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PROVA AP 1 2017 2 com gabarito geo da populaçao do brasil

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Consórcio CEDERJ/UERJ - Licenciatura em Geografia -
Disciplina: Geografia da População do Brasil - AP 1 - 2017/2
Faça o que se pede nas questões abaixo:
1- Leia texto, abaixo:
Sim! Trinta anos ainda não são decorridos, e a Província de S. Paulo era pobre, tão pobre que para viver necessitava de auxílios paternais do Estado. Foi preciso o braço forte do Poder Geral para arrancá-la das beiradas de uma decadência marasmódica, onde se achava estacionada. Um dia, novos horizontes rasgaram-se ao seus olhos, porque um poderoso instrumento de progresso, patenteou ao mundo as suas enormes riquezas até então ignoradas. Foi a inauguração da sua primeira via férrea, a estrada inglesa de Santos-Jundiaí.
Projeto de lei de criação da Província do Sapucaí, p.12, de 1889. Autoria do Senador do
Império Joaquim Floriano de Godói (1826-1907). Acervo do IHGB, no Rio de Janeiro.
Com base no que trabalhamos na Aula 05, descreva em um parágrafo de até 20 linhas um motivo que justifique a afirmação de que a Estrada de Ferro de Santos-Jundiai teria transformado São Paulo de província pobre em rica (e deste modo crescido em população) ainda no Império. (2,5 pontos)
Gabarito: (até 2,5 pontos, conforme a argumentação apresentada)
O(a) aluno(a) devera num parágrafo de até 20 linhas descrever o fato de que a Estrada de Ferro de Santos-Jundiaí, construída pioneiramente ao final da década de 1860, monopolizara o movimento de passageiros e de cargas entre o litoral e a cidade de São Paulo. Esta, por sua vez, era o ponto de partida de outras ferrovias que se dirigiam para o Planalto Paulista, para aonde a "onda verde" do café se dirigira, à medida que o esgotamento dos solos e a questão ligada ao fim da escravatura iam enfraquecendo a cafeicultura do Vale do Paraíba do Sul. Outros traçados de ferrovias poderiam ter sido implantados, a partir do Rio de Janeiro atingindo o oeste paulista sem utilizar a Santos-Jundiaí. Porém, a força dos interesses daquela empresa ferroviária, de capital inglês, se afirmaram e impediram qualquer concorrência na descida/subida da Serra do Mar. Concentrando-se a circulação de pessoas e cargas no trecho Santos - São Paulo, a província paulista iniciou sólido processo de crescimento econômico que a levaria a ultrapassar o Rio de Janeiro já nos primeiros anos do século XX.
2- Veja a ilustração, a seguir:
Cartaz de empresa japonesa de colonização no início do século XX.
Com base no texto da Aula 08: 
a) cite os estados brasileiros que receberam maiores contingentes de imigrantes japoneses. 
b) descreva a polêmica que envolveu a imigração japonesa no Brasil nos anos 1930, polêmica essa que teve a defesa dos japoneses pelo próprio Presidente Getúlio Vargas.(2,5 pontos)
Gabarito:
a) O(a) aluno(a) deverá citar: São Paulo, Paraná, Pará. (Até 1,5)
b) O(a) aluno(a) deverá descrever o fato de que havia forte sentimento contrário à imigração japonesa por parte de segmentos da opinião pública brasileira, a partir de argumentos racistas e discriminatórios. Havia também o fato de que a escalada de eventos históricos e processos geopolíticos daquela década geravam receios quanto a uma concentração de populações estrangeiras, especialmente japonesas, italianas e alemãs, em regiões do território brasileiro. Isso ficou mais forte no momento em que o Brasil declarou guerra contra o países do Eixo. Terminada a guerra, a imigração japonesa se intensificou ainda mais, o que, segundo o Presidente Vargas, era interessante, à medida que ingressavam no Brasil pessoas com uma cultura de trabalho intensivo, sobretudo agrícola, que poderia ser difundida e assimilada por outros segmentos da população brasileira. (até 1,0 ponto pela argumentação)
3. Veja a ilustração, abaixo:
De volta do Paraguai. De Ângelo Agostini (1843-1910).Fonte: Ilustração publicada originalmente em: A Vida Fluminense, ano 3, n. 128, 11 jun. 1870. Disponível em: http://commons. wikimedia.org/wiki/File:Angelo_Agostini,_1870,_ De_Volta_do_Paraguai.jpg
Agora, responda:
Com base no que trabalhamos na Aula 06, sustente o argumento de que a Guerra do Paraguai (1865-1870) contribuiu diretamente para o fim do regime escravocrata no país e, com isso, ao processo de formação/maturação do povo brasileiro no século XX.(2,5 pontos)
Gabarito:
O(a) aluno(a) deverá sustentar o argumento de que os escravos, por terem lutado nos charcos da fronteira Brasil-Paraguai, retornaram livres, conforme havia sido prometido pelo Império. Foram capazes de defender o país com o risco da própria vida. Mostraram-se brasileiros, apesar de todo o sofrimento da escravidão. Portanto, isso reforçava o cada vez mais forte questionamento da escravidão feito pelo movimento abolicionista. A Guerra havia mudado o país. Além disso, combatentes negros permaneceram no Exército brasileiro, instituição que passaria a não mais concordar ou atuar na repressão a fugas de escravos e, com isso, passava a apoiar o fim da escravidão. E o Exército, naquele momento, iria crescer sua esfera de atuação política, à medida que abraçava também a República. (até 2,5 pontos, de acordo com a argumentação apresentada).
4- Veja a ilustração, abaixo:
Capa da Revista Illustrada ano 13,n. 499, 1888. “Homeroteca digital”, BibliotecaNacional. Legenda: 
A Lavoura e os Actuaes Libertos: 
Uê! Honte tanta lambada p’ra trabaiá,e hoje só dinheiro e adulação. Eh! Eh
A partir do texto da Aula 07, escreva um pequeno parágrafo (de até 20 linhas) associando a caricatura acima de Ângelo Agostini: 
a)ao que o Professor Celso Furtado denominou em sua obra como "comprar o ócio" .
b)a fluxos de população entre o Vale do Paraíba e a cidade do Rio de Janeiro após a Abolição.
Gabarito:
O(a) aluno(a) deverá redigir um pequeno texto, apresentando a questão da falta de trabalho para as fazendas do Vale do Paraíba do Sul com o fim da escravidão. Contingentes de libertos deixaram as fazendas e buscaram, basicamente, a cidade do Rio de Janeiro. Como os grandes contingentes de imigrantes europeus não-ibéricos se dirigiram para São Paulo ou para o Rio Grande do Sul, os fazendeiros do Vale do Paraíba do Sul buscaram reter o maior número possível de seus ex- escravos, oferecendo remuneração pelo seu trabalho. Porém, aqueles que permaneceram nas fazendas produziam o suficiente para ganhar algum dinheiro que os permitisse a continuar a viver. Sem os feitores, o pelourinho e a chibata, o liberto não tinha por que trabalhar como antes, no cativeiro. Racionalmente, à medida que o trabalho sempre fora um castigo e que os poderosos da aristocracia cafeeira não "pegavam na enxada", os libertos preferiam "comprar o ócio", ou seja, obter uma remuneração que fosse suficiente para suprir hábitos de consumo pessoal muito reduzidos, condizentes com a época em que estavam nas senzalas. Trabalhar menos e viver era o que queriam. Não havia entre os ex- escravos a mesma cultura do trabalho e da poupança que fora desenvolvida na Europa durante o processo de superação da servidão e da criação das bases da sociedade capitalista. (até 2,5 pontos, de acordo com a argumentação apresentada).
Bom Trabalho!!!

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