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Acumulação de cargos, empregos e funções:
a) Dispositivo legal: art. 37, XVI e XVII da CR/88, com redação das EC 19/98 e 34/01: 
Art. 37 (...)
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
a) a de dois cargos de professor; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
c) a de dois cargos privativos de médico; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 34, de 2001)
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
b) Regra geral: não é possível acumular cargo, emprego e função remunerada na Administração Pública, abrangendo as três esferas de governo: federal, estadual e municipal, incluindo-se aí, a Administração Pública Direta e Administração Púbica Indireta, inclusive as subsidiárias e sociedades controladas direta ou indiretamente pelo Poder Público (última parte inserida pela EC n. 19/98).
- Ou seja, mesmo que a entidade ou empresa NÃO integre a Administração Pública Indireta, mas seja subsidiária ou sofra qualquer controle, estará vedada a acumulação remunerada de funções ou empregos públicos. A inacumulabilidade é vedada tanto dentro de uma esfera de governo, quanto entre as três esferas.
c) Exceções:
A própria CR/88 estabelece 3 casos taxativos em que é possível a acumulação de cargos, empregos e funções remuneradas, desde que haja compatibilidade de horários:
I – 2 cargos de professor;
II – um cargo de professor e outro técnico ou científico;
III – dois cargos ou empregos privativos de profissionais da saúde, com profissões regulamentadas (EC n. 34/01).
d) Esclarecimentos sobre as exceções:
i – compatibilidade de horários: entendimento majoritário é de que o intervalo entre uma jornada e outra de trabalho possibilite ao servidor: alimentar-se, descansar e o deslocamento, se for o caso. Essa parte pode ser regulamentada por lei (estatuto) de cada ente federativo (regime jurídico do servidor), mas não impede imediata aplicação do dispositivo constitucional.
ii – cargo técnico ou científico: essa definição também provoca uma grande discussão, que pode ser sanada por regulamentação no próprio estatuto funcional ou na lei que cria o cargo. Normalmente, cargo técnico refere-se àquele cujo requisito de escolaridade é o 2º grau técnico (eletrônica, contabilidade, administração, análise clínica). E cargo científico é aquele que exige formação específica no 3º grau de escolaridade (AGU, defensoria, contador, biblioteconomia, professor). NÃO se enquadram, por ex., os cargos que exigem formação em qualquer curso superior (fiscal fazendário). Segue o entendimento do sTJ sobre o assunto:
"Cargo científico é o conjunto de atribuições cuja execução tem por finalidade investigação coordenada e sistematizada de fatos, predominantemente de especulação, visando a ampliar o conhecimento humano. Cargo técnico é o conjunto de atribuições cuja execução reclama conhecimento específico de uma área do saber." (RMS 7.550/PB, 6.ª Turma, Rel. Min. LUIZ VICENTE CERNICCHIARO, DJ de 02/03/1998.)
iii – cargos privativos de profissionais da saúde: redação da EC 34/01, antes eram dois cargos privativos de médicos. Agora, a exigência é que a atividade seja regulamentada, técnica ou científica, diretamente relacionada à saúde: enfermeiro, médico, psicólogo, dentista, fisioterapeuta (todos devem possuir profissão regulamentada por lei). NÃO abrange profissionais comuns que trabalham em postos de saúde ou hospitais. Se o cargo for de direção, chefia ou assessoramento, mas de profissional da saúde pode haver acumulação.
iv – hipóteses de acumulação: pode se dar entre dois regimes distintos - federal e estadual, estadual e municipal ou federal e municipal – ou dentro do mesmo regime.
v – o rol de exceção é TAXATIVO.
vi – Só é possível acumular duas remunerações, o acúmulo tríplice, ainda que dentro das hipóteses previstas não é admitido, A NÃO SER QUE SEJA SEM $$.
e) Outras normas relacionadas à acumulação:
- art. 38, III da CR/88: servidor investido no mandato de vereador pode continuar exercendo seu cargo, emprego ou função, desde que haja compatibilidade de horários – acumulará as duas remunerações. É a única hipótese acumulável de mandato eletivo com cargo em atividade
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
- art. 142, §3º, III da CR/88: militar que tomar posse em cargo, emprego ou função é transferido para reserva automaticamente, é meio de incentivar a não tomar posse em cargo permanente.
Art. 142 (…)
§ 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)
I - as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são conferidas pelo Presidente da República e asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou reformados, sendo-lhes privativos os títulos e postos militares e, juntamente com os demais membros, o uso dos uniformes das Forças Armadas; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)
II - o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil permanente, ressalvada a hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea "c", será transferido para a reserva, nos termos da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 77, de 2014)
- no inciso III: permite a aceitação para função ou cargo temporário e não eletivo, permanecendo ligado ou agregado ao quadro funcional.
OBS. Essas duas disposições se aplicam aos militares dos Estados e DF, por força do art. 42, §1º da CR/88.
f) magistrados, art. 95, § único da CR/88; MP, art. 128, § 5º, II da CR/88: veda que ambos exerçam outro cargo, emprego ou função PÚBLICA, a não ser uma de MAGISTÉRIO, mesmo se estiver em disponibilidade, poruq pode retornar a qualqure momento.
g) acumulação e aposentadoria - §10 do art. 37 da CR/88: estabelece a vedação simultânea dos proventos c/ remuneração de cargo, emprego e função, RESSALVADOS os casos permitidos em atividade, os cargos eletivos e cargos de provimento em comissão:
Art. 37 (…)
§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (Vide Emenda Constitucional nº 20,de 1998)
- exceção: também se refere a dupla acumulação;
- parágrafo acrescentado com EC n. 20/98, expressando entendimento que já era adotado e pacificado no STF, desde 1994, abrangendo servidores, militares e forças armadas.
- no mesmo sentido, dispõe o §6º, do art. 40 da CR/88 vedando a percepção de mais de 1 aposentadoria pelo RPPS, salvo os casos permitidos em atividade.
h) direito adquirido – art. 11 da EC n. 20/98: pretendendo uma transição com relação às novas exigências, resguardou-se os direitos daqueles inativos que ingressaram novamente na Administração Pública, por meio de concurso, antes da publicação da EC n. 20/98, de 15/12/98.
Ou seja, nesses casos, é possível acúmulo de proventos com remuneração além das exceções previstas na CR/88, no art. 37, §10. Ex. 2 cargos técnicos.
- Não será possível, nesses casos, porém, o recebimento dos proventos relativos ao 2º cargo exercido, posto que inacumuláveis quando da implementação dos requisitos de aposentadoria.
i) efeitos da acumulação ilícita: Os efeitos da acumulação ilícita não foram disciplinados pela CR/88, porém, considerando que se trata de regime jurídico de servidor, cada estatuto funcional pode estabelecer sua própria solução.
- Normalmente, assim como estabelece a Lei n. 8112/90, instaura-se processo administrativo para verificar a natureza da acumulação de cargos. Se constatada a ilicitude, de boa-fé do servidor, manda que ele faça a opção, 10 dias, por um dos cargos (art. 133). Se possível a comprovação de má-fé (difícil) pode perder todos os cargos.
- Deve ser assegurada a ampla defesa e o contraditório e se o servidor não fizer opção e os cargos pertencerem a mesma AP, ela pode, de ofício, optar e promover exoneração do outro cargo.

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