, tratando como interrupção e não suspensão, o art. 1.026 do NCPC, que justamente ocasionou a modificação do art. 83, que antes falava em suspensão).
Então, enquanto os embargos estiverem sendo decididos, não corre o prazo de apelação.
No JECRIM, o prazo destes embargos é de 5 dias, conforme o art. 83, parágrafo 1º da Lei 9.099/95.
Obscuridade: a decisão judicial deve abordar todos os pontos de forma clara. Quem lê a sentença deve ser capaz de captar-lhe o sentido e o conteúdo. Há obscuridade quando a sentença se faz difícil de entender.
Ambiguidade: as decisões judiciais devem ser objetivas e claras. Há ambiguidade quando no julgado há duplo sentido.
Contradição: a fundamentação deve ser coerente com o dispositivo. Há contradição justamente quando há incoerência entre afirmações.
Omissão: o juiz tem que analisar todas as provas e todos os pedidos, seja para acolher ou rejeitar. Ocorre quando no julgado se verifica a falta de abordagem do magistrado sobre alguma alegação ou pedido.
Efeitos da sentença:
1) Esgotamento da jurisdição: O juiz que proferiu a sentença não pode decidir mais nada referente ao mérito daquele processo. 
2) Impede o juiz de participar de outro julgamento daquela mesma ação. O magistrado que julgou uma ação em qualquer uma das instâncias não pode julgá-la noutra instância.
3) Efeito autofágico: é aquele em quea sentença se autodevora. Ocorre quando o juiz profere uma sentença condenatória, mas julga extinta a punibilidade pelo reconhecimento de prescrição, sem aguardar o trânsito em julgado da sentença.
Princípio da correlação: Segundo este princípio, a sentença tem que guardar estrita correlação aos fatos da denúncia, porquanto no processo penal o réu se defende dos fatos, sob pena de violação aos princípios do contraditório e da ampla defesa, que acarreta em nulidade da sentença.
Deste princípio surgem dois fenômenos processuais: a emendatio libelli e a mutatio libelli.
Emendatio libelli: Contida no art. 383 do CPP, é a possibilidade de o juiz dar nova interpretação, definição jurídica, a fatos contidos na denúncia ou na queixa, sem modificá-los.
Isso não constitui violação à ampla defesa porque o réu se defende dos fatos e não do direito aplicável a eles. Nesse caso, pode advir dessa interpretação o entendimento pelo juiz de que se trata de um crime mais grave que o elencado pela acusação. Ou então pode o juiz entender que os fatos constituem um crime mais leve, hipótese em que o juiz fará a desclassificação do crime.
Não se pode fazer alteração à elemento subjetivo (transformação do crime de doloso para culposo, vice-versa).
Se da desclassificação do crime surgir para o réu o direito de obter a suspensão condicional do processo (por se tratar na verdade de crime de pena mínima cominada igual ou menor que 1 ano), o juiz profere uma decisão interlocutória desclassificando o crime, intima as partes e aguarda o trânsito em julgado dessa decisão. Então, dá vista ao promotor para que este ofereça a proposta de suspensão.
Se o réu não aceita a proposta de suspensão, o juiz deve proferir a sentença de mérito com relação ao delito que entende que aconteceu, não ao que consta na denúncia.
Se por conta da desclassificação o juiz se torna incompetente para processar e julgar o crime, deve encaminhar o processo ao juízo competente. (art. 383, parágrafo 2º).
Suspensão condicional do processo:
O réu deve preencher alguns requisitos para fazer jus ao benefício da suspensão condicional do processo, contidos no art. 89 da Lei 9.099/95 e no art. 77 do Código Penal.
O requisito objetivo é que a pena mínima cominada seja de até um ano (igual ou inferior, portanto). Os requisitos subjetivos são que o réu não pode estar sendo processado ou ter sido condenado por outro crime. Importante ressaltar que a lei fala expressamente em CRIME, não abarcando, portanto, contravenção penal. São requisitos subjetivos também os do art. 77 do CP.
A proposta da suspensão condicional deve ser aceita pelo réu e por seu defensor, conforme dispõe o parágrafo 1º do art. 89. Porém, o réu não é obrigado a aceitar a suspensão, caso em que se dará prosseguimento ao processo.
Os incisos do art. 89 contém condições as quais fica subordinada a suspensão. O juiz pode estabelecer outras condições, desde que adequadas ao fato.
A proibição do art. III foi amenizada, de modo que a jurisprudência entende que o réu não precisa de autorização judicial se se tratar de comarcas próximas (contíguas), como aqui na Baixada Santista.
Nos demais parágrafos constam as hipóteses de revogação da suspensão condicional do processo.
No caso do parágrafo 3º, a suspensão deve ser obrigatoriamente revogada pelo juiz.
Já no caso do parágrafo 4º, fica a critério do juiz, que deve decidir fundamentadamente se revoga ou não.
Findo o prazo sem que ocorra revogação, se extingue a punibilidade.
Suspenso o processo, fica suspenso o prazo prescricional, que passa a contar de onde parou se houver revogação.
Mutatio libelli: Contida no art. 384 do CPP, é aplicada quando há modificação nos fatos, de sorte que o fato novo que surge não pode ser considerado na sentença, em razão de não ter sido dada oportunidade ao réu de se defender. Esse fato novo, que não consta na denúncia, ocorre por consequência de prova existente nos autos de algum elemento ou circunstância. 
Em razão disso, deve o juiz dar a palavra ao Ministério Público ao fim da audiência de instrução e julgamento ou abrindo vista, para que este promova o aditamento da denúncia ou queixa.
Então, ocorrem algumas situações:
1) Iniciativa do Juiz: dando o juiz a palavra ao MP, pode ocorrer de:
O MP oferecer o aditamento, o juiz ouvir a defesa e o receber, de modo que deverá designar a continuação da audiência, inquirindo-se as testemunhas (3 de acusação, 3 de defesa), promovendo novo interrogatório do acusado, realizando debates e proferindo a sentença.
O MP se recusar a aditar, o juiz concordar com a recusa e designar a continuação da audiência, ocorrendo as alegações finais e o proferimento da sentença. O juiz, ainda, pode NÃO concordar, caso em que remeterá os autos ao Procurador-Geral de Justiça (PGJ) (art. 28 do CPP), para que se delibere a respeito.
O PGJ pode oferecer o aditamento ou indicar outro promotor (membro do MP) para promovê-lo, agindo este em nome da PGJ. O juiz recebe o aditamento e designa continuação da audiência (testemunhas, interrogatório, debates e sentença). O PGJ pode, ainda, insistir em não aditar, caso em que o juiz deverá designar a continuação da audiência e julgar como bem lhe aprouver a causa.
2) Iniciativa do promotor: oferecendo o promotor o aditamento em audiência (oralmente, sendo reduzido a termo) ou por petição, pode ocorrer de:
O juiz ouvir a defesa, receber o aditamento e designar continuação da audiência (testemunhas, interrogatório, debate e sentença).
O juiz pode rejeitar o aditamento, o promotor concordar com a rejeição e se designa a continuação da audiência (para alegações finais e sentença).
O juiz pode rejeitar, o promotor NÃO concordar e recorrer por meio de recurso em sentido estrito (art. 581, I, CPP. Entendimento da jurisprudência sobre esse cabimento).
Se o Tribunal negar provimento ao recurso, o juiz deve designar a continuação da audiência (alegações finais e sentença).
Se o Tribunal der provimento, recebendo o aditamento, o juiz deve designar a continuação da audiência (testemunhas, interrogatório, debate e sentença).
*OBSERVAÇÃO: geralmente as testemunhas inquiridas quando da continuação da audiência por recebimento do aditamento são testemunhas novas, que ainda não foram ouvidas. Porém, admite-se uma testemunha já ouvida para que esta dê uma nova versão diante o aditamento da acusação.
Quando o juiz recebe o aditamento, não há recurso para defesa. Entretanto, na prática se admite a impetração de habeas corpus com o pedido de trancamento da ação penal. Se o Tribunal conceder, tranca-se a ação penal e desaparecem os efeitos do aditamento. Se o Tribunal não receber, a ação penal continua.
Exceção ao princípio da correlação e reconhecimento de agravantes: art. 385 do CPP. O reconhecimento de agravantes, ainda que estas não tenham sido indicadas pelo MP, constitui uma exceção ao princípio da correlação. O juiz não fica obrigado a absolver, conforme opinado pelo MP, podendo proferir sentença condenatória e reconhecer agravantes.
Ainda, na ação privada cabe ao querelante pedir expressamente a condenação, porque se não pedir, o juiz não pode condenar, declarando então a perempção da ação.
Absolvição do réu: tratada pelo art. 386 do CPP. O juiz, sempre que for absolver o réu, tem que indicar qual é o fundamento dessa absolvição. O artigo contém 7 incisos, constituindo 7 fundamentos diferentes que permitem a absolvição.
Inciso I: constitui juízo de certeza.
Inciso II: constitui juízo de dúvida, não se sabe se o fato aconteceu.
Inciso III: juízo de atipicidade, o fato não é crime.
Inciso IV: juízo de certeza, comprovado que o réu não concorreu, não agiu.
Inciso V: juízo de dúvida, não há prova de que o réu tenha concorrido.
Inciso VI: caso de absolvição por excludente de ilicitude ou de culpabilidade.
Inciso VII: a prova é insuficiente, não permitindo a condenação. Na dúvida, o juiz absolve.
Da prisão preventiva na absolvição: parágrafo único do art. 386 do CPP. A prisão preventiva não se prorroga com a sentença,devendo o juiz se manifestar expressamente quanto à sua manutenção ou decretação (art. 387, parágrafo 1º). Na data da sentença absolutória, o réu preso preventivamente tem que ser posto em liberdade, expedindo-se alvará de soltura, e as medidas cautelares devem imediatamente cessar.
Sendo a absolvição por inimputabilidade, o juiz aplica medida de segurança (sentença absolutória imprópria).
Ação civil ex delicto: é a ação promovida no juízo cível por aquele que pretende uma indenização em detrimento de uma sentença criminal transitada em julgado. É a liquidação da sentença condenatória, em que se fixará o valor devido da indenização.
Quando o réu é absolvido, cabe propositura da ação ex delicto, cabe indenização, exceto se a absolvição tiver sido dada por fundamento dos incisos I e IV, caso em que fica impedida a propositura.
*OBS: Quanto a processo administrativo, sendo o servidor público processado administrativa e penalmente, se ele for absolvido pelos incisos I e IV encerra-se o processo, deve ser o processo mandado para o arquivo. Se for absolvido pelos outros incisos, o processo administrativo pode prosseguir.
Art. 387 do CPP: traz o conteúdo da sentença condenatória, o que ela deve mencionar e o que deve expor. 
Art. 388 do CPP: a sentença pode ser datilografada, devendo o juiz rubricar todas as folhas.
Art. 389: a sentença é publicada em mão do escrivão. Nos autos, será lavrado um termo, registrando-a num livro específico.
A sentença não é, portanto, publicada no diário oficial. Essa publicação do art. 389 se presta a tornar a sentença pública.
A publicação nos autos digitais ocorre quando a sentença é disponibilizada no processo e fica acessível.
Se a sentença for proferida em audiência, ali ela se torna pública, saindo as partes intimadas já.
Sendo a sentença proferida FORA de audiência, as partes devem ser intimadas.
Intimação da sentença: art. 392 do CPP. Esse artigo se aplica às sentenças proferidas fora de audiência. 
A intimação deve ser feita pessoalmente ao réu toda vez, estando preso ou solto. O réu pode apelar sozinho, esta é uma exceção da capacidade postulatória.
Deve ser feita também ao defensor constituído do réu, se o réu não tiver sido encontrado, assim certificando o oficial de justiça. A lei, portanto, se há defensor constituído e o réu está desaparecido, se satisfaz apenas com a intimação do defensor.
A intimação se fará por edital se o réu nem o defensor forem encontrados, se assim houver certificado o Oficial de Justiça. O prazo do edital será de 90 dias ou 60 dias, a depender do caso. Nestes prazos a lei presume que o réu ou o defensor tomem ciência da sentença. Eles só são tidos por intimados decorridos esses prazos.
O prazo para a apelação corre após o término do prazo fixado no edital.
Art. 391 e 370: tratam da intimação do querelante e seu assistente.
A intimação do defensor público será sempre pessoal, conforme o art. 5, parágrafo 5º da lei 1.060/1950.

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