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Aparelho respiratório

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Aparelho respiratório (guilherme ferreira morgado)
	
É constituído pelos pulmões e um sistema de tubos, por isso se distingue uma porção condutora, que compreende as fossas nasais, nasofaringe, laringe, traquéia, brônquio e bronquíolos, e uma porção respiratória, que é formada pelos bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e alvéolos. A porção condutora também limpa, umedece e aquece o ar inspirado, com isso protege o revestimento alveolar. Para assegurar uma passagem contínua está presente cartilagem, músculo liso e tecido conjuntivo, o que proporciona suporte estrutural, flexibilidade e extensibilidade. A mucosa é revestida pelo epitélio respiratório. 
A maior parte da porção condutora é revestida por um epitélio ciliado pseudo-estratificado cilíndrico com células caliciformes que é denominado epitélio respiratório. Esse epitélio consiste em cinco tipos celulares: a célula colunar ciliada, a caliciforme, células em escova, que possui muitos microvilos, e receptores sensoriais, que estão na base das células em escova e são terminações nervosas aferentes. 
Há também as células basais que estão apoiadas na lâmina basal, mas não chegam à superfície, essas são células-tronco que se multiplicam originando os tipos celulares do epitélio respiratório. Outro tipo celular é a célula granular, que pertence ao sistema neuroendócrino. 
A mucosa da porção condutora é rica em linfócitos e em nódulos linfáticos, além de plasmócito e macrófagos, sendo assim importante para o sistema imunitário. 
A fossa nasal é dividida em vestíbulo, área respiratória e área olfatória. O vestíbulo é a porção mais anterior e dilatada, sua mucosa é continuação da pele do nariz perdendo a camada de queratina. Os pêlos curtos (vibrissas) e a secreção das glândulas sebáceas e sudoríparas formam uma barreira à penetração de partículas grosseiras. 
A área respiratória é a maior parte, sendo revestida por epitélio respiratório. Nesse local a lâmina própria contém glândulas mistas e sua secreção é lançada na superfície do epitélio. O muco das células caliciformes e das glândulas prende microorganismos e partículas inertes e é deslocado pelos cílios para a faringe; esse deslocamento é importante para proteção do aparelho. A superfície lateral da cavidade nasal possui três expansões ósseas: as conchas ou cornetos. Nos cornetos inferior e médio a lâmina própria contém um abundante plexo venoso que ajuda a tornar o ar umedecido, aquecido e filtrado. 
A área olfatória é responsável pela sensibilidade olfativa e está situada na parte superior das fossas nasais. Essa área é revestida por epitélio olfatório, que é um neuroepitélio cilíndrico pseudo-estratificado formado por três tipos de células. As células de sustentação apresentam microvilos, que se projetam para dentro da camada de muco, as células basais são pequenas e estão na região basal, entre as de sustentação e as olfatórias, elas são as células-tronco do epitélio olfatório. Por último, as células olfatórias, que são neurônios bipolares; seus dendritos apresentam dilatações elevadas, de onde saem cílios, que são quimiorreceptores excitáveis pelas substâncias odoríferas. A presença desses cílios aumenta a área receptora. Os axônios reúnem-se em pequenos feixes dirigindo-se ao sistema nervoso central. 
Na lâmina própria há as glândulas ramificas túbulo-acinosas alveolares: glândulas de Bowman. O ducto delas leva a secreção para a superfície epitelial criando uma corrente que limpa os cílios das células olfatórias, o que facilita o acesso de novas substâncias odoríferas. 
	Os seios paranasais são cavidades nos ossos frontal, etmóide, maxilar e esfenóide que são revestidas por epitélio respiratório. Esses se comunicam com as fossas nasais por intermédio de pequenos orifícios e o muco produzido nesses seios é drenado para as fossas nasais por células ciliadas. 
	A faringe é dividida em nasofaringe e orofaringe. Na primeira porção, nasofaringe, onde só passa ar, o revestimento é de epitélio respiratório; já na orofaringe é de epitélio estratificado pavimentoso, já que nessa região também passa bolo alimentar. A nasofaringe é separada da orofaringe pelo palato mole.
	A laringe une a faringe à traquéia, suas paredes contêm peças cartilaginosas irregulares unidas por conjuntivo fibroelástico. Essas cartilagens mantêm a luz da laringe sempre aberta garantindo a passagem do ar. A epiglote é um prolongamento da laringe na direção da faringe. A mucosa forma dois pares de pregas, o primeiro são as cordas vocais falsas (ou vestibulares), já o segundo par são as cordas vocais verdadeiras, que apresentam externamente músculos intrínsecos, esses se contraem com a passagem do ar, o que provoca o som. O revestimento não é uniforme ao longo da laringe, em áreas de atrito como as cordas vocais ele é estratificado pavimentoso não queratinizado. 
	A traquéia é um tubo fibroelástico e feixes de músculo liso unem as porções abertas da cartilagem. Os ligamentos impedem uma excessiva distensão e os músculos a regulam. Ela é revestida externamente por um tecido conjuntivo frouxo. 
	A traquéia ramifica-se originando dois brônquios, que entram no pulmão pelo hilo, juntamente com artéria e saem veias e vasos linfáticos. Os brônquios primários dão origem a três brônquios no direito e a dois no esquerdo, sendo que cada um supre um lobo pulmonar. Esses vão se dividindo, o que origina os bronquíolos.
	Cada brônquio penetra em um lóbulo e se ramifica formando os bronquíolos terminais, esse é delimitado por delgados septos conjuntivos e possuem forma piramidal, mas esses septos são incompletos por isso os lóbulos são mal delimitados. Os bronquíolos terminais originam os bronquíolos respiratórios, esses compreendem os ductos alveolares, sacos alveolares e os alvéolos. 
	Nos maiores ramos dos brônquios a mucosa é igual a da traquéia, sendo acompanhada por feixes musculares. As peças cartilaginosas são envolvidas por tecido conjuntivo, essa é chamada de camada adventícia. 
	O epitélio do bronquíolo na porção inicial é cilíndrico simples ciliado passando para cúbico na porção terminal. As células caliciformes vão diminuindo. Esse epitélio apresenta os corpos neuroepiteliais, que são quimiorreceptores que reagem às alterações da composição dos gases. A lâmina própria é delgada e rica em fibras elásticas e acompanhando a mucosa está uma camada de músculo liso. A musculatura bronquiolar é mais desenvolvida que a brônquica. Os bronquíolos terminais são as últimas porções da árvore brônquica, apresentam parede mais delgada do que as do bronquíolo, sendo revestidos por epitélio cilíndrico ou cúbico. Esses possuem células da Clara que secretam proteínas que protegem o revestimento bronquiolar contra poluentes do ar e contra inflamações. 
	Os bronquíolos respiratórios são a transição entre a porção condutora e a respiratória, o que diferencia é a presença de numerosas expansões saculiformes constituídas por alvéolos, onde ocorre a troca gasosa. Na região antes do alvéolo ele é revestido por epitélio cilíndrico ou cúbico, também apresenta células da Clara e o músculo liso forma uma camada mais delgada do que no terminal. 
	Quando a parede passa a ser constituída somente por alvéolos o tubo passa a ser chamado de ducto alveolar, os dois são revestidos por epitélio simples pavimentoso. Na borda dos alvéolos há um acumulo de músculo liso. Uma matriz rica em fibras elásticas e contendo também fibras reticulares constitui o suporte para os ductos e alvéolos. As fibras elásticas são importantes para contrair e distender durante a inspiração e expiração, já as fibras reticulares para a sustentação, impedindo a distensão excessiva. 
	O ducto alveolar termina em um alvéolo único ou saco alveolar, que é formado por diversos alvéolos. Logo, os alvéolos estão nos bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e sacos alveolares sendo responsáveis pela estrutura esponjosa do parênquima pulmonar. As paredes são constituídas por uma camada epitelial fina que se apóia num tecido conjuntivo,onde há uma rica rede de capilares. Essa parede é comum a dois alvéolos formando uma parede ou septo interalveolar. Esse septo é formado por duas camadas de pneumócitos separadas pelo interstício do conjuntivo. 
	O ar alveolar é separado do sangue capilar pelo citoplasma do pneumócito I e sua lâmina basal, também a do capilar e o citoplasma da célula endotelial. 
	A parede interalveolar é formada por três tipos de células: as endoteliais, pneumócitos I e II. Sendo que esse endotélio é do tipo contínuo. Os pneumócitos I, também chamados de células alveolares pavimentosas, que são unidas por desmossomos, também apresentam zônulas de oclusão, que impedem a passagem de fluidos do espaço tecidual para o alvéolo. A sua principal função é formar uma barreira de espessura mínima para possibilitar as trocas gasosas e impedir essa passagem. 
	Os pneumócitos II são chamados de células septais e localizam-se entre os do tipo I. Logo, ficam sobre a membrana basal do epitélio alveolar e são arredondados - diferentes dos pneumócitos I, que são alongados. Apresentam RER desenvolvido e microvilos na superfície, mas a principal característica é a presença de corpos multilamelares. Esses possuem fosfolipídios, proteínas e outros, constituindo o material que se espalha sobre a superfície dos alvéolos, denominado surfactante pulmonar. Essa camada consiste em uma hipofase aquosa e protéica, coberta por fosfolipídios que tem a função de reduzir a tensão superficial dos alvéolos, o que reduz a força necessária para inspiração. Além disso, sem ela os alvéolos tenderiam a entrar em colapso durante a expiração. Ela é removida constantemente pelos pneumócitos e macrófagos alveolares. 
	O fluido alveolar é removido da porção condutora pelos cílios e se mistura com o muco dos brônquios, formando o líquido brônquio-alveolar, que auxilia a remoção de partículas e substâncias prejudiciais. 
	O septo interalveolar contém poros comunicando dois alvéolos vizinhos, esses equalizam a pressão do ar nos alvéolos e possibilitam a circulação colateral do ar, quando o bronquíolo é obstruído.
	Os macrófagos alveolares ou células da poeira são encontrados no interior dos septos interalveolares e na superfície dos alvéolos. Os que estão no surfactante limpam o epitélio e depois vão para a faringe onde são deglutidos. Já os do conjuntivo não migram para o epitélio; eles absorvem as partículas que são endocitadas por pinocitose pelos pneumócitos I. 
	As artérias pulmonares são elásticas, de paredes delgadas devido à baixa pressão. Na altura dos ductos, os ramos originam a rede de capilar. Os vasos nutridores são aqueles que levam nutrientes e oxigênio para o parênquima pulmonar. 
	A pleura é a serosa que envolve o pulmão sendo formada pelo folheto parietal e visceral. Ambos são formados por mesotélio e uma fina camada de conjuntivo. Esses folhetos delimitam para cada pulmão uma cavidade independente.

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