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Defesa e Recursos nos Tribunais de Contas && Contratação Direta Prof. Dr. Luciano Ferraz Brasília, 12/11/09 1 Defesa e Recursos nosDefesa e Recursos nos Tribunais de Contas 2 Tribunal de Contas da UniãoTribunal de Contas da União O Tribunal de Contas da União é órgão de controle externo da Administração Públicacontrole externo da Administração Pública, vinculado ao Poder Legislativo (auxiliar deste), que tem como função precípua a fiscalização eque tem como função precípua a fiscalização e o julgamento das contas públicas (art. 71, da CR/88)CR/88). 3 ÃCOMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIASCOMPETÊNCIAS 4 Composição e Competência do Tribunal d C tde Contas O Tribunal de Contas da União é regido pela Constituição da República (art. 71, da CR/88), que fixa-lhe a composição e as competências gerais de t ã l L i O â i (L i ° 8 443/92)atuação; pela sua Lei Orgânica (Lei n° 8.443/92), que lhe dá estrutura, fixando desde a natureza institucional até da organização interna parainstitucional até da organização interna para funcionamento; e pelo Regimento Interno (Resolução TCU n° 155/2002), que regula e(Resolução TCU n 155/2002), que regula e aprofunda os termos da Lei Orgânica. 5 ComposiçãoComposição É composto por nove ministros nomeadosÉ composto por nove ministros, nomeados pelo Presidente da República, observados i it d t 73 § 1º CFos requisitos do art. 73 § 1º, CF: Brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade; com reputação ilibada e notórios conhecimentos contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública, e que contem com mais de dez anos de exercício das atividades de que se exige t i d d 6 notoriedade. Composição OrgânicaComposição Orgânica São órgãos do Tribunal o Plenário, a Primeira e a Segunda Câmaras, og , Presidente e as comissões, de caráter permanente ou temporário quepermanente ou temporário, que colaborarão no desempenho de suas atribuições (art 66 e 67 da Lei n°atribuições. (art. 66 e 67 da Lei n° 8.443/92, e art. 7°, do Regimento Interno). 7 Cada câmara compõe-se de quatro ministros que a integrarão pelo prazo deministros, que a integrarão pelo prazo de dois anos, findos os quais dar-se-á a recondução automática por igual períodorecondução automática por igual período (art. 11, RITCU). As câmaras são presididas pelo Vice- Presidente do Tribunal e pelo ministroPresidente do Tribunal e pelo ministro mais antigo no exercício do cargo, designados pelo Presidente do Tribunaldesignados pelo Presidente do Tribunal na primeira sessão ordinária de cada ano. 8 Competências da Corte de Contas As competências gerais do TCU estão no artAs competências gerais do TCU estão no art. 71 da CF, no art. 1º da Lei 8.443/1992( Lei Orgânica do TCU) e na Resolução n º 155/02Orgânica do TCU) e na Resolução n º 155/02 (RITCU). São diferenciadas as competências do PlenárioSão diferenciadas as competências do Plenário e as das Câmaras: 9 O Plenário detém competência para deliberar (artO Plenário detém competência para deliberar (art. 155 do RITCU), • I – originariamente sobre: • a) os pareceres prévios relativos às Contas do) p p Governo da República; • b) pedido de informação ou solicitação sobreb) pedido de informação ou solicitação sobre matéria da competência do Tribunal que lhe seja endereçado pelo Congresso Nacional porendereçado pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas casas, ou por suas comissões; 10 • c) solicitação de pronunciamento formulada pela comissão mista permanente de senadores e deputados referida no § 1º do art. 166 da Constituição Federal, nos termos do § 1º do art. 72 da Constituição Federal (exame de projetos de lei referentes ao plano plurianual); • d) incidente de uniformização de jurisprudência, na forma do art. 91;; • e) conflito de lei ou de ato normativo do poder público com a Constituição Federal, empúblico com a Constituição Federal, em • matéria da competência do Tribunal; 11 • f) fixação dos coeficientes destinados ao cálculo das parcelas a serem entregues aos estadosdas parcelas a serem entregues aos estados, Distrito Federal e municípios, à conta dos recursos do Fundo de Participação dos Estadosrecursos do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE) e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) a que aludeParticipação dos Municípios (FPM), a que alude o parágrafo único do art. 161 da Constituição Federal, observados os critérios estabelecidosFederal, observados os critérios estabelecidos nas normas legais e regulamentares pertinentes;pertinentes; 12 • g) fixação dos coeficientes destinados ao cálculog) ç das parcelas que deverão ser entregues aos estados e ao Distrito Federal, sobre o produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, de que trata o inciso II do art. 159 d C tit i ã F d l b d ité ida Constituição Federal, observados os critérios estabelecidos nas normas legais e regulamentares pertinentes;pertinentes; • h) contestação mencionada no art. 292 [coeficientes individuais de participação dos estados do Distritoindividuais de participação dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, no Fundo de Participaçãodos Estados e do Distrito FederalParticipaçãodos Estados e do Distrito Federal (FPE), e no Fundo de Participação dos Municípios (FPM)]; 13 (FPM)]; • i) inabilitação de responsável e inidoneidade de) ç p licitante, nos termos dos arts. 270 e 271, e adoção das medidas cautelares previstas nos arts. 273 a 276, resguardada, no caso do último artigo, a possibilidade de antecipação da medida pelo relator ou pelo Presidente; • j) realização de auditorias e inspeções emj) unidades do Poder Legislativo, do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores, da Presidência da República, do Tribunal de Contas da União, bem como do Ministério Público da União e da Advocacia-Geral da União; 14 • l) representação de equipe de fiscalização prevista) p ç q p ç p no art. 246; • m) relatório de auditoria operacional;) p ; • n) relatório de auditoria e de inspeção realizadas em virtude de solicitação do Congresso Nacional,em virtude de solicitação do Congresso Nacional, de suas casas e das respectivas comissões; • o) consulta sobre matéria da competência doo) consulta sobre matéria da competência do Tribunal; • p) denúncia;p) denúncia; • q) matéria regimental ou de caráter normativo; ) flit d tê i t l t• r) conflito de competência entre relatores; • s) qualquer assunto não incluído expressamente na tê i d â ( tê i id l) 15 competência das câmaras (competência residual); • II – deliberar sobre os recursos de reconsideração, b d d l ã did dos embargos de declaração e os pedidos de reexame apresentados contra suas próprias decisões bem como os agravos interpostos adecisões, bem como os agravos interpostos a despachos decisórios proferidos em processos de sua competência;sua competência; • III – deliberar sobre recursos de revisão; • IV deliberar sobre os recursos contra decisões• IV – deliberar sobre os recursos contra decisões adotadas pelo Presidente sobre matéria administrativa;administrativa; • V – aprovar proposta de acordo de cooperação objetivando o intercâmbio de informações queobjetivando o intercâmbio de informações que visem ao aperfeiçoamento dos sistemas de controle e fiscalização conforme previsto no art 296; 16 e fiscalização, conforme previsto no art. 296; • VI – aprovar os planos de fiscalização; • VII – aprovar os enunciados da Súmula da• VII – aprovar os enunciados da Súmula da Jurisprudência do Tribunal; • VIII – aprovar propostas relativas a projetos de lei que o Tribunal devap j q encaminhar aos poderes Executivo e Legislativo;Legislativo; • IX – deliberar sobre a lista tríplice dos dit d b d Mi ité iauditores e dos membros do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas. 17 • Compete ainda ao Plenário (art. 16, RITCU): • I – constituir comissões temporárias, sem prejuízo do disposto no inciso XLI do art. 28; • II – apreciar questões administrativas de caráter relevante; • III – deliberar sobre processos por ele avocados em razão de sua relevância, por sugestão de ministro ou de auditor convocado submetida ao colegiado; • IV – deliberar sobre processos remetidos pelo relator ou pelas câmaras, nos termos do § 1º do art. 17 ou do parágrafo único do art. 139, exceto os de que trata o inciso VII do art. 17. (matérias id d l t d t 18 consideradas relevantes ou em caso de empate nas câmaras, salvo em caso de recurso) • Compete à Primeira e à Segunda Câmaras deliberar sobre (art. 17 RITCU): • I – prestação e tomada de contas, mesmo especial;especial; • II – ato de admissão de pessoal da administração direta e indireta incluídas asadministração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo poder público federal;público federal; • III – a legalidade, para fins de registro, de ã d t d i fconcessão de aposentadoria, reforma ou pensão a servidor público e a militar federal ou a b fi iá i 19 seus beneficiários; • IV – representação, exceto a de que trata a alínea l do inciso I do art. 15; (competência originária do Plenário) • V – realização de inspeção, ressalvado o disposto na alínea j do inciso I do art. 15;p j ; • VI – relatório de fiscalização, exceto de natureza operacional e o de que trata a alínea n do incisooperacional e o de que trata a alínea n do inciso I do art. 15; • VII pedido de reexame recurso de• VII – pedido de reexame, recurso de reconsideração e embargos de declaração apresentados contra suas própriasapresentados contra suas próprias deliberações, bem como agravo interposto a despacho decisório proferido em processo 20 despacho decisório proferido em processo de sua competência. Competência das câmaras e afetação do Plenário A t 17 § 1º (RITCU) O t d tê i d• Art. 17, § 1º (RITCU) - Os assuntos de competência das câmaras, exceto os previstos no inciso VII, poderão ser incluídos na pauta do Plenário pelo relator, ou porp p , p deliberação da câmara acolhendo proposta de ministro ou sugestão de auditor ou do representante do Ministério Público sempre que a relevância da matériaMinistério Público sempre que a relevância da matéria recomende esse procedimento. § 2º Não poderão ser apreciados pelas câmaras os processos que contenham propostas de fixação de t di t b tã d di it d t i dentendimento sobre questão de direito em determinada matéria, de determinações em caráter normativo e de estudos sobre procedimentos técnicos. 21 estudos sobre procedimentos técnicos. TIPOS DE PROCESSOS NOTIPOS DE PROCESSOS NO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO 22 Tipos de Processo no TCUTipos de Processo no TCU O T ib l d C t i di l t• O Tribunal de Contas exerce, primordialmente, funções de julgamento das contas públicas e de fiscalização dos atos e contratosde fiscalização dos atos e contratos administrativos. • O exercício da função integradora e julgadora de contas dar-se-á por:de contas dar se á por: • Emissão do parecer prévio em contas anuais; • Tomada de Contas Anual; • Tomada de Contas Especial. 23 p Processos de ContasProcessos de Contas a) Contas Anuais – Parecer Prévio) • Art. 71, I, CR c/c art. 49, IX, CR. • A Lei nº. 8.443/92 dispõe, ainda, ser dap competência do Tribunal de Contas emitir parecer prévio sobre as contas do Governo de Território Federal no prazo de sessenta dias a contar deFederal, no prazo de sessenta dias, a contar de seu recebimento, na forma estabelecida no Regimento Interno.g 24 a) Contas Anuais Parecer Prévioa) Contas Anuais – Parecer Prévio • Trata-se de procedimento expressivo de• Trata-se de procedimento expressivo de manifestação complexa, elaborado pelo Tribunal de Contas e encaminhado a Comissão Mista dede Contas e encaminhado a Comissão Mista de Senadores e Deputados, conforme art. 221, §4º do RITCU.do RITCU. • O parecer tem caráter opinativo sobre as contas apresentadas pelo gestor público mas pelo seuapresentadas pelo gestor público, mas, pelo seu caráter técnico e conclusivo, destinado a formar a convicção dos sujeitos constitucionalmenteconvicção dos sujeitos constitucionalmente investidos no munus de decidir pela aprovação ou rejeição das contas públicas. Reveste-se de 25 rejeição das contas públicas. Reveste se de natureza quase vinculante (FERRAZ, Due process...) a) Contas Anuais Parecer Prévioa) Contas Anuais – Parecer Prévio • Por tal motivo, deve-se realizar sob o crivo doPor tal motivo, deve se realizar sob o crivo do princípio do contraditório, oportunizando-se ao sujeito passivo a possibilidade ampla desujeito passivo a possibilidade ampla de apresentar documentos complementares, justificativas.justificativas. A ibilid d d d é i• A possibilidade de recorrer do parecer prévio independe de previsão regimental expressa, d ê i d i í i tit i l dem decorrência do princípio constitucional do contraditório e do direito de petição (art. 5º, LV, e art 5º XXXIV “a” da CR/88) 26 e art. 5º, XXXIV, “a”, da CR/88). Tomada e Prestação de ContasTomada e Prestação de Contas • Diz a Lei nº 8 443/92 que:• Diz a Lei n . 8.443/92 que: • Art. 6° Estão sujeitas à tomada de contas e, ressalvado di t i i XXXV d t 5° d C tit i ão disposto no inciso XXXV do art. 5° da Constituição Federal, só por decisão do Tribunal de Contas da União podem ser liberadas dessa responsabilidade as pessoaspodem ser liberadas dessa responsabilidade as pessoas indicadas nos incisos I a VI do art. 5° desta Lei. • Art 7° As contas dos administradores e responsáveis aArt. 7 As contas dos administradores e responsáveis a que se refere o artigo anterior serão anualmente submetidas a julgamento do Tribunal, sob forma de tomada ou prestação de contas, organizadas de acordo com normas estabelecidas em instrução normativa. 27 b) Tomada de Contas Anualb) Tomada de Contas Anual • A tomada de contas anual decorre do art 6º e• A tomada de contas anual decorre do art. 6 e seguintes da Lei nº. 8.443/92. • O procedimento é regulado pela Instrução Normativa nº. 47 de 27.10.2004. • No desempenho de suas atribuições, o Tribunal b i di t t drecebe, periodicamente, uma parte da documentação contábil e outros demonstrativos relativos à atuação das unidades da Administraçãorelativos à atuação das unidades da Administração Pública Federal sujeitas à sua jurisdição, que são apreciados sob a forma de tomadas e prestações 28 apreciados sob a forma de tomadas e prestações de contas. b) Tomada de Contas Anualb) Tomada de Contas Anual • As contas apresentadas são analisadas eAs contas apresentadas são analisadas e julgadas sob os aspectos de legalidade, legitimidade, economicidade, eficiência elegitimidade, economicidade, eficiência e eficácia, após o que são julgadas regulares, regulares com ressalvas, irregulares ouregulares com ressalvas, irregulares ou iliquidáveis. (art. 15 da Lei nº. 8.443/92) • As ressalvas decorrem da existência de i i d d f lh d t f l dimpropriedades ou falhas de natureza formal de que não resultem danos ao erário. 29 b) Tomada de Contas Anualb) Tomada de Contas Anual • Já a irregularidade das contas advém da omissãoJá a irregularidade das contas advém da omissão no dever de prestá-las; da prática de ato de gestão ilegal, ilegítimo, antieconômico, ou infração a normag g ç legal ou regulamentar de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional ou patrimonial; de dano ao erário decorrente de ato de gestão ilegítimo ou antieconômico; de desfalque ou desvio d di h i b l úbli dde dinheiros, bens ou valores públicos ede reincidência no descumprimento de determinações do Tribunal Serão consideradas iliquidáveis quandodo Tribunal. Serão consideradas iliquidáveis quando caso fortuito ou força maior tornar materialmente impossível o julgamento de mérito (art 18 a 21 da 30 impossível o julgamento de mérito (art. 18 a 21 da da Lei nº. 8.443/92). b) Tomada de Contas Anualb) Tomada de Contas Anual • Trâmite processual:Trâmite processual: • Dispõem os artigos 32 e 33 da Lei nº. 8.443/92: • Em todas as etapas do processo de julgamento de contas será assegurado ao responsável ou interessado ampla defesa. D d i ã f id d t d• De decisão proferida em processo de tomada ou prestação de contas cabem recursos de: I id ã• I - reconsideração; • II - embargos de declaração; 31 • III - revisão. b) Tomada de Contas Anualb) Tomada de Contas Anual • A decisão em processo de tomada ou prestação deA decisão em processo de tomada ou prestação de contas pode ser preliminar, definitiva ou terminativa. (art. 10 da Lei nº. 8.443/92)( ) • Preliminar é a decisão pela qual o Relator ou oPreliminar é a decisão pela qual o Relator ou o Tribunal, antes de pronunciar-se quanto ao mérito das contas, resolve sobrestar o julgamento, ordenar, j g , a citação ou a audiência dos responsáveis ou, ainda, determinar outras diligências necessárias ao saneamento do processo. (art. 10, §1º, da Lei nº 8.443/92) - segue 32 b) Tomada de Contas Anualb) Tomada de Contas Anual • Definitiva é a decisão pela qual o Tribunal julga as contas regulares, regulares com ressalva, oucontas regulares, regulares com ressalva, ou irregulares. (art. 10, §1º, da Lei nº 8.443/92) • Terminativa é a decisão pela qual o Tribunal ordena o trancamento das contas que forem consideradaso trancamento das contas que forem consideradas iliquidáveis, nos termos dos arts. 20 e 21 da Lei. (art. 10, §1º, da Lei nº 8.443/92)( , § , ) 33 b) Tomada de Contas Anualb) Tomada de Contas Anual • O Relator presidirá a instrução do processo,O e a o p es d á a s ução do p ocesso, determinando, mediante despacho singular, de ofício ou por provocação do órgão de instrução ou do Ministério Público junto ao Tribunal, o sobrestamento do julgamento, a citação ou a audiência dos á i t idê i id dresponsáveis, ou outras providências consideradas necessárias ao saneamento dos autos, fixando prazo, na forma estabelecida no Regimento Interno para ona forma estabelecida no Regimento Interno, para o atendimento das diligências, após o que submeterá o feito ao Plenário ou à Câmara respectiva, conforme ae o ao e á o ou à Câ a a espec a, co o e a competência, para decisão de mérito. (art. 11, da Lei nº. 8.443/92) 34 b) Tomada de Contas Anualb) Tomada de Contas Anual • Na conta julgada irregular, nos termos do art. 12 daa co a ju gada egu a , os e os do a da Lei nº. 8.443/92, o Relator ou o Tribunal: I d fi i á bilid d i di id l lidá i l t• I - definirá a responsabilidade individual ou solidária pelo ato de gestão inquinado; • II - se houver débito, ordenará a citação do responsável para, no prazo estabelecido no Regimento Interno, apresentar defesa ou recolher a quantia devidarecolher a quantia devida, • III - se não houver débito, determinará a audiência do, responsável para, no prazo estabelecido no Regimento Interno, apresentar razões de justificativa; não resulte dano ao Erário; 35• IV - adotará outras medidas cabíveis. b) Tomada de Contas Anualb) Tomada de Contas Anual • Nas hipóteses de contas irregulares, art. 16, III, “c” e “d”,p g , , , , o Tribunal, ao julgar irregulares as contas, fixará a responsabilidade solidária: • a) do agente público que praticou o ato irregular, e • b) do terceiro que, como contratante ou parte interessada na prática do mesmo ato, de qualquer modo haja concorrido para o cometimento do dano apurado. O T ib l id i á i d i di t d• O Tribunal providenciará, ainda, a imediata remessa de cópia da documentação pertinente ao Ministério Público da União para ajuizamento das ações civis e penaisda União, para ajuizamento das ações civis e penais cabíveis. (art. 16, §§2º e 3° da Lei nº 8.443/92) 36 c) Tomada de Contas Especialc) Tomada de Contas Especial • “Tomada de Contas Especial é um processop p devidamente formalizado, com rito próprio, para apurar responsabilidade por ocorrência de dano à administração pública federal e obtenção doà administração pública federal e obtenção do respectivo ressarcimento” (art. 3º, caput, da IN/TCU n.º 56/2007).) • “Tomada de Contas Especial é um processop p devidamente formalizado, dotado de rito próprio, que objetiva apurar os fatos, identificar os responsáveis e quantificar o dano causado aoresponsáveis e quantificar o dano causado ao Erário, visando ao seu imediato ressarcimento” (art. 63 da Portaria Interministerial 37 ( MPOG/MF/CGU n.º 127/2008). c) Tomada de Contas Especialc) Tomada de Contas Especial • Diante da omissão no dever de prestar contas,p da não-comprovação da aplicação dos recursos repassados pela União na forma prevista no inciso VIII do art 5º da ocorrência de desfalqueinciso VIII do art. 5 , da ocorrência de desfalque ou desvio de dinheiros, bens ou valores públicos, ou, ainda, da prática de qualquer atop p q q ilegal, ilegítimo ou antieconômico de que resulte dano ao erário, a autoridade administrativa competente sob pena de responsabilidadecompetente, sob pena de responsabilidade solidária, deverá imediatamente adotar providências com vistas à instauração dep ç tomada de contas especial para apuração dos fatos, identificação dos responsáveis e quantificação do dano (art 197 do RITCU) 38 quantificação do dano. (art. 197 do RITCU) c) Tomada de Contas Especialc) Tomada de Contas Especial • Características do Processo de Tomada de Contas Especial: • a) deve ser instaurado a partir da autuação de processo específico em atendimento à determinação daespecífico, em atendimento à determinação da autoridade administrativa competente; • b) deve conter as peças estabelecidas no art. 4º da IN/TCU º 56/2007IN/TCU n.º 56/2007; • c) tem por objetivo “(...) apurar responsabilidade por ocorrência de dano à administração pública federal eoco ê c a de da o à ad s ação púb ca ede a e obtenção do respectivo ressarcimento (...)” e somente deverá ser instaurado quando constatado prejuízo aos cofres públicos;cofres públicos; • d) constitui medida excepcional, somente devendo ser instaurado após esgotadas todas as medidas administrativas para a reparação do dano causado ao 39 administrativas para a reparação do dano causado ao Erário. Processos de FiscalizaçãoProcessos de Fiscalização • A função fiscalizatória do Tribunal de Contas da União se dá por meio dos processos de fiscalização, decorrentes das competências fixadas pelos incisos IV a XI da CR/88. • O Tribunal efetua a fiscalização dos atos de queO Tribunal efetua a fiscalização dos atos de que resulte receita ou despesa, praticados pelos responsáveis sujeitos à sua jurisdição pararesponsáveis sujeitos à sua jurisdição para assegurar a eficácia do controle e para instruir o julgamento das contas, denotando o seu caráter 40 julgamento das contas, denotando o seu caráter acessório (art. 249 do RITCU). Processos de FiscalizaçãoProcessos de Fiscalização • Pode ser instaurado por: • Iniciativa própria; • Iniciativa do Congresso Nacional; • Denúncia de cidadão, partido político, associação ou sindicato; • Representação dos legitimados. (art. 230 a art. 237 41 RITCU) Processos de FiscalizaçãoProcessos de Fiscalização • Ao apreciar processo relativo à fiscalização de atosp p ç e contratos, o relator ou o Tribunal recomendará adoção de medidas mais adequadas aos desígniosç q g legais, determinará ao fiscalizado que corrija ilegalidades ou desvios na versação dos recursosg ç públicosou determinará a apresentação de justificativas em face das irregularidadesj g encontradas. (art. 250 RITCU) 42 Processos de FiscalizaçãoProcessos de Fiscalização • Respeitado o contraditório, exposto por meio dep , p p justificativa ou outro idôneo, o Tribunal poderá arquivar o processo de fiscalização, acaso acateq p ç , as razões apresentadas, determinar que se proceda conforme as normas adequadas oup q aplicar multa ao gestor, determinando, nos casos de irregularidades, o apensamento do processog , p p àquele de contas. 43 Processos de FiscalizaçãoProcessos de Fiscalização • Se configurada a ocorrência de desfalque, desviog q , de bens ou outra irregularidade de que resulte dano ao erário, o Tribunal ordenará, desde logo, a, , g , conversão do processo em tomada de contas especial, salvo na hipótese prevista no art. 213, emp , p p , que a medida se relevar antieconômica (dispendiosa). (art. 252 do RITCU)( p ) ( ) 44 PARECER PRÉVIOPARECER PRÉVIO X JULGAMENTO DE CONTAS 45 Parecer Prévio vs. Julgamento de g Contas • O parecer prévio é ato obrigatório e subsidiário para o julgamento das contas do Poderpara o julgamento das contas do Poder Executivo pelo Poder Legislativo. • O julgamento de contas respeita ao exercício da função precípua da Corte de Contas cuja ada função precípua da Corte de Contas, cuja a apuração de ilegalidade levará à aplicação das sanções previstas no Regimento Interno dasanções previstas no Regimento Interno da Casa. 46 ÃFUNÇÃO JULGADORA DO TRIBUNAL DE CONTASTRIBUNAL DE CONTAS 47 Função “jurisdicional” do Tribunal de Contas • Embora a Constituição expressamente afirme que “o Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo oquadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional”, a terminologia é equivocada. • Não se pode olvidar da adoção do modelo de• Não se pode olvidar da adoção do modelo de unicidade jurisdicional adotado pela Constituição da República no art 5º XXXVda República no art. 5 , XXXV. • A natureza do título oriundo da decisão – § 1o do art 71 CR 48 art. 71, CR ÃATOS DE ADMISSÃO, APOSENTADORIA E PENSÃOAPOSENTADORIA E PENSÃO 49 Atos de Admissão, aposentadoria e pensão • Atos simples ou complexos? • EMENTA: (...) DECADÊNCIA ADMINISTRATIVA. INOCORRÊNCIA. CUMULAÇÃO DE PROVENTOS DA RESERVA MILITAR COM OS DECUMULAÇÃO DE PROVENTOS DA RESERVA MILITAR COM OS DE APOSENTADORIA EM CARGO CIVIL ANTES DA EC 20/98. POSSIBILIDADE. ART. 11 DA EC 20/98. (...) 3. O ato de aposentadoria configura ato administrativo complexo aperfeiçoando se somente comconfigura ato administrativo complexo, aperfeiçoando-se somente com o registro perante o Tribunal de Contas. Submetido a condição resolutiva, não se operam os efeitos da decadência antes da vontade final da Administração ( )final da Administração. (...) • (STF - MS 24997, Relator(a): Min. EROS GRAU, Tribunal Pleno, julgado em 02/02/2005, DJ 01-04-2005 PP-00006 EMENT VOL-02185- 02 PP 00211 LEXSTF v 27 n 317 2005 p 177 187 RTJ VOL 00193 50 02 PP-00211 LEXSTF v. 27, n. 317, 2005, p. 177-187 RTJ VOL-00193- 02 PP-00579) SÚMULA VINCULANTE Nº. 03 E SEUS EFEITOS – Contencioso interno e dosContencioso interno e dos particularesparticulares 51 Súmula Vinculante nº 03Súmula Vinculante n . 03 • "Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie oou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoriado ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão." 52 Súmula Vinculante nº 03Súmula Vinculante n . 03 • Incidência da Súmula: Tanto para o agente público quanto para o particular interessado, quer sejam estes os que direta ou indiretamente (terceiros)estes os que direta ou indiretamente (terceiros) sejam alcançados pelos efeitos da decisão. • Aspecto subjetivo: a palavra chave do texto sumulado é interessadosumulado é interessado. A t 213 d CPC Cit ã é t l l• Art. 213 do CPC: Citação é o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado a fim de se defender 53 defender. Súmula Vinculante nº 03Súmula Vinculante n 03 • Aspecto objetivo: Precedentes da súmula, citados: MS 24.268, D.J. 17/9/2004, MS 24.728, D.J. 9/9/2005, MS 24.754, D.J. 18/2/2005, e MS 24.742, D.J. 11/3/2005; legislação correlata: CF, art. 5°, LIV e LV; 71, III; e Lei n.° 9.784/1999, art. 2°. • Incidência sobre demais hipóteses - processos deIncidência sobre demais hipóteses processos de fiscalização (auditorias, denúncias, representações etc.) – processos de contas (CF/88, art. 71, II). 54 etc.) processos de contas (CF/88, art. 71, II). DIREITO DE DEFESA NO TRIBUNAL DE CONTAS – PROCEDIMENTOS EPROCEDIMENTOS E EXTENSÃOEXTENSÃO 55 Direito de Defesa no Tribunal de Contas – Procedimentos e Extensão • Prazo para defesa e revelia (RITCU): • Art. 160. As alegações de defesa e as razões deg ç justificativa serão admitidas dentro do prazo determinado na citação ou na audiência. 56 Direito de Defesa no Tribunal de Contas – Procedimentos e Extensão • Prazo para instrução - juntada de documentos - memoriais (RITCU): • Art 160 ( )• Art. 160 (...) • § 1º Desde a constituição do processo até o término da etapa de instrução, é facultada à parte a juntada dep ç , p j documentos novos (princípio da verdade real) • § 2º Considera-se terminada a etapa de instrução do t tit l d id d té iprocesso no momento em que o titular da unidade técnica emitir seu parecer conclusivo, sem prejuízo do disposto no § 3º do art. 157. (delegação de competência)§ ( g ç p ) • § 3º O disposto no § 1º não prejudica o direito da parte de distribuir, após a inclusão do processo em pauta, memorial i i t dit t t d Mi i té i 57 aos ministros, auditores e ao representante do Ministério Público. Direito de Defesa no Tribunal de Contas – Procedimentos e Extensão • Litisconsórcio unitário – aproveitamento de defesa (RITCU):(RITCU): Art 161 Havendo mais de um responsável pelo• Art. 161. Havendo mais de um responsável pelo mesmo fato, a defesa apresentada por um deles aproveitará a todos, mesmo ao revel, no que concerneaproveitará a todos, mesmo ao revel, no que concerne às circunstâncias objetivas, e não aproveitará no tocante aos fundamentos de natureza exclusivamente lpessoal. 58 Direito de Defesa no Tribunal de Contas – Procedimentos e Extensão • Limitação dos meios de prova – ampla defesa – limitação do princípio processual administrativo dalimitação do princípio processual administrativo da busca da verdade real (RITCU): • Art 162 As provas que a parte quiser produzir perante• Art. 162. As provas que a parte quiser produzir perante o Tribunal devem sempre ser apresentadas de forma documental, mesmo as declarações pessoais deç p terceiros. • Parágrafo único. São inadmissíveis no processo b id i ilí iprovas obtidas por meios ilícitos. • Conflito com a Lei 9.784/99, que é aplicável ao TCU segundo STF 59 segundo STF. Direito de Defesa no Tribunal de Contas – Procedimentos e Extensão • Acesso aos autos (RITCU): • Art. 163. As partes poderão pedir vista ou cópia de peça do processo, mediante solicitação dirigida ao relator, segundo os procedimentos previstos neste capítulo, assegurada aosos procedimentos previstos neste capítulo, assegurada aos seus advogados a obtenção de vista ou cópia de peça de qualquer processo não sigiloso, desde que demonstrem semelhança de matéria e necessidade at al em face dosemelhança de matéria e necessidade atual em face do processo em que estejamatuando. • Art. 165. O despacho que deferir o pedido de vista indicará o local onde os autos poderão ser examinados. 60 Direito de Defesa no Tribunal de Contas – Procedimentos e Extensão • Possibilidade de sustentação oral (RITCU): • Art. 168. No julgamento ou apreciação de processo as partes poderão produzir sustentação oral, após a apresentação, ainda que resumida, do relatório e antes doapresentação, ainda que resumida, do relatório e antes do voto do relator, pessoalmente ou por procurador devidamente constituído, desde que a tenham requerido ao Presidente do respecti o colegiado até q atro horas antesPresidente do respectivo colegiado até quatro horas antes do início da sessão. 61 Direito de Defesa no Tribunal de Contas – Procedimentos e Extensão • Arquivamento do Processo(RITCU): • Art. 169. O Tribunal e, ressalvados os casos indicados neste, Regimento, o relator podem determinar o arquivamento do processo nas seguintes situações: • I – quando for ordenado o trancamento das contas, na forma previstaI quando for ordenado o trancamento das contas, na forma prevista no § 1º do art. 211; (contas iliquidáveis) • II – quando ausentes os pressupostos de constituição ou de desenvolvimento válido e regular do processo nos termos do art 212;desenvolvimento válido e regular do processo, nos termos do art. 212; (o artigo 212 não define) • III – nos casos previstos nos arts. 213, 235, parágrafo único, 263 e 265; (213 – custo superior ao ressarcimento; 235 – denúncia inepta; 263(213 – custo superior ao ressarcimento; 235 – denúncia inepta; 263 – requerimentos de fiscalização ou processo infundados, em benefício próprio; 265 – consulta inepta ou sobre caso concreto) • IV quando tenha o processo cumprido o objetivo para o qual foi 62 • IV – quando tenha o processo cumprido o objetivo para o qual foi constituído. Direito de Defesa no Tribunal de Contas – Procedimentos e Extensão • Nulidades no processo(RITCU): A t 171 N h t á d l d l d í i ã• Art. 171. Nenhum ato será declarado nulo se do vício não resultar prejuízo para a parte, para o erário, para a apuração dos fatos pelo Tribunal ou para a deliberaçãop ç p p ç adotada. • Parágrafo único. Quando puder decidir do mérito a favor da t it i d l ã d lid dparte a quem aproveitaria a declaração de nulidade, o Tribunal não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta.suprir lhe a falta. 63 Direito de Defesa no Tribunal de Contas – Procedimentos e Extensão • Nulidades no processo(RITCU): A t 172 Nã t t d d lid d b l t id• Art. 172. Não se tratando de nulidade absoluta, considerar- se-á válido o ato que, praticado de outra forma, tiver atingido o seu fim.g • Parágrafo único. O disposto neste artigo não impede o suprimento da nulidade absoluta, nas hipóteses previstas t R i t l i i li á ineste Regimento e nas leis processuais aplicáveis subsidiariamente aos processos do Tribunal. • Art 173 A parte não poderá argüir nulidade a que haja• Art. 173. A parte não poderá argüir nulidade a que haja dado causa ou para a qual tenha, dequalquer modo, concorrido. 64 Direito de Defesa no Tribunal de Contas – Procedimentos e Extensão • Nulidades no processo(RITCU): A t 174 C f tê i áti d t• Art. 174. Conforme a competência para a prática do ato, o Tribunal ou o relator declarará a nulidade de ofício, se absoluta, ou por provocação da parte ou do Ministério, p p ç p Público junto ao Tribunal, em qualquer caso. • Art. 175. A nulidade do ato, uma vez declarada, causará a dos atos subseqüentes que dele dependam ou sejam conseqüênciaconseqüência. • Parágrafo único. A nulidade de uma parte do ato, porém, não prejudicará as outras que dela sejam independentes. 65 p j q j p Direito de Defesa no Tribunal de Contas – Procedimentos e Extensão • Nulidades no processo(RITCU): • Art 176 O relator ou o Tribunal ao pronunciar a nulidadeArt. 176. O relator ou o Tribunal, ao pronunciar a nulidade, declarará os atos a que ela se estende, ordenando as providências necessárias, a fim de que sejam repetidos ou tifi d l d di t t 171retificados, ressalvado o disposto no art. 171. • Parágrafo único. Pronunciada a nulidade na fase recursal, compete:compete: • I – ao relator do recurso declarar os atos a que ela se estende; • II – ao ministro ou auditor, sob cuja relatoria o ato declarado nulo foi praticado, ou ao seu sucessor, ordenar as providências necessárias para a repetição ou retificação 66 as providências necessárias para a repetição ou retificação do ato. Direito de Defesa no Tribunal de Contas – Procedimentos e Extensão • Nulidades no processo(RITCU): • Art 177 Eventual incompetência do relator não é causa deArt. 177. Eventual incompetência do relator não é causa de nulidade dos atos por ele praticados. • Art. 178. Nos processos em que deva intervir, a falta de manifestação do Ministério Público implica a nulidade do processo a partir do momento em que esse órgão deveria ter-se pronunciadoter-se pronunciado. • Parágrafo único. A manifestação posterior do Ministério Público sana a nulidade do processo, se ocorrer antes dap decisão definitiva de mérito do Tribunal, nas hipóteses em que expressamente anuir aos atos praticados anteriormente ao seu pronunciamento 67 anteriormente ao seu pronunciamento. Direito de Defesa no Tribunal de Contas – Procedimentos e Extensão • Prazos (RITCU):• Prazos (RITCU): • Art. 183. Os prazos referidos neste Regimento contam-se dia a dia, a partir da data:da data: • I – do recebimento pela parte: • a) da citação ou da comunicação de audiência; b) d i ã d j i ã d l õ d d f• b) da comunicação de rejeição das alegações da defesa; • c) da comunicação de diligência; • d) da notificação; • II – constante de documento que comprove a ciência da parte; • III – da publicação de edital no Diário Oficial da União, quando a parte não for localizada;; • IV – nos demais casos, salvo disposição legal expressa em contrário, da publicação do acórdão no Diário Oficial da União. • Parágrafo único. A prorrogação, quando cabível, contar-se-á a partir do 68 Parágrafo único. A prorrogação, quando cabível, contar se á a partir do término do prazo inicialmente concedido e independerá de notificação da parte. Direito de Defesa no Tribunal de Contas – Procedimentos e Extensão • Prazos (RITCU):• Prazos (RITCU): • Art. 184. Os acréscimos em publicação e as retificações, l ti it ã i ã tifi ãmesmo as relativas a citação, comunicação ou notificação, importam em devolver o prazo à parte. • Art. 185. Na contagem dos prazos, salvo disposição legal em contrário, excluir-se-á o dia do início e incluir-se-á o do vencimento. f S• Parágrafo único. Se o vencimento recair em dia em que não houver expediente, o prazo será prorrogado até o primeiro dia útil imediato. 69 primeiro dia útil imediato. Direito de Defesa no Tribunal de Contas – Procedimentos e Extensão • Prazos (RITCU):• Prazos (RITCU): • Art. 186. Os prazos para interposição de recursos e para t ã d l õ d d f d õ dapresentação de alegações de defesa, de razões de justificativa, de atendimento de diligência, de cumprimento de determinação do Tribunal, bem como os demais prazosç , p fixados para a parte, em qualquer situação, não se suspendem nem se interrompem em razão do recesso do Tribunal previsto no art 68 da Lei nº 8 443 de 1992Tribunal, previsto no art. 68 da Lei nº. 8.443, de 1992. • Parágrafo único Decorrido o prazo fixado para a prática do• Parágrafo único. Decorrido o prazo fixado para a prática do ato, extingue-se, independentemente de declaração, o direito do jurisdicionado de praticá-lo ou alterá-lo, se já ti d l d j t ti 70 praticado, salvo comprovado justo motivo. Direito de Defesa no Tribunal de Contas – Procedimentos e Extensão • Prazos (RITCU):• Prazos(RITCU): • Art. 187. O ato que ordenar diligência assinará prazo para seu cumprimento, findo o qual a matéria poderá ser apreciada, mesmo para a i i ã d õ l iimposição de sanções legais. • Parágrafo único. Se o ato for omisso a respeito, será de quinze dias o prazo para cumprimento de dili ê i l i ti di i ã i ldiligência, salvo se existir disposição especial para o caso. 71 APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIAAPLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DAS LEIS DE PROCESSO ADMINISTRATIVO 72 Aplicação Subsidiária das Lei deAplicação Subsidiária das Lei de Processo Administrativo A aplicação subsidiária da Lei 9784/99 ao processos em trâmite no TCU tem como fundamento inicial a ausência de contraditório em alguns procedimentos realizadosde contraditório em alguns procedimentos realizados pela Corte de Contas. Prevalência dos arts. 5o, LIV e LV, CR. Como asseverado pelo Ministro do STF, Sepúlveda Pertence, no julgamento do leading case do tema em análise (MS 23 550):julgamento do leading case do tema em análise (MS 23.550): • “De qualquer modo, se se pretende insistir no mau vezo das autoridades brasileiras de inversão da pirâmide normativa do ordenamento, de modo a acreditar menos na C tit i ã d l i di á i í t i l ã d l iConstituição do que na lei ordinária, nem aí teria salvação o processo: nada exclui os procedimentos do Tribunal de Contas da União da aplicação subsidiária da lei geral do processo administrativo federal, a L. 9784/99, já em vigor ao tempo dos fatos. • Nela, explicitamente, se prescreve a legitimação, como “interessados no processo 73 g administrativo”, de todos “aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam ser afetados pela decisão a ser adotada" (art. 9º, II)”. Aplicação da Lei de Processo Administrativo ( )A i idê i i di t d ti tit i i• (...)A incidência imediata das garantias constitucionais referidas dispensariam previsão legal expressa de audiência dos interessados; de qualquer modo, nada exclui os procedimentos do Tribunal de Contas da aplicação subsidiária da lei geral de processo administrativo federal (L. 9.784/99), que assegura aos administrados, entre outros, o), q g , , direito a "ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista do s autos (art. 3º, II), formular alegações e apresentarvista do s autos (art. 3 , II), formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente“ (...).(MS 23550, Relator(a): Min MARCO AURÉLIO Relator(a) p/ Acórdão:Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, Tribunal Pleno, julgado em 04/04/2001, DJ 31-10-2001 PP-00006 EMENT VOL-02050-3 PP 00534) 74 PP-00534) Aplicação da Lei de Processo Administrativo O di it t ditó i t d i ã l l é• O direito ao contraditório, antes de ser previsão legal, é garantia processual ampla, prevista no art. 5º, LV, da CR/88. Contraditório no julgamento das contas globais do Chefe do Poder Executivo ÂPREFEITO MUNICIPAL. CONTAS REJEITADAS PELA CÂMARA DE VEREADORES. ALEGADA OFENSA AO PRINCÍPIO DO DIREITO DE DEFESA (INC. LV DO ART. 5º DA CF). (...) no presente caso, em que o parecer foi pela rejeição das contas não poderia ele em face da normaparecer foi pela rejeição das contas, não poderia ele, em face da norma constitucional sob referência, ter sido aprovado, sem que se houvesse propiciado ao interessado a oportunidade de opor-se ao referido pronunciamento técnico, de maneira ampla, perante o órgão legislativo,g g com vista a sua almejada reversão. Recurso conhecido e provido. • (RE 261885, Relator(a): Min. ILMAR GALVÃO, Primeira Turma, julgado em 05/12/2000, DJ 16-03-2001 PP-00102 EMENT VOL-02023-05 PP-00996) 75 Aplicação da Lei de Processo Administrativo Alé di L i 9784/99 di ô t 1º• Além disso, a Lei 9784/99 dispôs em seu art. 1º: • “Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processop administrativo no âmbito da Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins dap Administração. §1º Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União quando nodos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa”. • Não há dúvida de que o referido diploma incide nos processos• Não há dúvida de que o referido diploma incide nos processos do TCU, já que tem como escopo a salvaguarda dos interessados no processo administrativo. Precedente: STF. MS 23 550 1/DF Min Rel Marco Aurélio Melo Rel Acórdão 76 23.550-1/DF. Min. Rel. Marco Aurélio Melo. Rel. Acórdão. Sepúlveda Pertence. Aplicação da Lei de Processo Administrativo N t i t bé• Norteiam-se, também, os processos administrativos no âmbito do Tribunal de Contas pelos princípios ditados pelo art 2º da Lei nºpelos princípios ditados pelo art. 2º da Lei nº. 9.784/99: • Art. 2º - A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação razoabilidade proporcionalidademotivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.j , p 77 Aplicação da Lei de Processo Administrativo Ob d i d ité i t d l• Observados, ainda, os critérios traçados pelo parágrafo único do art. 2º, cabendo destacar: • VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público; • VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão; â f à• VIII – observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados; • IX - adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau deç p , p p p q g certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados; • X - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de provas e à interposição de recursos nos processos de que 78 produção de provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas situações de litígio; SANÇÕES E PENALIDADESÇ 79 Sanções e PenalidadesSanções e Penalidades • Multas (art 267 a art 269 do RITCU):Multas (art. 267 a art. 269 do RITCU): A t 267 Q d á l f j l d• Art. 267. Quando o responsável for julgado em débito, poderá ainda o Tribunal aplicar-lhe multa de até cem por cento do valor atualizado do dano causado ao erário, conforme estabelecido no art. 57 da Lei nº 8.443, de 1992*. (*mesma redação) 80 Sanções e PenalidadesSanções e Penalidades • Multas (art 267 a art 269 do RITCU):Multas (art. 267 a art. 269 do RITCU): A t 268 O T ib l d á li lt• Art. 268. O Tribunal poderá aplicar multa, nos termos do caput do art. 58 da Lei nº 8.443, de • 1992, atualizada na forma prescrita no §1º deste artigo, aos responsáveis por contas eg , p p atos adiante indicados, observada a seguinte gradação:g ç 81 Sanções e PenalidadesSanções e Penalidades • Multas (art 267 a art 269 do RITCU):Multas (art. 267 a art. 269 do RITCU): • I – contas julgadas irregulares, não havendo débito, masI contas julgadas irregulares, não havendo débito, mas comprovada qualquer das ocorrências previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 209, no valor compreendido entre cinco e cem por cento do montante definido no caput deste artigo; • II – ato praticado com grave infração a norma legal ou regulamentar de natureza contábil financeiraregulamentar de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional ou patrimonial, no valor compreendido entre cinco e cem por cento do montante 82 compreendido entre cinco e cem por cento do montante a que se refere o caput;Sanções e PenalidadesSanções e Penalidades • Multas (art 267 a art 269 do RITCU):Multas (art. 267 a art. 269 do RITCU): • III – ato de gestão ilegítimo ou antieconômico de queIII ato de gestão ilegítimo ou antieconômico de que resulte injustificado dano ao erário, no valor compreendido entre cinco e cem por cento do montante referido no caput; • IV – descumprimento, no prazo fixado, sem causa justificada, à diligência determinada pelo relator, no valor did t i i ü t t dcompreendido entre cinco e cinqüenta por cento do montante a que se refere o caput; • V – obstrução ao livre exercício das auditorias e inspeções• V – obstrução ao livre exercício das auditorias e inspeções determinadas, no valor compreendido entre cinco e oitenta por cento do montante a que se refere o caput; 83 Sanções e PenalidadesSanções e Penalidades • Multas (art 267 a art 269 do RITCU):Multas (art. 267 a art. 269 do RITCU): • VI – sonegação de processo, documento ou informação,g ç p , ç , em auditoria ou inspeção, no valor compreendido entre cinco e oitenta por cento do montante a que se refere o tcaput; • VII – descumprimento de decisão do Tribunal, salvo motivo justificado no valor compreendido entre cinco e cinqüentajustificado, no valor compreendido entre cinco e cinqüenta por cento do montante a que se refere o caput; • VIII – reincidência no descumprimento de decisão doe c dê c a o descu p e o de dec são do Tribunal, no valor compreendido entre cinqüenta e cem por cento do montante a que se refere o caput. 84 Sanções e PenalidadesSanções e Penalidades • Multas (art 267 a art 269 do RITCU):Multas (art. 267 a art. 269 do RITCU): • § 2º Nos casos em que ficar demonstrada a inadequação§ q q ç da multa aplicada com fundamento nos incisos IV, V, VI ou VII, o Tribunal poderá revê-la, de ofício, diminuindo seu l t d f itvalor ou tornando-a sem efeito. • § 3º A multa aplicada com fundamento nos incisos IV, V, VI VII ou VIII prescinde de prévia audiência dosVI, VII ou VIII prescinde de prévia audiência dos responsáveis, desde que a possibilidade de sua aplicação conste da comunicação do despacho ou da decisão descumprida ou do ofício de apresentação da equipe de fiscalização. 85 Sanções e PenalidadesSanções e Penalidades • Outras sanções (art 270 a art 272 do RITCU):Outras sanções (art. 270 a art. 272 do RITCU): • Art. 270. Sem prejuízo das sanções previstas nos arts. 267p j ç p e 268 e das penalidades administrativas aplicáveis pelas autoridades competentes, por irregularidades constatadas l T ib l t i i b l t dpelo Tribunal, sempre que este, por maioria absoluta de seus membros, considerar grave a infração cometida, o responsável ficará inabilitado, por um período que variaráresponsável ficará inabilitado, por um período que variará de cinco a oito anos, para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança no âmbito da d i i úbli f d l d 60 d L iadministração pública federal, nos termos do art. 60 da Lei nº 8.443, de 1992. 86 Sanções e PenalidadesSanções e Penalidades • Outras sanções (art 270 a art 272 do RITCU):Outras sanções (art. 270 a art. 272 do RITCU): • § 1º O Tribunal deliberará primeiramente sobre a§ p gravidade da infração. • § 2º Se considerada grave a infração, por maioria§ g absoluta de seus membros, o Tribunal decidirá sobre o período de inabilitação a que ficará sujeito o á lresponsável. • § 3º Aplicada a sanção referida no caput, o Tribunal comunicará a decisão ao responsável e à autoridadecomunicará a decisão ao responsável e à autoridade competente para cumprimento dessa medida. 87 Sanções e PenalidadesSanções e Penalidades • Outras sanções (art 270 a art 272 do RITCU):Outras sanções (art. 270 a art. 272 do RITCU): • Art. 271. Verificada a ocorrência de fraude comprovadap a licitação, o Plenário declarará a inidoneidade do licitante fraudador para participar, por até cinco anos, de licitação na administração pública federal, nos termos do art. 46 da Lei nº. 8.443, de 1992. • Art. 272. O Tribunal manterá cadastro específico das sanções aplicadas com fundamento nos arts 270 e 271sanções aplicadas com fundamento nos arts. 270 e 271, observadas as prescrições legais a esse respeito. 88 RECURSOS E ÕIMPUGNAÇÕES DAS DECISÕES PROFERIDASDECISÕES PROFERIDAS PELO TRIBUNAL DE CONTASPELO TRIBUNAL DE CONTAS 89 Recursos e Impugnações Judiciais das decisões do Tribunal de Contas • Aos processos submetidos ao Tribunal de Contas cabem os seguintes recursos (artContas, cabem os seguintes recursos (art. 277, RITCU) : R d id ã• Recurso de reconsideração; • Pedido de reexame; • Embargos de Declaração; • Recurso de Revisão;• Recurso de Revisão; • Agravo. 90 Recursos das decisões do Tribunal de Contas • Admissibilidade do recurso: tempestividade (ver art. 285,p ( § 2º),legitimidade, cabimento, adequação (art. 278); • Decisões irrecorríveis (art 279);• Decisões irrecorríveis (art. 279); • Obrigatória audiência do MP e hipóteses de oitiva oral em diê i ( 280)audiência (art. 280); • Recurso do terceiro interessado e admissibilidade (artRecurso do terceiro interessado e admissibilidade (art. 282); R i t t l MP t ditó i d• Recursos interpostos pelo MP e contraditório no caso de potencial de reformatio in pejus (art. 283); 91 • Contraditório entre particulares (art. 284) . Recurso de Reconsideraçãoç * O Recurso de Reconsideração tem cabimento contra a decisão definitiva em processo de tomada ou prestação de contas, mesmo que especial.(art. 285, RITCU) • Prazo: 15 diasPrazo: 15 dias • Órgão julgador: o mesmo que proferiu a decisão A i t i ã á li d it l• A interposição será realizada por escrito, pela parte ou pelo Ministério Público junto ao Tribunal. • O efeito da interposição do recurso será suspensivo, mas apenas em relação ao item do 92 p p ç acórdão recorrido. Pedido de ReexamePedido de Reexame • Art. 286. Cabe pedido de reexame deArt. 286. Cabe pedido de reexame de decisão de mérito proferida em processo concernente aconcernente a • ato sujeito a registro e a fiscalização de atos e contratose contratos. • Parágrafo único. Ao pedido de reexame li di i õ d t daplicam-se as disposições do caput e dos parágrafos do art. 285. • OBS: legitimidade do alcançado pela decisão para recursos (ver STF) 93 p ( ) Embargos de Declaração A t 287 C b b d d l ã d h• Art. 287. Cabem embargos de declaração quando houver obscuridade, omissão ou contradição em acórdão do Tribunal. § 1º O b d d l ã d ã t it§ 1º Os embargos de declaração poderão ser opostos por escrito pela parte ou pelo Ministério Público junto ao Tribunal, dentro do prazo de dez dias, contados na forma prevista no art. 183. § 2º Os embargos de declaração serão submetidos à deliberação do colegiado competente pelo relator ou pelo redator, conforme o caso.caso. § 3º Os embargos de declaração suspendem os prazos para cumprimento do acórdão embargado e para interposição doscumprimento do acórdão embargado e para interposição dos demais recursos previstos neste Regimento, aplicando-se, entretanto, o disposto no § 1º do art. 285. 94 * Possibilidade de atribuição de efeito infringente (?) Recurso de RevisãoRecurso de Revisão • Art. 288. De decisão definitiva em processo de prestação ou tomada de contas, mesmo especial, cabe recurso de revisão ao Plenário, de t i il à d ã i ó i f it inatureza similar à da ação rescisória, sem efeito suspensivo, interposto uma só vez e por escrito pela parte, seus sucessores, ou pelo Ministério Público junto ao Tribunal, dentro do prazo de cinco anos contados na forma prevista no inciso IV do art 183 e fundar-anos, contados na forma prevista no inciso IV do art. 183, e fundar se-á: • I – em erro de cálculo nas contas; • II – em falsidade ou insuficiência de documentos em que se tenhaII em falsidade ou insuficiênciade documentos em que se tenha fundamentado o acórdão • recorrido; • III – na superveniência de documentos novos com eficácia sobre aIII na superveniência de documentos novos com eficácia sobre a prova produzida. • § 1º O acórdão que der provimento a recurso de revisão ensejará a correção de todo eç • qualquer erro ou engano apurado. • § 2º Em face de indícios de elementos eventualmente não examinados pelo Tribunal, o Ministério Público poderá interpor 95 p , p p recurso de revisão, compreendendo o pedido de reabertura das contas e o pedido de mérito. Recurso de RevisãoRecurso de Revisão § 3º Admitido o pedido de reabertura das contas pelo relator sorteado para o recurso de revisão este ordenará por despachosorteado para o recurso de revisão, este ordenará, por despacho, sua instrução pela unidade técnica competente e a conseguinte instauração de contraditório, se apurados elementos que conduzam ao agravamento da situação do responsável ou à inclusão de novos á i (hi ót d f ti i j tit i lid dresponsáveis (hipótese de reformatio in pejus – constitucionalidade ?). § 4º A i t ã d d i ã b d t d§ 4º A instrução do recurso de revisão abrange o reexame de todos os elementos constantes dos autos. § 5º A i t i ã d d i ã l Mi i té i Públi§ 5º A interposição de recurso de revisão pelo Ministério Público dar-se-á em petição autônoma para cada processo de contas a ser reaberto. § 6º Se os elementos que deram ensejo ao recurso de revisão referirem-se a mais de um exercício, os respectivos processos serão conduzidos por um único relator, sorteado para o recurso. 96 serão conduzidos por um único relator, sorteado para o recurso. AgravoAgravo • Art. 289. De despacho decisório do Presidente do Tribunal, de presidente de câmara ou do relator desfavorável à parte e dapresidente de câmara ou do relator, desfavorável à parte, e da medida cautelar adotada com fundamento no art. 276 cabe agravo, no prazo de cinco dias, contados na forma do art. 183. • § 1º Interposto o agravo, o Presidente do Tribunal, o presidente de§ p g , , p câmara ou o relator poderá reformar o seu despacho ou submeter o feito à apreciação do colegiado competente para o julgamento de mérito do processo. § 2º S d h d f d P id t d T ib l d• § 2º Se o despacho agravado for do Presidente do Tribunal ou de presidente de câmara, o julgamento será, nos termos deste Regimento, presidido por seu substituto, computando-se o voto do presidente agravado.presidente agravado. • § 3o Caso a decisão agravada seja do Tribunal, o relator do agravo será o mesmo que já atuava no processo ou o redator do acórdão recorrido, se este houver sido o autor da proposta de medidap p cautelar. • § 4o A critério do Presidente do Tribunal, do presidente de câmara ou do relator, conforme o caso, poderá ser conferido efeito s spensi o ao agra o 97 suspensivo ao agravo. Impugnação judicial das decisões p g ç j do Tribunal de Contas • A impugnação judicial das decisões do Tribunal de Contas torna se possível vezTribunal de Contas torna-se possível, vez que a doutrina brasileira inadmite o í i d f ã j i di i l lexercício de função jurisdicional pela Corte de contas. • Assim, a revisão judicial torna-se possível por meio do princípio da inafastabilidadepor meio do princípio da inafastabilidade do poder judiciário, art. 5º, XXXV. 98 CONTRATAÇÃO DIRETAÇ 99 Contratação DiretaContratação Direta 1 – Considerações Gerais sobre licitação e1 – Considerações Gerais sobre licitação e contratação direta. Art. 37, XXI, CR. Normas Gerais (STF – Representação 911-Normas Gerais (STF – Representação 911- 4/RJ, DJ 09.10.1981) 2 Hipóteses de contratação direta:2 – Hipóteses de contratação direta: Licitação dispensada (art. 17), licitação dispensável (art 24) e licitação inexigíveldispensável (art. 24) e licitação inexigível (art. 25). Divergência doutrinária. 3 A hi ót d di3 – As hipóteses de dispensa e inexigibilidade exigem procedimento é i ( t 26) 100 prévio (art. 26). Contratação DiretaContratação Direta - 1 - Requisitos da fase interna: devem, quando possível, ser observados (art. 7º, 14 e 38); 2 LRF t i t t bé b hi ót- 2 – LRF: tem impacto também sobre as hipóteses de dispensa e inexigibilidade (art. 15 e 16), quando não ;quando não ; - 3 - Ato justificador: comunicação à autoridade superior dentro do prazo de cinco dias, comosupe o de o do p a o de c co d as, co o condição de eficácia (ou validade ?) dos atos (art. 26, caput); - 4 – Exercício de 1999: 51% dos gastos (contratação direta); 49% (licitação) 101 Dispensa: FundamentosDispensa: Fundamentos 1 Custo econômico da licitação (art 24 I e II;• 1 – Custo econômico da licitação (art. 24, I e II; • 2 – Custo temporal da licitação (art. 24, III, IV, XII e2 Custo temporal da licitação (art. 24, III, IV, XII e XVIII); 3 A ê i d b fí i t i l ( t 24 V VII VIII• 3 – Ausência de benefício potencial (art. 24, V, VII, VIII, XI, XIV, XXIII, XXVI e XVIII); • 4 – Função extra-econômica da contratação (art. 24, VI, IX, X, XIII, XV, XVI, XIX, XX, XXI, XXIV, XXVII); • 5 – Hipótese do art. XXII (aplicação de legislação específica) 102 p ) Dispensa em razão do valor (art. 24, I e II) 1 C t l d bj t ã t i1– Cautelas quando ao objeto para não caracterizar fracionamento. a) A regra do objeto (conjunto ou complexo);a) A regra do objeto (conjunto ou complexo); b) A regra do exercício (relatividade); c) Licitações sucessivas e simultâneas (art. 39,c) Licitações sucessivas e simultâneas (art. 39, par. Único); d) Contratações imprevistas; 2 – O problema da modificação superveniente do valor (Marçal). 3 O D t 5 450/05 t 4º i t d t ã3 – O Decreto 5.450/05: art. 4º - sistema de cotação eletrônica (art. 24, I) 4 - Entidades com valor de dispensa diferenciado (art 24 103 4 Entidades com valor de dispensa diferenciado (art.24, parágrafo único) Dispensa em razão do valorDispensa em razão do valor Casuística:• Casuística: a) “é casuística a análise para a caracterização de fracionamento de despesa, inexistindo previsão legal parafracionamento de despesa, inexistindo previsão legal para o número de dispensas que deverá ocorrer no mês ou no exercício financeiro... [necessidade de que] fique demonstrada a impossibilidade de se realizar a aquisiçãodemonstrada a impossibilidade de se realizar a aquisição do bem ou serviço de uma única vez...” (TCPE, Decisão 1128/97)) b) Mesmo nos casos de contratação direta fundada no art. 24, I e II é necessário que se faça constar a pesquisa de mercado realizada nos termos do art 43 IV da Leimercado realizada, nos termos do art. 43, IV, da Lei 8.666/93 (TCU – Acórdão 537/2005, 2ª Câmara) 104 Dispensa por emergência (art. 24, IV) 1 O é it ã i l ? (TCU D i ã 347/941. O que é situação emergencial ? (TCU, Decisão 347/94 – Plenário, Consulta n.° 9.248/94. RDA 197. p. 266-72); 2 A emergência não se confunde com a incúria2. A emergência não se confunde com a incúria administrativa; 3. As emergências fabricadas e a penalização do agenteg p g administrativo; 4. A limitação temporal e a possibilidade de renovação do contrato (TCU 822/1997 Plenário);contrato (TCU – 822/1997 – Plenário); 5. Vinculação do objeto do contrato à situação de emergência;emergência; 6. Necessidade de justificativa do contratado e do preço (TCU – 627/1999 – Plenário; 820/1997) 105 Dispensa por emergênciaDispensa por emergência CasuísticaCasuística a) “é desprovido de amparo legal o contrato emergencial firmado em decorrência de dispensa de licitação, quando o objeto l j d d d d t d li i j talmejado dependa de estudos preliminares cujo tempo necessário para conclusão descaracterize a urgência da contratação (TCU – Acórdão 1889/2006, Plenário); b) “A di t li it t t d id db) “A dispensa encontra limites no exato contorno da necessidade de aquisiçãopara solucionar ou minorar os problemas advindos do estado de calamidade. Se a defesa reconhece que era impossível receber o leite adquirido durante o estado deera impossível receber o leite adquirido durante o estado de calamidade, então, os bens comprados pelo Município não se destinavam a atender à situação calamitosa” (TCU – Decisão 615/2000 – Plenário);615/2000 Plenário); c) Caracterizam emergência os provimentos judiciais impeditivos do término da licitação (TCU – Decisão 163/1999 – Plenário); 106 Dispensa por emergênciaDispensa por emergência d) A i é i i i i t td) A inércia em iniciar o certame acarreta responsabilidade do gestor (TCU – 2.471/2004, 1ª Câmara);1 Câmara); e) A fase de habilitação nas contrataçõese) A fase de habilitação nas contratações emergenciais pode ser abreviada, mas não quanto à seguridade social (TCU – Decisão 98/1999 Plenário);98/1999 – Plenário); f) Liberação de recursos no final do exercíciof) Liberação de recursos no final do exercício, inviabilizando a licitação tempestiva, podem caracterizar emergência (TCU – Decisão 107 caracterizar emergência (TCU Decisão 524/1999 - Plenário) Contratação de órgãos e entidades da Ad i i t ã Públi ( t 24 VIII)Administração Pública (art. 24, VIII) 1 A figura do contrato convênio1– A figura do contrato-convênio. 2 – Leitura do dispositivo à luz da Constituição (art. 173). 3 – A entidade pode ser de outra esfera da Federação.3 A entidade pode ser de outra esfera da Federação. 4 – O dispositivo é restrito aos contratos das pessoas jurídicas de direito público interno. 5 Ati id d t h à fi lid d ífi d i ã d5 – Atividade estranha à finalidade específica de criação da entidade (TCU – Acórdão 2.063/2005 – Plenário) 6 – A inconstitucionalidade da limitação temporal.6 co s uc o a dade da ação e po a 7 – A justificativa do preço é condição objetiva (ver, também, art. 47, I da LRF) 8 Id tid d hi ót d t 24 XVI (i8 – Identidade com a hipótese do art. 24, XVI (imprensa oficial e informática) 9 – Identidade com a hipótese do art. 24, XXIII (controladora 108 p , ( e subsidiária) Contratação de órgãos e entidades da Administração Pública (art. 24, VIII) Casuística: ) É d d b t t ã h j dê i d li it ãa) É vedada a subcontratação sem que haja a precedência de licitação (TCU – Acórdão 1646/2003 – Plenário); b) N id d d l ã t fi lid d d i tit i ãb) Necessidade de correlação entre as finalidades da instituição e o objeto da contratação (TCU – Acordão 245/2004 – 1ª Câmara); ) É á i i d f ã à ADIN 3 273 i dc) É necessário, ainda, que se faça menção à ADIN 3.273, apreciada pelo STF, na qual se deixou assentado o seguinte: “... além disso, com a relativização do monopólio, a Petrobrás teria perdido a qualidade de sua executora, atribuída pela Lei n° 2004/53, estandoqualidade de sua executora, atribuída pela Lei n 2004/53, estando a atuar na qualidade de empresa estatal que explora atividade econômica em sentido estrito, e não serviço público, e sujeita à contratação pela União mediante processo de licitação pública (art. 37 i XXI d CF/88)” (STF ADI 3 273/PR R l Mi C l B itt 109 37, inc. XXI da CF/88)”. (STF, ADI 3.273/PR, Rel. Min. Carlos Britto (vencido), Julgamento em 16/03/2005). Compra ou locação de imóvel para a Administração Pública (art. 24, X) 1 – A hipótese melhor se enquadraria no art. 25: inviabilidade de competição; 2 – Regência do contrato de locação (art. 62, § 1º, III2 Regência do contrato de locação (art. 62, § 1 , III – contrato semi-público); 3 – A localização, dimensões e funcionalidade como condições objetivas para a escolha do bem:condições objetivas para a escolha do bem: necessidade de justificativa (TCU – Decisão 110 337/1998 – 1ª Câmara); Compra ou locação de imóvel para a Administração Pública (art. 24, X) C í tiCasuística a) Imóvel em construção: controvérsia dentro do próprio (TCU – Decisão 70/1996 – Plenário;próprio (TCU – Decisão 70/1996 – Plenário; Decisão 589/1997 – Plenário: reexame); b) Prévio estudo das necessidades operacionais (instalação e localização) para legitimar a dispensa (TCU – Acórdão 1412/2004 – 2ª Câmara); c) Possibilidade de prorrogações indefinidas dos contratos firmados com base no dispositivo 111 contratos firmados com base no dispositivo (TCU – Decisão 337/1998 – 1ª Câmara) Contratação de instituição brasileira ... (art. 24, XIII) 1 E tid d b il i fi l ti ( id L i 9 790/991 – Entidade brasileira sem fins lucrativos (vide: Lei 9.790/99 – OSCIP’S) 2 – ”Inquestionável reputação ético-profissional”. O que é?q p ç p q 3 – “Desenvolvimento institucional”. O que é?: O conceito não pode ser interpretado de forma ampla. Há de ser “... relativo ao desenvolvimento científico e tecnológico da instituição”ao desenvolvimento científico e tecnológico da instituição (TCU – Acórdão 1.481/2004 – Plenário) 4 – Imprescindível correlação do objeto (TCU – Acórdão 2 495/2004 – 1ª Câmara);2.495/2004 1 Câmara); 5 – Se existirem outras entidades é necessária a competição? Divergência (TCU – Acórdão 1257/2004 – Plenário) 6 P i id d hi ót d t 24 XX ( t t ã d6 - Proximidade com a hipótese do art. 24, XX (contratação de associação de portadores de deficiência) 112 Contratação de instituição brasileira... (art. 24, XIII) C í tiCasuística a) Objeto genérico descaracteriza a hipótese (TCU – Decisão 388/2004 2ª Câmara)Decisão 388/2004 – 2ª Câmara) b) Impossibilidade de subcontratação (TCU – Acórdão 1.590/2004 – Plenário)1.590/2004 Plenário) c) Necessidade de capacidade própria de execução do contrato – capacidade técnico-operacional (TCU – A ó d 8/200 1ª Câ )Acórdão 558/2005 – 1ª Câmara); d) Serviços de informática: impossibilidade de enquadramento (TCU Acórdão 1 481/2004 Plenário:enquadramento (TCU – Acórdão 1.481/2004 – Plenário: cita vários precedentes); e) Nexo causal entre a natureza da instituição e o objeto 113 ) ç j (TCU – Acórdão 506/2004: cita vários precedentes) INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃOINEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO A) As hipóteses do art. 25, I, II e III da Lei 8.666/93 são enumerativas. B) A inexigibilidade pode ser objetiva (objeto) subjetiva (sujeito) ou conexa (objeto(objeto), subjetiva (sujeito) ou conexa (objeto e sujeito); C) Os requisitos para formalização do processo são os mesmos da dispensa,processo são os mesmos da dispensa, incluído o ato justificador; 114 Produtor ou fornecedor exclusivo (art. 25, I) A) As hipóteses do art. 25, I, II e III da Lei 8.666/93 são enumerativas. B) A inexigibilidade pode ser objetiva ( bj t ) bj ti ( j it )(objeto), subjetiva (sujeito) ou conexa (objeto e sujeito); C) Os requisitos para formalização do processo são os mesmos da dispensaprocesso são os mesmos da dispensa, incluído o ato justificador; 115 PRODUTOR OU FORNECEDOR EXCLUSIVO D) Vedação à preferência de marca. Diferença entre Marca e Produto (TCU – Decisão 125/2005, Plenário). Possibilidade de preferência de marca, só na exceção do art. 7, § 5º da Lei 8.666/93). E) Padronização (TCU – Decisão 740/2004 – necessidade de permanência futura dos contratos para embasá-la e de estudo técnico que comprove a necessidade de padronização); 116 PRODUTOR OU FORNECEDOR EXCLUSIVO F) O produtor exclusivo afasta, de plano, a) p , p , licitação, desde que o comprove; G) O vendedor ou representante comercialG) O vendedor ou representante comercial (fornecedor) dependerá de comprovação da exclusividade; H) Como será feita a prova daH) Como será feita a prova da exclusividade? 117 PRODUTOR OU FORNECEDOR EXCLUSIVO A) Não basta a declaração do administrador sobre a exclusividade (inversão da presunção de legalidade); B) Atestado da Junta Comercial do local da contratação Sindicato Federaçãocontratação, Sindicato, Federação, Confederação ou equivalente(TCU – D i ã 565/1995 Pl á i )Decisão 565/1995, Plenário); 118 Serviços técnico-especializados notória especialização (art. 25, II) Não se destina a serviços de publicidade e divulgação, que deverão ser, em princípio,g ç q p p objeto de licitação; A) A vedação diz respeito à notóriaA) A vedação diz respeito à notória especialização. É possível haver contratação de tais serviços com base no caput do art. 25,tais serviços com base no caput do art. 25, desde que haja inviabilidade de competição (v.g., Rádio e Diário oficial (único veículo de(v.g., Rádio e Diário oficial (único veículo de alcance completo ou circulação na localidade) 119 NOTÓRIA ESPECIALIZAÇÃONOTÓRIA ESPECIALIZAÇÃO Necessidade de que se trate de serviços técnicos previstos no art. 13. Estes devem ser licitado, de preferência, por concurso. A) O objeto da contratação só pode serA) O objeto da contratação só pode ser serviço e técnico; B) A lista do art 13 é e a sti a É possí elB) A lista do art. 13 é exaustiva. É possível contratar serviços não arrolados, mas b t 25 t d dcom base no art. 25, caput, desde que haja inviabilidade de competição. 120 NOTÓRIA ESPECIALIZAÇÃONOTÓRIA ESPECIALIZAÇÃO Os serviços têm que ter caráter singular. 1 O que é serviço singular? Relatividade1 – O que é serviço singular? Relatividade do conceito (TCU – Acórdão 1568/2003, 1 Câ )1a Câmara) 2 – Serviço singular e serviço contínuo.2 Serviço singular e serviço contínuo. 3 – Serviço singular e serviço único: di ti ãdistinção 121 NOTÓRIA ESPECIALIZAÇÃONOTÓRIA ESPECIALIZAÇÃO “Um trabalho não pode ser considerado singular quando o resultado dele forg q objetivamente o mesmo, ainda que realizado por diferentes profissionais Não hápor diferentes profissionais. Não há singularidade quando diferentes profissionais puderem produzir a mesmaprofissionais puderem produzir a mesma coisa. O trabalho é de natureza singular quando diferentes profissionais produzirem diferentes resultados…” (Adilson Dallari) 122 ( ) NOTÓRIA ESPECIALIZAÇÃONOTÓRIA ESPECIALIZAÇÃO 4 4 P fi i l id d4.4 – Profissional ou empresa considerados detentores de notória especialização. Definição legal (art. 25, § 1, Lei 8.666/93).Definição legal (art. 25, § 1, Lei 8.666/93). A) A notória especialização não é suficiente para a contratação (TCU – Decisão 161/1997,( Plenário); B) A contratação do notório especializado não pressupõem seja ele o único capaz depressupõem seja ele o único capaz de executar o contrato. Entre os notórios especializados a confiança é o critérioespecializados a confiança é o critério determinante da escolha (STF, AP 348/SC, Eros Grau) 123 NOTÓRIA ESPECIALIZAÇÃONOTÓRIA ESPECIALIZAÇÃO C) A inviabilidade de competição advém do serviço e da impossibilidade de existência de parâmetros objetivos para julgamento das proposta, sendo imprescindível a correlação entre o profissional e o serviço singular, de modo a justificar a contratação; D) Requisitos (FERRAZ : 2002, p. 117): - especificidade do serviço;especificidade do serviço; - notoriedade do executor (Ver art. 13, § 3o) heterogeneidade do produto final; 124 - heterogeneidade do produto final; NOTÓRIA ESPECIALIZAÇÃONOTÓRIA ESPECIALIZAÇÃO • Súmula n. 39 do TCU: “A dispensa [leia-se inexigibilidade] de licitação para a contratação de serviços com profissionais ou firmas de notória especialização, de acordo com alínea "d" do art. 126, § 2º, do Decreto-lei 200, de 25/02/67 [leia-se art. 25, II da Lei 8.666/93], só tem lugar quando se trate de serviço inédito ou incomum, capaz de exigir, na seleção do executor de confiança, um grau de subjetividade, insuscetível de ser medido pelos critérios objetivos de qualificação inerentes 125 ao processo de licitação CONTRATAÇÃO DE ARTISTAS (art. 25, III) C t t ã lí i Nã dContratação personalíssima. Não se pode contratar qualquer artista. A) Requisitos: - consagrado pela crítica especializada;consagrado pela crítica especializada; - consagrado pela opinião pública: (local regional ou nacional em razão do(local, regional ou nacional em razão do valor da contratação?); B) Intermediação de empresário exclusivo. Prova da exclusividade (TCDF, Decisões 126 3211/95; 14881/95; 2204/96, 956/97) Credenciamento: hipótese especial de inexigibilidade • Art. 25, caput (fundamento)Art. 25, caput (fundamento) • Especificidades (serviços e pluralidade de t d )prestadores) • Utilização pela Administração Pública ç p ç como instrumento substitutivo da licitação • Requisitos• Requisitos 127
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