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Análise Econômico-financeira de uma franquia

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF 
FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE CURSO DE GRADUAÇÃO EM 
CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
Rafael Lemos de Souza Seroa 
 
ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA DE UMA 
FRANQUIA DO RAMO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS 
SITUADA NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO 
Orientador: Solange de Oliveira Roza da Cruz. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elaborada pela Biblioteca de Administração e Ciências Contábeis (BAC) da 
SDC/UFF com os dados fornecidos pelo (a) autor (a). 
1. Viabilidade econômico-financeira. 2. Tomada de 
decisão. 3. Contabilidade. 3. Estudo de caso. I. Cruz, Solange 
de Oliveira Roza da, orient. II. Universidade Federal 
Fluminense, Faculdade de Administração e Ciências 
Contábeis. III. Título. 
CDD 658.5 
Seroa, Rafael Lemos de Souza 
Análise econômico-financeira de uma franquia do ramo 
de produtos alimentícios situada na cidade do Rio de Janeiro / 
Rafael Lemos de Souza Seroa. – Niterói, 2017. 
39 f. 
Trabalho de Conclusão de Curso (Ciências 
Contábeis) – Universidade Federal Fluminense, 
Faculdade de Administração e Ciências Contábeis, 
Niterói, 2017. 
Orientador: Solange de Oliveira Roza da Cruz, Dsc. 
S 486 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF 
FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA DE UMA FRANQUIA DO RAMO DE 
PRODUTOS ALIMENTÍCIOS SITUADA NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO 
 
 
MONOGRAFIA APRESENTADA POR 
Rafael Lemos de Souza Seroa 
 
 
 
 
 
APROVADA EM: 
PELA COMISSÃO EXAMINADORA 
 
 
Prof. Solange de Oliveira Roza da Cruz – Orientadora 
 
 
Prof. Cintia de Melo de Albuquerque Ribeiro, Msc 
 
 
Prof. Melissa Christina Corrêa de Moraes, Msc 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho a minha família e, 
principalmente à minha mãe, por todo 
esforço e dedicação para que eu pudesse, 
hoje, concluir mais esta etapa. 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Em primeiro lugar, o agradecimento será direcionado a Deus, Alá, Buda, Mãe Natureza ou qualquer 
nomenclatura que esta suprema força que rege o universo venha a ter. Pois o mesmo que me dá forças, 
todos os dias, para levantar e encarar a vida. 
 
Em segundo lugar, agradecer à minha mãe, que foi a pessoa quem me criou sozinha, que trabalhou 
mais de 12h diárias para que eu tivesse uma boa educação e dedicou boa parte de sua vida somente a 
cuidar de mim, para que eu nunca passasse por nenhum tipo de necessidade. Todo meu esforço é 
apenas para enchê-la de orgulho e compensar todo o sacrifício feito por mim. Ah, e obrigado por 
nunca reclamar de ter feito tudo isso. 
 
Em terceiro lugar, agradeço aos meus amigos, que tiveram uma paciência invejável para lidar comigo, 
pois eu sei o quanto posso ser, digamos que intenso. Meus agradecimentos aqui serão para a Ingrid 
Figueiredo, que foi uma mãe no início da minha graduação e uma amiga sem igual, lá em Volta 
Redonda, assim como para à Juliana Ferreira, que foi minha psicóloga e confidente, à Bruna Ferreira, 
por me aguentar nas caronas, nas aulas e na vida, assim como ao Alexandre Silva, Diego Esteves, 
Edmarlon Viana, Jonathas Abreu e Renato Magalhães, por aguentarem as minhas ignorâncias. 
Obrigado, amigos! 
 
Agradeço também a minha orientadora Solange Roza, pela paciência, interesse, competência, 
pontualidade e companheirismo neste processo desgastante e tenso, que é o trabalho de fim de curso. 
 
Agradeço também o apoio dos meus familiares, por nunca julgarem, apesar de se surpreenderem 
sempre que digo que quero tentar algo novo, mudar de curso, de instituição, cidade. Obrigado por 
aguentarem a metamorfose ambulante que sou. 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
O trabalho em questão trata de um estudo de viabilidade econômico-financeiro elaborado a partir de 
dados obtidos de uma loja da Franquia X, comerciante de produtos naturais e situada na cidade do 
Rio de Janeiro. A princípio, foram coletados dados referentes às receitas, despesas e custos, a fim de 
verificar volume de receita e volume de despesas e custos, para que fosse possível utilizar as 
ferramentas básicas de análise financeira e calcular o ponto de equilíbrio e fazer projeções para os 
próximos 3 anos. Entretanto, como a loja está operando há menos de um ano, os dados reais obtidos 
foram apenas dos seis primeiros meses, sendo necessárias algumas adaptações e projeções para os 
seis meses seguintes, de modo a completar um ano civil. 
 
Dando continuidade ao projeto, para alcançar o objetivo proposto, foram apresentados os dados 
referentes aos custos e despesas fixas e variáveis, custo de implementação, Demonstração do 
Resultado do Exercício (DRE) do primeiro ano e o Fluxo de Caixa (FC) do primeiro, segundo e 
terceiro anos projetados. 
 
A partir disto, foram utilizadas, também, ferramentas de auxílio à tomada de decisão, com Valor 
Presente Líquido (VPL) e Taxa Interna de Retorno (TIR). E, a fim de identificar o período de tempo 
necessário para que as entradas de caixa fossem suficientes para cobrir a saída de caixa inicial, 
também foi feito o cálculo do Payback. 
 
Palavras-chave: Viabilidade econômico-financeira; Valor Presente Líquido (VPL); Taxa Interna de 
Retorno (TIR); Payback. 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The work in question is an economic-financial viability study, based on figure obtained from a X 
Franchise, a natural products dealer located in the city of Rio de Janeiro. At first, figure on financial 
income, expenses and costs were collected in order to verify the volume of income and volume of 
expenses and costs, so that it was possible to use the basic financial analysis tools and calculate the 
break-even point and make projections for the civil year, since the store has been operating for less 
than a year and the figure obtained was for the first six months, some adjustments and projections 
were necessary for the next six months, so that it would complete a calendar year. 
Continuing the project, the data on fixed and variable costs and expenses, implementation cost, 
Statement of Income for the first year and Cash Flow (FC) of the first, second and third year projected. 
From this, decision support tools were also used, with Net Present Value (NPV) and Internal Rate of 
Return (IRR). And in order to identify the time required for the revenue to be sufficient to recover 
the initial cost, we also present the Payback calculation. 
 
Key Words: Economic and Financial Viability; Net Present Value (NPV); Internal Rate of Return 
(IRR); Payback. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
 
 
C.F. – Custo Fixo 
Ct. – Custo Total 
C.V. – Custo Variável 
CMV – Custo da Mercadoria Vendida 
DRE – Demonstração do Resultado do Exercício 
F.C. – Fluxo de Caixa 
I.I. – Investimento Inicial 
TIR – Taxa Interna de Retorno 
VPL – Valor Presente Líquido 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
Figura 1: Investimento inicial segundo franqueador .................................................................12 
Figura 2: Investimento inicial segundo franqueado ..................................................................14 
Figura 3: Despesas Fixas ..........................................................................................................16 
Figura 4: Custos Fixos ..............................................................................................................16Figura 5: Custos Variáveis ........................................................................................................17 
Figura 6: Despesas Variáveis ....................................................................................................18 
Figura 7: Gráfico de Tendência Linear......................................................................................19 
Figura 8: tabela de consolidação de custos e despesas totais, Lucro e Prejuízo .......................20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 1 
1.1 Contextualização ........................................................................................................................ 1 
1.2 Suposição ................................................................................................................................... 2 
1.3 Objetivos da Pesquisa ................................................................................................................ 2 
1.3.1 Objetivo Final ..................................................................................................................... 3 
1.3.2 Objetivos Intermediários ..................................................................................................... 3 
1.4 Delimitação da Pesquisa ............................................................................................................ 4 
1.5 Relevância do Estudo ................................................................................................................. 4 
2. METODOLOGIA .......................................................................................................................... 6 
2.1 Conceito ..................................................................................................................................... 6 
2.2 Metodologia Utilizada ................................................................................................................ 6 
2.3 Limitações do Método ............................................................................................................... 8 
3 REVISÃO TEÓRICA ..................................................................................................................... 9 
3.1. O sistema de franquias .............................................................................................................. 9 
3.2 Planejamento Financeiro .......................................................................................................... 10 
3.2.1 A importância da análise de investimento ........................................................................ 10 
3.2.2 Fluxo de Caixa .................................................................................................................. 10 
3.2.3 Investimento Inicial........................................................................................................... 11 
3.2.4 Técnicas de orçamento de capital ..................................................................................... 12 
4 PLANO DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA .................................................. 16 
4.1 Investimento Inicial.................................................................................................................. 16 
4.2 Ajustes e projeções dos dados obtidos ..................................................................................... 19 
4.3 Despesas Fixas ......................................................................................................................... 20 
4.4 Custos Fixos ............................................................................................................................. 21 
4.5 Custos Variáveis ...................................................................................................................... 22 
4.6 Despesas Variáveis .................................................................................................................. 22 
4.6.1 Custos e Despesas a partir das projeções .......................................................................... 23 
4.7 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) .................................................................... 24 
4.8 Possíveis Cenários.................................................................................................................... 25 
5 CENÁRIOS POSSÍVEIS .............................................................................................................. 27 
5.1. Cenário 1 ................................................................................................................................. 27 
5.1.1 Ano 1 ................................................................................................................................. 27 
5.1.2 Ano 2 ................................................................................................................................. 27 
 
 
5.1.2 Ano 3 ................................................................................................................................. 28 
5.2 Cenário 2 .................................................................................................................................. 29 
5.2.1 Ano 1 ................................................................................................................................. 29 
5.2.2 Ano 2 ................................................................................................................................. 30 
5.2.3 Ano 3 ................................................................................................................................. 31 
5.3 Cenário 3 .................................................................................................................................. 31 
5.3.1 Ano 1 ................................................................................................................................. 31 
5.3.2 Ano 2 ................................................................................................................................. 32 
5.3.3 Ano 3 ................................................................................................................................. 32 
6 MÉTODOS DE ORÇAMENTO DE CAPITAL ........................................................................ 34 
6.1 Fluxos de Caixa (FC) ............................................................................................................... 34 
6.2 Payback .................................................................................................................................... 35 
6.3 Valor Presente Líquido (VPL) ................................................................................................. 36 
6.4 Taxa Interna de Retorno (TIR) ................................................................................................. 36 
7. CONCLUSÕES ............................................................................................................................ 37 
8. REFERÊNCIAS ........................................................................................................................... 38 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
1.1 Contextualização 
 
É muito comum, hoje em dia, nos depararmos com lojas de modelos idênticos, assim como 
marca, cores e métodos, seja ele comércio de perfumes, fast-food ou produtos naturais, por 
exemplo. Este método, como já se sabe, mesmo não demandando elevado grau de instrução, é 
conhecido como Sistema de Franquias ou Franchising. 
 
Esta éuma forma que o detentor da marca ou patente (franqueador) utiliza para expandir seu 
negócio, concedendo, por meio de contrato, que terceiros (franqueado) façam uso de sua marca 
ou patente, recebendo por isso, uma taxa inicial de franquia, que varia de acordo com a 
popularidade da marca no mercado e permite ao franqueado utilizar-se deste sistema e marca 
específico (SEBRAE, 2016). 
 
Existe, também, a Taxa de Royalties que, segundo a Lei de Franquia Brasileira (Lei 8.955/94), 
os royalties no contrato de franquia são definidos como sendo a “remuneração periódica pelo 
uso do sistema, da marca ou em troca dos serviços efetivamente prestados pelo franqueador ao 
franqueado”. Esta lei não especifica quais os tipos de royalties podem ser cobrados, porém diz 
que, no momento da oferta, o contrato ou circular deve conter informações explícitas a respeito 
destas taxas periódicas (ABF, 2014). 
 
Existe um setor em crescimento exponencial no Brasil, que é o setor de alimentos ligado à saúde 
e bem-estar, que segundo o SEBRAE, cresceu 98% de 2009 a 2014, movimentando um 
montante superior a US$35 bilhões por ano no Brasil (SEBRAE, 2017). Logo, a partir destas 
informações, inicia-se o estudo a respeito de uma franquia do ramo alimentício, voltado ao 
público consumidor de produtos naturais, baseada na cidade do Rio de Janeiro. 
 
Este estudo analisa, utilizando-se dos índices financeiros tradicionais, baseado nos dados 
fornecidos pelo proprietário da franquia, a viabilidade econômico-financeira da empresa. 
Verifica se a mesma possui o potencial necessário para recuperar o seu investimento inicial, 
através do cálculo do período de payback, que, segundo Gitman (2010, p. 366) é o período de 
tempo que a empresa leva para começar a recuperar seu investimento inicial, complementando 
2 
 
com uma projeção de fluxo de caixa, para identificar a diferença da quantidade de dinheiro que 
entra e da quantidade de dinheiro que sai, de acordo com Ross et al. (2013, p. 37). Também são 
calculados o Valor Presente Líquido, para auxiliar na diferenciação entre valor de mercado do 
investimento e seu custo e a Taxa Interna de Retorno, que é uma taxa implícita que resume os 
méritos de um projeto, segundo Gitman (2010). Através destes cálculos, foram considerados 
três cenários: pessimista, mais provável e otimista, para que se possa antever os possíveis 
resultados do negócio. 
 
Os resultados obtidos expressam a realidade financeira da empresa, com intuito de auxiliar o 
franqueado a identificar a viabilidade do seu negócio, auxiliando-o também, na avaliação da 
possibilidade de abertura de uma segunda loja. 
 
Com base no exposto, o problema desta pesquisa consiste em responder as seguintes questões: 
este negócio é viável, financeiramente falando e, com bases nestes dados, é interessante a 
abertura de uma nova loja? 
 
 
1.2 Suposição 
 
Supõe-se que através de uma análise por índices, a administração seja capaz de identificar a 
viabilidade financeira da loja em questão, analisar sua rentabilidade e o quão lucrativo a 
empresa pode, ou não, ser, para que possa ter uma base palpável para verificar as condições da 
abertura de uma segunda loja. 
 
 
1.3 Objetivos da Pesquisa 
 
Segundo Vergara “se o problema é uma questão a investigar, objetivo é um resultado a alcançar. 
O objetivo final, se alcançado, dá resposta ao problema. Objetivos intermediários são aqueles 
cujo atingimento depende o alcance do objetivo final”. (VERGARA, 2000). 
 
Gil define a pesquisa como principal meio de descobrir as respostas para problemas, utilizando-
se de procedimentos científicos. (GIL, 2008). 
3 
 
Já Marconi e Lakatos tratam métodos de pesquisa como “conjunto de atividades sistemáticas e 
racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo, [...] traçando o 
caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando decisões do cientista.” (MARCONI e 
LAKATOS, 2003). 
 
Por fim, podemos dizer que os objetivos são um percurso que aponta diretamente para os 
resultados almejados, e assim podemos definir que os objetivos apontam para os resultados que 
se pretendem atingir ao final da pesquisa. 
 
 
1.3.1 Objetivo Final 
 
O objetivo final desta monografia consiste em verificar a viabilidade econômico-financeira da 
franquia no mercado atual através de índices tradicionais de análise financeira e identificar, 
através dos cálculos por índices, a possibilidade de abertura de uma segunda loja 
 
 
1.3.2 Objetivos Intermediários 
 
• Consolidar e analisar os dados da franqueada junto à contabilidade, a fim de 
verificar quais índices financeiros serão calculados; 
 
• Realizar dos cálculos necessários para justificar a posição da empresa no 
mercado; 
 
• Apresentar, com base nos cálculos, cenários pessimista, mais provável e 
otimista; 
 
• Identificar se é viável a abertura de uma segunda loja; 
 
 
 
4 
 
1.4 Delimitação da Pesquisa 
 
Segundo Prondanov e Freitas, “delimitar o assunto significa selecionar um tópico ou a parte 
dele que desperta maior interesse por parte do pesquisador, como também da comunidade 
acadêmica e profissional, indicando assim sob que ponto de vista o assunto que será focalizado. 
” (PRODANOV e FREITAS, 2013) 
 
Já, de acordo com Alyrio, como não podemos falar sobre todo o assunto, devemos estabelecer 
um limite, ou seja, você delimita o assunto específico, o qual será base do seu trabalho. 
(ALYRIO, 2009). 
 
Desta forma, tem-se que este trabalho baseou-se em construir cenários possíveis com intuito de 
fornecer dados suficientes para os cálculos a partir das ferramentas básicas de análise financeira, 
como a TIR, o VPL e o Payback, a fim de analisar a viabilidade do negócio. 
 
 
1.5 Relevância do Estudo 
 
Um estudo torna-se relevante, em termos científicos, de acordo com Prodanov e Freitas, quando 
o estudo proporciona novos conhecimentos à área, e em termos práticos, quando a pesquisa em 
questão traz benefícios à humanidade, campo de estudo, etc. (PRODANOV e FREITAS, 2013) 
 
Já a professora Vergara (2000) conceitua relevância do estudo como resposta do autor as 
indagações do leitor, justificando a importância do presente estudo. (VERGARA, 2000) E, 
conforme Beuren (2006), relevância é “a importância científica do tema e a contribuição do 
trabalho monográfico para esclarecimento ou enriquecimento do assunto”. (BEUREN, 2006) 
 
A escolha deste tema está diretamente relacionada com a área de maior afinidade do 
pesquisador, enriquecendo seus conhecimentos e auxiliando-o em seu desenvolvimento 
profissional. 
 
Outro fato relevante a ser mencionado é a ausência de conhecimento por parte de muitos 
empresários, que abrem seu negócio, muitas vezes por impulso, sem nenhum tipo de auxílio de 
ferramentas de análise e, por isso, a taxa de mortalidade de novos empreendimentos, embora 
5 
 
venha diminuindo nos últimos anos, ainda é significativa. Mais especificamente, segundos 
dados do SEBRAE (2016), a taxa de sobrevivência das microempresas (ME) vem decrescendo, 
porém, quando incluído nas pesquisas o microempresário individual (MEI), esta taxa de 
sobrevivência se eleva para 77%, nos dados colhidos até 2012. 
 
Apresentado estes fatos, este trabalho, mesmo sendo um estudo de uma empresa específica, 
busca demonstrar a importância de um estudo de viabilidade e retorno do investimento inicial, 
para que se possa identificar, principalmente antes de tomar a decisão efetiva de abrir um 
negócio, se este será rentável ou não. 
 
6 
 
2. METODOLOGIA 
 
2.1 Conceito 
 
Metodologia, na origem do termo, que significa “estudo dos caminhos”,segundo Lakatos e 
Marconi (2003), caracteriza-se pelo “conjunto de atividades sistemáticas e racionais que 
permite alcançar o objetivo, traçando o caminho a ser seguido (...)” (LAKATOS; MARCONI. 
2003, p 83). 
 
A respeito da metodologia científica, HABERMAS (1981) apud diz que “só pode ser respeitado 
como científico aquilo que se mantiver discutível” (apud DEMO. 1995, p. 14). Já Prodanov e 
Freitas (2013) trata metodologia como “aplicação de procedimentos e técnicas que devem ser 
observadas para construção do conhecimento, com o propósito de comprovar sua validade e 
utilidade nos diversos âmbitos da sociedade”. (PRODANOV; FREITAS. 2013, p. 14). 
 
 
2.2 Metodologia Utilizada 
 
Buscando alcançar os objetivos planejados, a metodologia utilizada foi uma análise 
comparativa, que segundo Prondanov e Freitas (2013) “ocupa-se da explicação dos fenômenos 
e permite analisar o dado concreto (PRONDANOV; FREITAS. 2013, p. 38), de teor 
quantitativo, visto que, de acordo com Collins e Hussey (2005), o método quantitativo trata de 
coletar e analisar dados numéricos. (COLLINS; HUSSEY; 2005). 
 
Utilizando-se das palavras de Prondanov e Freitas (2013) para auxiliar na explicação da 
pesquisa quantitativa, eles dizem que este tipo de pesquisa visa “traduzir em números opiniões 
e informações para classificá-las e analisá-las. ” E utilizam-se de dados estatísticos como centro 
do processo de análise de um problema. (PRONDANOV; FREITAS. 2013, p. 70). 
 
Através da análise por índices, foi possível realizar uma análise descritiva, demonstrando a 
realidade financeira da empresa. Segundo Gil (2008) mudanças quantitativas graduais geram 
mudanças qualitativas. Foi realizada, em conjunto com a análise descritiva, a pesquisa analítica, 
7 
 
uma vez que a característica deste tipo de pesquisa é, como diz Collins e Hussey (2005) 
“entender fenômenos, descobrindo e mensurando relações casuais entre eles”. 
 
Os dados foram coletados através do método de triangulação de dados, que, segundo Vergara 
(2005) trata-se da aquisição de dados a partir de diversas fontes, como a aquisição através, 
diretamente, da contabilidade e também da empresa objeto do estudo. 
 
Um aspecto que faz com que o método de estudo de casos seja ideal para este projeto é, segundo 
Collins e Hussey (2005) a reunião de informações detalhadas sobre uma organização, levando 
em consideração, diversas variáveis, pois como o estudo será feito em cima de análise por 
índices, serão levados em consideração os custos, receitas, entre outras. 
 
Na primeira etapa do trabalho foram coletados os dados iniciais, como balanços, balancetes, 
relatórios de custos, despesas e receitas da empresa e a coleta de dados referentes aos custos de 
implantação da empresa, assim como custos para legalização, entre outros, que possam não 
constar nos relatórios da contabilidade. 
 
No segundo momento, iniciam-se os cálculos das projeções das receitas para o segundo 
semestre do ano civil, realizado através do método de linha de tendência linear. Com as receitas 
projetadas, foi possível calcular as despesas e custos variáveis, onde foi identificada a proporção 
do custo variável sobre a receita, assim como das despesas variáveis sobre a receita, e a média 
destes valores obtidos foram utilizadas como base para a projeção dos custos e das despesas 
variáveis do segundo semestre (semestre projetado). Porém, houve um contratempo com um 
dado não contabilizado pelo setor responsável da loja, que foi o Custo das Mercadorias 
Vendidas (CMV). Este dado foi apresentado somente em referência aos meses de abril e maio 
de 2017 e, por este motivo, a média foi feita em cima destes meses e projetadas a frente. 
 
Na terceira etapa foram criados os três possíveis cenários com projeções de três anos, cada, 
levando em consideração a variante CMV. 
 
Na quarta etapa calculam-se os principais índices utilizados para análise de investimentos, 
como Payback, Valor Presente Líquido (VPL) e Taxa Interna de Retorno (TIR) baseado em 
cada cenário apresentado. 
 
8 
 
A quinta etapa foi a conclusão, baseada nos resultados obtidos na etapa anterior, analisando 
seus resultados. 
 
 
2.3 Limitações do Método 
 
Vergara (2000) diz que todos os métodos têm suas possibilidades e limitações, porém que ainda 
assim se justificam como o mais adequado aos objetivos da investigação. (VERGARA, 2000). 
 
A maior limitação para o método utilizado neste trabalho, pode-se dizer com certeza, é que, 
para realização dos cálculos, ficou-se limitado aos dados apresentados pela empresa, baseando-
se completamente nos documentos e informações apresentadas por estas, juntamente com a 
empresa responsável pela parte contábil. E, também, a empresa opera há apenas seis meses, o 
que dificulta uma projeção anual e, por isso a projeções deu-se através do método de linha de 
tendência linear. 
 
Outra limitação que dificultou a verificação de subestimação dos custos ou superestimação das 
receitas foi a falta de contabilização do CMV, por isso este item foi utilizado como fator 
variável. Pois, supor um valor aleatório pode ser um risco ao final do projeto, por apresentar 
dados muito distantes da realidade do negócio e passar uma ideia completamente equivocada 
sobre a viabilidade do negócio. Esta variável de ajuste interfere diretamente na subestimação 
dos custos variáveis e da receita. O ajuste deste dado nos permite identificar, em três possíveis 
cenários, qual a porcentagem adequada de CMV para que a empresa recupere o seu 
investimento inicial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
3 REVISÃO TEÓRICA 
 
3.1. O sistema de franquias 
 
Também chamado de Franchising, este é um sistema utilizado atualmente no mercado, 
principalmente do ramo alimentício e perfumarias (que é mais comumente visto), que vem 
ganhando força e crescendo amplamente no país. Segundo a ABF, o crescimento foi de 8,3% 
em 2016, com um faturamento superior a R$151.240 bilhões (ABF, 2017). Uma forma rentável 
que as empresas utilizam para expandir sua marca, e um modelo onde, conforme explica o 
SEBRAE, o proprietário da marca ou patente, também conhecido como franqueador, concede, 
através de contrato, que terceiros utilizem sua marca e modelo de negócio, gerando uma receita 
logo na assinatura do pré-contrato ou contrato, chamada de Taxa de Franquia. (SEBRAE, 2016) 
 
Após a assinatura do contrato, de acordo com a SEBRAE, o franqueado deve receber a 
orientação necessária para instalação e operação da unidade, assim como consultoria a respeito 
da estrutura da loja, dos processos e administração, sem que seja caracterizado vínculo 
empregatício. A assessoria visa manter na franqueada, padrão idêntico ao da matriz, que é a 
principal característica deste sistema. (SEBRAE, 2016). 
Pesquisas de Desempenho do setor em 2016, realizada pela ABF, mostram como o setor de 
franchising brasileiro se manteve durante o atual cenário econômico do país. A pesquisa aponta 
um total de 142.593 unidades e 1.192.495 de empregos diretos. (ABF, 2017). 
 
Em resumo, o sistema de franquias é um modelo de negócios, onde o portador da marca ou 
patente (franqueador) expande seu negócio, concedendo a terceiros, mediante um aporte 
financeiro e uma taxa mensal de royalties, o direito de utilizar sua marca ou patente e também 
de exploração comercial do que tiver sido desenvolvido ou testado por ela. (SEBRAE, 2016). 
 
 
 
 
 
 
10 
 
3.2 Planejamento Financeiro 
 
3.2.1 A importância da análise de investimento 
 
Sabe-se que, toda e qualquer pessoa que pense em ter seu próprio negócio, deverá investir de 
alguma forma uma quantia, seja para aquisiçãode matéria-prima para iniciar um negócio 
caseiro ou, neste caso, um aporte financeiro, caso seja uma franquia (chamado de taxa de 
franquia). 
 
Quando se investe em algo, a primeira coisa que se pergunta é: o que vou receber por isso e 
quando? 
 
De acordo com ASSAF e LIMA (2014), esses métodos de análises podem ser classificados em 
dois grupos: “os que levam em conta o valor do dinheiro no tempo e os que consideram essa 
variação por meio do critério do fluxo de caixa descontado” (ASSAF; LIMA. 2014. p, 394). 
 
Utilizando a definição de Assaf e Lima (2014) acima, pode-se dizer que, para responder a esta 
pergunta com certo grau de confiabilidade, foi necessário aplicar o cálculo de alguns índices 
para que fosse possível, então, analisar se a transação era viável ou não para o investidor. 
Procura-se estimar o período de tempo necessário para que a empresa recupere todo capital 
investido, conhecido como Payback, o valor do dinheiro no tempo, conhecido como Valor 
Presente Líquido (VPL) e a taxa da diferença entre o valor do investimento inicial e o valor 
final, chamada de Taxa Interna de Retorno (TIR), de acordo com Gitman (2010). 
 
 
3.2.2 Fluxo de Caixa 
 
O Fluxo de Caixa, de acordo com Ross et al. (2013) “é a diferença entre a quantidade de 
dinheiro que entrou e a quantidade que saiu. (ROSS et al. 2013, p. 37). Gitman (2010, p. 95) 
informa que esta é uma importante ferramenta na tomada de decisões e planejamento, e que é 
o principal foco dos gestores financeiros. Cabe frisar que existe uma demonstração financeira 
chamada de demonstração de fluxos de caixa, mas que, como explica Ross et al. (2013, p. 37) 
11 
 
não deve ser confundida com Fluxo de Caixa, que é “uma certa flexibilidade para mostrar as 
fontes e os usos do caixa em uma demonstração financeira” (Ross et al., 2013, p. 55). 
De acordo com Puccini (2011), “Fluxo de caixa é uma sucessão temporal de entradas e de saídas 
de dinheiro no caixa de uma entidade. (PUCCINI, 2011. P, 20). Gitman (2010) expõe um fator 
que afeta o fluxo de caixa: a depreciação e demais despesas não desembolsáveis, o que, no caso 
deste trabalho, não se aplica, pelo fato de a empresa não possuir maquinário e nem possuir 
dados a respeito de depreciação. 
 
As saídas de caixa são classificadas como custos e despesas e, no que diz respeito a custo, 
segundo a NPC 02 do IBRACON (1999): 
 
“Custo é a soma dos gastos incorridos e necessários para a aquisição, conversão e 
outros procedimentos necessários para trazer os estoques à sua condição e localização 
atuais, e compreende todos os gastos incorridos na sua aquisição ou produção, de 
modo a colocá-los em condições de serem vendidos, transformados, utilizados na 
elaboração de produtos ou na prestação de serviços que façam parte do objeto social 
da entidade, ou realizados de qualquer outra forma. ” 
 
A respeito de despesa, de acordo com NPC 14 (2011), “Despesa é saída ou decréscimo de 
recursos econômicos durante o período, que ocorre no curso das atividades ordinárias de uma 
empresa, excluídas as reduções patrimoniais decorrentes de pagamento de recursos efetuados 
aos proprietários, acionistas ou cotistas. ” 
 
 
3.2.3 Investimento Inicial 
 
Segundo Gitman (2010), investimento inicial é “uma referência às saídas de caixa relevantes a 
serem consideradas na avaliação de um possível investimento de capital. ” (GITMAN, 2010. p, 
334). Gitman também diz que, se o novo ativo não está substituindo nenhum ativo antigo, o 
valor de compra ou aquisição, ajustados às variações do capital de giro líquido é o valor do 
investimento inicial (na data zero). (GITMAN, 2010). 
 
O professor Fusco fala sobre o investimento inicial como aquela quantia necessária para que a 
empresa seja criada e comece sua operação, incluindo-se seus custos de instalações, móveis e 
12 
 
equipamentos e capital de giro, dividindo assim, o investimento inicial em Físico e Financeiro. 
(FUSCO, 2016). 
 
Tendo conceituado as ferramentas que compõe um planejamento financeiro e investimento 
inicial, podemos dizer que, no caso de uma franquia, o planejamento se inicia a partir dos 
valores estimados pelo franqueador sobre o quanto deveria ser gasto no período de tempo 
compreendido entre a implantação e funcionamento da loja. 
 
 
3.2.4 Técnicas de orçamento de capital 
 
De acordo com Gitman (2010) as técnicas utilizadas neste trabalho são as mais comuns, 
utilizando procedimentos de valor do dinheiro no tempo, risco e retorno e demais conceitos de 
avaliação, a fim de identificar a situação financeira da empresa e maximizar a riqueza do 
proprietário. 
 
Segundo Ross et al (2013) a técnica de orçamento é utilizada para “analisar os empreendimentos 
potenciais para resolver quais valem a pena. ” (Ross et al. 2013. P, 282) 
 
Groppelli (1998) expõe que estas ferramentas são utilizadas para “avaliar, comparar e 
selecionar projetos que obtenham o máximo de retorno ou a máxima riqueza para os acionistas.” 
(Groppelli, 1998. P, 134) 
 
As técnicas abordadas pelos autores acima citados são os mesmos aplicados a este trabalho: 
 
➢ Valor Presente Líquido (VPL); 
➢ Taxa Interna de Retorno (TIR); 
➢ Payback; 
 
 
 
 
13 
 
3.2.4.1 Valor Presente Líquido (VPL) 
 
De acordo com Gitman (2010), o Valor Presente Líquido (VPL) é uma técnica sofisticada de 
capital e, em resumo, “é o valor do dinheiro no tempo” e é encontrado quando é subtraído do 
valor do investimento inicial, os valores de entradas de caixa, descontando-se a taxa de custo 
de capital. (GITMAN. 2010, p. 369). 
Já Ross et al. (2013) diz que o Valor Presente Líquido (VPL) é “a diferença entre o valor de 
mercado de um investimento e seu custo”. Ross at al. (2013) explica também como analisar se 
certo investimento é viável ou não, através de estimativas, como avaliar o valor de mercado do 
negócio em questão, ou retorno estimado, e a estimativa do custo de implantação. Se a diferença 
for positiva, então o negócio pode valer a pena, tendo sempre em vista que há riscos, visto que 
estas foram estimativas, e não há garantias de que as estimativas estejam corretas. (ROSS et al. 
2013, p. 283) 
 
Podemos conceituar de várias formas o que é o Valor Presente Líquido. Assaf (2014) diz, em 
suma, que o valor presente líquido é identificado pela “diferença entre o valor presente dos 
benefícios líquidos de caixa [...] e o valor presente do investimento. ” (ASSAF. 2014. P, 394). 
 
A fórmula utilizada para o cálculo do valor presente líquido (VPL), utilizada por Brigham e 
Houston, é: 
 
 
 
Que, representado em forma de somatório é: 
 
N 
∑ = 
FCj - CF0 
(1 + i) j 
 
j = 1 
 
 
 
 Em que, segundo Puccini (2011. P, 166) 
14 
 
 
➢ FCj - Fluxos de caixa esperados de entrada de caixa no período j; 
➢ FC0 ou Investimento Inicial - é a saída de caixa (investimento); 
➢ i - é a taxa de atratividade utilizada para atualizar o fluxo de caixa; 
 
Muitas vezes, para fins, inclusive, didáticos, vemos a representação do fluxo de caixa da 
seguinte forma: 
 
 
 
Dito isso, sabe-se que se deve aceitar projetos com VPL maior ou igual a zero e rejeitar os que 
forem negativos, pois o VPL indica a riqueza gerada pelo projeto ou o prejuízo que pode causar, 
caso seu valor seja negativo. (PUCCINI, 2011. P, 167). 
 
 
3.2.4.2 Taxa Interna de Retorno (TIR) 
 
É a taxa que, quando descontada, torna o valor presente líquido nulo, ou seja, é a taxa de juros 
que, em dado momento, iguala os valores atualizados de entrada e saída de caixa. (Puccini. 
2011. P, 168). 
 
A Taxa Interna de Retorno é tida pelos gestores como a alternativamais importante em relação 
ao VPL, diz Ross (2013, p. 294). Diz também que, certa taxa de retorno só é aceitável, de acordo 
com a regra da TIR, se a TIR exigida for maior do que o retorno exigido. Gitman (2010, p. 371) 
dá uma explicação mais objetiva e matemática, dizendo que “a TIR consiste na taxa de desconto 
que faz com que o VPL de uma oportunidade de investimento seja igual a R$ 0 [...]”. Ou seja, 
é a taxa da diferença entre o valor inicialmente investido e o valor final, ao longo de certo 
período de tempo. 
 
A TIR pode ser representada pela seguinte fórmula: 
 
15 
 
 
 
 
Onde, 
➢ FCj - Fluxos de caixa esperados de entrada de caixa no período j; 
➢ i - é a taxa de atratividade utilizada para atualizar o fluxo de caixa; 
➢ j - é o período de tempo onde ocorre a entrada ou saída de capital; 
 
Caso seja necessário demonstrar memória de cálculo, a utilização da fórmula se faz necessária 
para demonstração do resultado da TIR. 
 
 
3.2.4.3 Payback 
 
É, basicamente, de acordo com Gitman (2010) o período de tempo que a empresa leva para 
começar a recuperar seu investimento inicial, sendo preferível os mais curtos, já que isso 
significa que será possível recuperar o investimento em menor prazo. (GITMAN, 2010). 
 
Nas palavras de Brigham e Houston, payback é “o número de anos que se espera ser necessário 
para recuperar o investimento original. ” (BRIGHAM; HOUSTON; 2013, P 381). 
 
Ross et al. (2013) explica que, para um investimento ser aceitável, o interessante é que o período 
de payback seja menor do que o número pré-determinado de anos, ou pode-se dizer também, o 
período máximo aceitável, o que significa que haverá um retorno deste investimento. Caso o 
período de payback seja maior do que o período máximo aceitável, significa que não será 
possível a recuperação do investimento inicial. O cálculo é feito com base no somatório nas 
entradas de caixa, porém é um método falho, pois este cálculo não leva em consideração o valor 
do dinheiro no tempo, o risco e os fluxos de caixa. (ROSS et al. 2013). 
 
A fórmula, normalmente utilizada, é: 
 
16 
 
 
 
Embora esses cálculos possam ser realizados em Excel ou na própria HP 12C, é importante 
saber que é possível realizá-los através de fórmulas. 
 
 
4 PLANO DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA 
 
A partir deste ponto, o objetivo se encontra em pôr em prática o assunto abordado no referencial 
teórico. Com base nos dados fornecidos pelo proprietário da loja, foram realizados cálculos dos 
Fluxos de Caixa do período, VPL, TIR e payback, para que se possa analisar a realidade 
financeira da empresa em questão. Buscar-se-á identificar quando e/ou se a empresa conseguirá 
o retorno de seu investimento inicial e a partir de quando a empresa conseguirá obter lucro. 
Para melhor contextualização, alguns dados são apresentados ao longo do estudo. 
 
 
4.1 Investimento Inicial 
 
Neste ponto do projeto, tem-se como objetivo mostrar o montante utilizado desde a abertura do 
negócio até seu funcionamento. O cálculo baseia-se em todo gasto a partir do momento em que 
foi assinado o contrato de franquia até a abertura das portas da loja, incluindo as despesas pré-
operacionais. 
 
A princípio, a ideia de gastos para abertura da loja, de acordo com estimativas iniciais realizadas 
pelo franqueador, eram de, aproximadamente, R$ 149.000,00, seguindo a tabela abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
Investimento Inicial
Ganho no Período
Payback = 
17 
 
Figura 1: Investimento inicial segundo franqueador 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Proprietário da Franquia “x”. 
 
Porém, ao longo do trabalho, identificou-se que essas estimativas estavam fora da realidade do 
valor de investimento inicial da empresa em questão. Segundo dados fornecidos pelo 
investidor/franqueado, que disponibilizou seus custos de implementação e taxas pagas ao 
franqueador, as despesas para implementação do negócio giraram em torno de R$ 342.794,78, 
discriminada da seguinte forma: 
 
Figura 2: Investimento inicial segundo franqueado 
 
 
 
 
CONTRATAÇÃO DO PONTO
Despesa com Translado para visita de imóveis
Despesa com cartório para assinatura de contrato
Capitalização para substituição de fiador
Seguro de incêndio do imóvel cru
Revisão dos Condicionadores de ar
Revisão dos Portões
SUBTOTAL 57.319,00$ 
300,00$ 
30,00$ 
51.000,00$ 
189,00$ 
2.900,00$ 
2.900,00$ 
57.319,00$ 
ABERTURA DA EMPRESA
Serviços de Contabilidade para a abertura da Empresa
Taxa para constituição da empresa DARJ
Taxa para registro de comércio DARF
Taxa de ICMS JUCERJA
Despesas de cartório
Alvará de funcionamento
Alvará do Corpo de Bombeiros
Licenã de Letreiros
Projeto de Segurança Incêndio
PPRA/PCMSO
SUBTOTAL 4.734,38$ 
40,00$ 
753,08$ 
160,00$ 
140,00$ 
1.500,00$ 
400,00$ 
4.737,38$ 
1.200,00$ 
169,30$ 
21,00$ 
351,00$ 
DESPESAS
1 - Taxa de Franquia
2 - Abertura da Empresa (Contituição Pessoa Jurídica)
3 - Projeto Arquitetônico
4 - Mobiliário, Equipamentos, Obras e Adequações
5 - Estoque Inicial
6 - Outros (uniformes, sacolas)
7 - Marketing de Lançamento
8 - Capital de Giro
40.000,00$ 
4.500,00$ 
5.000,00$ 
ENTRADA EM OPERAÇÃO
10.000,00$ 
*valores estimados para metragem mínima 60m², podendo sofrer variações de acordo com as condições do 
imóvel e negociações de aquisição
VALORES
40.000,00$ 
1.500,00$ 
3.000,00$ 
45.000,00$ 
INVESTIMENTO INICIAL
18 
 
 
 
 
FONTE: Contabilidade da franquia “x” 
ADEQUAÇÃO DA LOJA
Serviço de Engenharia para Reforma
Porcelanato
Material de Construção
Luminárias de LED
Sistema contra fogo (Extintor)
Projeto de segurança Incêndio
Móveis Expositores de Produtos (Italínea)
Dispenser para Granel (Neogranel)
Expositor de Marcas
Leitores, Placas e Adesivos
SUBTOTAL 125.625,24$ 
550,00$ 
1.500,00$ 
50.000,00$ 
31.038,27$ 
4.000,00$ 
12.559,00$ 
125.625,24$ 
12.791,00$ 
4.586,97$ 
4.500,00$ 
4.100,00$ 
APARELHAMENTO DA LOJA
4 Computadores
1 Impressora
2 No-Break
2 Condicionadores de Ar + 2 cortinas de ar
1 Celular Samsung
3 Etiquetadoras de Preços
1 Balança etiquetadora
2 Expositores de bebidas
1 conjunto de andaime para acesso
1 Bebedouro
Sistema CFTV (Câmeras de segurança)
Sistema de Alarmes
Sistema de Telefonia 4 pontos
2 impressoras notas fiscais + 2 leitores cód. De barras
Licença Sistema Linx
Módulo adicional TEF
Licença Pacote Office
Licença Windows
1 escrivaninha, 1 cadeira, 2 roupeiros e 1 cofre
2 conjuntos de mesas com 4 cadeiras1 mesa bristô + 2 banquetas
2 Cadeiras de caixa (op. Caixa)
1 Estante para área de vendas
Armário de Copa
Jogos de pratos
1 cafeteira
SUBTOTAL
280,00$ 
1.080,00$ 
473,00$ 
340,00$ 
130,00$ 
487,00$ 
7.098,12$ 
55.905,13$ 
3.030,00$ 
989,00$ 
1.400,00$ 
1.984,19$ 
5.650,00$ 
700,00$ 
400,00$ 
500,00$ 
2.327,04$ 
1.399,00$ 
120,00$ 
3.107,07$ 
5.565,00$ 
1.046,71$ 
599,00$ 
55.905,13$ 
10.800,00$ 
1.000,00$ 
1.150,00$ 
4.250,00$ 
ESTOQUE INICIAL
Alimentos
Vinhos
Sacolas
SUBTOTAL 96.821,03$ 
96.821,03$ 
66.743,98$ 
22.978,93$ 
7.098,12$ 
CAPACITAÇÃO DOS EMPREGADOS
Passagem para SJP para treinamento
Hospedagem em SJP para treinamento
SUBTOTAL 2.390,00$ 
2.390,00$ 
860,00$ 
1.530,00$ 
19 
 
Tendo então, como base, esta tabela de despesas iniciais, utilizou-se como investimento inicial, 
o montante real: R$ 342.794,78. 
 
 
4.2 Ajustes e projeções dos dados obtidos 
 
Inicialmente, antes de os dados serem apresentados, faz-se necessário demonstrar os ajustes 
necessários para que os resultados desta empresa em questão sejam adequados paras os cálculos 
posteriores. 
 
O primeiro ajuste dos dados foram as projeções necessárias para que o ano civil ficasse 
completo e fechado. Como a empresa iniciou sua operação na segunda quinzena de março de 
2017, ignorou-se o mês de inauguração, tomando como primeiro mês de operação, o mês de 
abril de 2017. 
 
Os dados disponibilizados pelo setor contábil da empresa foram até o mês de setembro de 2017, 
o que proporcionou a este estudo apenas seis meses de dados reais, sendo necessária a projeção 
de mais seis meses para que se completasse um ano civil e a análise fosse feita em base anual. 
 
Utilizando-se do método de linha de tendência linear, foram projetados seis meses para frente, 
que apesar de corresponderem no calendário aos meses de outubro de 2017 a março de 2018, 
foram utilizados para preencher os seis meses de informações indisponíveis. Desta forma, os 
meses de dados reais relativos aos meses de abril a setembro, foram recuados para o período de 
janeiro a junho, e os meses projetados completaram os meses de julho a dezembro de 2017. 
 
Houve alguns problemas em relação aos dados, como, por exemplo, o setor contábil não apurou 
o Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) nos meses que vão de junho a setembro de 2017 e, 
por isso, uma alternativa encontrada para que o resultado não ficasse superestimado, foi calcular 
a relação do CMV dos meses apurados em relação à receita dos respectivos meses, para que 
fosse aplicado nos demais meses e em suas projeções. Um cálculo semelhante foi aplicado, 
também, para os impostos sobre vendas, porém somente nos meses onde houve projeção de 
receita. Tanto o CMV quanto os impostos sobre vendas são classificados como Custos 
Variáveis, pois, de acordo com Eliseu Martins (2003) são os custos que variam de acordo com 
o volume de produção. 
20 
 
Já os valores dos Custos Fixos (CF) e das Despesas Fixas (DF) foram mantidos em seu valor 
integral, já que, como explica Eliseu Martins (2003), Custos Fixos não tem relação com 
aumento ou diminuição da quantidade produzida e vendida. 
A diferença entre custo e despesa é definida, por Zanluca, como: 
 
• Custo: valor disposto à aquisição de bens e serviços para produção de outros bens e 
serviços; 
• Despesa: gastos relacionados à aquisição de bens e serviços relativos à manutenção da 
atividade da empresa, como materiais de escritório, por exemplo. 
 
Em relação às despesas, também podem ser classificadas em fixas ou variáveis, onde, segundo 
o SEBRAE, as despesas variáveis variam de acordo com volume produzido ou vendido e, no 
caso das despesas fixas, são aquelas que não variam proporcionalmente ao volume produzido 
ou vendido. 
 
Para verificar em que momento a receita consegue cobrir os custos e despesas, foi utilizada a 
fórmula de Ponto de Equilíbrio por volume de receita, visto que, em se tratando de um comércio, 
não é possível, para este trabalho, realizar o cálculo por produto individual. 
 
A fórmula utilizada foi: 
 
Receita – CV = CF 
 
 
4.3 Despesas Fixas 
 
Neste item, demonstrar-se-á todos os custos e despesas que são independentes do volume de 
vendas, ou seja, mesmo se não houver vendas naquele mês, estas despesas e custos deverão ser 
pagos. Esta tabela contempla os dados adquiridos que foram utilizados como base para as 
projeções. 
 
 
 
 
21 
 
Figura 3: Despesas Fixas 
 
FONTE: Contabilidade da franquia “x” 
 
 
4.4 Custos Fixos 
 
Estes custos, mesmo tendo a nomenclatura de “fixos”, podem variar ligeiramente, porém sua 
variação é irrelevante para os cálculos, visto que não estão ligados à quantidade produzida e/ou 
vendida. Gitman (2013, p 469) diz afirma que custos fixos são função do tempo, e costumam 
ser contratuais, como aluguel, por exemplo. 
 
Dito isso, será levado em consideração, como custos fixos, apenas o aluguel, IPTU e 
condomínio, como abaixo relacionados, que podem sofrer alterações, porém não estão ligados 
a aumento ou diminuição da produção ou vendas. 
 
Figura 4: Custos Fixos 
 
FONTE: Contabilidade da franquia “x” 
 
Abr Mai Jun Jul Ago Set
Energia (LIGHT) R$ 150,13 R$ 1.122,73 R$ 3.283,94 2.173,22R$ 1.114,54R$ 2.052,81R$ 
Água (CEDAE) R$ 366,01 R$ 267,31 R$ 267,31 232,27R$ 235,08R$ 235,08R$ 
Telefone + Internet (NET) R$ 382,78 R$ 247,87 R$ 206,03 199,76R$ 348,05R$ 348,05R$ 
Celular (CLARO) R$ 54,00 R$ 54,00 R$ 54,00 R$ 54,00 -R$ R$ 0,00
Contabilidade (LICITUS) R$ 900,00 R$ 900,00 R$ 900,00 R$ 900,00 R$ 900,00 R$ 900,00
Sistema Erp-Microvix (LINX) R$ 849,00 R$ 2.072,00 -R$ 
Conservação/limpeza R$ 240,00 R$ 240,00 R$ 240,00 R$ 240,00 R$ 240,00 R$ 240,00
Segurança (Airton) R$ 100,00 R$ 300,00 R$ 250,00 200,00R$ 250,00R$ -R$ 
Marketing Publicidade R$ 960,00 R$ 500,00 R$ 1.696,20 1.168,20R$ 50,00R$ 50,00R$ 
DESP. Bancárias R$ 153,97 R$ 387,48 R$ 775,92 619,56R$ R$ 990,19 R$ 726,83
SIMPLES - DAS R$ 0,00 R$ 153,97 R$ 387,48 775,92R$ 619,56R$ 
Impostos e taxas R$ 0,00 R$ 1.015,46 R$ 0,00 -R$ 165,45R$ 165,45R$ 
IOF R$ 22,64 R$ 20,16 R$ 0,00 3,93R$ 2,57R$ 2,35R$ 
Saldo de Salários + DSR R$ 9.118,83 R$ 9.371,59 8844,69 7.984,14R$7.846,78R$ 8.016,47R$ 
Horas-extras R$ 1.420,19 R$ 1.616,56 1617,26 1.666,74R$ 1.332,24R$ 1.709,72R$ 
Comissões R$ 358,55 R$ 361,08 354,45 309,89R$ 335,00R$ 373,71R$ 
FGTS R$ 925,94 R$ 972,01 903,29 861,78R$ 873,56R$ 873,56R$ 
INSS (GPS) R$ 927,08 R$ 972,25 954,74 867,35R$ 901,63R$ 811,53R$ 
Uniformes R$ 166,67 R$ 166,67 R$ 166,67 R$ 166,67 R$ 166,67 R$ 166,67
Capacitação R$ 313,25 R$ 313,25 R$ 313,25 R$ 313,25 R$ 313,25 R$ 313,25
Vale Transporte R$ 1.072,52 R$ 2.065,64 R$ 1.246,00 862,00R$ 631,00R$ 1.049,00R$ 
Vale Refeição R$ 6.200,00 R$ 2.940,00 R$ 2.300,00 2.500,00R$ 2.200,00R$ 2.340,00R$ 
Férias R$ 877,78 R$ 1.125,66 R$ 1.148,14 1.011,61R$ 997,30R$ 997,30R$ 
13º Salário R$ 658,32 R$ 844,26 R$ 872,74 739,77R$ 767,17R$ 722,35R$ 
Consumo
Serviços de 
terceiros
Financeiras
Pessoal
D
E
S
P
E
S
A
S
 
F
I
X
A
S
Abr Mai Jun Jul Ago Set
Aluguel R$ 8.500,00 R$ 8.500,00 R$ 8.500,00 R$ 8.500,00 R$ 8.500,00 R$ 8.500,00
Condomínio R$ 368,92 R$ 368,92 R$ 423,50 R$ 423,50 R$ 423,50 R$ 423,50
IPTU R$ 485,30 R$ 485,30 R$ 485,30 R$ 485,30 R$ 485,30 R$ 485,30
Seguros Seguro Locatário R$ 268,40 R$ 261,90 R$ 281,90 R$ 281,90 R$ 281,90 R$ 281,90
Ponto 
Comercial
F
i
x
o
s
22 
 
Assim como a tabela de DF, esta é apenas a informação adquirida, base dos cálculos das 
projeções que corresponderiam aos meses de outubro de 2017 a março de 2018 (mas que serão 
usados como estimativas para os meses de julho a dezembro). 
 
 
4.5 Custos Variáveis 
 
Os custos variáveis utilizados para este projeto, são aqueles ligados, diretamente, às vendas, ou 
seja, eles variam de acordo com o volume de vendas da loja. Estes valores estão especificados 
na tabela abaixo: 
 
Figura 5: Custos Variáveis 
 
FONTE: Contabilidade da franquia “x” 
 
 
4.6 Despesas Variáveis 
 
Estas são as despesas diretamente ligadas ao volume de vendas, ou seja, quanto maior for este 
volume, maiores são estas despesas. Os valores estão listados abaixo: 
 
Figura 6: Despesas Variáveis 
 
FONTE: Contabilidade da franquia “x” 
 
 
Abr Mai Jun Jul Ago Set
Impostos Sobre 
Vendas
R$ 384,48 R$ 775,92 R$ 619,56 731,66R$ 647,95R$ 722,06R$ 
Custo das 
Mercadorias 
Vendidas (CMV)
R$ 7.224,39 R$ 18.310,29
V
a
r
i
á
v
e
i
s
Mercadorias
Abr Mai Jun Jul Ago Set
Material de Consumo R$ 2.064,30 R$ 352,45 313,83R$ 69,99R$ 20,00R$ 453,74R$ 
Fretes e Carretos R$ 371,32 R$ 439,68 492,52R$ 
Refeições e Lanches R$ 48,29 R$ 40,00 R$ 62,71 62,71R$ 27,01R$ 
Manutenção e Conservação R$ 455,69 R$ 450,00 R$ 450,00 450,00R$ 940,00R$ 1.400,00R$ 
Material de limpeza R$ 68,89 R$ 114,97 R$ 114,97 161,04R$ 163,49R$ 
Disk água R$ 96,00 R$ 96,00 R$ 96,00 R$ 96,00 R$ 96,00 R$ 96,00
D
E
S
P
E
S
A
S
 
V
A
R
I
Á
V
E
I
S
Conservação/ 
Serviços 
gerais
OUTROS
23 
 
4.6.1 Custos e Despesas a partir das projeções 
 
Como citado acima, houve a necessidade de projetar alguns dados como: 
 
1. Receita - para os meses posteriores ao último mês no qual houve fornecimento de 
dados, utilizando-se do método de linha de tendência linear, demonstrado no 
gráfico abaixo em consonância com a equação e o R² utilizados: 
 
Figura 7: Gráfico de tendência Linear 
 
Projeção das Receitas segundo o gráfico de tendência linear 
 
 
2. Custos Variáveis: 
 
a. CMV – Para os meses nos quais não foi apurado (junho a setembro), 
inclusive os meses projetados (outubro/2017 a março/2018); 
b. Impostos sobre Vendas – para os meses onde houveram receitas projetadas, 
utilizando o mesmo método proposto para o CMV, foi calculada a razão 
entre os índices dos meses efetivamente obtidos em relação à receita; 
 
3. Como os custos e despesas fixas não se alteram, o valor do primeiro semestre foi 
projetado para o segundo semestre; 
 
 
24 
 
A tabela abaixo exemplificará o que foi acima explanado: 
 
Figura 8: tabela de consolidação de custos e despesas totais, Lucro e Prejuízo 
 
 
 
4.7 Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) 
 
O objetivo da DRE é, de forma resumida, demonstrar o resultado da empresa apurado dentro 
do exercício, ou seja, período de doze meses. 
 
Nestes demonstrativos são incluídos os valores apresentados nas tabelas acima, de forma a 
analisar os dados, juntamente com auxílio do Fluxo de Caixa. Neste caso, em especial, a 
empresa começou a operar no mês de março, demonstrando resultado até o mês de setembro. 
Como dados são de apenas seis meses e, ao final, para a produção de um demonstrativo 
consolidado foi preciso projetar mais seis meses, os dados obtidos de abril a setembro de 2017 
foram trazidos para janeiro a junho de 2017 e as projeções, que foram de outubro de 2017 a 
março de 2018, foram trazidos para julho a dezembro de 2017, a fim de encerrar um ano civil. 
Após este ajuste, foi possível conceber um demonstrativo consolidado do ano atual, conforme 
demonstrado abaixo: 
Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março
Custos Fixos 9.622,62R$ 9.616,12R$ 9.690,70R$ 9.690,70R$ 9.690,70R$ 9.690,70R$ 9.690,70R$ 9.690,70R$ 9.690,70R$ 9.690,70R$ 9.690,70R$ 9.690,70R$ 
Custos Variáveis 7.608,87R$ 19.086,21R$ 13.516,00R$ 16.430,04R$ 16.805,05R$ 15.319,65R$ 17.059,52R$ 18.053,70R$ 19.047,89R$ 20.042,08R$ 21.036,26R$ 22.030,45R$ 
CUSTOS TOTAIS 17.231,49R$ 28.702,33R$ 23.206,70R$ 26.120,74R$ 26.495,75R$ 25.010,35R$ 26.750,22R$ 27.744,40R$ 28.738,59R$ 29.732,78R$ 30.726,96R$ 31.721,15R$ 
Despesas Fixas 26.217,66R$ 28.029,95R$ 26.782,11R$ 23.850,06R$ 21.280,03R$ 22.094,13R$ 21.846,12R$ 21.600,90R$ 21.358,43R$ 23.083,65R$ 23.083,65R$ 23.083,65R$ 
Despesas Variáveis 3.104,49R$ 1.493,10R$ 1.037,51R$ 839,74R$ 1.056,00R$ 2.632,76R$ 1.982,51R$ 2.098,05R$ 2.213,58R$ 2.329,12R$ 2.444,66R$ 2.560,19R$ 
DESPESAS TOTAIS 29.322,15R$ 29.523,04R$ 27.819,61R$ 24.689,80R$ 22.336,03R$ 24.726,89R$ 23.828,64R$ 23.698,95R$ 23.572,01R$ 25.412,77R$ 25.528,30R$ 25.643,84R$ 
Despesas + Custos 46.553,64R$ 58.225,37R$ 51.026,31R$ 50.810,54R$ 48.831,78R$ 49.737,24R$ 50.578,85R$ 51.443,35R$ 52.310,60R$ 55.145,55R$ 56.255,27R$ 57.364,99R$ 
RECEITA 13.765,09R$ 23.120,34R$ 19.587,54R$23.843,23R$ 24.539,94R$ 22.171,31R$ 24.781,40R$ 26.225,60R$ 27.669,80R$ 29.114,00R$ 30.558,20R$ 32.002,40R$ 
LUCRO/PREJUÍZO 32.788,55-R$ 35.105,03-R$ 31.438,77-R$ 26.967,31-R$ 24.291,84-R$ 27.565,93-R$ 25.797,45-R$ 25.217,75-R$ 24.640,80-R$ 26.031,55-R$ 25.697,07-R$ 25.362,59-R$ 
25 
 
 
 
 
 
 
4.8 Possíveis Cenários 
 
Visto que a empresa opera há poucos meses e os dados adquiridos equivalem somente aos seis 
primeiros meses onde há uma deficiência nas demonstrações no que diz respeito ao CMV, como 
dito anteriormente neste trabalho, foram criados três cenários, cada um deles levando em 
consideração uma participação do CMV na receita. 
 
Para identificar o valor do CMV em relação à receita, primeiro foi calculada a relação entre 
impostos sobre vendas e a receita, dado da seguinte forma: 
Receita 127.027,45R$ 
 - Imposto sobre Vendas 3.881,63-R$ 
 - CMV 84.884,19-R$ 
 - Custos Fixos 58.144,20-R$ 
Resultado Operacional 19.882,57-R$ 
 - Despesas Variáveis 10.163,59-R$ 
 - Despesas Fixas 148.253,94-R$ 
Lucro/Prejuízo 178.300,10-R$ 
Receita 170.351,40R$ 
 - Imposto sobre Vendas 5.110,54-R$ 
 - CMV 112.159,36-R$ 
 - Custos Fixos 58.144,20-R$ 
Resultado Operacional 5.062,70-R$ 
 - Despesas Variáveis 13.628,11-R$ 
 - Despesas Fixas 134.056,40-R$ 
Lucro/Prejuízo 152.747,21-R$ 
cons. Out/2017-mar/2018
Consolidado abr-set
Receita 297.378,85R$ 
 - Imposto sobre Vendas 8.992,17-R$ 
 - CMV 197.043,55-R$ 
 - Custos Fixos 116.288,40-R$ 
Resultado Operacional 24.945,27-R$ 
 - Despesas Variáveis 23.791,70-R$ 
 - Despesas Fixas 282.310,34-R$ 
Lucro/Prejuízo 331.047,32-R$ 
DRE - Ano 1
26 
 
 
 
 
 
Para o cálculo da relação Despesas Variáveis pela Receita, utilizou-se o montante consolidado 
do primeiro semestre, dado pela fórmula: 
 
 
 
Após esta verificação, foi possível calcular a margem de lucro, utilizando a fórmula: 
 
 
 
Este valor, referente à proporção do CMV, é dado apenas por dois meses, já que os produtos a 
granel não estão sendo contabilizados para esta apuração. Por este motivo, acredita-se que, a 
partir do momento em que forem computados estes produtos, ocorra uma diminuição 
significativa da participação do CMV na receita. Tendo isso como ponto norteador, foram 
criados três cenários: o primeiro utilizando esta participação de 0,6584 encontrada nesta 
fórmula; o segundo cenário é baseado em uma expectativa de que esta participação caia em até 
20 pontos percentuais, atingindo 0,4584. Já no terceiro e último cenário, a análise será realizada 
a partir do ponto de vista de que a redução do CMV pode ser o fator chave para que o 
investimento inicial se iguale às entradas de caixa dos três anos seguintes. A questão a ser 
respondida seria qual o valor necessário deste custo (CMV) para que a empresa recupere seu 
investimento inicial no ano 3? 
 
 
CMV de Abr CMV de maio
Receita de abr Receita de maio
)
2
 = 0,6584
( +
impostos sobre vendas de Abr impostos sobre vendas de maio impostos sobre vendas de setembro
Receita de abr Receita de maio Receita de setembro
 + )
6
 = 0,03
 + ...( +
Despesas Variáveis abr-set 10.163,59
Receita abr-set 127.027,45
 = = 0,08
1x - 0,03x - 0,08x - 0,6584x = Margem de Lucro
(1 - 0,03 - 0,08 - 0,6584) . x = Margem de Lucro
Margem de Lucro = 0,2316
27 
 
5 CENÁRIOS POSSÍVEIS 
 
5.1. Cenário 1 
 
No primeiro cenário, utilizou-se os dados reais do primeiro semestre somado às projeções para 
o segundo semestre. Neste caso é possível identificar e demonstrar o prejuízo do primeiro ano 
e o montante necessário para que, no segundo ano, a empresa consiga alcançar o seu ponto de 
equilíbrio. No terceiro ano foi calculado o montante de receita que seria necessário para que 
houvesse a recuperação do investimento inicial. 
 
Como alguns dados são apresentados de acordo com a realidade do negócio, estes serão base 
para o cálculo de todos os cenários. 
 
 
 
 
5.1.1 Ano 1 
 
Primeira informação considerada, foi a margem de lucro (calculada na sessão 4.9), de 0,2316 e 
o CMV de 0,6584. 
 
Neste ano já se sabe que houve um prejuízo de R$ 331.047,32, de acordo com a DRE do ano 1. 
 
 
5.1.2 Ano 2 
 
Já no ano 2, o ideal seria que fosse alcançado o ponto de equilíbrio, e para que a empresa atinja 
este objetivo, ou seja, que sua receita cubra seus custos e despesas, com lucro zero, seria 
necessária uma receita bruta anual de R$ 1.721.065,37, ou R$ 143.422,11 mensais. Estes dados 
foram alcançados através da seguinte fórmula: 
 
Investimento Inicial 342.794,78R$ 
Custos e Despesas Fixas 398.598,74R$ 
Receita 1º Semestre 127.027,45R$ 
28 
 
 
 
Lembrando que foram considerados, para os custos e as despesas fixas, os mesmos valores do 
primeiro ano, já que são fixos. 
 
 
5.1.2 Ano 3 
 
No ano 3, o cálculo foi baseado na ideia de quanto seria necessário para que a empresa 
conseguisse recuperar o seu investimento inicial e, para alcançar este resultado, a seguinte ideia 
foi utilizada: 
 
 
 
E, para descobrir a receita necessária para que isto pudesse ocorrer, utilizou-se da fórmula: 
 
 
 
O resultado foi um montante de receita de R$ 4.630.573,58 no ano ou R$ 385.881,13 mensais. 
Este montante mostra que, com esta receita, o lucro deste ano seria de R$673.842,10, e assim 
seria possível alcançar o payback no ano 3. Porém, estes valores são praticamente impossíveis 
de ocorrer. Tendo em vista o desempenho da empresa no primeiro semestre de operação. 
 
Por isso, como já dito neste trabalho, a variável de ajuste será o CMV, visto que foi onde se 
obteve maior deficiência, devido à falta de apuração pela contabilidade da empresa e o segundo 
cenário baseou-se numa participação mais favorável do CMV em relação à receita. 
 
 
Custos e Despesas fixas
Margem de Lucro
Ponto de Equilíbrio =
Lucro Necessário = Investimento Inicial - Prejuízo Ano 1
Lucro Necessário = 342.794,78 - (-331.047,32)
Lucro Necessário = R$673.842,10
Receita Necessária = Lucro Necessário + Custos e Despesas Fixas
Margem de Lucro
29 
 
5.2 Cenário 2 
 
Para que possamos estabelecer um novo cenário, utilizaremos uma taxa menor de CMV, pois o 
valor a princípio utilizado pode estar superestimado, visto que os produtos a granel não estão 
sendo contabilizados e, quando for feito esta contabilização, poderá reduzir a proporção do 
CMV em relação à receita. Por este motivo, para o segundo cenário, foi utilizado a taxa de 
0,4584, para que se possa verificar o comportamento das projeções dos anos seguintes. 
 
De acordo com o SEBRAE (2017), as vendas de alimentos naturais avançaram, nos últimos 
cinco anos, uma taxa média anual de 12,3%. Por isto, tanto para este cenário quanto para o 
próximo, foi feita a hipótese de um crescimento na receita de 10% no segundo ano e de 20% 
no terceiro ano. 
 
Como a participação do CMV na receita foi reduzida para 0,4584, fez-se necessário alterar, 
também, a fórmula para identificação da margem de lucro, que resultou num aumento para 
0,4316. Veja abaixo como o cálculo foi realizado: 
 
 
 
 
5.2.1 Ano 1Com a margem de lucro de 0,4316, para o primeiro ano, supõe-se que a empresa alcance o 
ponto de equilíbrio. Qual volume de receita seria necessário para que isto ocorresse? 
 
Para responder a esta pergunta, considerou-se os custos e despesas fixas e a margem de lucro, 
utilizando a fórmula abaixo para identificar o volume de receita. 
 
 
 
(1x - 0,03x - 0,08x - 0,4584x) = Margem de Lucro
1 - 0,03 - 0,08 - 0,4584 = Margem de Lucro
Margem de Lucro = 0,4316
Custos e Despesas fixas totais
Margem de lucro
Receita = 
30 
 
 
 
 
Então, para o primeiro ano, temos: 
 
 
 
 
Onde: 
 
Então, temos que Receita = Ct. 
 
 
 
Após demonstrados todos os cálculos, pode-se verificar que, para que a empresa alcance, no 
ano 1, seu ponto de equilíbrio, seria necessário uma receita anual de R$ 923.537,40 ou R$ 
76.961,45 mensais. 
 
 
5.2.2 Ano 2 
 
Neste ano, foi suposto um aumento de 10% na receita, em relação ao ano 1, para que a receita 
fosse capaz de cobrir os custos e gerasse, ao menos, algum lucro. 
 
Receita (ano 2) = Receita (ano 1) . 1,1 = R$ 1.015.891,14 
 
Neste caso, tem-se que a receita anual subiria para R$ 1.015.891,14 no segundo ano, ou R$ 
84.657,59 mensais, resultando num lucro de R$ 39.859,87 no ano, porém não recuperando o 
I.I. 
398.598,74
0,4316
923.537,40R$ Receita = = 
Ponto de Equilíbrio Receita - CF = CV
 Receita = CV + CF
 CV + CF = Ct
X = Receita
CF = 398.598,74
CV = (0,03 + 0,08 + 0,4584) . X 
 Ct = (0,03 + 0,08 + 0,4584) . 923.537,40 + 398.598,74
 Ct = 923.537,40
31 
 
5.2.3 Ano 3 
 
No ano 3, foi projetado um aumento de 20% da receita em relação ao ano 2, a fim de avaliar se, 
com esta variação, o I.I. seria recuperado. 
 
Receita (ano 3) = Receita (ano 2) . 1,2 = R$ 1.219.069,37 
 
Então, neste ano, a receita anual seria de R$ 1.219.069,37 ou mensal de R$ 101.589,11. 
 
Pode-se verificar que, neste segundo cenário, não é possível recuperar o payback no terceiro 
ano, pois o lucro resultante seria de R$ 127.551,59, totalizando um lucro acumulado no terceiro 
ano de R$ 167.441,47. 
 
 
5.3 Cenário 3 
 
A proposta neste cenário foi: identificar o percentual do CMV adequado para que a loja 
recuperasse seu I.I., impreterivelmente, no terceiro ano de operação. 
 
Supondo que o valor total da receita do primeiro ano seja de R$ 923.537,40, assim como foi no 
primeiro ano do cenário anterior, e verificando que, com a possível alteração do CMV, há 
também a alteração da margem de lucro, assim como dos Ct, devido a alteração dos custos e 
despesas variáveis. Veja como os cálculos foram feitos em cada cenário: 
 
 
5.3.1 Ano 1 
 
Em uma suposição onde a taxa percentual do CMV cairia, aproximadamente, 5 pontos 
percentuais, em relação ao segundo cenário, chegando a 0,4028, que acarreta em algumas 
alterações que influenciam os valores de Margem de Lucro e do Ct, como é possível perceber 
através dos seguintes cálculos: 
 
 
1 - 0,03 - 0,08 - CMV = Margem de Lucro
Margem de Lucro = 0,4872
32 
 
 
 
Com esses dados, pode-se calcular o lucro do primeiro ano, subtraindo da receita, o valor do 
Ct, que resultou em um montante de R$ 51.348,68 no ano. 
 
 
5.3.2 Ano 2 
 
Supondo que houve um aumento de 10% na receita, em relação ao ano anterior, o Ct foi 
recalculado, com base na esta receita e, consecutivamente, o lucro no ano 2. 
 
Receita (ano 2) = Receita (ano 1) . 1,1 = R$ 1.015.891,14 
 
E Ct de R$ 919.547,72, dado pela fórmula: 
 
 
Assim, como o Lucro é resultante da subtração de Receita menos o Custo total, no ano 2 foi 
obtido um lucro de R$ 96.343,68. 
 
 
5.3.3 Ano 3 
 
Com a suposição de um aumento de 20% da receita em relação ao ano anterior: 
 
Receita (ano 3) = Receita (ano 2) . 1,2 = R$ 1.219.069,37 
 
E, para o Ct, como já demonstrado nos tópicos anteriores: 
 
 
Ct = (0,03 + 0,08 + CMV) . Receita + Custos e Despesas Fixas 
Ct = (0,03 + 0,08 + 0,4028) . 923.537,40 + 398598,74
Ct = 872.188,72
(0,03 + 0,08 + CMV) . Receita + Custos e Despesas Fixas 
(0,03 + 0,08 + 0,4028) . 1015891,14 + 398598,74
 = 919.547,71
(0,03 + 0,08 + CMV) . Receita + Custos e Despesas Fixas 
(0,03 + 0,08 + 0,4028) . 1.219.069,36 + 398598,74
 = 1.023.737,51
33 
 
Logo, para identificação do lucro, tem-se que: Receita – Ct = Lucro, obtendo, assim, um lucro 
de R$ 195.331,87. 
 
Para identificar se o I.I. foi recuperado, deve somar o lucro dos três anos deste cenário, que gera 
um montante de R$ 343.024,23, o que supera o valor do I.I. e demonstra que, com esta taxa de 
CMV, é possível recuperar este investimento no terceiro ano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6 MÉTODOS DE ORÇAMENTO DE CAPITAL 
 
6.1 Fluxos de Caixa (FC) 
 
Os Fluxos de Caixa (FC) dos cenários criados, são realizados a partir de seus valores de entradas 
e saídas de caixa, pois nesta empresa não possui nenhum dado a respeito de depreciação. Segue, 
abaixo, os FCs dos três cenários criados: 
 
 
 
 
 
 
 
A partir destas demonstrações, é possível, mais facilmente, visualizar os cálculos de payback, 
TIR e VPL, demonstrados abaixo. 
 
 
Ano 1 Ano 2 Ano 3
Investimento 
Inicial
342.794,78-R$ 
Receita 297.378,85R$ 1.721.065,37R$ 4.630.573,58R$ 
Custos e 
Despesas
628.426,17-R$ 1.721.065,37-R$ 3.956.731,48-R$ 
Lucro 331.047,32-R$ -R$ 673.842,10R$ 
Cenário 1
Ano 1 Ano 2 Ano 3
Investime
nto Inicial
342.794,78-R$ 
Receita 923.537,40R$ 1.015.891,14R$ 1.219.069,37R$ 
Custos e 
Despesas
923.537,40-R$ 976.031,27-R$ 1.091.517,77-R$ 
Lucro -R$ 39.859,87R$ 127.551,60R$ 
Cenário 2
Ano 1 Ano 2 Ano 3
Investimento 
Inicial
342.794,78-R$ 
Receita 923.537,40R$ 1.015.891,14R$ 1.219.069,37R$ 
Custos e 
Despesas
872.188,72-R$ 919.547,46-R$ 1.023.737,51-R$ 
Lucro 51.348,68R$ 96.343,68R$ 195.331,86R$ 
Cenário 3
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6.2 Payback 
 
Como dito na revisão teórica, este método consiste em calcular o tempo necessário que se leva 
para que o investidor recupere seu investimento inicial. 
 
No caso do cenário 2, é possível identificar que o payback está acima de 3 anos, pois mesmo 
que no ano 2 do segundo cenário houvesse lucro, não foi o suficiente para a recuperação do I.I. 
 
Já no terceiro cenário, com a diminuição do CMV e a previsão de aumento da receita em 10% 
no segundo ano e 20% no terceiro ano, verificou-se a possibilidade da recuperação do I.I. no 
terceiro ano. 
 
Este cenário pode parecer pouco provável de se concretizar, porém é uma forma de demonstrar 
que a recuperação do I.I. depende quase que exclusivamente do valor do CMV, pelo menos 
para uma melhor análise. 
 
O resultado atual da empresa está muito abaixo do que seria esperado por qualquer empresário 
que abra seu próprio negócio, porém há uma série de fatores que contribuem para os elevados 
custos desta loja em especial, como a localização da mesma, que se encontra em um dos bairros 
mais valorizados da cidade do Rio de Janeiro. Outro fator a ser considerado é que a loja está há 
apenas alguns meses em operação, e, com isso, os custos são elevadíssimos, para que funcione 
dentro dos paradigmas legais. Há também, no primeiro ano, a criação do montante de estoque, 
o que eleva o passivo nos primeiros meses, mas tende a ser normalizado com a sua reposição 
nos meses seguintes. 
 
Mesmo com estes pontos específicos

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