Buscar

Aparelho reprodutor feminino

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Aparelho reprodutor feminino (guilherme ferreira morgado)
	É formado por dois ovários, duas tubas uterinas, útero, vagina e a genitália externa. Suas funções são produzir gametas, acomodar o feto durante todos os estágios e produzir hormônios. 
	A superfície do ovário é coberta por um epitélio pavimentoso ou cúbico simples, o epitélio germinativo. Abaixo há uma camada de conjuntivo denso chamado de túnica albugínea, depois vem à região cortical, onde predominam os folículos ovarianos, que se localizam no tecido conjuntivo, estroma, do córtex. A parte mais interna do ovário é a medular, que possui tecido conjuntivo frouxo e muitos vasos. 
	Células germinativas primordiais migram para as gônadas e se transformam em ovogônias. Essas, depois do terceiro mês, entram na primeira divisão meiótica, mas esse processo pára na fase do diplóteno; essas células são os ovócitos primários, que são envolvidos por células foliculares. Mas muitos desses ovócitos primários são perdidos por um processo constante chamado de atresia. 
	O folículo ovariano é formado por um ovócito envolvido por células foliculares ou células da granulosa. Os folículos primordiais, formados durante a vida fetal, são ovócitos primários revestidos por uma camada de células foliculares. A maioria desses folículos se localiza na região cortical. As organelas do ovócito tendem a se concentrar próximas ao núcleo, sendo que há muitas mitocôndrias, complexos de Golgi e cisternas de retículo. 
	A partir da puberdade, cada dia um pequeno grupo de folículos primordiais inicia o crescimento folicular, que é estimulado pelo FSH. O crescimento do ovócito é muito rápido durante a primeira parte do crescimento folicular; o núcleo e todas as organelas crescem. As células foliculares se dividem por mitose formando uma camada única de células cubóides, então, ele passa a ser chamado de folículo primário unilaminar. Essas células continuam se proliferando e formam um epitélio estratificado que se chama camada granulosa. Nessa fase o folículo é chamado de primário multilaminar ou pré-antral. Uma espessa camada amorfa, a zona pelúcida, é secretada envolvendo o ovócito. O líquido folicular começa a se acumular entre as células foliculares formando pequenos espaços, que vão se unindo até formar uma grande cavidade chamada de antro folicular. Esses são chamados de folículos secundários ou antrais. No líquido folicular há altas concentrações de esteróide e diversas proteínas. Durante a formação do antro algumas células se colocam na parede do folículo, onde apóiam o ovócito, isso é chamado de cumulus oophorus. Além disso, um pequeno grupo de células foliculares envolve o ovócito formando a corona radiata. 
	Enquanto isso o estroma se modifica formando a teca externa e a interna. As células da teca interna vão produzir esteróides, como a androstenediona, que vão para as células da camada granulosa onde vão ser transformados em estrógeno. Devido a sua função secretora a teca interna possui muitos vasos.
	Durante cada ciclo menstrual um folículo antral se destaca e se torna o folículo dominante. Ele atinge o estágio máximo de desenvolvimento: folículo de Graaf, maduro ou pré-ovulatório. Assim, os outros folículos do grupo sofrem atresia. 
	A atresia é caracterizada pela parada de mitose das células foliculares, separação dessas da lâmina basal e morte do ovócito. Após isso, macrófagos invadem o tecido e fagocitam os restos e os fibroblastos produzem uma cicatriz de colágeno. A atresia é intensa após o nascimento, durante a puberdade e na gravidez. 
	A ovulação consiste na ruptura de parte da parede do folículo maduro e a liberação do ovócito, sendo que normalmente somente um ovócito é liberado. O estímulo da ovulação é um pico de secreção de LH, devido aos altos níveis de estrógeno. Uma indicação da ovulação é o estigma, uma marca na superfície do folículo. A primeira divisão meiótica é completada um pouco antes da ovulação, logo, forma-se o primeiro corpúsculo polar. 
	Após a ovulação, as células foliculares e da teca interna se reorganizam e formam o corpo lúteo. Essas células foliculares crescem e passam a ser chamadas de células granulosa-luteínicas com características secretoras de estrógeno. As células da teca também formam as células teca-luteínicas. Os vasos sanguíneos crescem e formam uma abundante rede vascular. Essas mudanças ocorrem devido ao LH, que ainda estimula a secreção de progesterona. Depois de um tempo, se não houver outro estímulo, as células do corpo lúteo sofrem apoptose, esse é o corpo lúteo de menstruação. Os seus restos são fagocitados e fibroblastos produzem uma cicatriz de tecido conjuntivo denso chamado de corpo albicans. Caso ocorra a fertilização, o corpo lúteo recebe sinal das células trofoblásticas, que produzem gonadotropina coriônica humana (HCG), que estimula o corpo lúteo. Esse é o corpo lúteo de gravidez. As células da teca interna persistem no estroma cortical e são chamadas de células intersticiais. 
	 As tubas uterinas são dois tubos de grande mobilidade, uma de suas extremidades, o infundíbulo, se abre na cavidade peritoneal e possui prolongamentos em forma de franjas chamadas de fimbrias. Já a outra extremidade se chama intramural e atravessa a parede do útero para se abrir dentro dele. 
	A parede da tuba uterina é formada por uma mucosa, uma espessa camada muscular e uma serosa formada pela lâmina visceral do peritônio. A mucosa possui dobras numerosas na ampola, que vão ficando menores ao se aproximar do útero, e é formada por epitélio colunar simples e por uma lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo. Sendo que o epitélio possui células ciliadas e outras secretoras, os cílios batem em direção ao útero. No momento da ovulação, a extremidade afunilada da ampola se coloca muito próxima ao ovário para capturar o ovócito. A secreção liberada tem a função nutritiva, protetora e faz a capacitação dos espermatozóides. A fertilização normalmente ocorre na ampola, então, o ovócito completa a divisão meiótica, mas se ela não ocorrer o ovócito sofre autólise na tuba uterina. Depois de fertilizado o zigoto é transportado para o útero devido aos movimentos dos cílios e da contração do músculo liso. 
	O corpo do útero é a porção dilatada, já o fundo é a porção estreita e a que se abre na vagina é a cérvix ou colo do útero. O útero possui três camadas: o miométrio, endométrio e uma mais externa formada por uma serosa, o perimétrio. 
	O miométrio é a mais espessa sendo formada por pacotes de fibras musculares lisas separadas por tecido conjuntivo. Durante a gravidez o miométrio cresce muito devido a hiperplasia e hipertrofia. Além disso, as células musculares lisas sintetizam colágeno. 
	O endométrio é o epitélio mais sua lâmina própria, que possui glândulas tubulares simples. O epitélio é do tipo colunar simples formado por células ciliadas e secretoras. O endométrio se divide em duas camadas: a basal, que é a mais profunda e formada por tecido conjuntivo e as porções iniciais das glândulas. A segunda camada é a funcional, formada pelo restante do conjuntivo, pela porção final das glândulas e pelo epitélio; essa sofre mudanças intensas durante os ciclos menstruais. As artérias retas irrigam a camada basal e as espirais suprem a funcional, sendo que essas duas vêm da artéria arqueada. 
	Depois da puberdade os hormônios ovarianos fazem com que o endométrio passe por modificações estruturais cíclicas durante o ciclo menstrual. O ciclo “começa” no sangramento menstrual, que é derivado dos fragmentos de endométrio e vasos rompidos. 
	Na fase proliferativa a mucosa é bastante delgada, já que sofreu a descamação da fase menstrual. Ela começa com um crescimento rápido de um grupo dos folículos ovarianos; esses começam a secretar estrógenos. Esses hormônios induzem o endométrio a se proliferar, que é coberto por um epitélio colunar simples; as glândulas apresentam tubos retilíneos e lúmen estreito. A fase secretora começa após a ovulação e resulta da ação da progesterona secretada pelocorpo lúteo. Ela estimula as células glandulares, as células epiteliais começam a acumular glicogênio, o lúmen das glândulas dilata e elas ficam tortuosas. Nessa fase o endométrio alcança seu crescimento máximo. Se não ocorrer fertilização o corpo lúteo regride, logo, caem os níveis de progesterona. Isso leva a contração das artérias espirais, o que bloqueia o fluxo provocando isquemia. Até que as artérias se rompem e o sangramento começa e uma porção da camada funcional do endométrio é separada e o resto encolhe pela perda de fluido intersticial. No término dessa fase, o endométrio está reduzido. Se ocorrer a implantação a progesterona continua a atuar fazendo com que as glândulas fiquem mais dilatadas e tortuosas. Além disso, o tecido conjuntivo muda, já que os fibroblastos aumentam de tamanho e tornam-se arredondados passando a se chamar células deciduais, já o endométrio passa a se chamar decídua. A decídua é dividida em decídua basal (entre embrião e miométrio), cápsula (entre embrião e lúmen uterino) e parietal (restante da mucosa uterina). 
	A placenta dividi-se em uma parte fetal (cório) e uma materna (decídua basal), logo, ela é formada por células derivadas dos dois indivíduos. Ela é um órgão endócrino que produz HCG, progesterona e outros. 
	A mucosa do colo do útero é revestida por um epitélio colunar simples secretor de muco que tem poucas fibras musculares, mas bastante conjuntivo denso. Já a porção externa, que faz saliência no lúmen da vagina, é revestida de epitélio pavimentoso estratificado. Na sua mucosa também se encontram as glândulas mucosas cervicais. Além disso, ela não sofre grandes alterações no ciclo menstrual, somente essas glândulas que intensificam a produção durante a gravidez. 
	A parede da vagina não possui glândulas e consiste em três camadas: mucosa, muscular e adventícia. O muco presente vem das glândulas cervicais. O epitélio é pavimentoso estratificado e acumula glicogênio, que é liberado no lúmen quando a célula descama. Esse glicogênio é metabolizado por bactérias em ácido láctico configurando o pH acido da vagina. A lâmina própria é composta por conjuntivo frouxo rico em fibras elásticas, também há linfócitos e neutrófilos. A camada muscular é composta por pacotes de fibras musculares lisas. Depois vem a adventícia, composta por conjuntivo denso e rico em fibras elásticas. 
	A genitália feminina externa ou vulva consiste no clitóris, pequenos lábios, grandes lábios e o vestíbulo. A uretra e os ductos das glândulas vestibulares se abrem no vestíbulo. As glândulas vestibulares maiores, ou de Bartholin, se situam a cada lado do vestíbulo, já as vestibulares menores são muitas e estão no clitóris e uretra. 
	O clitóris é formado por dois corpos eréteis que terminam em uma glande clitoridiana e em um prepúcio. Ele é recoberto por um epitélio pavimentoso simples. 
	Os lábios menores são dobras da mucosa vaginal que possui conjuntivo penetrado por fibras elásticas. É recoberto por epitélio pavimentoso estratificado com uma fina camada de queratina. Apresenta glândulas sebáceas e sudoríparas. 
	Os lábios maiores são dobras de pele com grande quantidade de tecido adiposo e uma fina camada de músculo liso. A superfície interna se assemelha com a dos lábios menores, já a externa possui pêlos espessos e ondulados. Também apresenta glândulas sebáceas e sudoríparas. 
	A glândula mamária é um conjunto de glândulas túbulo-alveolares compostas, cuja função é secretar leite. Cada lóbulo é separado por tecido conjuntivo denso e muito tecido adiposo. Antes da puberdade, ela é formada pelos seios galactóforos e varias ramificações chamadas de ductos galactóforos. O aumento das mamas na puberdade é resultado de acúmulo de tecido adiposo e conjuntivo. Na mulher adulta, o lóbulo consiste em vários ductos intralobulares que se unem e formam o ducto interlobular terminal, sendo que cada lóbulo é imerso em tecido conjuntivo. Próximo ao mamilo os ductos galactóforos se unem para formar o seio galactóforo. A abertura externa dos ductos galactóforos é revestida por epitélio pavimentoso simples, mas no interior do ducto este epitélio é colunar estratificado ou cubóide. 
	As glândulas mamárias sofrem intenso crescimento durante a gravidez por ação de diversos hormônios. Há o desenvolvimento de alvéolos nas extremidades dos ductos interlobulares terminais; são as células epiteliais dos alvéolos que sintetizam o leite. Durante a lactação a quantidade de tecido adiposo e conjuntivo diminui. Depois esses alvéolos sofrem degeneração por apoptose.

Outros materiais