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Aparelho reprodutor masculino

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Aparelho reprodutor masculino (guilherme ferreira morgado)
	Ele é composto pelos testículos, ductos genitais, glândulas acessórias e pênis. Os testículos têm a função de produzir hormônios e espermatozóides, sendo que o principal hormônio é a testosterona, que é importante para espermatogênese. Os ductos genitais e as glândulas produzem secreções que auxiliam no transporte dos espermatozóides para o exterior. Sendo que os espermatozóides mais essas secreções formam o sêmen. 
	Cada testículo é envolto pela túnica albugínea composta por conjuntivo denso. Na superfície dorsal dessa túnica ela é espessada formando o mediastino do testículo, do qual partem septos fibrosos. Esses dividem o testículo em lóbulos testiculares, mas que são incompletos. Cada lóbulo é ocupado por quatro túbulos seminíferos, que se enovelam no tecido conjuntivo frouxo rico em vasos, nervos e células de Leydig. Os túbulos seminíferos são os produtores do gameta, já as células de Leydig secretam o andrógeno testicular. 
	Os testículos, durante a vida fetal, saem da cavidade retroperitoneal indo para a bolsa escrotal, sendo que são suspensos pelo cordão espermático. Devido a essa migração, cada testículo traz uma membrana serosa, a túnica vaginal, derivada do peritônio. Essa túnica tem uma camada parietal e uma visceral. 
	Os túbulos seminíferos iniciam em um fundo cego e terminam em curtos tubos conhecidos por túbulos retos, que conectam os túbulos seminíferos à rede testicular. Essa rede é revestida por um epitélio simples pavimentoso ou cúbico. Os ductos eferentes conectam a rede testicular a outro sistema de ductos chamado epidídimo. 
	Os túbulos seminíferos são formados por uma parede de epitélio germinativo ou seminífero envolvida por uma lâmina basal e uma bainha de tecido conjuntivo. Nesse conjuntivo encontram-se células mióides, que são achatadas e contráteis, apresentando características de células musculares lisas. As células de Leydig ocupam a maior parte do espaço entre os túbulos seminíferos. O epitélio seminífero é formado por células de Sertoli e células da linhagem espermatogênica. 
	A espermatogênese começa com a espermatogônia, que está situada próxima à lâmina basa; ela começa a se multiplicar por mitose e pode seguir dois caminhos. O primeiro mantendo-se como célula-tronco de outras espermatogônias, essas são chamadas de espermatogônia tipo A. O segundo caminho é a diferenciação tornando-se espermatogônia do tipo B, essas vão se diferenciar novamente gerando os espermatócitos primários. Esses vão originar os espermatócitos secundários após a primeira divisão meiótica, que por sua vez vão realizar a segunda divisão originando as espermátides. 
	As espermátides vão realizar a espermiogênese, que inclui formação do acrossoma, condensação e alongamento do núcleo, desenvolvimento do flagelo e perda de citoplasma. O resultado final é o espermatozóide maduro. 
	A espermiogênese é dividida em três etapas: a primeira é a do complexo de Golgi, que é bem desenvolvido nas espermátides e vai gerar a vesícula acrossômica; nessa etapa também se inicia a formação do axonema. A segunda etapa é do acrossoma, na qual termina a formação do acrossoma antes passando pelo estágio em que é chamado de capus acrossômico. Essa estrutura possui inúmeras enzimas, logo, se assemelha ao lisossomo e tem a função de dissociar as células da corona radiata e de digerir a zona pelúcida. Para isso, quando o espermatozóide encontra o ovócito ocorre a reação acrossômica, ou seja, a liberação das enzimas. Nessa segunda fase o núcleo se torna mais alongado e condensado, também o flagelo cresce a partir do centríolo e as mitocôndrias se organizam na porção inicial desse flagelo. Na última etapa de maturação parte do citoplasma é perdido e os espermatozóides são liberados no lúmen do túbulo. 
	Os espermatócitos primários, secundários e espermátides são unidos por pontes intercelulares, o que permite a comunicação entre eles, isso contribui para o sincronismo dos eventos da espermatogênese.
	Depois de serem liberados nos túbulos os espermatozóides são transportados para o epidídimo no fluido testicular, que é produzido pelas células de Sertoli.
	É importante lembrar que os túbulos seminíferos não são coordenados, ou seja, há uma assincronia dos eventos da espermatogênese e isso é chamado de ciclo do epitélio seminífero. 
	As células de Sertoli são piramidais e envolvem as células da linhagem espermatogênica. Elas possuem abundante RER, complexo de Golgi, mitocôndrias e lisossomos. Esse tipo de célula é conectado por junções comunicantes, o que é importante para a coordenação do ciclo do epitélio seminífero. Além disso, na parede baso-lateral elas são unidas por junções oclusivas formando a barreira hematotesticular, sendo que as espermatogônias ficam no compartimento basal situado abaixo da barreira, já os espermatócitos e espermátides permanecem no compartimento adluminal situado sobre a barreira. As células de Sertoli não se dividem durante a vida sexual e são muito resistentes. 
	As células de Sertoli possuem inúmeras funções como suporte, proteção e suprimento nutricional. São essas células que sustentam a rede existente entre as células da série espermatogênica, são elas também que comunicam essa série de células com o plasma. Elas também fagocitam o citoplasma que é liberado pela espermátide. Adicionalmente secretam uma proteína que concentra a testosterona nos túbulos seminíferos e um peptídeo chamado inibina, que suprime a síntese e liberação de FSH. 
	A barreira hematotesticular explica a diferente composição do interior dos túbulos seminíferos em relação ao sangue. Os capilares dos testículos são fenestrados e possibilitam a passagem de moléculas grandes. 
	Os hormônios são fatores importantes no controle da espermatogênese, dentre eles os dois fundamentais são FSH e LH. O LH age nas células de Leydig estimulando a produção de testosterona, já o FSH sob as células de Sertoli estimulando a síntese da proteína ligante do andrógeno. Outro fator regulador é a temperatura, já que o processo só ocorre abaixo da temperatura corporal. No testículo a temperatura é controlada pelo plexo pampiniforme (venoso), formando um sistema de contracorrente de troca de calor, e também pela contração dos músculos cremastéricos. 
	O tecido intersticial do testículo é uma local de produção de andrógenos, devido às células de Leydig. A atividade e o número dessas células dependem do estímulo hormonal. 
	Os ductos intratesticulares são os ductos retos, a rede testicular e os ductos eferentes. O epitélio desses ductos é cubóide e nos ductos eferentes algumas células possuem cílios, o que ajuda a levar o espermatozóide ao epidídimo e as que não têm absorvem o fluido secretado no túbulo seminífero, o que também ajuda nesse fluxo. 
	 Os ductos genitais extratesticulares levam os espermatozóides do testículo para o meato do pênis e são: o ducto epididimário, deferente e a uretra. 
	O ducto do epidídimo é um tubo único muito enovelado e, junto com o conjuntivo e vasos sanguíneos, forma o epidídimo. O seu epitélio é colunar pseudo-estratificado que possui estereocílios, esse epitélio ajuda na absorção e digestão dos corpos residuais das espermátides. As contrações do músculo liso ajudam a mover o fluido ao longo do tubo. 
	Do epidídimo sai o ducto deferente, que termina na uretra prostática. Ele é caracterizado por um lúmen estreito e uma espessa camada de músculo liso e o seu epitélio é o mesmo que o do epidídimo. Entre a camada de músculo liso e o epitélio há um conjuntivo rico em fibras elásticas. Essa camada de músculo liso participa da expulsão do sêmen na ejaculação. 
	O ducto deferente faz parte do cordão espermático, junto com a artéria testicular, plexo pampiniforme e nervos. Antes de entrar na próstata ele se dilata formando a ampola, onde o epitélio é mais espesso e pregueado. Na porção final da ampola desembocam as vesículas seminais, então, o ducto segue para a próstata e se abre na uretra prostática.O segmento que entra na próstata é chamado de ducto ejaculatório e já não possui camada de músculo liso, mas o epitélio é o mesmo. 
	As glândulas genitais acessórias são as vesículas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais. As vesículas seminais consistem em dois tubos tortuosos, sua mucosa é pregueada com o epitélio cubóide ou pseudo-estratificado cilíndrico. A lâmina própria é rica em fibras elásticas e é envolvida por uma fina camada de músculo liso. Essa vesícula produz carboidratos que são a reserva energética para a mobilidade dos espermatozóides, sendo a frutose a mais abundante. 
	A próstata é um conjunto de glândulas túbulo-alveolares ramificadas que têm seu ducto desembocando na uretra prostática. Ela é dividida em três zonas: central, periférica e transição. A periférica é a maior e aonde surge o câncer de próstata, já na zona de transição é o local comum de hiperplasia benignas de próstata. Essas glândulas são formadas por epitélio cubóide ou colunar pseudo-estratificado. A próstata é envolvida por uma cápsula fibroelástica rica em músculo liso, essa cápsula divide a glândula em lóbulos. É freqüente a presença de corpos esféricos calcificados no lúmen, que são chamados de concreções prostáticas.
	As glândulas bulbouretais, ou de Cowper, situam-se na porção membranosa da uretra, elas são túbulo-alveolares e revestidas por epitélio cúbico simples. Esse epitélio secreta um muco que atua como lubrificante. 
	Os componentes principais do pênis são a uretra e três corpos cilíndricos de tecido erétil. Dois desses cilindros, corpos cavernosos do pênis, estão situados dorsalmente, já o corpo esponjoso envolve a uretra. Sendo que na extremidade distal ele se dilata formando a glande do pênis. A uretra peniana tem o seu epitélio pseudo-estratificado colunar, mas na glande ele se torna estratificado pavimentoso. Também estão presentes glândulas de Littre, que secretam muco. Os corpos cavernosos são envolvidos pela túnica albugínea de conjuntivo denso. 
	O tecido erétil tem grande quantidade de espaços venosos separados por trabéculas de fibras de conjuntivo e células musculares lisas. A ereção é um processo hemodinâmico controlado por impulsos sobre o músculo liso das artérias do pênis e sobre o músculo liso das trabéculas. Esse processo ocorre pela abertura dessas artérias e dos espaços cavernosos.

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