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Resumo História Concisa do Brasil - Colonia

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LIVRO: HISTÓRIA CONCISA DO BRASIL
Fausto, Boris, História Concisa do Brasil / Boris Fausto. – 2.ed.,4.reimpr. – São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2011.
Resenhado por: Jean Clecio Leandro da Silva, acadêmico do curso de licenciatura em História pela Universidade Estácio de Sá, 3°Semestre.
Disciplina: História do Brasil Colônia; Professora: Alessandra Silveira Borghetti Soares.
Sobre o autor: Boris Fausto nasceu em São Paulo em 08 de dezembro de 1930, é historiador e cientista político brasileiro. Em 1961, casou-se com a educadora e sócia fundadora da Escola Vera Cruz, Cynira Stocco Fausto (1931-2010), com que teve dois filhos, o sociólogo Sérgio Fausto e o antropólogo Carlos Fausto. Sua principal obra é A Revolução de 1930, sua obra mais popular é História do Brasil, Escreveu também Trabalho Urbano e Conflito Social e Crime e Cotidiano.
Breve resumo da Obra: Os pressupostos básicos deste livro são a convicção de que é possível levar ao conhecimento de um público amplo uma história escrita em linguagem acessível, sem perda da qualidade analítica, e que buscar conhecer e interpretar o passado é condição indispensável para o cidadão situar-se no presente e avaliar as possibilidades e limites do futuro. A obra não é um simples resumo da História do Brasil, publicada na Coleção Didática da Edusp, embora mantenha a estrutura básica daquela. Boris Fausto consegue aqui tornar compreensíveis as linhas principais da história brasileira, cumprindo a tarefa de forma sintética e apresentando dados estatísticos atualizados. Esta nova edição atualizada e ampliada conta com o acréscimo de um capítulo final de autoria do sociólogo Sérgio Fausto, abrangendo um balanço dos anos recentes, que vai até o final de 2010, e trazendo perspectivas de futuro.
Resenha do capítulo 1: “O Brasil Colonial (1500-1822)”
 O Capítulo trata em especial e da atenção a Era da Escravatura, tanto de índios como de negros, e as transformações sociais e econômicas dela provindas - desde o início da exploração pelo trabalho compulsório estimulada pelos primeiros exploradores até a explosão da escravidão desencadeada pela cultura agrícola do início do século XVIII, já sob a utilização em massa dos escravos africanos. 
 Este capítulo se divide em tópicos, que são eles:
1.1. A EXPANSÃO MARÍTIMA E A CHEGADA DOS PORTUGUESES AO BRASIL; 1.2. OS ÍNDIOS; 1.3. A COLONIZAÇÃO; 1.4. A SOCIEDADE COLONIAL; 1.5. AS ATIVIDADES ECONÔMICAS; 1.6. A UNIÃO IBÉRICA E SEUS REFLEXOS NO BRASIL; 1.7. A COLONIZAÇÃO DA PERIFERIA; 1.8. AS BANDEIRAS E A SOCIEDADE PAULISTA; 1.9. UM BALANÇO DA ECONOMIA COLONIAL. O MERCARDO INTERNO; 1.10. A CRISE DO SISTEMA COLONIAL; 1.11. MOVIMENTOS DE REBELDIA E CONSCIÊNCIA NACIONAL; 1.12. O BRASIL NO FIM DO PERÍODO COLONIAL.
 Portugal foi o pioneiro nas grandes navegações e descobrimentos marítimos dos séculos XV e XVI, o motivo seria sua monarquia centralizada, aprendeu com os genoveses, Gênova foi um Estado independente situado na Ligúria, no noroeste da Península Itálica, as técnicas de navegações, então se lançaram ao mar em busca de novas terras, Portugal ficava na ‘ponta’ da Europa e esta localização geográfica privilegiada, com presença de litoral atlântico favoreceu a navegação. Os portugueses inventaram a caravela, caravela é um tipo de embarcação usada pelos portugueses durante a Era dos Descobrimentos, nos séculos XV e XVI, um navio muito leve. 
 Listemos alguns dos motivos que levaram os portugueses a esta jornada ao desconhecido: O espírito de aventura em descobrir novas terras, o mar tenebroso e as lendas de monstros marinhos, a curiosidade em relação ao limite horizontal do mar. O Mercantilismo, conjunto de práticas econômicas desenvolvido na Europa na Idade Moderna, entre o século XV e o final do século XVIII, através do renascimento do comércio, pôs fim ao sistema feudal, e neste novo modelo de produção a busca pelo ouro, devido sua escassez na Europa, motivaram os navegadores a irem à busca do valioso metal em terras desconhecidas. Também foram em busca de especiarias, tipo: pimenta, cravo, canela, para disfarçar o mau gosto dos alimentos, pois como não havia refrigeração, esses temperos irem dar um sabor ao alimento.
 Boris Fausto nos convida a refletir, no melhor termo que aprendemos na escola: O Descobrimento do Brasil em 22 de abril de 1500. Como havia índios, nativos brasileiros foram chamados de índios pelos portugueses por engano. Quando os europeus chegaram ao nosso continente, a América, eles chamaram as pessoas que viviam aqui de índios porque pensavam que tivessem chegado à Índia, estas terras não estavam inabitáveis, qual seria o termo correto? Descobrimento/Achamento do Brasil? Encontro/contato? Invasão/conquista? A igreja logo se interessa em catequizar os nativos, devido a imensa perca de fiéis na Reforma Protestante. A principal atividade econômica do Brasil, entre 1500 à 1535, foi sem dúvida a extração do Pau-Brasil, daí o nome da colônia de Portugal, que posteriormente seria uma nação. 
 Posteriormente, os portugueses se organizaram na colônia, como capitanias hereditárias, As Capitanias hereditárias foi um sistema de administração territorial criado pelo rei de Portugal, D. João III, em 1534. Este sistema consistia em dividir o território brasileiro em grandes faixas e entregar a administração para particulares (principalmente nobres com relações com a Coroa Portuguesa). A fim de dar um ganho a economia brasileira, através da produção de açúcar, mas para um trabalho deste nível, teria que utilizar mão-de-obra escrava. Os índios a princípio foram escravizados, porém muitos morreram por doenças trazidas pelos portugueses. Os índios não possuíam nenhuma imunidade às doenças virais tais como gripe, sarampo, varíola, trasorelho, e daí contraíram essas doenças e morreram de pneumonias fulminantes (pag. 23). “Os índios resistiram às várias formas de sujeição, pela guerra, pela fuga, pela recusa ao trabalho compulsório. Em termos comparativos, as populações indígenas tinham melhores condições de resistir do que os escravos africanos. Enquanto estes se viam diante de um território desconhecido onde eram implanta aos à força, os índios se encontravam em sua casa.” (pag. 23).
 Agora falaremos sobre como começou a escravidão do negro africano, “Mas, se a introdução do trabalho escravo se explica resumidamente dessa forma, por que se optou de referência pelo negro e não pelo índio? A principal razão reside no fato de que o comércio internacional de escravos, trazidos da costa africana, era em si mesmo um negócio tentador, que acabou se transformando no grande negócio da Colônia. Portugueses, holandeses e brasileiros, estes na fase final da Colônia, disputaram o controle dessa área. O tráfico representava, pois, uma fonte potencial de cumulação de riqueza e não apenas um meio de prover de braços a grande lavoura de exportação. Devemos lembrar que houve uma passagem da escravidão do índio para o negro variável no tempo e no espaço. Ela foi menos longa no núcleo central e mais rentável da empresa mercantil, ou seja, na economia açucareira, em condições de absorver o preço da compra do escravo negro, bem mais elevado do que o do índio. Foi mais longa nas regiões periféricas, como é o caso de São Paulo, que só no início do século XVIII, com a descoberta das minas de ouro, passou a receber escravos negros em número regular e considerável.” (Pag.22). Houve resistências dos negros também, temos o exemplo os Quilombos, locais de refúgio dos escravos africanos e afrodescendentes em todo o continente americano (pag.25). “a Igreja nem a Coroa se opuseram à escravização do negro. Ordens religiosas como a dos beneditinos estiveram mesmo entre os grandes proprietários de cativos. Vários argumentos foram utilizados para justificar a escravidão africana. Dizia-se que se tratava de uma instituição já existente na África, e assim apenas se transportavam cativos para o mundo cristão onde seriam civilizados e salvos pelo conhecimento da verdadeira religião. Além disso, o negro era consideradoum ser racialmente inferior. No decorrer do século XIX, "teorias científicas" reforçaram o preconceito: o tamanho e a forma do crânio dos negros, o peso de seu cérebro etc. "demonstravam" que se estava diante de uma raça de baixa inteligência e emocionalmente instável, destinada biologicamente à sujeição. (pag. 26)”
 Como era a sociedade colonial? Havia distinção de pessoas livres x escravos; distinção de sangue, distinção esta revogada pela Carta-lei de 1773. Puros: cristãos brasileiros e portugueses x impuros: novos cristãos, judeus convertidos (artesãos, mercadores, negociantes, ocupantes de cargos públicos e até eclesiástico mais no final do período colonial). Não-pessoas: escravos. Basicamente, negros, objeto de direito de propriedade. Ordens: nobreza, clero e povo. 
 As chamadas Entradas e Bandeiras foram expedições empreendidas no período colonial brasileiro que possuíam diversos objetivos, entre eles: capturar índios e descobrir minas de ouro. Quando foi descoberto o ouro no final do século XVII, a região onde os metais preciosos foram encontrados passou a se chamar de Minas Gerais, iniciou-se a corrida portuguesa para a exploração do ‘dele’ no Brasil, diversos povoamentos foram fundados, foi importante para a expansão territorial e para uma nova organização administrativa da colônia. 
 Por volta do século XVIII, houve movimentos de libertação contra a dominação de Portugal, por exemplo, a Inconfidência Mineira, que foi uma conspiração política organizada por profissionais liberais, militares e membros da elite econômico-social da Capitania de Minas Gerais no fim da década de 1780 – época em que o Brasil ainda era colônia portuguesa. Os inconfidentes tinham como principal intenção retirar do poder local o governador (na ocasião nomeado pela Coroa portuguesa) Visconde de Barbacena, o que configurava uma afronta à autoridade do Império Português da Capitania de Minas gerais. A Coroa condenou várias pessoas à morte, incluindo Tiradentes, enforcado dia 21 de abril de 1792, e até hoje relembramos sua morte no através do feriado na data já citada.   
 No século XIX, o sistema colonial acabou enfraquecido, a Inglaterra, grande potência mundial na época, por conta da mão-de-obra ‘livre’, não queria mais escravos, não por questões humanitárias, mas por questões financeiras mesmo, e isto acabou influenciando o Brasil, e começaram a entrar idéias de liberdade de comercio, liberdade de expressão e isto vêem junto com movimento de autonomia das antigas colônias. 
 Portugal estava sob ameaça de invasão dos franceses, através de Napoleão. Então D. João VI vem para a colônia e teve uma presença muito marcante em terra tupiniquim, rss. Suas contribuições foram: abertura dos portos brasileiros às nações amigas. A Inglaterra foi à principal beneficiada desta lei, pois mantinha estreitos laços comerciais com Portugal; Em 1808, D. João VI cancelou a lei que proibia o estabelecimento de indústrias no Brasil; Assinatura de tratados comerciais com a Inglaterra, favorecendo a entrada e comercialização de produtos manufaturados ingleses no Brasil. Entre esses tratados, assinados em 1810, podemos citar o Tratado de Comércio e Navegação e o tratado de Aliança e Amizade. Instalação de sistemas administrativos e jurídicos no Rio de Janeiro, com a criação de tribunais e ministérios. Estruturação econômica, com a fundação do Banco do Brasil e da Casa da Moeda. Investimentos nas áreas de educação e cultura. Nestas duas áreas, podemos destacar a criação de escolas de Medicina, do Jardim Botânico, da Biblioteca Real, da Academia Real de Belas Artes e da Imprensa Real. Elevação do Brasil, em 1815, a Reino Unido de Portugal e Algarves. Desta forma, o Brasil deixou de ser (oficialmente) uma colônia. Investimentos voltados para o desenvolvimento industrial do Brasil. Neste sentido, podemos destacar a instalação de indústria de ferro em Minas Gerais e São Paulo.
 D. João VI volta para Portugal e deixa seu filho D. Pedro I como regente no Brasil, houve pressões da elite do Rio de Janeiro, tendo atrito com a corte portuguesa, que cominou na independência do Brasil em 7 de Setembro de 1822, O Brasil também não se tornou império após a proclamação da Independência, apenas por sua extensão continental. Tornar-se império era uma forma de mostrar a Portugal que não haveria continuidade em relação ao seu governo. Se D. Pedro I fosse rei, ao título poderia estar implícita sua condição de herdeiro do trono português. Dessa maneira, D. Pedro foi proclamado o primeiro imperador do Brasil. Dando início a monarquia brasileira, mas isto já é outra história.

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