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"A noção de estrutura em etnologia"-resumo

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LÉVI-STRAUSS, Claude. “A noção de estrutura em antropologia”. In: Antropologia estrutural.
A noção de Estrutura de que trata o autor, se refere a modelos teóricos com vistas a compreender determinadas sociedades. Em nada dizem respeito à ideia de relação social, ou a ideia ainda de organização social, quando Lévi-Strauss fala de estrutura ele fala necessariamente de modelos explicativos, que requerem um determinado nível de abstração, isto é, não são descrições, mas explicações cuja fundamentação está no processo investigativo.
Entretanto, falar de modelos explicativos requer especificação, o modelo ao qual se refere o autor não é qualquer modelo, mas aquele que satisfaz quatro condições:
Oferece um caráter de sistema;
Deve pertencer a um grupo de transformações;
É perceptível saber a forma como reagirá tal sistema caso ocorra às transformações;
Deve ser explicativo.
A construção da estrutura envolve de certo modo dois níveis os quais serão sempre distinguidos:
A OBSERVAÇÃO: a estrutura não é algo dado a priori, justamente pelo fato de que ultrapassa a mera descrição e exige um grau de investigação e abstração. Logo um primeiro “momento” do processo de elaboração, envolve a observação, ou seja, a observação dos fatos, o qual utiliza-se na maioria dos casos a observação etnográfica a fim de que se reúna o material a ser investigado e a partir do mesmo se possa pensar a os modelos. Regra devem ser ressaltada- OS FATOS DEVEM SER OBSERVADOS E DESCRITOS LIVRES DE PRECONCEITOS TEÓRICOS, OS FATOS DEVEM SER ESTUDADOS EM SI MESMOS E EM RELAÇÃO AO CONJUNTO DE QUE FAZEM PARTE.
- Nesse entremeio ocorre o processo de abstração e consequentemente elaboração dos modelos.
A EXPERIMENTAÇÃO: uma vez realizado a observação e a construção do modelo, a experimentação diz respeito ao conjunto de processos que permitem saber como um modelo reage às modificações, ou ainda comparar entre si modelos do mesmo tipo ou de tipos diferentes. 
CONSCIÊNCIA E INCONSCIÊNCIA- tipos de modelos.
Os modelos podem ser conscientes ou inconscientes. Os modelos CONSCIENTES são tomados enquanto os mais pobres que existem em razão de sua função QUE É DE PERPETUAR AS CRENÇAS E OS USOS MAIS DO QUE EXPOR-LHES AS CAUSAS. Aqui há um perigo- quanto mais nítida é a estrutura aparente, mais difícil torna-se aprender a estrutura profunda devido aos modelos conscientes e deformados que se interpõem como obstáculos entre o observador e seu objeto. Além do mais pode ocorrer que a explicação já dada apareça de forma tão correta que o pesquisador não consiga realizar a abstração em sua análise estrutural. As normas devem sempre ser tomadas como documento os quais precisam ser investigados a fim de que se formule as estruturas mas não podem ser tomadas em si como estruturas.
Já os modelos INCONSCIENTES são os preferidos para a análise estrutural uma vez que a sociedade não dispõe de um modelo consciente para interpretá-lo ou justifica-los.
MODELOS MECÂNICOS E MODELOS ESTATÍSTICOS
 
 
Os elementos constitutivos estão na escala dos fenômenos Os elementos constitutivos estão em escala diferente
O problema da relação entre história e etnologia:
Lévi-Strauss propõe uma diferença entre:
ETNOGRAFIA-HISTÓRIA: que se fundam na coleta e na organização de documentos. OBSERVAÇÃO EMPÍRICA E CONSTRUÇÃO DE MODELOS- passo inicial.
ETNOLOGIA- SOCIOLOGIA: que se fundam nos estudos dos modelos construídos a partir e por meio dos documentos fornecidos pelas primeiras. Caráter estatístico ou mecânico dos modelos. 
- Etnografia e etnologia correspondem a duas etapas de uma mesma pesquisa. A etnologia emprega um tempo no sentido diferente mecânico, isto é, reversível e não cumulativo.

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