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03/02/2016 1 INTRODUÇÃO A PATOLOGIA ESPECIAL Mayra Cunha Flecher •ESTUDA ASPECTOS COMUNS A DIFERENTES DOENÇAS PATOLOGIA GERAL •ESTUDA AS DOENÇAS DE DETERMINADOS ÓRGÃOS OU AGRUPADAS POR CAUSAS PATOLOGIA ESPECIAL PATOLOGIA Etiologia Patogenia Fisiopatologia Anatomia Patológica Macroscopia Microscopia 03/02/2016 2 PATOLOGIA MACROSCÓPICA • Avaliação do órgão ou de todo animal • Alterações sugestivas x distintas Salmonelose “úlceras botonosas” Congestão Hemorragia Pneumonia Laboratório de Patologia Veterinária UVV 03/02/2016 3 HISTÓRIA CLÍNICA, EXAMES LABORATORIAIS PATOLOGIA MACROSCÓPICA • 3 BASES DA PATOLOGIA DESCRITIVA • OBSERVAÇÃO • CARACTERIZAÇÃO – DESCRIÇÃO • INTERPRETAÇÃO • QUANDO É NECESSÁRIO DESCREVER: • NECROPSIAS, PEÇAS DE BIOPSIAS DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA • Extensão/ Distribuição • Demarcação/ contorno • Formato • Tamanho: órgão (aumento e redução); lesão • Consistência: crepitante, flutuante, macia, firme e dura • Cor • Aspectos especiais – odor, som • Intensidade 03/02/2016 4 • Distribuição FOCAL MUTIFOCAL MULTIFOCAL DISSEMINADO MULTIFOCAL A COALESCENTE SEGMENTAR DIFUSO Laboratório de Patologia Veterinária UVV DISTRIBUIÇÃO Laboratório de Patologia Veterinária UVV Lesoes miliares brancas em quantidade acentuada em todo o parênquima. Rim de cão: o parênquima ta muito escuro. Rim ta todo vermelho escuro: difuso. DM: Congestão renal difusa Lesão arredondada com 2cm de diâmetro transmural na região fundica do estômago. DM: ulcera gástrica focal grave Diagnostico morfologico: Caracterização do processo com o órgão + distribuição + intensidade Rim: Area em formato triangular, da medula ate o córtex. DM: Infarto renal focal leve Fígado: Figado difusamente amatelado, com areas escuras milimetricas multifocais disseminadas. DM: Esteatose hepatica difusa acentuada. Porque tem essas areas mais escuras? Lobulacao evidente, deixando o lobulo facil de delimitar. o que ta escuro é o centro do lobulo em lipsidose. 03/02/2016 5 • Demarcação Contorno e superfície Laboratório de Patologia Veterinária UVV O hemisferio esquerdo do cerebro esta muito distendido, e ao corte tem uma regiao bem delimifada, arredondada com material caseoso que ocupa 70% do hemisfério cerebral. Focalmente extenso Perda de arquitetura normal do órgão; aumento de volume do hemisfério direito; ventrículo lateral direito Pulmão: vários nodulos ou lesões arredondadas e elevadas preta, medindo de 2mm a 2 cm de diâmetro. DM: Neoplasia metastatica pulmonar disseminada DM: Melanoma metastático pulmonar disseminada Estomago: Massa; nodulo na região de cardia mas a suoerficie é lisa. Rim: com áreas deprimidas, com .. cm na superfície subcapsular em grande quantidade nos dois rins 03/02/2016 6 • Formato Laboratório de Patologia Veterinária UVV • Tamanho Laboratório de Patologia Veterinária UVV Laboratório de Patologia Veterinária UVV Estomago aberto com lesoes em toda a mucosa, com contorno irregular, deprimidas com coloração mais escuras DM: Úlceras gástricas disseminadas acentuada Lobo hepatico com lesão umbilicada de contorno irregular, amarelada, focalmente extensa. Carcinomas causam esse tipo de aspecto umbilicado, que caracteriza necrose no centro Baço: area nodular, ... Rim: esquerdo acentuadamente reduzido de tamanho, ou muito pequeno ao comparar com o direitonullDM: Hipoplasia renal esquerda acentuada Aumento acentuado do lado esquerdo D?: dilatação natrial esquerda acentuada 03/02/2016 7 Consistência MACIO FLUTUANTE DURO FIRME CREPITANTE CONSISTÊNCIA Laboratório de Patologia Veterinária UVV Abdômen distendido; distensão abdominal flutuante Massa cranial ao coração, com areas macias e firmes. Linfoma mediastino 03/02/2016 8 Vermelha – hemorragia, congestão e hiperemia • Branca – necrose, inflamação, mineral, tecido fibroso, lipídio. • Amarela – bilirrubina, fibrina, mecônio, necrose envolvendo lipídio • Verde – pigmento de bile, inflamação eosinofílica, necrose de coagulação, hemossiderina • Preto – melanina, sangue, necrose, pigmento parasitário, carbono exógeno Cor .null Muita eliminação de bilirrubina Edema abdominal, com fibrina, lesão endotelia peritonite abdominal felina Pulmão com areas que se coalescem 03/02/2016 9 • Amorfo: semisólido, não organizado Pús, necrose • Tecido sólido: estrutura aparente, mantem a forma Textura • Intensidade O QUE VOCÊ VÊ ESTÁ… NORMAL Não descrever ANORMAL Qual parte? Descrevê-la Distribuição, tamanho, demarcação, contorno, formato, cor… Diagnóstico morfológico Coletar um fragmento 03/02/2016 10 DIAGNÓSTICO MORFOLÓGICO • Resumo das lesões sem identificar a causa ÓRGÃO + CARACTERIZAÇÃO DO PROCESSO DISTRIBUIÇÃO INTENSIDADE + + D.M.: Enterite granulomatosa difusa grave Descrição: Intestino delgado com toda a mucosa acentuadamente espessada e enrrugada, e moderadamente vermelha (enterite e congestão) Descrição: Encéfalo com moderado aumento do hemisfério esquerdo do cérebro. Ao corte, presença de uma área bem delimitada medindo 4cm x 3cm, acinzentada, sólida (neoplasia) D.M.: Neoplasia focalmente extensa Laboratório de Patologia Veterinária UVV 03/02/2016 11 - Descrição - Diagnóstico morfológico Piogranuloma renal multifocal moderado Laboratório de Patologia Veterinária UVV - Descrição - Diagnóstico morfológico Broncopneumonia supurativa cranioventral acentuada MACRO MICRO Descrição DIAGNÓSTICO MORFOLÓGICO Laboratório de Patologia Veterinária UVV 03/02/2016 12 ETIOLOGIA • Virus, bactérias, parasitos, fungos, defeito genético (mutação, gene recessivo), toxina, desordem metabólica, deficiência ou intoxicação nutricional DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO: • Combina o local e o agente causativo Enterite micobacteriana Broncopneumonia difusa por Mycoplasma sp. Encefalite linfocítica viral Nefrose e nefrite interticial por Leptospirose NOME DA DOENÇA CAUSA MORTE Insuficiência renal aguda – causa morte: insuficiência respiratória por edema pulmonar Diagnóstico Morfológico? Diagnóstico etiológico? Agente etiológico? Nome da doença? Causa mortes? Laboratório de Patologia Veterinária UVV NECROPSIA • Etimologia: grego - nekrós, cadáver + ópsis, vista,ver • Objetivo: • Descobrir a causa da morte • Estabelecer a presença ou ausência de determinada doença. • Verificar a extensão Necropsia pode ser definida como exame sistemático da carcaça animal para a pesquisa de lesões. 03/02/2016 13 Necropsia • Importância • Único meio de descobrir a causa morte; • Permite confirmar diagnósticos ou descobrir erros; • Às vezes ter lesões altamente sugestivas; patognomônicas • Aperfeiçoamento profissional; • Aumenta acertos de diagnóstico e sucesso no tratamento • Correlacionar sinais clínicos, exames laboratoriais e lesões macroscópicas observadas na necropsia; • Compreender melhor a patogenia das doenças; • Aumenta a confiabilidade frente aos clientes; • Importância na Medicina Legal (animais segurados, envenenamentos criminosos, etc.) O Médico Veterinário deve sempre que possível fazer necropsia ou enviar o cadáver para sua realização Necropsia • Materiais utilizados X Necropsia Necropsia deve serfeita imediatamente após a morte Autólise Invasão dos tecidos por bactérias da flora intestinal • Isolamento de agentes Intestino Refrigerar x congelar 03/02/2016 14 HISTOPATOLOGIA • Complementa a necropsia • É essencial para confirmação do diagnóstico • Materiais de biopsias • Acompanhado de descrição da peça (tamanho, cor, localização) Necropsia em diferentes espécies • Cães e gatos • Decúbito dorsal • Equinos • Decúbito lateral direito • Bovinos • Decúbito lateral esquerdo Fixação do material Formol 10% (*tamponado neutro) Sol. 35 – 40% formaldeído .............. 100 ml Água destilada.................................. 900 ml • + 4g de fosfato monobásico de sódio + 6,5 g de fosfato dibásico (anidro) de sódio • Tecido nervoso: formol 20% 03/02/2016 15 • Tamanho do fragmento • Espessura : 1cm • Proporção: Fragmento : Formol • Órgãos que flutuam • Recipiente de boca larga • Tempo de fixação: 24 a 48 horas Laboratório de Patologia Veterinária UVV Laboratório de Patologia Veterinária UVV 03/02/2016 16 Laboratório de Patologia Veterinária UVV Arquivo pessoal Arquivo pessoal Oliveira, K.D. Oliveira, K.D. 03/02/2016 17 • Descritiva • Não deve ser dado o diagnóstico da lesão • Sugerir o diagnóstico entre parenteses • A necropsia é um quebra-cabeça • correlacionar as lesões entre si, com o histórico, com as características clínicas e os achados laboratoriais • Peças que não se encaixam Não lesões , lesões de pouco significado e alterações cadavéricas Rim apresentando área pálida ou branca ao corte com ápice na junção córtico-medular e base no córtex renal (infarto) Ovino, morte súbita Laboratório de Patologia Veterinária UVV 03/02/2016 18 Laboratório de Patologia Veterinária UVV Laboratório de Patologia Veterinária UVV Haemonchus contortus Laboratório de Patologia Veterinária UVV 03/02/2016 19 Yorkshire, 2 meses, diarreia aguda Laboratório de Patologia Veterinária UVV Não lesões, lesões de pouco significado e alterações pós-mortais • Não lesões: determinados aspectos que se constituem em particularidades anatômicas espécies-específicas • Lesões de pouco significado: são lesões verdadeiras que não implicam prejuízos quaisquer ou significativos, para o estado geral do indivíduo. • Alterações pós-mortais: processam em número e forma variada, com e sem a participação de agentes biológicos, sofrendo forte influência das condições ante-mortem e do ambiente. 03/02/2016 20 Alterações pós-mortais • Dependem do ambiente, causa da morte, temperatura corporal e microbiota • Temperatura ambiental • Refrigerados (5ºC) - até 24 h após a morte • Exceção ruminantes e equinos • Causas da morte • Septicemia • Condições • Animal obeso, febre, altas temperaturas • Alto metabolismo, exercício antes da morte Alterações pós-mortais Rigor mortis Inicia 1 a 6 horas após a morte Persiste de 1 a 2 dias ATP: desligamento da actina com a miosina (relaxamento) Mais intenso: Animais mais musculosos Animais atividade antes da morte (↓ ATP) Animais bem alimentados - rigor mortis retardado Animais caquéticos – rigor mortis rápido Animais que morrem de septicemia – passam rápido pelo rigor * Coração 03/02/2016 21 HIPOSTASE • Coágulo X trombo 03/02/2016 22 Laboratório de Patologia Veterinária UVV 03/02/2016 23 03/02/2016 24 • Manchas cadavéricas em fígado • Rim pulposo • Macio ou pastoso ao corte Laboratório de Patologia Veterinária UVV 03/02/2016 25 Laboratório de Patologia Veterinária UVV Enfisema cadavércio Laboratório de Patologia Veterinária UVV 03/02/2016 26 Dilatação biliar pós-mortal do intestino - intest. Delgado seguimentos dilatados, amarelados ou esverdeados e com parede adelgaçada Bile + gases • Ruptura e deslocamento do trato gastrointestinal • Grande produção de gás • Proporcional a quantidade de ingesta • Descamação das vilosidades intestinais assumem aspecto de catarro • Autólise • Descarga de conteúdo gastrointestinal – • relaxamento do esfíncter do cárdia por ocasião da morte. • A pressão posterior das vísceras abdominais eou o posiocionamento do cadáver contribuem para o evento. • Pseudotimpanismo • Pseudoprolapso vaginal retal – alteração pós-mortal decorrente de pseudotimpanismo. • Tecido adiposo amarelo (adipoxantose) • Melanose • Animais de pelagem escura 03/02/2016 27 Sistema Linfohematopoiético 1) BAÇO • “baço de anestesia” • Esplenose Normal Sistema Linfohematopoiético • Placas sídero-fibróticas • Defeitos de cápsula – depressões ou fissuras • Pseudoinfarto • Hiperplasia nodular senil • Bem delimitado, 2cm diâmetro • Hiperplasia de polpa branca • Pequenos nódulos brancos 2) Linfonodos • Linfadenomegalia em animais jovens • Antracose • Hemossiderose 03/02/2016 28 • Hiperplasia nodular senil • Lipidose de tensão • Teleangiectasia • Cistos hepáticos • Vesículas bi ou trilobadas • Hiperplasia cística da mucosa vesícula • Cães idosos • Corpúsculo de Pacini – estruturas anatômicas, na forma de nódulos bem definidos, de 1 – 3 mm, observados no tecido conjuntivo interlobular do pâncreas do gato. Glândulas adrenais pseudocísticas – presença de cavidade cística na parte central que pode contar sangue Nódulos extracorticais na adrenal – pequenos nódulos amarelos ou bronzeados 03/02/2016 29 • Rim pálido e vasos sulcados dos felinos • Aderência da cápsula renal • Material mucoso na pelve renal de equinos • Espessamento da parede da bexiga • Migração de larvas de Toxocara spp • Alimento nas fossas nasais e laringe • Espuma na traquéia • Enfisema – alteração agônica; animais de grande porte, gatos em menos grau • Edema e congestão pulmonar • Antracose Descarga nasal sanguinolenta • Agônica ; geralmente de congestão nasal e ruptura dos vasos sanguíneos. 03/02/2016 30 • Hemorragias pericárdicas, endocárdicas e miocárdicas – observadas principalmente em grandes animais • Comuns em cavalos que morrem naturalmente • Cúspide septal da tricúspide espessada e mais aderida Coagulação • Linfáticos do epicárdio • Persistência do ducto arterioso e forame oval • Áreas de palidez • Injeções intra-miocárdicas 03/02/2016 31 Persistência de ducto arterioso • Nódulo de Arantius • Hematocistos • principalmente de bezerros e outros ruminantes jovens • Lipidose e fibrose das meninges - meninges brancacentas e opacas são observadas comumente em animais idosos, especialmente em cães. • Ossificação da duramater 03/02/2016 32 • Mucosa enrugada do esôfago torácico de felinos • segmento distal doesôfago • Hiperplasia linfóide na faringe e laringe de cavalos jovens • Hiperemia gástrica • Papilas duodenais - dois pequenos nódulos na mucosa duodenal • Mais evidente em equinos • Hiperemia segmentar do intestino • Folículos linfóides intestinais evidentes - sobretudo pelo ceco e cólon • Listras tigróides • Áreas lineares nas porções superficiais da mucosa • Cólon, reto e bexiga
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