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Relatório Estágio Eja e Normal Final

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CENTRO UNIVERSÍTÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
 
 
SEGUNDA LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
	 	
 
	
	 
 
 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO: DOCÊNCIA NA EJA E NORMAL
 
 
 
 
CURITIBA
 2016
CENTRO UNIVERSÍTÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
 
 
SEGUNDA LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Relatório de Estágio Supervisionado Docência na EJA e Normal UNINTER.
 
 
CURITIBA 
2016
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO........................................................................................................4
CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA ESTAGIADA ...................................................5
CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA DA ESCOLA..........................................................6
ETAPA DE ESTÁGIO:- MODALIDADE EJA..........................................................7
DESCRIÇÃO E ANÁLISE REFLEXIVA DAS ATIVIDADES DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO..........................................................................................7
4.2 PLANO DE OFICINA PEDAGÓGICA.............................................................13
CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................18
REFERÊNCIAS....................................................................................................19
INTRODUÇÃO
Este Relatório faz parte da disciplina de Estágio Supervisionado – Docência na EJA e Normal. Pelo Art. 37. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) que define e regulariza a organização da educação brasileira com base nos princípios presentes na Constituição. Foi citada pela primeira vez na Constituição de 1934. A primeira LDB foi criada em 1961, seguida por uma versão em 1971, que vigorou até a promulgação da mais recente em 1996. Consoante com esta, a educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria. No primeiro parágrafo consta que os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características dos estudantes, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames.
O estágio curricular possui relevância na formação do profissional da educação, uma vez que, proporciona ao estudante do curso de licenciatura uma vivência no seu futuro campo de atuação e o acesso aos métodos e instrumentos de ensino que poderão subsidiar o processo de ensino.
O propósito deste estágio é caracterizar a articulação entre as teorias estudadas e as práticas de ensino vivenciadas no contexto escolar, possibilitando a reflexão, de forma crítica, sobre metodologias e recursos disponíveis a serem aplicados em cada situação no ambiente escolar. As atividades de Estágio, realizadas no ambiente escolar, têm como objetivos específicos: a observação dos princípios e dos critérios adotados pelos professores regentes na organização das suas atividades pedagógicas; observação dos processos de ensino e aprendizagem; planejamento e docência que se dará pela construção de um plano de oficina pedagógica para a EJA, doravante chamada regência; pela aplicação do plano de oficina pedagógica (regência); e por fim, a elaboração, análise e discussão deste relatório, elaborado durante estágio.
Este relatório tem como objetivo descrever as ações realizadas durante o estágio, bem como apontar, de forma crítica e reflexiva, as experiências vividas no campo de atuação do profissional na modalidade EJA.
O estágio foi realizado na Escola Classe 17 localizado na cidade satélite de Sobradinho II, durante os meses de maio de junho do ano de 2016, na turmas do 1º seguimento que corresponde da 1º a 4º série de outrora na modalidade EJA, pela aluna 
A metodologia aplicada durante o estágio foi definida com base nos seguintes critérios:
Estudo da concepção pedagógica da etapa de ensino e das características da escola por meio do Projeto Político Pedagógico da Instituição de Ensino;
Observação e análise de princípios e critérios adotados pelos professores para organização de atividades de ensino; 
Observação e análise dos processos de ensino e aprendizagem; 
Planejamento e Docência – Elaboração de plano de Oficina Pedagógica (regência); 
Elaboração, análise e discussão de relatório e diagnósticos realizados no estágio.
No decorrer deste relatório serão abordados os seguintes tópicos: a caracterização da escola estagiada, as descrições das etapas do estágio, a concepção de ensino da escola, a observação, com descrição e análise reflexiva das atividades do estágio supervisionado, o plano de Oficina Pedagógica (regência), além dos anexos (documentos exigidos pelo estágio).
2. CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA ESTAGIADA
A instituição escolhida para a realização do Estágio Supervisionado: Docência na EJA e Normal foi Escola Classe 17, localizada na Avenida Central Ae 01, Vila Rabelo Sobradinho II no Distrito Federal. O contato com a escola pode ser realizado pelo telefone (61) 3901 7784 e pelo email: ec.17sobradinho@gmail.com. Conforme o Projeto Político Pedagógico (PPP), a Escola Classe 17 foi fundada em 2006 para atender uma população excepcionalmente carente. Funciona educação infantil e 1º ao 5º ano de dia e EJA no 1º segmento noturno que corresponde da 1º a 4º série de antigamente e atende 700 alunos sendo apenas 50 na educação de jovens e adultos. Sua estrutura física conta com 15 salas de aula, 04 banheiros, secretaria, biblioteca, refeitório, parquinho, sala de informática e sala de recurso. Todas as salas de aula possuem ventilador e televisor, possuem um mobiliário novo, não há, porém nenhuma sujeira ou pichação nas paredes da escola. O quadro de profissionais é composto por quatro coordenadores, trinta professores regentes, direção, vice e supervisão pedagógica e pedagogo orientador além de 16 servidores.
A escola tem um aspecto organizado e um ambiente convidativo e educativo inclusivo, o que garante o acesso e a participação autônoma de todos os alunos às suas dependências e atividades de formação. Assegurar essas condições é um dos motes dos educadores e demais profissionais que atuam nessa escola. Muitos têm contribuído com seus conhecimentos específicos para que o espaço escolar acolha as diferenças, sem restrições e limitações, discriminações, exclusão.
A Escola Classe 17 objetiva sua ação educativa, fundamentada nos princípios da universalização de igualdade de acesso, permanência e sucesso, da obrigatoriedade da Educação Básica e da gratuidade escolar. Trata-se de uma Escola de qualidade, democrática, participativa e comunitária, como espaço cultural de socialização e desenvolvimento do(a) educando(o)a visando também prepará-lo(a) para o exercício da cidadania através da prática e cumprimento de direitos e deveres. 
3. CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA DA ESCOLA
Conforme o PPP da Escola Classe 17 a proposta pedagógica fundamenta-se principalmente na prática pedagógica cotidiana e na discussão de referenciais teóricos que nos encaminhem para uma “práxis” responsável e compromissada com uma escola pública de qualidade. Como autor influenciador dos ideais da escola Paulo Freire, apresenta-se como inspiração principal.
A Escola Classe 17 visa exercer suas atividades de modo a garantir a todos os alunos o exercício pleno da cidadania, proporcionando-lhes o acesso ao conhecimento sistematizado, valorizando a diversidade e a igualdade de direitos. 
Partindo-se da premissa de que mudanças qualitativas na sociedade somente são possíveis pela interação de pessoas atuantes, que por se sentirem integradas à comunidade em que vivem, se sentem responsáveis por ela, a escola busca oferecer ensino de excelência à comunidade, proporcionando condições de aprendizagem significativa, atualizada e eficaz para a formação de cidadãos críticos, competentes e éticos através de um trabalho pedagógico bem articulado, conduzido por profissionais comprometidos com o desenvolvimento humano, científico, filosófico,tecnológico e cultural.
Dentre os referenciais teóricos, eles elegeram, ainda, o renomado estadunidense John Dewey que no início do século XX lançou a ideia da Pedagogia de Projetos tendo como base a concepção de que “educação é um processo de vida e não uma preparação para a vida futura”. Assim, a escola representa o agora, a vida prática dos alunos, a sociedade que eles irão enfrentar em breve.
A Pedagogia de Projetos valoriza a participação do educando e do educador no processo ensino-aprendizagem, tornando-os responsáveis pela elaboração e desenvolvimento de cada projeto de trabalho. Portanto, a Escola e as práticas educativas fazem parte de um sistema de concepções e valores culturais que fazem com que determinadas propostas tenham êxito quando se 'conectam' com alguma das necessidades sociais e educativas (HERNANDEZ, 1998, p.66).
4. ETAPA DE ESTÁGIO: - MODALIDADE EJA
4.1 DESCRIÇÃO E ANÁLISE REFLEXIVA DAS ATIVIDADES DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
A escola está localizada em uma comunidade carente que está cercada pela criminalidade, mas este motivo não interfere na qualidade do ensino, e está restrito ao lado de fora da escola. A mediação pedagógica, realizada pelos orientadores-educacionais, diretores, professores e profissionais tem garantido o clima adequado para desenvolvimento de práticas pedagógicas. Durante a observação, alguns professores e alunos contaram algumas histórias de como a escola nova modificou a realidade da comunidade. A equipe de profissionais é bem unida, há preocupação pela segurança, mas também há estratégias internas e externas, junto com o apoio de parceiros como o Batalhão Escolar, a Administração Regional, para minimizar os riscos relacionados à segurança.
A equipe pedagógica é formada por professores com vasta experiência, mas também há professores que acabaram de ingressar por concurso público, além de professores temporários que substituem a equipe diretiva e os coordenadores, todos os professores possuem lotação definitiva na escola, o que viabiliza a execução do PPP.
Caracterização da turma estagiada:
A turma escolhida para a observação participativa e para aplicação do plano de oficina pedagógica do estágio (regência) foi à classe 03 sob o comando do Professor Carlos Eduardo Lopes de Assis no 1º segmento de EJA noturno que corresponde da 1º a 4º série de antigamente.
	A turma do 1º segmento noturno possui 30 alunos matriculados, todavia, somente 22 são alunos frequentes, 13 mulheres e 09 homens. Os estudantes desta turma são educados e participativos. Há uma variação de idades dentro da sala, que vai de jovens de 18 até adultos com aproximadamente 40 anos de idade. Alguns relataram que tinham dificuldades, pois não estudavam há anos. Segundo alguns professores, alguns dos alunos ainda apresentam dificuldades de leitura e, consequentemente, interpretação. Mas com os Projetos desenvolvidos pela escola, aos poucos, estas dificuldades são superadas.
O professor utiliza como recursos didáticos, o livro (do programa PNLD), o quadro, a televisão e o DVD, além de materiais de textos impressos, que complementam e incentivam a leitura. O professor contextualiza os conteúdos estudados com situações cotidianas, sempre dando exemplos, e traz a prática aos assuntos abordados, quando possível, o que torna possível a compreensão por parte dos estudantes.
Foi possível identificar que aqueles estudantes que apresentavam maior dificuldade, progrediam a medida das aulas, pois o professor acompanhava de perto seu desenvolvimento. Todos os exercícios, tidos como de fixação, e a prova multidisciplinar que foi aplicada durante o estágio, foram corrigidos e após a correção o professor verificava os cadernos para acompanhar o aprendizado individualmente.
Quanto à caracterização estrutural da sala de aula da turma, observou-se que a mesma possui espaço adequado para os alunos que assistem às aulas. Todas as lâmpadas funcionam. A ventilação é adequada, pois há janelas em toda a lateral e também há ventilador na sala.
Perfil do professor observado durante o estágio:
Durante o período do estágio foram observadas as práticas de 01 professor, que ministrava aulas no 1º seguimento noturno EJA. O docente observado, Carlos Eduardo, possui graduação e pós-graduação na área em que atua. O professor aparenta ter cerca de 30 anos, e possui 05 anos de experiência em sala de aula e dois anos como secretário escolar sempre na rede pública de ensino.
Em relação à postura em sala de aula, o professor observado comportou-se com cordialidade, gentileza, de forma respeitosa com os estudantes. Ele manteve uma postura de mediador do conhecimento, sempre preocupado em contextualizar os conteúdos com a realidade dos educandos, além de incentivar a participação destes nas aulas. Foi possível observar que o professor, diversificou suas estratégias ensino, o que pode significar que ele buscava atender a um maior número de estudantes, de forma diferenciada. 
		OBSERVAÇÃO E PARTICIPAÇÃO 
Os primeiros dois dias do período de aprendizado prático foram destinados para a localização e solicitação do estágio e a leitura do projeto político pedagógico da escola, apenas no terceiro dia de estágio que iniciei a observação participativa na sala do professor Carlos Eduardo. Achei muito interessante quando ele me explicou que trabalha mensalmente com projetos interdisciplinares e durante o mês da minha observação, monitoria, planejamento e docência o tema do projeto foi Educação ambiental.
As atividades propostas pelo professor Carlos nesse período buscavam promover a observação a respeito dos elementos da natureza que estão mais próximos do aluno, em sua própria casa, como animais e plantas domésticas. Além disso, são propostas atividades que visam oferecer aos alunos possibilidade de reflexão a respeito de atitudes cotidianas em prol da conservação do meio ambiente.
No primeiro encontro, o professor propôs um exercício de oralidade bastante interessante, promoveu inicialmente uma situação de troca entre os alunos em duplas, respondendo as questões propostas, a seguir em roda, um aluno apresentou o outro para o grupo. Complementando a atividade encorajamos os alunos a contar e desenhar como são suas residências, o professor incentivou a fazerem comparações e organizar as informações em forma de uma tabela coletiva na lousa, indicando quais os tipos de moradias e o que há em comum entre elas. Com essa atividade os alunos podem compreender que cada casa e família são diferentes e as expectativas vividas pelos alunos são únicas. Por isso situações nas quais possam trocar ideias e contar essas experiências são muito ricas e possibilita uma ampliação de repertório, o que contribui significativamente para o desenvolvimento do letramento. Com as atividades desse projeto que se deu início na minha primeira observação, mais do que propriamente uma alfabetização linguística podemos almejar um letramento ambiental, com o qual os alunos até o final do projeto possam, paulatinamente, compreender o mundo a sua volta em toda sua complexidade e dinâmica. E também que os capacitem a atuar e modificar o meio no qual vivem.
Na segunda observação o professor propôs uma atividade chamada Causa X Consequências que teve por objetivo um disparador para que os alunos pensem e reflitam a respeito do impacto das ações corriqueiras e cotidianas sobre nosso ambiente mais próximo, nossa casa e nossa rua. O professor me permitiu apresentar para os alunos algumas atitudes automatizadas pelas pessoas e que na maioria das vezes passam despercebidas como quem fuma um cigarro e dispensa a bituca na rua ou na calçada, aos motoristas que abrem uma bata e jogam o papel pela janela do carro, às crianças que chupam um sorvete e jogam o palito no chão. Fizemos então uma atividade proposta no Portal do Professor (MEC) intitulada “As ruas do meu bairro: o que mudou”, atividade esta que funciona com a proposta pretendida de utilizar a temática para um trabalho integrado entre áreas de conhecimento e o objetivo mais importante é fazer com que osalunos se dêem conta das consequências de suas ações para o meio ambiente, para as outras pessoas e para eles mesmos. Assim, a questão da produção de lixo e de sua destinação deve ser compreendida como uma relação de eventos com causas e consequências e não apenas como um problema pontual de comportamento.
No terceiro encontro o professor trabalhou sobre o ciclo da água e os estados físicos da água, propôs a leitura do texto “A importância da água” disponível em http://www.todamateria.com.br/a-importancia-da-agua. Fazendo um paralelo com a aula anterior, a questão do lixo e da água com o objetivo dos alunos compreenderem que estes temas efetivamente fazem parte da realidade deles, apresentando uma série de comportamentos associados que podem ser modificados, no sentido de otimizar a utilização dos recursos naturais, além de fazer o aluno pensar em relações de causa X consequência; efeito local X efeito global (ou ampliado); indivíduo X coletividade.
A seguir, depois da leitura do texto o professor mostrou em slides uma sequência de fotos do fotógrafo alemão Markus Reugels, que captura o mundo em gotas d’água. De acordo com o fotógrafo, essas imagens mostram coisas belas nas quais não pensamos em nossa vida diária, ou que não conseguimos ver com nossos próprios olhos. São imagens belíssimas que podem despertar nos alunos o interesse e a curiosidade pelo assunto. “O mundo em uma gota d’água”, disponível em http://www.bbc.com/portuguese/noticias A segunda atividade foi a apresentação da animação “Criação do mundo em copo de água” Essa animação retrata de maneira bastante lúdica e descontraída diferentes usos da água e seu ciclo na natureza. Disponível em https://youtu.be/ORZA-lv9fpg?t=148. 
Na quarta observação o professor Carlos começou a aula recordando com os alunos as principais propriedades e estados físicos da água. Além do uso corriqueiro demos ênfase também a poluição explorando um pouco o conhecimento prévio dos alunos sobre o assunto, antes da atividade proposta falamos um pouco sobre a importância da água e como devemos nos comportar no dia a dia para preservá-la da melhor forma possível, em seguida o professor ofereceu atividades práticas relacionadas a água a respeito de capacidade térmica e calor específico, solvente universal, transporte e tensão superficial. Por fim passou uma tarefa para ser feita em casa, pediu que os alunos trouxessem na próxima aula imagens que caracterizassem a contaminação da água.
Dando continuidade a aula anterior, o professor propôs que os alunos colassem as imagens que caracterizassem a contaminação da água em um mural e pediu que os alunos elaborassem uma lista coletiva de meios que podem ajudar para que cenas como aquelas não aconteçam mais. Entre as principais formas de colaborar para a preservação dos recursos hídricos os alunos preconizaram não jogar lixo nas ruas; usar detergentes de preferência biodegradáveis e de maneira controlada; cobrar das autoridades projetos de revitalização de rios contaminados; exigir que o esgoto seja tratado antes de chegar aos rios; ajudar na preservação da vegetação ao redor de nascentes e ao redor dos cursos de água (matas ciliares); utilizar a água de forma racional entre outras formas. Para compreender melhor o processo de poluição das águas especialmente por substâncias orgânicas o professor Carlos sugeriu que os alunos buscassem informações sobre o processo conhecido como eutroficação (ou eutrofização) da água. Em seguida o professor propôs a leitura do texto “Poluição causa 80% das mortes em países pobres”. 
No sexto dia de observação o professor Carlos propôs a atividade “Mãos à obra”, a montagem de um paludário, que é uma espécie de aquário palustre. Consiste numa área aquática que é circundada por uma área terrena com plantas nas margens. Pode-se dizer que se trata da combinação de um aquário (a parte inferior) com um terrário (a parte superior). Esse sistema misto possibilita a manutenção de peixes, anfíbios e determinados répteis no mesmo espaço. Após terminarem o professor juntamente com os alunos tiraram fotos.
Dando continuidade ao encontro anterior o professor Carlos revelou as fotos tiradas na última aula e propôs que os alunos identificassem por data para serem colocadas em ordem cronológica e para cada foto o professor pediu que os alunos criassem um pequeno texto explicativo como legenda. A expectativa é a de que os alunos tenham contato com o paludário por um longo período. Dessa forma a organização de registros periódicos e contínuos torna-se necessária para regular os processos de aprendizagem. Em seguida o professor pediu que os alunos lessem o texto “Memória: para lembrar, reviver e aprender” de Paulo Cunha. Essa, como todas as atividades do projeto é uma atividade de caráter interdisciplinar, envolvendo diferentes áreas do conhecimento. 
No oitavo e último encontro o professor propôs um exercício de cidadania, pediu que os alunos envolvessem a família e pessoas da comunidade na identificação dos problemas mais sérios a serem trabalhados, recomendou que os alunos lessem e discutissem sobre o texto “Educação para a Cidadania na Democracia Contemporânea” de Maria Vitória Benevides, entretanto como já era sabido que seria meu último dia como estagiária eles fizeram uma festinha surpresa de despedida. Fiquei bastante emocionada e mais do que nunca com a certeza que escolhi a profissão certa.
4.2 PLANO DE OFICINA PEDAGÓGICA (Regência)
Escola: Escola Classe 17 de Sobradinho
Turma: 5º ano
TEMA: Cultura da Paz
JUSTIFICATIVA:
Texto 1 – PAZ, COM O QUÊ SE FAZ? Você já ouviu falar em cultura de paz? Já posso te antecipar que é algo muito mais natural a todos os seres humanos do que a violência! 
Tem muita gente no mundo que percebeu isso, mesmo que a TV, os jornais, os filmes insistem em mostrar o contrário, a violência não é natural, pois traz tristeza, egoísmo e nada resolve, apenas prejudica. Então, um grupo gigantesco de pessoas começou a conversar sobre ações não violentas e viram que existem formas mais fáceis de resolver problemas. Por isso governos, empresas, escolas, famílias e pessoas começaram a progredir, evoluir e a ser mais felizes. A essa ação não violenta deram o nome de cultura de paz! É sobre isso que vamos conversar entender e agir!
Primeiro queremos dizer que cultura de paz é bem ampla, está ligada à liberdade, a justiça, a harmonia e a prosperidade. Então se existe pobreza, desigualdade, desrespeito ao outro ou a natureza estamos mais longe da cultura de paz. Entendeu que violência não são apenas gritos, bater ou apanhar né? 
Na verdade, cultura de paz é algo revolucionário, é para corajosos, porque é preciso transformar os valores de uma cultura de guerra e violência para valores de uma cultura de paz. Exige paciência, inteligência, é para pessoas que acreditam em si mesmas! Como sabemos do valor que você tem, estamos tranquilos em te lançar esse desafio! Vamos lá! 
Lembra que falamos que um grande número de pessoas do mundo todo se uniu para conversar sobre ação não violenta? Elas construíram um manifesto e mais pessoas de todo o planeta assinaram esse manifesto e se comprometeram a cumprir os seis pontos descritos abaixo. São propostas para agir no espírito da cultura de paz dentro da família, na escola, no trabalho e na cidade. Tornaram-se, assim mensageiros da tolerância, da solidariedade e do diálogo. Quer fazer parte? Então vem!
OBJETIVOS:
Possibilitar aos participantes uma experiência onde a cultura de paz seja a referência para suas atitudes. 
Compreender que a filosofia de cultura de paz é o gesto amoroso para com a realidade, gesto que protege, traz tranquilidade e mudanças reais na vida de quem pratica. 
Busca o entendimento do cuidado através da arte. 
MATERIAL
Cópia dos textos e outros apoios; Jornais e revistas (01 para cada aluno); Cópia com a relação das músicas; CD com as músicas selecionadas; Aparelho de som; Caderno para anotar; Papel para desenho; Lápis preto, caneta e borracha; Material pintura; Tarjetas; Cartolina.
SÍNTESE DO ASSUNTOConstruir uma cultura da paz envolve dotar as crianças e os adultos de uma compreensão dos princípios e respeito pela liberdade, justiça, democracia, direitos humanos, tolerância, igualdade e solidariedade. Implica uma rejeição, individual e coletiva, da violência que tem sido parte integrante de qualquer sociedade, em seus mais variados contextos. A cultura da paz pode ser uma resposta a diversos tratados, mas tem de procurar soluções que advenham de dentro da (s) sociedade (s) e não impostas do exterior.
Cabe ressaltar que o conceito de paz pode ser abordado em seu sentido negativo, quando se traduz em um estado de não-guerra, em ausência de conflito, em passividade e permissividade, sem dinamismo próprio; em síntese, condenada a um vazio, a uma não existência palpável, difícil de se concretizar e precisar. Em sua concepção positiva, a paz não é o contrário da guerra, mas a prática da não-violência para resolver conflitos, a prática do diálogo na relação entre pessoas, a postura democrática frente à vida, que pressupõe a dinâmica da cooperação planejada e o movimento constante da instalação de justiça.
Uma cultura de paz implica no esforço para modificar o pensamento e a ação das pessoas no sentido de promover a paz. Falar de violência e de como ela nos assola, deixa de ser a temática principal. Não que ela vá ser esquecida ou abafada; ela pertence ao nosso dia-a-dia e temos consciência disto. Porém, o sentido do discurso, a ideologia que o alimenta, precisa impregná-lo de palavras e conceitos que anunciem os valores humanos que decantam a paz, que lhe proclamam e promovem. A violência já está bastante denunciada, e quanto mais falamos dela, mais lembramos sua existência em nosso meio social e ambiental. É hora de começarmos a convocar a presença da paz em nós, entre nós, entre nações, entre povos.
DESENVOLVIMENTO DA AULA:
1º Momento – REFLEXÃO INDIVIDUAL 
Parte 1 
 Fazer uma breve introdução sobre a cultura de paz junto com os alunos 
 Distribuir o texto “Paz como se faz?” 
 Pedir para que cada aluno faça uma leitura silenciosa sobre o texto 
 Pedir para que definam o que entendeu por cultura de paz. 
Parte 2 
 Após a reflexão pedir para que procurem no jornal ou revista: 
a) Uma situação em que prevalece a cultura de paz; 
b) Uma situação em que prevalece a cultura de violência. 
 Após a pesquisa, questionar se foi mais fácil encontrar matérias de cultura de paz ou de cultura de violência. 
Parte 3 
 Solicitar que, olhem para si mesmos ao pensar sobre as seguintes questões: 
a) Como você tem vivido a cultura de paz? 
b) Geralmente suas atitudes são inspiradas por essa filosofia? 
c) Na escola quando você age e quando você não age de acordo com a cultura de paz? 
d) Na escola e na sua casa como você pode contribuir para que as pessoas a sua volta possam agir de acordo com a cultura de paz? 
2º Momento – INSPIRAÇÃO E DESENHO 
 Selecionar algumas músicas dos mais variados ritmos e tendências que abordem a temática. Por exemplo: É preciso saber viver – Titãs; A paz – Gilberto Gil; Para ser humano – Zeca Pagodinho; Imagine – John Lennon; Pela paz a gente berra – Gabriel o Pensador; Perfeição – Legião Urbana; Hey Joe – O Rappa; Paz interior – RZO (se quiser polemizar); 
 Colocar numa ordem que fique fácil o desenvolvimento da atividade 
 Cada participante deverá ter em mãos uma folha para desenho e lápis preto 
 Pedir para que cada aluno coloque no centro da folha um ponto 
 Entregar a relação das músicas para cada um (apenas os títulos) 
 Avisar que os alunos deverão escolher apenas duas músicas para se inspirar, mesmo que não as conheça. 
 Ao ouvir a música escolhida, fazer um desenho sem preocupação com forma, é importante a espontaneidade e inspiração, o lápis deve correr livremente. 
 Quando a música terminar fazer um retângulo sobre o desenho e escrever um trecho da música que mais expressa à cultura de paz. 
 Proceder à mesma coisa com as outras músicas escolhidas. 
 Ao término deste passo cada participante deverá ter em mãos um desenho abstrato com duas músicas e trechos selecionados. 
3º momento – MATERIALIZAÇÃO DA INSPIRAÇÃO 
 Após ter feito o desenho abstrato, o aluno deverá dar forma a sua obra, usar lápis de cor, giz de cera, tinta, recorte, colagem, etc. 
 Escolher uma parte do texto “Paz como se faz?” que se identifica com o seu desenho e explicar por quê. 
4º Momento – EXPLICAÇÃO E APRESENTAÇÃO DA OBRA
 Cada participante deverá ter em mãos os momentos anteriores (adequado o professor guardar os materiais e distribuir nesse momento) 
 O participante deve identificar na obra que foi desenvolvida: 
a) O título da dinâmica, que é também o de sua obra – “A cultura de paz através da arte” 
b) Apresentação: 
- Os alunos colocam as obras produzidas no centro de um grande círculo; 
- Em silêncio fazer uma caminhada em torno das obras; 
- Pedir para que os alunos apresentem uma conclusão que expresse como foi falar sobre o que é cultura de paz através de uma obra artística 
- Ao término das apresentações, fazer uma mostra com as obras.
5º Momento – AVALIAÇÃO 
 Pedir para os alunos compartilharem os melhores momentos do projeto. 
 Incentivar para que digam qual foi a principal mudança interna e no grupo
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DO PROJETO
- Paz como se faz? Semeando cultura de paz nas escolas. Disponível em: http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001308/130851por.pdf Acessado em: 24 de maio de 2016
- A arte de viver em paz. Disponível em: http://pierreweil.pro.br/1/Livros/Portugues/on%20line/A%20Arte%20de%20Viver%20em%20Paz.pdf Acessado em: 24 de maio de 2016
- VON, Cristina. Cultura de paz: o que os indivíduos, grupos, escolas, e organizações podem fazer pela paz no mundo. São Paulo: Peirópolis, 2003.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
		Após as observações da turma do 1º seguimento da modalidade EJA foi possível notar que existem aspectos individuais que perpassam as experiências dos estudantes acerca da aprendizagem, quanto ao futuro e dos motivos que fizeram estas pessoas a retomarem aos estudos. 
A EJA é uma das grandes conquistas da Educação Brasileira, pois é capaz de adequar, de forma satisfatória, as necessidades das pessoas e as necessidades da sociedade, que precisa de mão de obra, cada vez mais qualificada, de forma a garantir o direito de aprender a todas e todos.
		Durante as observações, podemos compreender as expectativas de aprendizagem em cada aluno da turma observada e que o colégio busca alcançar os componentes essenciais para a formação de cidadãos críticos, participativos, dinâmicos, criativos e autônomos, implícitos nas Diretrizes Curriculares do Distrito Federal, e refletidos no Projeto Pedagógico da Escola Classe 17. 
		Ao terminar o estágio pude perceber aspectos de grande relevância para a minha formação enquanto estudante do Curso de Pedagogia que poderei se for preciso também desenvolver minhas práticas nessa modalidade de ensino, tão cheia de particularidades, percebi também a importância de um trabalho com projeto, no entanto esse projeto tem que ser significativo, onde possa perceber que ele está para essa classe, desfavorecida historicamente, e que precisa ter suas estruturas restabelecidas com dignidade e respeito. Não cabe mais, olharmos para uma modalidade de ensino pensando em ensinar a silabar palavras soltas, onde não atribuía valor social, cultural.7
 A classe de Educação de Jovens e Adultos tem que ser respeitada e honrada principalmente por ter em seu corpo pessoas idosas, trabalhadores desfavorecidos em outrora por algum motivo social, familiar ou financeiro que desestruturou o caminhar na escola desses cidadãos, essa defasagem precisa ser corrigida, amenizada, reestruturada de alguma forma ou maneira, no entanto não da mais para ensinar nessa modalidade que Eva viu a uva. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho (FREIRE, 1991, P 18). A EJA requer estratégias diferentes,pois o objetivo da proposta pedagógica para esta modalidade de ensino, parte do princípio de que a construção de uma educação básica para jovens e adultos - voltada para a cidadania - não se resolve apenas garantindo oferta de vagas, mas proporcionando ensino comprometido com a qualidade, ministrado por professores capazes de incorporar ao seu trabalho os avanços das pesquisas nas diferentes áreas do conhecimento e de estar atentos às dinâmicas sociais e suas implicações no âmbito escolar. 
Finalizando, concluo que o Estágio Supervisionado da Educação Básica para jovens e adultos na Escola Classe 17 de Sobradinho, assim como o Estágio Supervisionado da Educação Infantil e Séries Iniciais da Educação Básica na educação especial, este também foi um período de muito desgaste, porém de muito mais aprendizado. Uma experiência efetivamente enriquecedora.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Brasília: MEC/SEF, 1996. 
BRASÍLIA. Secretaria de Estado e Educação do Distrito Federal. Projeto Político Pedagógico, da Escola Classe 17.
DEWEY, Jonh. Vida e Educação. Tradução Anísio S. Teixeira. 6. ed. São Paulo: Melhoramentos. 1967.
DISKIN, Lia & ROISMAN, Laura Gorresio. Paz como se faz? Semeando cultura de paz nas escolas. Rio de Janeiro: Governo do Estado do Rio de Janeiro, UNESCO, Associação Palas Athena, 2002. Disponível em: http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001308/130851por.pdf. Acessado em 24 de maio de 2016
HERNÁNDEZ, Fernando. Transgressão e mudança na educação. Porto Alegre: ArtMed, 1998.
MACHADO, Maria Margarida. Educação de Jovens e Adultos. Brasília: MEC/INEP, 2009 (Em Aberto v. 22 n. 82). Disponível em http://www.emaberto.gov.br. Acessado em 08 de junho de 2016
Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para o ensino médio. Brasília: MEC/SEF, 1998. Volume 1, 2 e 3.
VON, Cristina. Cultura de paz: o que os indivíduos, grupos, escolas, e organizações podem fazer pela paz no mundo. São Paulo: Peirópolis, 2003.
WEIL, Pierre A arte de viver em paz : por uma nova consciência, por uma nova educação. São Paulo : Editora Gente, 1993. Disponível em: http://pierreweil.pro.br/1/Livros/Portugues/on%20line/A%20Arte%20de%20Viver%20em%20Paz.pdf Acessado em 24 de maio de 2016

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