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ATOS ADMINISTRATIVOS
Atos administrativos: conceito, requisitos, atributos e espécies. Invalidação dos atos administrativos: revogação e anulação. Atos interna corporis. Atos legislativos e atos políticos.
A Administração Pública realiza sua função executiva por meio de atos jurídicos que recebem a denominação especial de atos administrativos.
| I - Ajurídicos (dar aula, varrer uma sala)
Atos da Adm. |
Pública. | 1. Regime de D. Privado
| II - Jurídicos - 2. De governo (políticos)
3. Administrativos
[Di Pietro - Todo ato praticado no exercício da função administrativa é ato da Administração:
1) atos de direito privado; 2) atos materiais da Administração;
3) atos de conhecimento, opinião, juízo ou valor; 4)atos políticos;
5) os contratos 
6) os atos normativos da Administração;
7) atos administrativos propriamente ditos.
[Di Pietro - É a declaração do Estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob o regime jurídico de direito público e sujeita a controle pelo Poder Judiciário.]
Fato administrativo
Toda realização material da Administração, em cumprimento de alguma decisão administrativa, tal como a construção de uma ponte, a instalação de um serviço público, etc. O fato administrativo resulta sempre de um ato administrativo que o determina.
1 - CONCEITO:
“E toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nesta qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir, e declarar direito, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria.”(Hely)
Declaração do Estado, ou de quem lhe faça as vezes, no exercício de prerrogativas públicas, manifestada mediante providências jurídicas complementares da lei a título de lhe dar cumprimento e sujeitas a controle de legitimidade por órgão jurisdicional.
Manifestação unilateral da Administração Pública (nos termos do art. 37, caput - O Estado no exercício da função administrativa) sob o regime de direito público e que produz efeitos imediatos.
2 - REQUISITOS:
São requisitos dos Atos Administrativos (Lei n 4.717/65):
- competência - finalidade - forma - motivo - objeto
2.1 - Competência
Poder que a Lei atribui ao agente administrativo para o desempenho de suas funções. Resulta da lei e por ela é delimitada. Sendo um requisito de ordem pública, é intransferível e improrrogável pela vontade dos interessados.
- Quantidade ou qualidade do poder funcional para manifestar a vontade da Administração.
- [Di Pietro - Sujeito é aquele a quem a lei atribui competência para a pratica do ato. Além de competente deve ser capaz.
- Competência é o conjunto de atribuições das pessoas jurídicas, órgãos e agentes, fixados pelo direito positivo - decorre sempre da lei; é inderrogável; pode ser objeto de delegação ou avocação.
2.2. - Finalidade
Todo ato administrativo deve se voltar para o fim público. A finalidade há de ser indicada na lei. A alteração da finalidade expressa ou implícita na norma legal caracteriza o desvio de poder - invalidação do ato.
[Di Pietro - É o resultado que a Administração quer alcançar com a prática do ato. Objeto é o efeito jurídico imediato que o ato produz, a finalidade é o efeito mediato. Em sentido amplo deve sempre corresponder à consecução de um resultado de interesse público (finalidade pública); em sentido restrito é o resultado específico que cada ato deve produzir, decorre explicita ou implicitamente da lei.]
2.3. - Forma
Modo através do qual o ato aparece, revela a sua existência. Requisito vinculado e imprescindível. Todo ato administrativo é, em princípio, formal. Usualmente é a forma escrita.
. Forma : Revestimento substancial, exteriorizador do ato administrativo. Modo através do qual o ato aparece, revela a sua existência. Requisito vinculado e imprescindível. Todo ato administrativo, é em princípio formal. Usualmente é a forma escrita.
Atos orais (ordens de um agente), atos pictórios (placas), eletrônicos (semáforos), mímicos (policial de trânsito); sonoros (apito).
Não se confunde com formalidade - modo específico de apresentação da forma.
- A revogação ou invalidação de um ato, ou modificação deverão obedecer também os requisitos da forma e da formalidade.
[Di Pietro - uma concepção ampla inclui não só a exteriorização do ato, mas todas as formalidades que devem ser observadas durante o processo de formação da vontade da Administração e até os requisitos concernentes à Publicidade do ato.]
2.4. - Motivo
Situação de fato ou de direito que determina ou autoriza a realização do ato. É a “causa” do ato administrativo. A motivação é a exposição dos dos motivos.
Autoriza ou impõe ao agente público a prática do ato. É a 'causa' do ato. Pode estar ou não na lei. Pode ser vinculado ou discricionário.
- Não se confunde com motivação, que é a exposição dos motivos.
[Di Pietro - É o pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao ato administrativo. Pressuposto de direito é o dispositivo legal em que se baseia o ato. Pressuposto de fato corresponde ao conjunto de circunstâncias, de acontecimentos, de situação que levam a Administração a praticar o ato]
Lei 9.784/99 - DA MOTIVAÇÃO: Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
..........................
2.5. - Objeto
É o resultado visado pelo ato. Resultado prático que o órgão se propõe a conseguir através de sua ação.
. Objeto : É o resultado visão pelo ato. Resultado prático que o órgão se propõe a conseguir através de sua ação. Está sempre no mundo jurídico. Todo ato administrativo tem por objeto a criação modificação ou comprovação de situações jurídicas concernentes a pessoas, coisas ou atividades sujeitas à ação do Poder público.
- Pode estar vinculado em lei ou pode ter ficado explícito ou implícitamente a escolha do agente - objeto discricionário
[Di Pietro] - É o efeito jurídico imediato que o ato produz. É o conteúdo do ato. Para identificar este elemento basta verificar o que o ato enuncia, prescreve, dispõe.
Ação Popular - Lei nº 4.717/65
Art. 2º. São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de:
a) incompetência;
b) vício de forma;
c) ilegalidade do objeto;
d) inexistência dos motivos;
e) desvio de finalidade.
Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as seguintes normas:
a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais do agente que o praticou;
b) o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato;
c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei, regulamento ou outro ato normativo;
d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido;
e) o desvio da finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência.
3 - ATRIBUTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
São os elementos de distinção dos atos administrativos, emprestando-lhes características próprias e condições peculiares, sendo os seguintes: presunção de legalidade, imperatividade, auto-executoriedade, exigibilidade.
3.1. - Presunção de legalidade
Os atos administrativos são tidos como legais cabendo a quem não considerá-los assim provar. Milita em favor da Administração uma presunção juris tantum.
A presunção de veracidade diz respeito aos fatos; em decorrência desse atributo presumem-se verdadeiros os fatos alegados pela Administração. Assim ocorre com às certidões, atestados, declarações, informações por ela fornecidos, todos dotados de fé pública.
3.2. - Presunção de imperatividade
Os atos administrativos impõem-se a terceiros, independente de sua concordância.
Algunsatos administrativos não necessitam de tal atributo - Ex. atos administrativos enunciativos (certidões)
É o atributo do ato que impõe a coercibilidade para seu cumprimento ou execução. Alguns atos não necessitam. Decorre só da existência do ato, não dependendo da sua declaração de validade ou invalidade. Deve ser cumprido até sua retirada do mundo jurídico.
3.3. - Auto-executoriedade
Consiste na possibilidade que certos atos administrativos ensejam de imediata e direta execução pela própria Administração Pública , independente de ordem judicial.
Alguns atos administrativos não possuem. - Ex. multas e prestações pecuniárias: necessitam de processo judicial.
- Poder de compelir materialmente o administrado, sem precisar buscar previamente as vias judiciais, ao comprimento da obrigação que impôs e exigiu.
[Di Pietro - Hipóteses: 1) expressa previsão legal; 2) medida urgente]
3.4 - Exigibilidade
Qualidade do ato administrativo pelo qual o Estado pode exigir de terceiros o cumprimento, a observância das obrigações que impôs, através de meios indiretos.
[Di Pietro - No caso de exigibilidade a Administração utiliza de meios indiretos de coerção, como a multa ou outras penalidades administrativas, impostas em caso descumprimento do ato. Na executoriedade a Administração emprega meio diretos de coerção, compelindo materialmente o administrado a fazer alguma coisa, utilizando-se inclusive da força.]
* Tipicidade - [Di Pietro - Tipicidade - é o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras definidas previamente pela lei. Decorre do princípio da legalidade.
ATOS ADMINISTRATIVOS VINCULADOS E DISCRICIONÁRIOS
4.1 - Atos Vinculados
São aqueles para os quais a lei estabelece os requisitos e condições de sua realização. Devem ser motivados, evidenciando a conformidade de sua prática com as exigências e requisitos legais que constituem pressupostos necessários de sua existência e validade. Permitem ao Judiciário revê-los em todos os seus aspectos.
4.2 - Atos Discricionários
São os praticados com liberdade de escolhca de sue conteúdo, de seu destinatário, de sua conveniência, de sua oportunidade e do modo de sua realização. No que concerne à competência, à finalidade e à forma, o ato administrativo discricionário está sujeito aos textos legais, podendo o Judiciário revê-los e, se for o caso, invalidá-los, por discordância desses requisitos com o texto legal.
INVALIDAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS ADMINISTRATIVOS
Revogação:
Quando o ato administrativo, apesar de legal, torna-se inconveniente e inoportuno. Decorre de um juízo de conveniência, oportunidade e razoabilidade dos atos administrativos pela Administração e, como tal, dispensa o contraditório. Só pode ser executada pela Administração.
A regra é a revogabilidade, sendo exceção suas restrições.
Efeitos: tem efeito ex nunc. Podendo revogar, revoga-se, garantindo os efeitos passados,o que, entretanto, não gera direito à indenização. Porém, tratando-se de atos administrativos irrevogáveis e tendo estes se tornado inconvenientes, a solução é revogar e indenizar, o que se fará pelo meio comum ou expropriatório.
Ex.: revogação de licença para construir, justificada para modificação do plano urbanístico.
Anulação:
Quando o ato administrativo é ilegal. Pode ser feito tanto pela Administração quanto pelo Judiciário na ocorrência de Defeito de competência, finalidade, forma, motivo ou objeto.
Efeitos: a princípio não há prazo para anular. Porém, doutrina e jurisprudência vem atenuando esse entendimento para garantir a estabilidade das relações jurídicas. Da mesma forma-se a ilegalidade decorrer de ato administrativo interno da Administração, pois o particular não tem culpa, aplicando-se o princípio da presunção de legalidade e a teoria da aparência. Excepciona-se os terceiros de boa-fé.
Gera efeitos ex tunc
Ex.: funcionário nomeado irregularmente. Deve devolver seus vencimentos, mas os seus atos administrativos são válidos.
Lei 9.784/99 - CAPÍTULO XIV - DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
§ 1o No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção do primeiro pagamento.
§ 2o Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que importe impugnação à validade do ato.
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração.
CLASSIFICACÃO DE ATOS ADMINISTRATIVOS
Atos administrativos propriamente ditos – Declaração de vontade da Administração Pública, voltada para obtenção de determinados efeitos jurídicos. (demissão, tombamento, requisição)
Mero ato administrativo - Declaração de opinião (parecer), conhecimento (certidão) ou desejo (voto, num órgão colegiado)
Obs: Atos administrativos unilaterais não se confundem com negócios jurídicos porque a Administração Pública não tem liberdade para estabelecer, por sua própria vontade, os efeitos jurídicos, que são aqueles fixados na lei; trata-se de aplicação do atributo da tipicidade - decorrente do princípio da legalidade.
QUANTO À FORMAÇÃO DE VONTADE DO ATO
ATO SIMPLES – resulta de uma única vontade expressada por um único órgão ou agente público. Esse órgão pode ser singular (um único agente) ou colegiado.
Exemplos: nomeação de um servidor público. Demissão. Licença para Dirigir.
ATO COMPLEXO - são os que resultam da manifestação de dois ou mais órgãos, sejam eles singulares ou colegiados, cuja vontade se funde para formar um ato único. As vontades são homogêneas, resultam de vários órgãos de uma mesma entidade ou de entidades públicas distintas, que se unem em uma só vontade para formar o ato. Identidade de conteúdo e de fins. Exemplo: o decreto assinado pelo Chefe do Executivo e referendado pelo Ministro de Estado.
ATO COMPOSTO - é o que resulta da manifestação de dois ou mais órgãos em que a vontade de um é instrumental em relação à de outro, que edita o ato principal. Enquanto no ato complexo fundem-se as vontades para a pratica um ato só, no ato composto, praticam-se dois atos, um principal e outro acessório, este último pode ser pressuposto ou complementar daquele.
São atos compostos os atos em geral que dependem de aprovação, homolgação, visto etc
Exemplos: a nomeação do Procurador Geral da República depende da prévia aprovação pelo Senado; a nomeação é ato principal, sendo a aprovação prévia o ato acessório, pressuposto do principal. A dispensa de licitação , em determinadas hipóteses, depende de homologação pela autoridade superior para produzir efeitos. A homologação é ato acessório, complementar do principal.
Celso A.B Mello nega a existência dessa categoria - no ato composto existe um principal e um acessório. No procedimento existe um ato principal e vários acessórios.
QUANTO AO EXERCÍCIO DAS PRERROGATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
ATOS DE IMPÉRIO – Quanto a Administração Pública age com supremacia, no gozo das prerrogativas de autoridade. Exemplo: ordem de interdição de um estabelecimento; determinação para demolição de uma construção.
. Princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado
. Princípio da indisponibilidade do interesse público pela própria Administração Pública
ATOS DE IMPÉRIO (ou de autoridade)
Aqueles que a Administração pratica usando de sua supremacia sobre o administrado ou servidor e lhes impõe obrigatório atendimento. Podem ser gerais ou individuais, internos ou externos, mas sempre unilaterais. Revogáveis e modificáveis a critério da Administração.
ATOS DE GESTÃO –atos regidos pelo direito privado (ato civil realizado pela Administração Pública). Tais atos não integram o atual conceito de ato administrativo. Exemplos: locação de um bem
ATOS DE GESTÃO
São os praticados sem usar de sua supremacia sobre os destinatários. Se praticados regularmente, tornam-se vinculantes, geram direitos subjetivos e permanecem imodificáveis pela Administração, salvo quando precários por sua própria natureza.
ATOS DE EXPEDIENTE
São todos aqueles que se destinam a dar andamento aos processos e papéis que tramitam pelas repartições públicas, preparando-os para a decisão de mérito a ser proferida pela autoridade competente. São atos de rotina interna, sem caráter vinculante e sem forma especial.
QUANTO AOS DESTINATÁRIOS DO ATO
ATOS GERAIS , ABSTRATOS OU IMPESSOAIS – tem como destinatário pessoas indeterminadas. São os atos normativas expedidos pela Administração Pública. Exemplo: regulamentos, regimentos, instruções, resoluções, portaria etc.
Atos abstratos são os que prevêem reiteradas e infindas aplicações, alcançando um número indeterminado e indeterminável de destinatários.
ATOS INDIVIDUAIS OU CONCRETOS – São os atos que tem por destinatário pessoas certas, determinadas e nominadas, produzindo efeitos jurídicos concretos. Exemplo: nomeação, demissão, autorização, licença etc. Pode se destinar a mais de uma pessoa, nominadas no ato – ato plúrimo– exemplo exoneração de 10 servidores através de uma única portaria.
plúrimo – os destinatários são múltiplos sujeitos especificados
singular – destinatário é um único sujeito especificado
Quanto a estrutura do ato: Atos concretos – que dispões para um único e específico caso, esgotando-se nesta única aplicação. Atos abstratos – prevêem reiteradas e indefinidas aplicações, atingindo um número indeterminado e indeterminável de destinatários.
ATOS GERAIS (ou regulamentares)
Expedidos sem destinatários determinados, com finalidade normativa, alcançando todos os sujeitos que se encontram na mesma situação de fato abrangido por seus preceitos. Atos de comando abstrato e impessoal, revogáveis a qualquer momento e inatacáveis por via judicial, exceto por representação de inconstitucionalidade. Quando se tornam atos concretos e específicos de execução tornam-se impugnáveis por que se sentir lesado pela atuação administrativa. Os atos gerais prevalecem sobre os atos individuais.
ATOS INDIVIDUAIS (ou especiais)
Se dirigem a destinatários certos, criando situação jurídica particular. Geram normalmente direitos subjetivos para seus destinatários, como também criam-lhe encargos administrativos pessoais. Podem ser livremente revogados e modificados exceto quando criam direito adquirido
ATOS INTERNOS
Destinados a produzir efeitos no recesso das repartições administrativas, e por isso mesmo incidem, normalmente, sobre os órgãos e agentes da Administração que os expediu. Podem ser gerais ou especiais. Sujeitam-se à revisão hierárquica, e ao controle do Poder Judiciário.
ATOS EXTERNOS
Alcançam os administrados, os contratantes e, em certos casos, os próprios servidores. Só entram em execução depois de divulgados pelo órgão oficial.
QUANTO À NATUREZA DO ATO
ATOS DE ADMINISTRAÇÃO ATIVA – os que visam criar, produzir, uma utilidadade pública, constituindo situações jurídicas.
ATOS DE ADMINISTRAÇÃO CONSULTIVA – os que visam informar, elucidar, sugerir providências administrativas a serem estabelecidas nos atos administrativos de administração ativa.
ATOS DE ADMINISTRAÇÃO CONTROLADA OU ATOS DE CONTROLE - os que visam impedir ou permitir a produção ou a eficácia de atos de administração ativa mediante exame prévio ou posterior da conveniência ou da legalidade deles
ATOS DE ADMINISTRAÇÃO VERIFICADORA – os que visam apurar os documentar a preexistência de uma situação de fato ou de direito
ATOS DE ADMINISTRAÇÃO CONTENCIOSA – visam julgar em um procedimento contraditório, certas situações. Não tem força de coisa julgada. Podem ser revisto pelo Poder Judiciário.
QUANTO AO GRAU DE LIBERDADE DA ADMINISTRAÇÃO EM SUA PRÁTICA
Atos discricionários x Atos vinculados
ATOS VINCULADOS
Aqueles para os quais a lei estabelece os requisitos e condições de sua realização. Devem ser motivados, evidenciando a conformidade de sua prática com as exigências e requisitos legais que constituem pressupostos necessários de sua existência e validade. Permitem ao Judiciário revê-los em todos os seus aspectos.
ATOS DISCRICIONÁRIOS
São os praticados com liberdade de escolha de seu conteúdo, de seu destinatário, de sua conveniência, de sua oportunidade e do modo de sua realização. No que concerne à competência, à finalidade e à forma, o ato discricionário está sujeito aos textos legais.
CONVENIÊNCIA
- Aquilo que é adequado, apropriado. Diz respeito a fatos, lugares, acontecimentos, situações, razoabilidade, moralidade, economia.
OPORTUNIDADE
- Que vem ou se faz a bom tempo, quando convém. Diz respeito a momento, a tempo. A medida da oportunidade é subjetiva e varia no tempo. Não há regras absolutas para determiná-la.
QUANTO A FUNÇÃO DA VONTADE ADMINISTRATIVA
ATOS NEGOCIAIS OU NEGÓCIOS JURÍDICOS – aqueles em que a vontade administrativa está preordenada à obtenção de resultado jurídico, criando imediatamente efeitos jurídicos.
ATOS PUROS OU MERO ATOS ADMINISTRATIVOS – os que correspondem a simples manifestação de conhecimento (certidão), ou de desejo (voto em órgão colegiado). O ato apenas implementa uma condição legal para a deflagração da vontade legal.
QUANTO À EXEQÜIBILIDADE
O ato administrativo pode ser perfeito, imperfeito, pendente e consumado.
ATO PERFEITO é aquele que reúne todos os elementos necessários à sua exeqüibilidade ou operatividade, apresentando-se apto e disponível para produzir seus regulares efeitos.
Ato administrativo perfeito não é o que está apenas acabado (eficaz), mas sim completo (exequível). A perfeição do ato só se verifica pela soma da eficácia com a exequibilidade como, aliás, ocorre no Direito processual em relação à sentença judicial, que, uma vez prolatada, é eficaz, mas só se torna exequível depois de passada em julgado.
Completo: Completou o ciclo o ciclo necessário a sua formação, esgotadas as fases necessárias a sua produção
Ato perfeito x Ato válido - Validade é a conformação do ato com a lei. Ato válido é o ato legal.
ATO IMPERFEITO é o que se apresenta incompleto na sua formação, ou carente de um ato complementar para tornar-se exeqüível e operante.
ATO PENDENTE é aquele que, embora perfeito, por reunir todos os elementos de sua formação, não produz os seus efeitos, por não verificado o termo ou a condição de que depende a sua exeqüibilidade ou operatividade. O ato pendente, pressupõe sempre um ato perfeito, visto que antes de sua perfectibilidade não pode estar com efeitos suspensos.
ATO CONSUMADO é o que produziu todos os seus efeitos, tornando-se, por isso mesmo, irretratável ou imodificável por lhe faltar objeto. Já exauriu seus efeitos, e por isso não é mais passível de impugnação judicial ou administrativa, embora possa gerar responsabilidade civil, penal e administrativa.
(hipótese mais comum de desaparecimento do ato administrativo do mundo jurídico: cumprimento dos efeitos do ato - ato consumado)
ATOS ADMINISTRATIVOS - PERFEIÇÃO, VALIDADE E EFICÁCIA
PERFEITO: Quando esgotadas as fases necessárias à sua produção. Completou o ciclo necessário à sua formação. PERFEIÇÃO - é a situação do ato cujo processo está concluido.
VÁLIDO: Quando foi expedido em absoluta conformidade com as exigências do sistema normativo. Se encontra adequado aos requisitos estabelecidos pela ordem jurídica. VALIDADE - adequação do ato às exigências normativas.
EFICAZ: Quando está disponível para a produção de seus efeitos próprios. Não se encontra dependente de qualquer evento posterior, como uma condição suspensiva, termo inicial ou ato controlador a cargo de outra autoridade. EFICÁCIA - disponibilidade para a produção dos efeitos próprios do ato.
O ato pode ser: . perfeito, válido eeficaz
. perfeito, inválido e eficaz
. perfeito, válido e ineficaz
. perfeito, inválido e ineficaz
Conceito do prof. Hely Lopes Meirelles
Ato perfeito - reune todos os elementos necessários à sua exeqüibilidade ou operatividade, apresentando-se apto e disponível para produzir seus regulares efeitos.
Ato válido - é o que provém de autoridade competente para praticá-lo e contém todos os requisitos necessários à sua eficácia. Pode, porém, ainda não ser exeqüível, por pendente de condição suspensiva ou termo não verificado.
Eficácia - é a idoneidade que se reconhece ao ato administrativo para produzir os seus efeitos específicos. Embora eficaz, pode o ato administrativo não ser exeqüível, por lhe faltar a verificação de uma condição suspensiva, ou a chegada de um termo.
Eficácia é, tão-somente, aptidão para atuar, ao passo que a exequibilidade é a disponibilidade do ato para produzir imediatamente os seus efeitos finais.
O ato administrativo perfeito não é o que está apenas acabado (eficaz), mas sim completo (exequível), pela ocorrência de todas as condições de sua operatividade.
Perfeição do ato só se verifica pela soma da eficácia com a exeqüibilidade.
Ato jurídico perfeito (C.F, art. 5º, XXXVI) - outro não é senão o ato eficaz e exeqüível.
Para Diogenes Gasparini o ato perfeito "não se confunde com o ato jurídico perfeito - este é o ato jurídico consumado - "já constituiu uma relação jurídica".
ATOS POLÍTICOS
São os praticados por agentes do Governo, no uso de competência constitucional, se fundam na ampla liberdade de apreciação da conveniência ou oportunidade de sua realização, sem se aterem a critérios jurídicos preestabelecidos. São atos governamentais por excelência, e não apenas de administração. São atos de condução dos negócios públicos, e não simplesmente de execução de serviços públicos. Não basta a simples alegação de que se trata de ato político para tolher o controle judicial, pois será sempre necessário que a própria Justiça verifique a natureza do ato e suas consequências perante o direito individual do postulante.
ATOS LEGISLATIVOS
São as leis propriamente ditas (normas em sentido formal e material), não ficam sujeitos à anulação judicial, pelos meios processuais comuns, mas sim pela via especial da representação de inconstitucionalidade. As leis e decretos de efeitos concretos podem ser invalidados em procedimentos comuns, em mandado de segurança, ou em ação popular, porque já trazem em si os resultados administrativos objetivados. O processo legislativo pode ser apreciado, não o mérito das deliberações.
INTERNA CORPORIS
São as questões ou assuntos que entendem direta e imediatamente com a economia interna da corporação legislativa, com seus privilégios e com a formação ideológica da lei. A Justiça não pode substituir a deliberação da Câmara por um pronunciamento judicial sobre o que é da exclusiva competência discricionária do Plenário, da Mesa ou da Presidência. É lícito ao Judiciário perquirir da competência das Câmaras e verificar se há inconstitucionalidade, ilegalidades e infrigências regimentais nos seus alegados interna corporis, detendo-se entretanto, no vestíbulo das formalidades, sem adentrar o conteúdo.
ATO ADMINISTRATIVO ESPÉCIES - Prof. Hely Lopes Meirelles
ATOS ADMINISTRATIVOS NORMATIVOS
São os que contém um comando geral do Executivo, visando à correta aplicação da lei. O objetivo imediato é explicitar a norma legal a ser observada pela Administração e pelos administrados. Não são leis em sentido formal, são leis apenas em sentido material.
DECRETOS - São atos administrativos de competência exclusiva dos chefes do Executivo. Destina-se a prover situações gerais ou individuais, previstas abstratamente de modo expresso, implicita ou explicitamento pela legislação. É sempre inferior a lei, não podendo contrariá-la. Tem a mesma normatividade da lei.
REGULAMENTOS - São postos em vigência por decretos, para especificar os mandamentos da lei. É explicativo ou supletivo da lei. Inferior a lei e de eficácia externa.
REGIMENTOS - Atos de atuação interna destinados a reger o funcionamento de órgãos colegiados e de corporações legislativas. Atingem apenas as pessoas vinculadas à atividade regimental. Promanam do poder hierárquico. Geralmente posto em vigência através de resolução. Acrescentam às leis e regulamentos disposições de pormenor e de natureza principalmente prática.
RESOLUÇÕES - Atos expedidos pelas altas autoridades do Executivo (mas não pelo chefe do Executivo), ou pelos presidente de tribunais, órgãos legislativos, e colegiados administrativos, para disciplinar matéria de sua competência específica. São sempre inferiores aos regulamentos e regimentos. De efeitos internos ou externos.
DELIBERAÇÕES - São emanados de órgãos colegiados. Podem ser gerais ou individuais. São sempre obedientes ao regulamento e ao regimento do órgão. Podem ser vinculantes para a Administração, gerando direitos subjetivos para seus beneficiários.
ATOS ORDINATÓRIOS
São os que visam disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus agentes. Emanam do poder hierárquico. Só atuam no âmbito interno das repartições e só alcançam os servidores hierarquizados à chefia que os expediu. Geram deveres e prerrogativas para os agentes administrativos a que se dirigem.
INSTRUÇÕES - Ordens escritas e gerais a respeito do modo e forma de execução de determinado serviço publico. São atos internos de mero ordenamento administrativo. Vigoram apenas como ordens hierárquicas de superior a subalterno.
CIRCULARES - Ordens escritas, uniformes, expedidas a determinados agentes incumbidos de certos serviços. São de menor generalidade que as instruções, mas tem o mesmo objetivo: ordenamento do serviço.
AVISOS - Atos emanados dos Ministros de Estado a respeito de assuntos afetos aos seus ministérios. São frequentes nos ministérios militares, como atos ordinatórios de seus serviços.
PORTARIAS - Atos internos, através do qual os chefes de órgãos, repartições ou serviços, expedem determinações gerais ou especiais a seus subordinados, ou designam servidores para funções e cargos secundários. Não atingem aos particulares, pois estes não estão sujeitos ao poder hierárquico (STF).
ORDENS DE SERVIÇO - Determinações especiais dirigidas aos responsáveis por obras ou serviços públicos autorizando o seu início, ou contendo imposições de caráter administrativo ou especificações técnicas sobre o modo e forma de sua realização.
OFÍCIOS - Comunicações escritas que as autoridades fazem entre si, entre subalternos e superiores, e entre Administração e particulares, em caráter oficial. Podem conter matéria administrativa ou social.
DESPACHOS - Decisões proferidas em papéis, requerimentos e processos sujeitos à sua apreciação. Não se confundem com os despachos judiciais, que são emanados no exercício da jurisdição.
ATOS NEGOCIAIS
São declarações de vontade da autoridade administrativa, destinadas a produzir efeitos específicos e individuais para o particular interessado. Geralmente consubstanciado em um alvará, num termo ou num simples despacho. Pode vinculado ou discricionário, definitivo ou precário. Pode ser extinto por anulação, revogação ou cassação.
LICENÇA - Ato vinculado e definitivo. Se o particular atende a todos os requisitos, o Poder Público faculta-lhe o desempenho de atividades ou a realização de fatos materiais. É um direito subjetivo do particular. Não pode ser negada se o requerente satisfaz a todos os requisitos legais para a sua obtenção. Sua invalidação só pode ocorrer por ilegalidade na expedição do alvará, por descumprimento do titular na execução da atividade ou por interesse público superveniente, caso em que se impõe uma indenização.
AUTORIZAÇÃO - Ato discricionário e precário pelo qual torna-se possível a realização de atividades, serviço ou utilização de determinados bens pelo particular no seu exclusivo ou predominante interesse. Não há para o particular nenhum direito subjetivo à obtenção ou à continuidade da autoridade. Pode-se cassaro alvará a qualquer momento sem indenização alguma.
PERMISSÃO - Ato negocial, discricionário e precário, pelo qual é facultado ao particular a execução de serviços de interesse coletivo, ou o uso especial de bens públicos, a título gratuito ou remunerado nas condições estabelecidas pela Administração. É possível a permissão condicionada, na qual o Poder Público se autolimita na faculdade discricionária de revogá-la a qualquer tempo, como nas que exigem grandes investimentos para a execução do serviço (permissão de transporte coletivo). Neste caso gera para o permissionário o direito subjetivo ao cumprimento integral da permissão originária.
ATOS ENUNCIATIVOS
Enunciam uma situação existente, sem qualquer manifestação de vontade da Administração. Materialmente não contêm manifestação da vontade da Administração. São atos administrativos apenas em sentido formal. A Administração se limita a certificar ou a atestar um fato, ou emitir uma opinião sobre determinado assunto, sem se vincular ao seu enunciado.
CERTIDÃO - Cópias ou fotocópias fiéis e autenticadas de atos ou fatos constantes de processo, livro ou documento que se encontre nas repartições públicas. Podem ser de inteiro teor ou resumidas. Desde que autenticas tem o mesmo valor probante que o original. É obrigação de toda repartição fornecer certidões para o esclarecimento de situações ou defesa de direitos.
ATESTADO - Atos pelos quais a Administração comprova um fato ou uma situação de que tenha conhecimento por seus órgãos competentes. Comprova o fato existente, transeunte, passível de modificação, não constante de livros, papéis ou documentos.
PARECERES - Manifestação de órgãos técnicos sobre assuntos submetidos à sua consideração. Tem caráter meramente opinativo. Não vincula a Administração ou o particular salvo se aprovado por ato subseqüente. Pode ser de existência obrigatória quando a lei assim exigir.
Parecer normativo - ao ser aprovado pela autoridade competente é convertido em norma de procedimento interno, tornando-se impositivo e vinculante.
ATOS PUNITIVOS
São os que contêm uma sanção imposta pela Administração àqueles que infrigem disposições legais, regulamentares ou ordinatórias dos bens ou serviços públicos. São Embasados no poder de império da Administração sobre os seus súditos, ou no poder hierárquico e disciplinar que exerce sobre seus servidores. Podem ser de atuação interna ou externa.
MULTA - É toda imposição pecuniária a que se sujeita o administrado a título de compensação do dano presumido da infração. É de natureza objetiva, independe do dolo e da culpa.
INTERDIÇÃO DE ATIVIDADE - Veda a alguém a prática de atos sujeitos ao seu controle, ou que incidam sobre seus bens.
DESTRUIÇÃO DE COISAS - É o ato sumário da Administração pelo qual se inutilizam alimentos, substâncias, objeto ou instrumentos imprestáveis ou nocivos ao consumo, ou de uso proibido por lei.
AFASTAMENTO DE CARGO OU FUNÇÕES - Faz cessar o exercício de seus servidores, a título provisório ou definitivo.
ATOS ADMINISTRATIVOS EM ESPÉCIE
Maria Sylvia Zanella Di Pietro
Diogenes Gasparini
Quanto ao conteúdo:
Autorização (d) Licença (d) Admissão (d) Permissão (d)
Aprovação (d) Homologação (d) (m)Parecer (m)Visto
Quanto a forma:
Decreto (d) Resolução (d) Portaria (d) Circular (d)
Despacho (d) Alvará (d) (d) Aviso (d) Ordem de Serviço
(d) Ofício (d) Instrução
Quanto ao conteúdo:
Admissão (d) - vinculado, AP faculta o ingresso de administrado em estabelecimento governamental, desde que atenda as exigências legais, para desfrute de Serviço Público.
Permissão (d) - vinculado o discricionário, AP outorga alguém - interessado - o direito de prestar um serviço público ou de usar, em caráter privativo, um bem público. (também outorga permissão de obra pública)
Autorização (d) - ato discricionário. AP outorga alguêm - interessado - do direito de realizar certa atividade material que sem ela (autorização) lhe seria vedada.
Aprovação (d) - discricionário. AP faculta prática de certo ato jurídico, concorda com o já praticado para lhe dar eficácia, se conveniente ou oportuno. Pode ser anterior ou posterior.
Homologação (d) - vinculado. AP concorda com o ato jurídico praticado, se conforme os requisitos legitimadores de sua edição.
Licença (d) - vinculado. AP outorga alguém - interessado - direito de realizar certa atividade material que se ela (licença) lhe seria vedada, desde que satisfaça as exigências legais.
Concessão (d) - vinculado ou discricionário. AP outorga aos administrados um “status”, uma honraria ou, ainda, lhes faculta o exercício de uma atividade material.
 também usado como indicador de ato jurídico de natureza contratual - concessão de bem público.
Dispensa (d) - é a liberação de alguém que se achava obrigado a um dado comportamento, à vista da ocorrência de determinadas circunstâncias,
ATOS ADMINISTRATIVOS CLASSIFICAÇÃO
Hely Lopes Meirelles
. quanto ao seu destinatário: - gerais e individuais
. quanto ao seu alcance: - internos e externos
. quanto ao seu objeto: - império, gestão e expediente
. quanto ao seu regramento: - vinculados e discricionários
Diogenes Gasparini
. quanto a natureza da atividade administrativa: - Administração ativa - Administração consultiva
- Administração controladora - prévio e posterior - Administração verificadora
- Administração contenciosa
. quanto a natureza do conteúdo: - Concreto e Abstrato
. quanto aos destinatários: - Individual - singular e plural - Geral
. quanto ao grau de liberdade: - Vinculado e Discricionário
. quanto aos efeitos: - Constitutivo e Declaratório
. quanto à abrangência dos efeitos: - Internos e Externos
. quanto à composição de vontade: - Simples - Singular e Colegial - Complexo
Maria Sylvia Zanella Di Pietro
. quanto às prerrogativas com que atua a Administração: de império e de gestão
. quanto à função da vontade: atos administrativos propriamente ditos e puros - meros atos administrativos
. quanto à formação da vontade: - simples, complexo e compostos
. quanto aos destinatários: - gerais e individuais
. quanto à exeqüibilidade: - perfeito, imperfeito, pendente e consumado
. quanto aos efeitos: constitutivo, declaratório e enunciativo
EXTINÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO
Um ato administrativo extingue-se por:
I - cumprimento de seus efeitos;
II - desaparecimento do sujeito ou objeto
III - retirada:
a) revogação, em que a retirada se dá por razões de oportunidade e conveniência;
b) invalidação, por razões de ilegalidade;
c) cassação, em que a retirada se dá “porque o destinatário descumpriu condições que deveriam permanecer atendidas a fim de poder continuar desfrutando da situação jurídica”;
d) caducidade, em que a retirada se deu “porque sobreveio norma jurídica que tornou inadmissível a situação antes permitida pelo direito e outorgada pelo ato precedente”;
e) contraposição, em que a retirada se dá porque foi emitido ato com fundamento em competência diversa da que gerou o ato anterior, mas cujos efeitos são contrapostos aos daqueles;
IV - renúncia - extingue-se porque o próprio beneficiário abre mão de uma vantagem que desfrutava.
Anulação ou invalidação do ato administrativo
Anulação, que alguns preferem chamar de invalidação é o desfazimento do ato administrativo por razões de ilegalidade.
 Como a desconformidade com a lei atinge o ato em suas origens, a anulação produz efeitos retroativos à data em que foi emitido (efeitos ex tunc, ou seja, a partir de então)
A anulação pode ser feita pela Administração Pública, com base no seu poder de autotutela sobre os próprios atos (STF, Súmulas 346 e 473)
A anulação também pode ser feita pelo Poder Judiciário, mediante provocação dos interessados.
 caráter vinculado ou discricionário da anulação 
 “Para nós, a Administração tem, em regra, o dever de anular os atos ilegais, sob pena de cair por terra o princípio da legalidade. No entanto, poderá deixar de fazê-lo, em circunstâncias determinadas, quando o prejuízo resultante da anulação puder ser maior do que o decorrenteda manutenção do ato ilegal; neste caso é o interesse público que norteará a decisão” (DiPietro)
Revogação - impossibilidade
a) ato vinculado b) exauriu seu efeitos c) exaurida a competência para o ato
d) quando já exaurida competência relativa ao objeto do ato.
e) não podea atingir meros atos administrativos (enunciativos) certidão, atestado, voto.
f) em procedimento administrativo - ocorrência preclusão
g) geram direitos adquiridos
Vícios do ato administrativo
 Vícios relativos ao sujeito:
 incompetência
- usurpação de função pública
- excesso de poder
- função de “fato”
 incapacidade
 Vícios relativos ao objeto:
 proibido pela lei
 diverso do previsto na lei
 impossível
 imoral
 incerto (destinatários, coisas, tempo, lugar)
 Vícios relativos a forma:
 omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato (art. 2o , parágrafo único, “b”, da Lei no 4.717)
 Vícios relativos ao motivo:
 inexistência dos motivos - quando a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido (Lei no 4.717)
 falsidade do motivo
 Vícios relativos à finalidade
 desvio de finalidade - se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência.

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