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Aula 05 Direitos Lei 5810

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Aula 05
Noções de Direito Administrativo p/ Polícia Civil-PA (Investigador, Escrivão e
Papiloscopista)
Professor: Daniel Mesquita
Direito Administrativo p/ PCPA ʹInvestigador e 
Escrivão. 
 Aula e exercícios comentados. 
Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 
 
 
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Twitter: @danielmqt Facebook: Daniel Mesquita 
Aula 05: DIREITOS E VANTAGENS DOS SERVIDORES PÚBLICOS 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO À AULA 05 2 
2. DIREITOS E VANTAGENS DOS SERVIDORES PÚBLICOS 2 
2.1 VENCIMENTO E REMUNERAÇÃO 2 
2.2 VANTAGENS 10 
2.3 ADICIONAIS 11 
2.4 GRATIFICAÇÕES 14 
2.5 JORNADA DE TRABALHO 25 
2.6 ESTABILIDADE 25 
2.7 TEMPO DE SERVIÇO 26 
2.8 DAS FÉRIAS 29 
2.9 LICENÇAS 30 
3. DIREITO DE PETIÇÃO 41 
4. RESUMO DA AULA 44 
5. QUESTÕES 48 
6. REFERÊNCIAS 52 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Administrativo p/ PCPA ʹInvestigador e 
Escrivão. 
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Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 
 
 
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1. Introdução à aula 05 
 
Bem vindos à nossa Aula 05 de Direito Administrativo preparatório 
para o concurso do PCPA ± Investigador e Técnico. 
Nesta aula, vamos abordar um tema importante da matéria: 
³Direitos e vantagens. ´. 
Programe-se para ler os resumos na semana que antecede a 
prova. Lembre-se: o planejamento é fundamental. 
Chega de papo, vamos à luta! 
 
2. Direitos e vantagens dos Servidores Públicos 
 
Além de estarem previstos na Constituição Federal, os direitos dos 
servidores públicos estão previstos também no diploma legal que 
estatui o regime jurídico dos servidores públicos do Pará, a Lei n° 
5.810, DE 24 DE JANEIRO DE 1994. 
Dentre os direitos dos servidores públicos estão as férias, 
licenças, vencimento ou remuneração, a aposentadoria, entre outros 
que falaremos adiante. 
 
2.1 Vencimento e remuneração 
 
VENCIMENTO, nos termos do art. 116 da Lei 5.810/94, é a 
retribuição pecuniária mensal devida ao servidor, correspondente ao 
padrão fixado em lei. Muito cuidado meus caros!!! Nenhum servidor 
receberá, a título de vencimento, importância inferior ao salário 
mínimo.. Confira o dispositivo da Lei 5.810/94: 
Parágrafo único. Nenhum servidor receberá, a título de vencimento, importância 
inferior ao salário mínimo. 
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A Lei 5.810/94 conceitua ainda, no art. 118, a REMUNERAÇÃO 
como o vencimento, acrescido das vantagens de caráter 
permanente, atribuídas ao servidor pelo exercício do cargo público. 
REMUNERAÇÃO = VENCIMENTO + VANTAGENS. 
 Segundo Fernanda Marinela, a remuneração pode também 
denominada de ³YHQFLPHQWRS´� (não é vencimento ± que é a parcela 
EiVLFD��p�³YHQFLPHQWRV´�± que é igual a remuneração). 
REMUNERAÇÃO = VENCIMENTOS 
Para a professora, além da remuneração/vencimentos, há outra 
modalidade remuneratória introduzida com a Reforma Administrativa de 
1998: o subsídio. 
Subsídio é uma retribuição mensal do servidor constituída por 
uma parcela única, sendo vedados aditamentos ou acréscimos de 
qualquer espécie (art. 39, §4º, CF). 
 SUBSÍDIO = PARCELA ÚNICA 
A retribuição por subsídio foi fixada na CF para os seguintes 
cargos públicos: chefes do Poder Executivo de todas as ordens políticas 
(=prefeitos, governadores, Presidente da República); auxiliares 
imediatos do Poder Executivo (Secretário de Estado); membros do 
Poder Legislativo (vereadores, deputados e senadores); magistrados 
federais e estaduais (juízes, desembargadores, ministros de tribunais 
superiores e STF); membros do MP (promotores, procuradores de 
justiça e procuradores da república); ministros e conselheiros dos 
Tribunais de Contas; membros da AGU (advogados da União, 
procuradores federais e procuradores da Fazenda Nacional); 
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procuradores federais e estaduais (procuradores de Estado); defensores 
públicos; servidores policiais (delegados, por exemplo); demais 
servidores organizados em carreira, desde que a lei que disciplina sua 
remuneração opte pelos subsídio. 
 
Vamos falar agora sobre algumas regras IMPORTANTES que 
devem ser seguidas quanto à remuneração. 
1) Lei específica; 
Em geral, sua fixação tem que ser por meio de lei específica para 
cada cargo, emprego ou função, após prévia dotação orçamentária e 
autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias. ATENÇÃO para 
a exceção: em algumas hipóteses expressas na CF, a remuneração não 
será definida por lei e sim por decreto legislativo, como no caso do 
Presidente da República, Ministros de Estado, Senadores e Deputados 
Federais, além dos Vereadores. 
Veja Lei Estadual 5.810/94: 
 
Art. 117. 
Parágrafo único. Abonos e antecipação, à conta da revisão, ficam 
condicionados ao limite de despesas, definido na Lei de Diretrizes 
Orçamentárias. 
 
 
 
 
 
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2) Isonomia de vencimentos; 
O art. 37, XII, da CF dispôs que os vencimentos dos cargos 
administrativos dos Poderes Legislativo e Judiciário não poderão ser 
superiores aos de seus correspondentes no Poder Executivo. O 
propósito do constituinte foi evitar as disparidades entre os Poderes e 
entre os cargos, funções ou empregos idênticos. 
3) Princípio da irredutibilidade; 
O art. 37, XV, CF e art. 41: 
&RQVWLWXLomR�� ³;9� - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de 
cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos 
;,�H�;,9�GHVWH�DUWLJR�H�QRV�DUWV������†��ž�������,,�������,,,��H������†��ž��,�´ 
 
Tal garantia da irredutibilidade só é válida quando a retribuição 
paga ao servidor é legal, fixada com obediência às exigências 
constitucionais e legais!!! Ademais, observe que esse princípio não 
protege a remuneração dos abalos da inflação, da incidência dos 
tributos, da redução para adequação ao teto remuneratório. Além disso, 
no caso de mudança nas verbas indenizatórias e nas gratificações e 
adicionais, não há violação do princípio, por decorrerem de prestação 
especial de serviço, em razão de circunstâncias específicas e, 
normalmente, temporárias. 
De olho na jurisprudência do STF!!! 
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Foto extraída de: 
http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/bancoImagemFotoAudiencia/bancoImagemFotoA
udiencia_AP_284467.jpg 
O STF reconheceu que o direito de irredutibilidade da 
remuneração não impede a mudança na forma de cálculo,desde que 
não cause redução nominal dos valores, não existindo para o servidor 
público direito adquirido à forma como são calculadas as suas 
remunerações (Repercussão Geral ± Mérito ± RE 563965/RN, STF ± 
Tribunal Pleno, Rel.ª Min.ª Cármem Lúcia, julgamento 11.02.2009, DJe: 
19.03.2009). 
O STF possui entendimento consolidado no sentido de que o 
servidor público não tem direito adquirido de manter o regime jurídico 
existente no momento em que ingressou no serviço público. No 
entanto, as mudanças no regime jurídico do servidor não podem reduzir 
a sua remuneração, considerando que o art. 37, XV, da CF/88 assegura 
o princípio da irredutibilidade dos vencimentos (STF. Plenário. MS 
25875/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 9/10/2014) 
4) Proibição de vinculação e equiparação de quaisquer espécies 
remuneratórias (art. 37, XIII, CF) 
Finalidade: evitar os aumentos em cascata, que ocorrem quando 
uma classe de servidores é beneficiada com um reajuste e as demais 
também conseguem a vantagem de forma indireta. 
5) Revisão de remuneração; 
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O art. 37, X, da CF, estabelece o direito subjetivo de revisão da 
remuneração dos agentes públicos, devendo essa ser geral, anual, 
sempre na mesma data e sem distinção de índices. Essa revisão tem a 
finalidade: reajustar genericamente todos os vencimentos e recompor a 
perda do poder aquisitivo do servidor em decorrência da inflação. 
Já o Regime Jurídico do Pará dispõe: 
Art. 117. A revisão geral dos vencimentos dos servidores civis será 
feita, pelo menos, nos meses de abril e outubro, com vigência a partir desses 
meses. 
 
 
6) Limites remuneratórios; 
Há limites remuneratórios mínimo e máximo, nos termos do art. 
37, XI, da CF. 
No que tange ao limite mínimo, o art. 116, §único, da Lei Estadual 
5.810/94, estabelece que nenhum servidor receberá remuneração 
inferior ao salário mínimo. 
 
Segundo a Súmula Vinculante nº 16 do STF, a remuneração total 
do servidor não pode ser inferior ao salário-mínimo, mas o salário-base 
pode. IMPORTANTE LEMBRAR TAMBÉM QUE: no caso das praças 
prestadoras de serviço militar inicial, não viola a Constituição o 
estabelecimento de remuneração inferior ao salário-mínimo (Súmula 
Vinculante nº 6 do STF). 
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Quanto ao limite máximo, a remuneração do servidor não 
excederá, no âmbito do respectivo Poder, os valores percebidos como 
remuneração, em espécie, a qualquer título, pelos Deputados Estaduais, 
Secretários de Estado e Desembargadores. 
 ATENÇÃO PARA AS OBSERVAÇÕES FEITAS PELA Lei Estadual 
5.810/94: 
x Entre o maior e o menor vencimento, a relação de valores 
será de um para vinte. 
x No Ministério Público, o limite máximo é o valor percebido 
como remuneração, em espécie, a qualquer título, pelos Procuradores 
de Justiça. 
x Os acréscimos pecuniários, percebidos pelo servidor público, 
não serão computados nem acumulados, para fins de concessão de 
acréscimos ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento. 
 
 
7) Pagamentos em atraso; 
Atualmente, a posição dominante é que incide atualização 
monetária sobre os valores atrasados, com a finalidade de impedir que 
a remuneração sofra redução em seu valor real provocada pelo decurso 
do tempo e pela inflaçmR��1HVWH�VHQWLGR��D�6~PXOD�Qž�����GR�67)��³1mR�
ofende a Constituição a correção monetária no pagamento com atraso 
GRV�YHQFLPHQWRV�GH�VHUYLGRUHV�S~EOLFRV´� 
Qual o índice utilizado na correção monetária??? Segundo entende 
o STJ, é o INPC, por ser o índice que melhor reflete a realidade 
inflacionária (REsp 1.097.672/PR, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES 
LIMA, QUINTA TURMA, julgado em 21/05/2009, DJe 15/06/2009). 
8) Descontos; 
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Os descontos são possíveis no caso de reposições devidas e as 
indenizações por prejuízos que o servidor causar, sendo, neste caso, 
descontadas em parcelas mensais monetariamente corrigidas, não 
excedentes à décima parte da remuneração ou provento. (Lei Estadual 
5.810/94). 
Veja sobre o tema: 
 
Art. 126. As consignações em folha de pagamento, para efeito de 
desconto, não poderão, as facultativas, exceder a 1/3 (um terço) do 
vencimento ou da remuneração. (NR) 
Parágrafo único. A consignação em folha, servirá, unicamente, como 
garantia de: 
I - débito à Fazenda Pública; 
II - contribuições para as associações ou sindicatos representantes das 
categorias de servidores públicos estaduais; 
III - dívidas para cônjuge, ascendente ou descendente, em 
cumprimento de decisão judicial; 
IV - contribuições para aquisição de casa própria, negociada através de 
órgão oficial; 
V - empréstimos contraídos junto ao órgão previdenciário do Estado do 
Pará; 
VI - autorização do servidor a favor de terceiros, a critério da 
administração, com a reposição de custos definida em regulamento. 
 
 
Em razão de possuírem natureza alimentar, o vencimento, a 
remuneração e o provento não podem ser objeto de penhora, arresto e 
sequestro, salvo prestação de alimentos resultante de decisão judicial. 
(art. 120 da Lei Estadual 5.810/94). 
Veja os dispositivos pertinentes da Lei Estadual 5.810/94: 
 
Art. 124. O servidor perderá: 
I - no caso de ausência e impontualidade: 
a) o vencimento ou remuneração do dia, quando não comparecer ao 
serviço; 
b) (VETADO) 
II - metade da remuneração na hipótese de suspensão disciplinar 
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convertida em multa; 
III - o vencimento, a remuneração, ou parte deles, nos demais casos 
previstos nesta lei. 
Parágrafo único. As faltas ao serviço, em razão de causa relevante, 
poderão ser abonadas pelo titular do órgão, quando requerido abono no dia 
útil subseqüente, obedecido o disposto no art. 72, inciso XVI. 
 
2.2 Vantagens 
 
Vejamos o que diz Hely Lopes Meirelles em sua classificação: 
³9DQWDJHQV� SHFXQLirias são acréscimos ao vencimento do servidor, 
concedidas a título definitivo ou transitório, pela decorrência do tempo 
de serviço (ex facto temporis), ou pelo desempenho de funções 
especiais (ex facto officii), ou em razão das condições anormais em que 
se realiza o serviço (propter laborem), ou, finalmente, em razão de 
condições pessoais do servidor (propter personam). As duas primeiras 
espécies constituem os adicionais (adicionais de vencimento e adicionais 
de função), as duas últimas formam a categoria das gratificações de 
serviço e gratificações pessoais).´ 
Consideramos vantagens os acréscimos ao vencimento base por 
consequência de algum fato que dá direito ao servidor ao seu 
recebimento. 
De uma forma bem simplificadaMarcelo Alexandrino e Vicente 
3DXOR� DLQGD� FODVVLILFDP�� ³FRPR� TXDOTXHU� YDORU� UHFHELGR� TXH� QmR� VH�
HQTXDGUH�QD�GHILQLomR�GH�YHQFLPHQWR�´ 
 
Em relação ao reajuste das vantagens pecuniárias, o STF editou a 
Súmula Vinculante nº 4: ³6DOYR� QRV� FDVRV� SUHYLVWRV� QD�
Constituição, o salário-mínimo não pode ser usado como 
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indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público 
ou de empregado, nem ser substituído por decisão judiciDO´. Ou 
seja, não é possível estabelecer um adicional, por exemplo, com um 
percentual sobre o salário-mínimo. 
E quais são essas vantagens? 
Vale a leitura do artigo 127: 
 
Art. 127. Além do vencimento, o servidor poderá perceber as seguintes 
vantagens: 
I - adicionais; 
II - gratificações; 
III - diárias; 
IV - ajuda de custo; 
V - salário-família; 
VI - indenizações; 
VII - outras vantagens e concessões previstas em lei. 
 
 
Seguiremos a ordem de classificação dada pela lei de regime 
jurídico dos servidores públicos: 
 
 
2.3 Adicionais 
 
Ao tratarmos das Adicionais, vemos que eles podem fazer parte 
da remuneração e poderão incorpora-se aos proventos ou vencimentos, 
nos casos e condições indicados em lei. São eles: 
Art. 128. Ao servidor serão concedidos adicionais: 
I - pelo exercício do trabalho em condições penosas, insalubres ou perigosas; 
III - por tempo de serviço. 
 
 
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A) - adicional pelo exercício de atividades insalubres, 
perigosas ou penosas; 
Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais 
insalubres ou em contato permanente com substâncias tóxicas, 
radioativas ou com risco de vida, fazem jus a um adicional sobre o 
vencimento do cargo efetivo (definido em lei específica). 
Preste atenção: esse adicional é pago se há habitualidade no 
local insalubre ou contato permanente com essas substâncias! Se 
cessou o fato que enseja a insalubridade ou a periculosidade, cessa o 
pagamento. 
Com fundamento nisso, o STJ entende que o adicional noturno, o 
adicional de insalubridade e as horas extras têm natureza propter 
laborem, pois são devidos aos servidores enquanto exercerem 
atividades no período noturno, sob exposição a agentes nocivos à saúde 
e além do horário normal, razão pela qual não podem ser incorporados 
aos proventos de aposentadoria, limitados à remuneração do cargo 
efetivo. Precedentes (AgRg no REsp 1238043/SP, Rel. Ministro 
HAMILTON CARVALHIDO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 14/04/2011, 
DJe 10/05/2011). 
 
B) - adicional por tempo de serviço; 
 
O adicional por tempo de serviço será devido por triênios de 
efetivo exercício, até o máximo de 12 (doze). Quanto aos limites dos 
adicionais de acordo com a remuneração do cargo, é importante 
observar as seguintes proporções conforme o art. 131, §1º: 
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Art. 131 
§ 1° Os adicionais serão calculados sobre a remuneração do cargo, nas 
seguintes proporções: 
I - aos três anos, 5%; 
II - aos seis anos, 5% - 10%; 
III - aos nove anos, 5% - 15%; 
IV - aos doze anos, 5% - 20%; 
V - aos quinze anos, 5% - 25%; 
VI - aos dezoito anos, 5% - 30%; 
VII - aos vinte e um anos, 5% - 35%; 
VIII - aos vinte e quatro anos, 5% - 40%; 
IX - aos vinte e sete anos, 5% - 45%; 
X - aos trinta anos, 5% - 50%; 
XI - aos trinta e três anos, 5% - 55%; 
XII - após trinta e quatro anos, 5% - 60%. 
 
Observação! O servidor fará jus ao adicional a partir do mês em 
que completar o triênio, independente de solicitação. 
Atenção! A incidência de adicional por tempo de serviço NÃO 
PODE incidir sobre valores resultantes de adicionais por tempo de 
serviço anteriores". 
O Supremo Tribunal Federal julgou parcialmente procedente a 
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 1586) ajuizada pelo governo 
do Pará contra disposição da Lei estadual 5.810/94. 
A decisão do Plenário deu interpretação conforme à Constituição 
ao parágrafo 1º do artigo 131 da Lei 5.810/94, para fixar a forma como 
deve ser interpretado esse dispositivo. O artigo 131 da Lei estabeleceu 
que "o adicional por tempo de serviço será devido por triênios de 
efetivo exercício, até o máximo de doze". 
O parágrafo 1º prevê que os adicionais "serão calculados sobre a 
remuneração do cargo nas seguintes proporções: Aos três anos, 5%; 
aos seis anos, 10% (...) aos 36 anos, 60%". São cinco por cento em 
cada triênio. 
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 A ação foi julgada procedente em parte para que seja "excluída a 
incidência de adicional por tempo de serviço sobre valores resultantes 
de adicionais por tempo de serviço anteriores". 
 
 
 
2.4 Gratificações 
 
 
A Lei prevê as seguintes gratificações ao servidor: 
 
Art. 132. Ao servidor serão concedidas gratificações: 
I - pela prestação de serviço extraordinário; 
II - a título de representação; 
III - pela participação em órgão colegiado; 
IV - pela elaboração de trabalho técnico, científico ou de utilidade para o 
serviço público; 
V - pelo regime especial de trabalho; 
VI - pela participação em comissão, ou grupo especial de trabalho; 
VII - pela escolaridade; 
VIII - pela docência, em atividade de treinamento; 
IX - pela produtividade; 
X - pela interiorização; 
XI - pelo exercício de atividade na área de educação especial; 
XII - Pelo exercício da função. 
Parágrafo único. Os casos considerados como de efetivo exercício pelo art. 
72, excetuados os 
incisos V, IX e XVI não implicam a perda das gratificações previstas neste 
artigo, salvo a do 
inciso I. 
 
 
Primeira observação importante! O inciso XI do art. 132 é 
inconstitucional, veja a ementa do AI 781806 ED / PA ± PARÁ, do dia 
23/06/2015: 
 
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EMENTA: DIREITO ADMINISTRATIVO. EMBARGOS DE 
DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. REPERCUSSÃO 
GERAL RECONHECIDA. REAFIRMAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. SERVIDOR 
PÚBLICO. INCONSTITUCIONALIDADE DOS ARTS. 132, XI, E 246 DA LEI 
ESTADUAL Nº 5.810/1994, DO ESTADO DO PARÁ. 1. O Supremo 
Tribunal Federal, ao julgar o RE 745.811-RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, 
com repercussão geral reconhecida, reafirmou sua jurisprudência no 
sentido de ser inconstitucional a extensão, por meio de emenda 
parlamentar, de gratificação ou vantagem a servidor público, tendo em 
vista que se trata de matéria reservada à iniciativado Chefe do Poder 
Executivo. Desse modo, assentou a inconstitucionalidade dos arts. 132, 
XI, e 246 da Lei nº 5.810/1994, do Estado do Pará. Precedentes. 2. 
Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 3. 
Embargos de declaração recebidos como agravo regimental a que se 
nega provimento 
 
O Supremo Tribunal Federal, ao julgar o RE 745.811-RG, Rel. 
Min.Gilmar Mendes, com repercussão geral reconhecida, reafirmou sua 
jurisprudência no sentido de ser inconstitucional a extensão, por meio 
de emenda parlamentar, de gratificação ou vantagem a servidor 
público, tendo em vista que se trata de matéria reservada à iniciativa 
do Chefe do Poder Executivo. Desse modo, assentou a 
inconstitucionalidade dos arts. 132, XI, e 246 da Lei nº 5.810/1994, do 
Estado do Pará. 
 
Pela prestação de serviço extraordinário; 
O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% 
(cinqüenta por cento) em relação à hora normal de trabalho. 
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CUIDADO, meus caros, não é qualquer servidor que pode fazer 
hora extra! Não pense que você vai ficar rico fazendo as famosas 
³KRUDV-EXQGDV´�DR�ILFDU�QR�yUJmR�DWp�GH�PDGUXJDGD�VHP�ID]HU�QDGD��$�
lei só permite hora extra para atender a situações excepcionais e 
temporárias, respeitado o limite máximo de 2 (duas) horas por 
jornada. 
Será considerado serviço extraordinário aquele que exceder, por 
antecipação ou prorrogação, a jornada normal diária de trabalho. 
Ademais, a prestação de serviço extraordinário não poderá 
exceder ao limite de 60 (sessenta) horas mensais, salvo para os 
servidores integrantes de categorias funcionais com horários 
diferenciados em legislação própria. 
 
 
 
De olho na jurisprudência!!! 
1) Incide contribuição previdenciária sobre os valores pagos a 
título de horas extras. A incidência decorre do fato de que o adicional 
de horas extras integra o conceito de remuneração (AgRg no REsp 
1.222.246-SC, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 6/12/2012). 
Além disso, nos termos da Súmula nº 463 do STJ, incide imposto de 
renda sobre os valores percebidos a título de indenização por horas 
extraordinárias trabalhadas. 
2) O STJ possui entendimento firmado em que o adicional 
noturno, o adicional de insalubridade e as horas extras têm natureza 
propter laborem, pois são devidos aos servidores enquanto exercerem 
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atividades no período noturno, sob exposição a agentes nocivos à saúde 
e além do horário normal, razão pela qual não podem ser incorporados 
aos proventos de aposentadoria, limitados à remuneração do cargo 
efetivo. Precedentes (AgRg no REsp 1238043/SP, Rel. Ministro 
HAMILTON CARVALHIDO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 14/04/2011, 
DJe 10/05/2011). 
 
Adicional noturno; 
x Horário: entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) 
horas do dia seguinte; 
x Valor: valor-hora acrescido de 25% 
x Cada hora = cinqüenta e dois minutos e trinta segundos. 
Perceba, meu amigo: há um duplo benefício, pois há o acréscimo 
GH�����QR�YDORU�GH�FDGD�KRUD�H�D�FDGD���¶���p�FRQWDGD�XPD�KRUD� 
Por fim, não se esqueça que se o serviço é prestado em hora 
extraordinária, incidem ambos os percentuais, ou seja, o adicional 
noturno é calculado sobre a remuneração acrescida dos 50% da hora 
extra. 
Em sequência, quanto as gratificações, a Lei diz que a gratificação 
pela participação em órgão colegiado será fixada através de 
regulamento. 
E, ainda, a gratificação por regime especial de trabalho é a 
retribuição pecuniária mensal destinada aos ocupantes dos cargos que, 
por sua natureza, exijam a prestação do serviço em tempo integral ou 
de dedicação exclusiva. 
As gratificações devidas aos funcionários convocados para 
prestarem serviço em regime de tempo integral ou de dedicação 
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exclusiva obedecerão escala variável, fixada em regulamento, 
respeitados os seguintes limites percentuais: 
a) pelo tempo integral, a gratificação variará entre 20% (vinte por 
cento) e 70% (setenta por cento) do vencimento atribuído ao cargo; 
b) pela dedicação exclusiva, a gratificação variará entre 50% 
(cinqüenta por cento) e 100% (cem por cento) do vencimento atribuído 
ao cargo. 
O servidor não pode receber simultaneamente a gratificação por 
regime especial de trabalho e a por prestação de serviço extraordinário, 
uma exclui a outra. 
E é claro que se um servidor está trabalhando com regime de 
exclusividade ele não pode ter outro cargo ou emprego. Quer um 
exemplo? 
Um policial que recebe por regime de exclusividade, não pode 
trabalhar como segurança particular, estando sujeito a consequências 
disciplinares. 
Sobre a gratificação pela participação em comissão ou 
grupo especial de trabalho e pela execução de trabalho técnico 
ou científico, em decorrência de formal designação ou autorização, 
será arbitrada previamente, não podendo exceder ao vencimento ou 
remuneração do servidor. 
Para estabelecer o valor da remuneração, deverão ser observados 
a duração da atividade e o vencimento ou remuneração do servidor, 
sendo idêntico para todos os membros quando se tratar de comissão ou 
grupo de trabalho. 
Essa gratificação só terá vigência enquanto durar o trabalho, 
acabou o trabalho, cessa a remuneração e em nenhuma hipótese 
poderá ser incorporada a remuneração. 
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Se o servidor recebeu para fazer o trabalho, deve cumprir no 
prazo fixado, caso contrário deverá ressarcir no mesmo percentual 
recebido. 
O interessante desta gratificação é que o seu impedimento em 
nada obsta o reconhecimento do direito autoral, quando a atribuição 
não for inerente ao cargo. 
A gratificação de escolaridade, calculada sobre o vencimento, 
será devida nas seguintes proporções: 
x Na quantia correspondente a 80% (oitenta por cento), 
ao titular de cargo para cujo exercício a lei exija habilitação 
correspondente à conclusão do grau universitário. 
A gratificação pela docência, em atividade de treinamento, 
será atribuída ao servidor, no regime hora-aula, desde que esta 
atividade não seja inerente ao exercício do cargo e seja desempenhada 
fora da jornada normal de trabalho, art. 141 Lei n° 5.810, de 24 de 
janeiro de 1994. 
Quanto a gratificação de produtividade destina-se a estimular 
as atividades dos servidores ocupantes de cargos nas áreas de 
tributação, arrecadação e fiscalização fazendária, extensiva aos 
servidores de apoio técnico operacional e administrativo da Secretaria 
de Estado da Fazenda, observados os critérios, prazos e percentuais 
previstos em regulamento.A gratificação de interiorização é devida aos servidores que, 
tendo domicílio na região metropolitana de Belém, sejam lotados, 
transferidos, ou removidos para outros Municípios, enquanto perdurar 
essa lotação ou movimentação. 
Esta gratificação é uma forma de incentivar o desenvolvimento no 
interior do Estado. 
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O cálculo será feito sobre o valor do vencimento, não podendo 
exceder-lhe e será proporcional ao grau de dificuldade de acesso ao 
Município, conforme os percentuais fixados em regulamento. 
Vamos em frente! 
 
 
Diárias (D) 
Confiram a redação do art. 145 da Lei nº 5.810, de 24 de janeiro 
de 1994: 
Art. 145. Ao servidor que, em missão oficial ou de estudos, afastar-se 
temporariamente da sede em que seja lotado, serão concedidas, além do 
transporte, diárias a título de indenização das despesas de alimentação, 
hospedagem e locomoção urbana. 
 
Importante ressaltar que a diária é de caráter eventual e 
transitório, sendo concedida por dia de afastamento. 
ATENÇÃO!!! 
1) A diária é devida pela metade: 
ł�4XDQGR�R�GHVORFDPHQWR�QmR�H[LJH�SHUQRLWH�IRUD�GD�VHGH� 
 
2) Além disso, há 2 casos em que o servidor não faz jus ao 
pagamento de diárias, quais sejam: 
ł�4XDQGR�R�GHVORFDPHQWR�GD�VHGH�FRQVWLWXL�exigência permanente 
do cargo. 
ł� 4XDQGR não se afastar da sede, por qualquer motivo, fica 
obrigado a restituir integralmente o valor das diárias e custos de 
transporte recebidos, no prazo de 5 (cinco) dias. 
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FIQUEM ATENTOS À EXCEÇÃO!!! No caso de haver pernoite fora 
da sede, serão pagas diárias, sendo sempre as fixadas para os 
afastamentos dentro do território nacional. 
Caso o servidor, por qualquer motivo, não se afaste da sede ou 
ainda retorne antes do previsto, deverá restituir as diárias no prazo de 
5 dias, neste mesmo prazo, o servidor retornar à sede, no prazo menor 
do que o previsto para o seu afastamento, restituirá as diárias recebidas 
em excesso. 
 
Ajuda de custo (AC) 
Art. 150. A ajuda de custo será concedida ao servidor que, no interesse do 
serviço público, passar a ter exercício em nova sede com mudança de 
domicílio. 
 
O que podemos ter como lição? Primeiro que a Administração 
deverá ter interesse no serviço, e segundo que a mudança de 
domicílio deverá ser permanente. 
 
Isso quer dizer que, não haverá ajuda de custo ao servidor: 
a) afastar-se do cargo ou reassumi-lo em virtude do exercício ou 
término de mandato eletivo; 
b) for colocado à disposição de outro Poder, ou esfera de 
Governo; 
c) for removido ou transferido, a pedido. 
É englobado pela ajuda de custo as despesas de transporte do 
servidor e inclusive da sua família, compreendendo passagem, bagagem 
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e bens pessoais. Não pense você que não há limite para a ajuda de 
custo. Esta não poderá exceder a importância correspondente a 3 
(três) meses da remuneração do servidor. 
E se o servidor não se apresentar na nova sede pelo prazo de 30 
dias, este ficará obrigado a restituir a ajuda de custo. 
Por fim se o servidor vier a falecer na nova sede, à sua família 
pelo pra de 1 ano é assegurado a ajuda de custo e transporte para o 
retorno ao seu lar de origem. 
As ajudas de custo serão restituídas, quando: 
™ O servidor não se apresentar na nova sede no prazo de 30 
(trinta) dias; 
™ O servidor solicitar exoneração; 
™ A designação for tornada sem efeito. 
 
 
Outras Vantagens e Concessões 
 
O servidor terá direito ainda: 
 
a) participação no Programa de Formação do Patrimônio do 
Servidor Público; 
b) vale-transporte, nos termos da Legislação Federal; 
c) auxílio-natalidade, correspondente a um salário mínimo, após a 
apresentação da certidão de nascimento para a inscrição do 
dependente; 
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d) auxílio-doença, correspondente a um mês de remuneração, 
após cada período consecutivo de 6 (seis) meses de licença para 
tratamento de saúde; 
e) custeio do tratamento de saúde, quando laudo de junta médica 
oficial atestar tratar-se de lesão produzida por acidente em serviço ou 
doença profissional; 
f) quando estudante, e mediante comprovação, regime de 
compensação para realização de provas e abono de faltas para exame 
vestibular; 
g) transporte ou indenização correspondente, quando licenciado 
para tratamento de saúde, estando impossibilitado de locomover-se, na 
forma do regulamento; 
h) seguro contra acidente de trabalho, para os que exerçam 
atividades com risco de vida. 
 
Além do servidor, também receberá as vantagens prevista em lei, 
o cônjuge, companheiro ou dependentes: 
a) custeio das despesas de translado do corpo, quando o servidor, 
no desempenho de suas atribuições, falecer fora da sede do exercício; 
b) auxílio-funeral, correspondente a 2 (dois) meses de 
remuneração ou provento, aos dependentes ou, na ausência destes, a 
quem realizar as despesas do sepultamento; 
c) pensão especial, no valor integral do vencimento ou 
remuneração, quando o servidor falecer em decorrência de acidente em 
serviço ou moléstia profissional; 
d) vantagens pecuniárias que o servidor deixou de perceber em 
decorrência de seu falecimento. 
 
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Não é possível a acumulação de duas ou mais pensões, exceto 
quando houver previsão constitucional da acumulação remunerada de 
cargos públicos. 
 
Das Acumulações Remuneradas 
 
Também é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, 
exceto quando houver compatibilidade de horários, nos seguintes 
casos: 
a) a de 2 (dois) cargos de professor; 
b) a de 1 (um) cargo de professor com outro técnico ou científico, 
de nível médio ou superior; 
c) a de 2 (dois) cargos privativos de médico. 
E essa acumulação será estendida a empregos a empregos e 
funções e abrange autarquias, fundações mantidas pelo Poder Público, 
empresas públicas, sociedades de economia mista, da União, Distrito 
Federal, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios, não se aplicando, 
porém, ao aposentado, quando investido em cargo comissionado. 
Mesmo que seja possível a acumulação de cargos, ainda que 
lícita, fica condicionada à comprovação da compatibilidade de horários. 
Há limite ainda para o cargo em comissão que só pode ser UM! 
Invocando o princípioda inocência e do contraditório e ampla 
defesa, a acumulação será havida de boa-fé, até final conclusão de 
processo administrativo. 
 
 
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2.5 Jornada de trabalho 
 
 
Como previsto na Lei, a duração da jornada de trabalho será de 6 
(seis) horas ininterruptas, exceto quando a lei prevê uma jornada 
diferenciada. 
Mas quando for exigido jornada superior, para o atendimento ao 
público serão adotados turnos de revezamento. Quando comprovada a 
necessidade a duração normal da jornada pode ser prorrogada ou 
antecipada pela administração. 
A jornada de trabalho deverá ser verificada: 
x Pelo ponto de entrada e saída 
x Pela forma determinada quanto aos servidores cujas 
atividades sejam permanentemente exercidas 
externamente, ou que, por sua natureza, não possam ser 
mensuradas por unidade de tempo. 
 
No caso de antecipação ou prorrogação da duração da jornada de 
trabalho, será também remunerado o trabalho suplementar. 
No caso do servidor ocupante de cargo comissionado, 
independentemente de jornada de trabalho, atenderá às convocações 
decorrentes da necessidade do serviço de interesse da Administração. 
 
 
2.6 Estabilidade 
 
 
A lei fala que a estabilidade é adquirida após dois anos. Mas como 
você já sabe, com a EC 19/98, a estabilidade passou a ser conferida 
somente após três anos de efetivo exercício e não mais dois anos 
apenas. 
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Ademais, a nova redação passou a exigir outros requisitos além 
da prévia aprovação em concurso público. A partir da EC nº 19/98, 
passaram a ser requisitos concomitantes para aquisição de estabilidade: 
01. Concurso público; 
02. Cargo público de provimento específico; 
03. Três anos de efetivo exercício; 
04. Aprovação em avaliação especial de desempenho por 
comissão instituída para essa finalidade. 
 
A respeito da perda do cargo, a partir da EC nº 19/98, verifica-
se que passam a ser 4 as hipóteses de rompimento não voluntário do 
vínculo funcional do servidor já estável, expressas no texto 
constitucional (art. 41, §1º e art. 169, §4º): 
1) Sentença judicial transitada em julgado; 
2) Processo administrativo, desde que assegurados o 
contraditório e a ampla defesa; 
3) Insuficiência de desempenho, verificada mediante avaliação 
periódica, na forma de lei complementar, assegurados 
também o contraditório e a ampla defesa; 
4) Excesso de despesa com pessoal. 
A Lei n° 5.810/1994 veda a exoneração, a suspensão ou a 
demissão de servidor sindicalizado, a partir do registro da candidatura a 
cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que 
suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta 
grave, devidamente apurada em processo administrativo. O art. 69 
refere-se a estabilidade sindical. 
 
 
 
2.7 Tempo de Serviço 
 
 
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O tempo de serviço público que será contabilizado é aquele 
prestado pela União, Estados, Distrito Federal, Municípios, Autarquias e 
Fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público. 
Para fins legais constitui tempo de serviço público o prestado 
anteriormente pelo servidor, independente da forma de admissão ou de 
pagamento. Mas atenção! Esse tempo de serviço não é contado para a 
estabilidade. 
O tempo de contribuição financeira dos sistemas previdenciários, 
serão contados para fins de aposentadoria e disponibilidade. 
Essa contagem será feita em dias. Após feita a contagem em dias, 
os dias serão convertidos em anos, e sempre serão considerados 365 
(trezentos e sessenta e cinco) dias. 
Galerinha quero que vocês observem um detalhe da Lei que diz 
que para fins de aposentadoria, os dias que sobrarem até 182 NÃO SÃO 
COMPUTADOS, mas a partir de 183 serão convertidos para um ano. 
 
São considerados de efetivo exercício, ou seja, conta-se como se 
trabalhando estivesse, os afastamentos que se derem por: 
 
x Férias; 
x Casamento, até 8 (oito) dias; 
x Falecimento do cônjuge, companheira ou companheiro, pai, 
mãe, filhos e irmãos, até 8 (oito) dias; (NR) 
x Serviços obrigatórios por lei; 
x Desempenho de cargo ou emprego em órgão da 
administração direta ou indireta de Municípios, Estados, Distrito 
Federal e União, quando colocado regularmente à disposição; 
x Missão oficial de qualquer natureza, ainda que sem 
vencimento, durante o tempo da autorização ou designação; 
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x Estudo, em área do interesse do serviço público, durante o 
período da autorização; 
x Processo administrativo, se declarado inocente; 
x Desempenho de mandato eletivo, exceto para promoção por 
merecimento; 
x Participação em congressos ou outros eventos culturais, 
esportivos, técnicos, científicos ou sindicais, durante o período 
autorizado. 
x licença-prêmio; 
x licença maternidade com a duração de cento e oitenta dias; 
(NR) 
x licença-paternidade; 
x licença para tratamento de saúde; 
x licença por motivo de doença em pessoa da família; 
x faltas abonadas, no máximo de 3 (três) ao mês; 
x doação de sangue, 1 (um) dia; 
x desempenho de mandato classista. 
 
Observação! 
 
Tem dobradinha aqui! Como assim professor? Serão contados em 
dobro: 
 
! Serviço prestado às Forças Armadas em operações de 
guerra 
! As férias e a licença-prêmio serão contadas em dobro para 
efeito de aposentadoria a partir da expressa renúncia do servidor. 
A lei veda a contagem acumulada de tempo de serviço 
simultaneamente prestado em mais de um cargo, emprego ou função. 
E nos casos em que a lei permite a acumulação legal? Nestes 
casos, o Estado não contará o tempo de serviço do outro cargo ou 
emprego, para o reconhecimento de vantagem pecuniária. 
 
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2.8 Das Férias 
 
Vamos tratar do período mais desejado do ano: FÉRIAS!!! 
 
Como já falamos é o período descanso remunerado concedido ao 
funcionário público. O servidor tem direito a 30 dias de férias anuais, 
podendo ser divididas em até três etapas se o servidor assim requerer. 
A regra é que as férias sejam gozadas, porém, poderão ser 
interrompidas, por motivo de calamidade pública, comoção interna, 
convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por motivo de 
superior interesse público. E só poderão ser acumuladas, pelo prazo 
máximo de doisanos consecutivos. 
 
Preste atenção em algumas regras relativas às férias que devem 
ser obedecidas: 
01. Para o primeiro período aquisitivo de férias, são 
exigidos 12 meses de exercício; 
02. É vedado descontar das férias qualquer falta ao 
serviço. 
 
LEMBRE-SE!!! O afastamento decorrente de férias é considerado 
como de efetivo exercício, por isso, o servidor terá direito a todas as 
vantagens do exercício do cargo. E mais, as férias serão remuneradas 
com um terço a mais do que a remuneração normal, pagas 
antecipadamente, independente de solicitação. 
 
Já foi cobrado em alguns concursos é o caso do operador de raio-
X. Esse servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou 
substâncias radioativas deve gozar de 20 dias consecutivos de férias 
por semestre de atividade profissional, proibida a acumulação. 
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No caso de servidor que foi exonerado de cargo efetivo, ou em 
comissão, ele perceberá indenização relativa ao período das férias a que 
tiver direito e ao incompleto, na proporção de um doze avos por mês de 
efetivo exercício, ou fração superior a quatorze dias. Essa indenização é 
calculada com base na remuneração do mês em que for publicado o ato 
exoneratório. 
 
 
 
2.9 Licenças 
 
Nas licenças o servidor poderá receber os seus vencimentos ou 
não, dependerá da licença. O art. 77 da Lei Estadual nº 5.810, de 24 de 
Janeiro de 1994 elenca as possibilidades de concessão das licenças. 
Vejamos: 
Art. 77. O servidor terá direito à licença: 
I - para tratamento de saúde; 
II - por motivo de doença em pessoa da família; 
III - maternidade; 
IV - paternidade; 
V - para o serviço militar e outras obrigações previstas em lei; 
VI - para tratar de interesse particular; 
VII - para atividade política ou classista, na forma da lei; 
VIII - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro; 
IX - a título de prêmio por assiduidade. 
 
Dependerá de inspeção médica as licenças para tratamento de 
saúde e por motivo de doença em pessoa da família. E o servidor 
notificado que se recusar a submeter-se à inspeção médica, quando 
julgada necessária, terá sua licença cancelada automaticamente 
Uma observação quanto servidor ocupante de cargo em comissão 
não serão concedidas as licenças: Para tratar de interesse particular; 
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Para atividade política ou classista, na forma da lei; Por motivo de 
afastamento do cônjuge ou companheiro; 
IMPORTANTE!!! A licença (da mesma espécie) concedida dentro 
de 60 (sessenta) dias do término de outra da mesma espécie será 
considerada como prorrogação. 
E acabou a licença, no primeiro dia útil subsequente o servidor já 
deve voltar. 
Exceto nos casos das licenças para o serviço militar e outras 
obrigações previstas em lei; para atividade política ou classista, na 
forma da lei e por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro, 
o servidor não poderá permanecer em licença da mesma espécie por 
período superior a 24 (vinte e quatro) meses. 
A licença poderá ser prorrogada de ofício ou mediante solicitação, 
neste caso, o pedido deve ser apresentado pelo menos 8 (oito) dias 
antes de findo o prazo. Esta regra NÃO se aplica para as licenças 
Maternidade, Paternidade, para tratar de interesse particular; a título de 
prêmio por assiduidade. 
Mais um cuidado que vocês devem tomar! O servidor que tirar 
licença para tratamento de saúde ou por motivo de doença em pessoa 
da família não pode exercer atividade remunerada durante o período 
das licenças 
 
A- Da Licença para Tratamento de Saúde 
 
 
Esta licença pode ser concedida a pedido ou de ofício, com base 
em inspeção médica, realizada pelo órgão competente, sem prejuízo da 
remuneração. 
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Quando necessário, a inspeção médica será realizada na 
residência do servidor ou no estabelecimento hospitalar onde se 
encontrar internado. 
Em se tratando de licença com mais de 60 (sessenta) dias só 
poderá ser concedida mediante inspeção realizada por junta médica 
oficial. Excepcionalmente, a prova da doença poderá ser feita por 
atestado médico particular se, a juízo da administração, for 
inconveniente ou impossível a ida da junta médica à localidade de 
residência do servidor. Neste caso, o atestado só produzirá efeito depois 
de homologado pelo serviço médico oficial do Estado. 
Quando acabar a licença o servidor será submetido à nova 
inspeção médica, que concluirá pela volta ao serviço, pela prorrogação 
da licença ou pela aposentadoria. 
Um cuidado que a lei trouxe foi o de explicitar que o atestado e o 
laudo da junta médica não se referirão ao nome ou natureza da doença, 
salvo quando se tratar de lesões produzidas por acidente em serviço e 
doença profissional. Desta forma, ao emitir o atestado ou o lado, é 
utilizado o C.I.D ( Código Internacional de Doenças) 
 
 
B- Licença por motivo de doença em pessoa da família 
Professor, quem afinal pertence a família? 
A lei dispõe que poderá ser cônjuge, companheiro ou 
companheira, padrasto ou madrasta; ascendente, descendente, 
enteado, menor sob guarda, tutela ou adoção, e colateral consangüíneo 
ou afim até o segundo grau civil, mediante comprovação médica. 
Para que não haverá prejuízo na remuneração integral, a licença 
poderá ser concedida no primeiro mês. Será concedida com 2/3 (dois 
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terços) da remuneração, quando exceder de 1 (um) até 6 (seis) meses 
e quando exceder a 6 (seis) meses até 12 (doze) meses a remuneração 
será de 1/3 (um terço). 
Não haverá remuneração a partir do 12°. (décimo segundo) e até 
o 24°. (vigésimo quarto) mês. 
O órgão oficial poderá opinar pela concessão da licença pelo prazo 
máximo de 30 (trinta) dias, renováveis por períodos iguais e sucessivos, 
até o limite de 2 (dois) anos, conforme art. 86 §único. 
LEMBRE-SE!!! Essa licença pode ser concedida a servidor em 
estágio probatório e este ficará suspenso!!! 
 
 
C- Das Licenças Maternidade e Paternidade 
 
 
É um direito da servidora gestante de se licenciar do serviço, sem 
prejuízo da remuneração, por um período de 180 (cento e oitenta) dias 
consecutivos, a contar do primeiro dia do nono mês de gestação ou do 
dia do nascimento, no caso de parto prematuro. 
Professor, e no caso de aborto? No caso de aborto, atestado por 
médico oficial, a licença será de 30 dias. Aqui a licença também será 
remunerada. 
Outro direito que a Lei traz é da servidora que está no período de 
amamentação. A servidora lactante terá direito, de amamentar o seu 
filhoaté a idade de 6 (seis) meses durante a jornada de trabalho, a 
uma hora de descanso, que poderá ser parcelada em 2 (dois) períodos 
de meia hora. 
Quanto a servidora adotante, a lei adota o prazo de licença de 90 
(noventa) dias de licença para criança de até 1 ano e no caso de adoção 
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ou guarda judicial de criança com mais de 1 (um) ano de idade, o prazo 
de que trata este artigo será de 30 (trinta) dias. 
Alerta!! Esse prazo é inconstitucional. 
Veja o que decidiu o STF: 
Os prazos da licença-adotante não podem ser 
inferiores ao prazo da licença-gestante, o mesmo 
valendo para as respectivas prorrogações. Em 
relação à licença adotante, não é possível fixar 
prazos diversos em função da idade da criança 
adotada. 
STF. Plenário. RE 778889/PE, Rel. Min. Roberto 
Barroso, julgado em 10/3/2016 (repercussão geral) 
(Info 817). 
 
Vale ressaltar que no recurso extraordinário citado (RE 
778889/PE), o STF estava analisando a Lei nº 8.112/90. No entanto, o 
Supremo fixou a tese de forma genérica. Isso significa que outras leis 
federais, leis estaduais, distritais ou municipais que prevejam 
tratamento diferenciado entre licença-maternidade e licença-adotante 
também são inconstitucionais. 
Quanto a licença paternidade, serão concedidos 10 (dez) dias 
consecutivos, mediante a apresentação do registro civil, retroagindo 
esta à data do nascimento. 
Quero fazer uma observação, em maio de 2016 a licença 
paternidade, EM ÂMBITO FEDERAL, passou a ter um prazo de 20 dias. E 
alguns Estados como Sergipe e Paraná já concederam esse prazo para 
os servidores estaduais. Acredito que os demais Estados também 
adotarão este prazo. 
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Afinal, tal ampliação tem fundamento constitucional de prioridade 
absoluta dos direitos da criança, nos termos do art. 227 da Constituição 
Federal e do art. 4º da Lei nº 8.069/90(ECA) e fruto de 
estudos especializados, foi proposta a ampliação da Licença Paternidade 
para até 20 dias no setor privado, através do Programa Empresa 
Cidadã. Como alguns Estados já adotaram, vamos ficar de olho. 
 
D- Licença para o serviço militar outras obrigatórias 
 
O servidor terá direito a licença para o serviço militar pelo 
servidor que é convocado para prestar serviço militar. 
Quem irá condicionar será a legislação específica. Porém, mesmo 
após o término desta licença o servidor terá 30 dias para retornar ao 
cargo. Durante esses 30 dias não receberá remuneração. Esse período 
será contado como efetivo exercício. 
LEMBRE-SE!!! Essa licença pode ser concedida a servidor em 
estágio probatório!!! 
IMPORTANTE!!! Essa licença conta como tempo de serviço!!! 
As demais licenças obrigatórias são: 
x Requisitado pela Justiça Eleitoral; 
x Sorteado para o trabalho do Júri; 
x Em outras hipóteses previstas em legislação federal 
específica; 
 
 
 
 
 
E- Licença para tratar de interesses particulares 
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O destaque dessa licença é que o servidor efetivo não poderá 
estar em estágio probatório. Será concedida por discricionariedade 
da Administração, podendo ser interrompida se assim for interesse do 
Estado ou a pedido do próprio servidor. A temporariedade será de até 
dois anos consecutivos. 
A lei diz que não poderá ser concedida nova licença antes de 
decorrido 2 (dois) anos do término da anterior. 
 
Art. 93. A critério da administração, poderá ser concedida ao servidor estável, 
licença para o trato de assuntos particulares, pelo prazo de até 2 (dois) anos 
consecutivos, sem remuneração. 
§ 1° A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do 
servidor ou no interesse do serviço. 
§ 2° Não se concederá nova licença antes de decorrido 2 (dois) anos do 
término da anterior. 
 
 
DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA!!! O fato de o servidor encontrar-
se licenciado para tratar de interesses particulares não descaracteriza o 
seu vínculo jurídico, já que a referida licença somente é concedida a 
critério da administração e pelo prazo fixado em lei, podendo, inclusive, 
ser interrompida, a qualquer tempo, no interesse do serviço ou a pedido 
do servidor (RE 180597, Relator(a): Min. ILMAR GALVÃO, Primeira 
Turma, julgado em 18/11/1997, DJ 27-02-1998 PP-00018 EMENT VOL-
01900-03 PP-00621). A licença para trato de interesses particulares não 
interrompe o vínculo existente entre o servidor e a Administração, 
devendo este estar obrigado a respeitar o que lhe impõe a legislação e 
os princípios da Administração Pública (MS 6.808/DF, Rel. Ministro 
FELIX FISCHER, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 24/05/2000, DJ 
19/06/2000, p. 107). 
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FIQUE SABENDO!!! O fato de o servidor encontrar-se no gozo de 
licença para trato de interesses particulares não gera direito liquido e 
certo de ver o respectivo cargo expungido do rol daqueles declarados, 
pela Administração Pública, como desnecessários, com o surgimento do 
estado de disponibilidade (MS 21164, Relator(a): Min. MARCO 
AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 19/10/1990, DJ 22-03-1991 PP-
03054 EMENT VOL-01613-01 PP-00049). 
LEMBRE-SE!!! Essa licença não conta como tempo de serviço nem 
para efeito de aposentadoria e disponibilidade. 
 
F- Licença para atividade política 
 
Para cada cargo haverá uma peculiaridade. 
Vejamos: 
 
x tratando-se de mandato federal ou estadual ficará afastado 
do cargo ou função; 
x investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo 
ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; 
x investido no mandato de Vereador: 
a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens 
de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo; 
b) não havendo compatibilidade de horários, será afastado do 
cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração. 
 
 
Atenção especial para o servidor que desempenha mandato em 
confederação, federação, sindicato representativo da categoria, 
associação de classe de âmbito local e/ou nacional. Este servidor tem 
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direito: A licença para desempenhar essas atividades e também NÃO 
haverá prejuízo de remuneração do cargo efetivo. 
Mas só terá direito a essa licença os servidores eleitos para cargos 
de direção ou representação nas referidas entidades, até o máximode 
quatro por entidade constituída em conformidade com o art. 5º, inciso 
/;;��DOtQHD�³E´��GD�&RQVWLWXLomR�)HGHUDO� Observe: 
 
 
Art. 5º LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: 
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em 
funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou 
associados; 
 
Essa licença pode ser prorrogada apenas uma vez por igual 
período, no caso de reeleição. 
Diferente do estabelecido em outros regimes jurídicos, para 
aqueles licenciados por motivo de desempenho de mandato em 
confederação, federação, sindicato representativo da categoria, 
associação de classe de âmbito local e/ou nacional, o período será 
contado para todos os efeitos legais, exceto para a promoção por 
merecimento. 
 
 
G- Licença para Acompanhar Cônjuge 
 
Trata-se do afastamento para acompanhar cônjuge ou 
companheiro que assumir mandato conquistado em eleição majoritária 
ou proporcional para exercício de cargo em local diverso do da lotação 
do acompanhante ou for designado para servir fora do Estado ou no 
exterior. 
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Nessa espécie de licença o período será concedida pelo prazo da 
duração do mandato, ou nos demais casos por prazo indeterminado. A 
licença não terá prazo pré-determinado e ainda será sem 
remuneração. 
Para que seja concedida a licença deverá ser comprada através da 
prova da eleição, posse ou designação. 
Observa-se que o servidor poderá ser lotado, provisoriamente, em 
repartição da Administração Estadual direta, autárquica ou fundacional, 
desde que para o exercício de atividade compatível com o seu cargo. 
 
A jurisprudência do STJ admite a concessão de licença a servidor 
para acompanhar cônjuge deslocado para outro ponto do território 
nacional, por tempo indeterminado e sem remuneração, 
independentemente de aquele que for deslocado ser servidor 
público ou não, em homenagem à proteção da unidade familiar 
insculpida no art. 226 da CF (RMS 34.518/AC, Rel. Ministro HERMAN 
BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2012, DJe 
19/12/2012). 
Entretanto, para que o cônjuge ou companheiro servidor público 
tenha exercício provisório em outro órgão, seu cônjuge ou companheiro 
tem que ser servidor público também. Neste sentido, o seguinte ponto 
GH� HPHQWD� GH� MXOJDGR� GR� 67-�� ³3RGH� R� VHUYLGRU� S~EOLFR� REWHU� D�
concessão de licença, sem remuneração, para o acompanhamento de 
cônjuge ou companheiro que tenha sido deslocado para outro Estado da 
Federação ou para o exterior. Entretanto, o exercício provisório em 
outro órgão somente poderá ser concedido, desde que para o 
desempenho de atividade compatível com o seu cargo e que o 
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cônjuge ou companheiro também seja servidor público, civil ou 
militar, o que não se verifica na hipótese dos autos. 
 
Resumindo, existem duas situações: 
ł� &{QMXJH� RX� FRPSDQKHLUR� TXH� WDPEpP� p� VHUYLGRU� S~EOLFo foi 
deslocado. Neste caso, o servidor em questão pode usufruir da licença e 
ter exercício provisório em órgão do local; 
ł� &{QMXJH� RX� FRPSDQKHLUR� TXH� QmR� p� VHUYLGRU� S~EOLFR� IRL�
deslocado. Neste caso, o servidor em questão pode usufruir da licença 
também, mas não pode ter exercício provisório em órgão do local. 
Além disso, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça 
assentou o entendimento de que o artigo 84 do Estatuto do Servidor 
Público Federal tem caráter de direito subjetivo, uma vez que se 
encontra no título específico dos direitos e vantagens, não cabendo, 
assim, juízo de conveniência e oportunidade por parte da 
Administração. Basta que o servidor comprove que seu cônjuge 
deslocou-se, seja em função de estudo, saúde, trabalho, inclusive na 
iniciativa privada, ou qualquer outro motivo, para que lhe seja 
concedido o direito à licença por motivo de afastamento de cônjuge 
(AgRg no Ag 1157234/RS, Rel. Ministro CELSO LIMONGI 
(DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/SP), SEXTA TURMA, julgado em 
23/11/2010, DJe 06/12/2010). 
 
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LEMBRE-SE!!! Essa licença pode ser concedida a servidor em 
estágio probatório e este ficará suspenso!!! 
 
 
 
 
H- Da Licença-Prêmio 
 
 
A licença será concedida a cada triênio ininterrupto de exercício. O 
período será de 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração e 
outras vantagens. 
Quando requerida pelo servidor: 
x Gozada integralmente, ou em duas parcelas de 30 (trinta) 
dias; 
x Convertida integralmente em tempo de serviço, contado em 
dobro; 
Quando não gozada pelo servidor, será convertida, 
obrigatoriamente, em remuneração adicional, na aposentadoria ou 
falecimento, sempre que a fração de tempo for igual ou superior a 1/3 
(um terço) do período exigido para o gozo da licença-prêmio. 
Atenção! Decorridos 30 (trinta) dias do pedido de licença, não 
havendo manifestação expressa do Poder Público, é permitido ao 
servidor iniciar o gozo de sua licença. 
 
 
3. Direito de Petição 
 
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Já estudamos os direitos dos servidores públicos, esse é o 
momento de ressaltar que ao servidor também é assegurado o direito 
de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse 
legítimo. 
Esse direito nasceu na Inglaterra, durante a Idade Moderna, em 
que muitas revoluções convulsionaram o país. O documento que 
consolidou o right of petition foi a Declaração de Direitos de 1689, em 
que se permitiu aos súditos dirigirem petições ao rei. 
Mais tarde foram escritos diversos documentos que consolidaram 
esse direito, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos e, no 
Brasil, a consolidação foi se tornou definitiva com a Carta Constitucional 
de 1988. 
No âmbito do Direito Administrativo, para fazê-lo, o servidor fará 
um requerimento que será encaminhado por intermédio da autoridade a 
que estiver imediatamente subordinado à autoridade competente para 
decidi-lo. Da mesma forma, o recurso será encaminhado por intermédio 
da autoridade a que estiver imediatamente subordinado o requerente. 
Nos termos do art. 101 da Lei n° 5.810, DE 24 DE JANEIRO DE 
1994, é assegurado ao servidor o direito de requerimento aos Poderes 
Públicos, em defesa de direito ou interesse legítimo. O requerimento, 
diz o art. 103, será dirigido à autoridade competente para decidi-lo e 
encaminhado por intermédio daquela a que estiver imediatamente 
subordinado o requerente. 
A Lei n° 5.810/94 assim nos fala: 
 
Art. 102. O direito de peticionar abrange o requerimento, a reconsideraçãoe 
o recurso. 
Parágrafo único. Em qualquer das hipóteses, o prazo para decidir será de 30 
(trinta) dias; não havendo a autoridade competente, prolatado a decisão, 
considerar-se-á como indeferida a petição. 
 
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Portanto, é cabível pedido de reconsideração à autoridade que 
proferiu a primeira decisão. ATENÇÃO!!! Esse pedido não pode ser 
renovado!!! 
O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da 
autoridade competente, significa a suspensão dos efeitos da decisão da 
autoridade competente, até que tome a decisão final sobre um 
recurso. Havendo provimento do pedido de reconsideração ou do 
recurso, os efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado. 
 
 De acordo com o art. 107, o direito de requerer prescreve: 
x Em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de 
aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse 
patrimonial e créditos resultantes das relações funcionais; 
x Em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro 
prazo for fixado em lei. 
Sendo que o prazo de prescrição será contado da data da 
publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado, 
quando o ato não for publicado. 
O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, 
interrompem a prescrição. 
Como assim professor? 
Isso quer dizer que o prazo da prescrição volta para "zero" no dia 
em que o interessado formula pedido de reconsideração ou recorre. 
A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, 
quando eivados de ilegalidade. 
 
 
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4. Resumo da aula 
 
 
VENCIMENTO, nos termos do art. 116 da Lei 5.810/94, é a 
retribuição pecuniária mensal devida ao servidor, correspondente ao 
padrão fixado em lei. Muito cuidado meus caros!!! Nenhum servidor 
receberá, a título de vencimento, importância inferior ao salário 
mínimo.. Confira o dispositivo da Lei 5.810/94: 
Parágrafo único. Nenhum servidor receberá, a título de vencimento, importância 
inferior ao salário mínimo. 
 
A Lei 5.810/94 conceitua ainda, no art. 118, a REMUNERAÇÃO 
como o vencimento, acrescido das vantagens de caráter 
permanente, atribuídas ao servidor pelo exercício do cargo público. 
 
Sobre as vantagens: 
Em relação ao reajuste das vantagens pecuniárias, o STF editou a 
Súmula Vinculante nº 4: ³6DOYR� QRV� FDVRV� SUHYLVWRV� QD�
Constituição, o salário-mínimo não pode ser usado como 
indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público 
ou de empregado, nem ser substituído por decisão judiciDO´. Ou 
seja, não é possível estabelecer um adicional, por exemplo, com um 
percentual sobre o salário-mínimo. 
E quais são essas vantagens? 
Vale a leitura do artigo 127: 
 
Art. 127. Além do vencimento, o servidor poderá perceber as seguintes 
vantagens: 
I - adicionais; 
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II - gratificações; 
III - diárias; 
IV - ajuda de custo; 
V - salário-família; 
VI - indenizações; 
VII - outras vantagens e concessões previstas em lei. 
 
Ao tratarmos das Adicionais, vimos que eles podem fazer parte 
da remuneração e poderão incorpora-se aos proventos ou vencimentos, 
nos casos e condições indicados em lei. São eles: 
Art. 128. Ao servidor serão concedidos adicionais: 
I - pelo exercício do trabalho em condições penosas, insalubres ou perigosas; 
III - por tempo de serviço. 
 
 
A Lei prevê as seguintes gratificações ao servidor: 
 
Art. 132. Ao servidor serão concedidas gratificações: 
I - pela prestação de serviço extraordinário; 
II - a título de representação; 
III - pela participação em órgão colegiado; 
IV - pela elaboração de trabalho técnico, científico ou de utilidade para o 
serviço público; 
V - pelo regime especial de trabalho; 
VI - pela participação em comissão, ou grupo especial de trabalho; 
VII - pela escolaridade; 
VIII - pela docência, em atividade de treinamento; 
IX - pela produtividade; 
X - pela interiorização; 
XI - pelo exercício de atividade na área de educação especial; 
XII - Pelo exercício da função. 
Parágrafo único. Os casos considerados como de efetivo exercício pelo art. 
72, excetuados os 
incisos V, IX e XVI não implicam a perda das gratificações previstas neste 
artigo, salvo a do 
inciso I. 
 
 Sobre as diárias, confira 
1) A diária é devida pela metade: 
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ł�4XDQGR�R�GHVORFDPHQWR�QmR�H[LJH�SHUQRLWH�IRUD�GD�VHGH� 
 
2) Além disso, há 2 casos em que o servidor não faz jus ao 
pagamento de diárias, quais sejam: 
ł�4XDQGR�R�GHVORFDPHQWR�GD�VHGH�FRQVWLWXL�exigência permanente 
do cargo. 
ł� 4XDQGR não se afastar da sede, por qualquer motivo, fica 
obrigado a restituir integralmente o valor das diárias e custos de 
transporte recebidos, no prazo de 5 (cinco) dias. 
Quanto a ajuda de custo: 
A Administração deverá ter interesse no serviço, e segundo que 
a mudança de domicílio deverá ser permanente. 
 
Isso quer dizer que, não haverá ajuda de custo ao servidor: 
a) afastar-se do cargo ou reassumi-lo em virtude do exercício ou 
término de mandato eletivo; 
b) for colocado à disposição de outro Poder, ou esfera de 
Governo; 
c) for removido ou transferido, a pedido. 
É englobado pela ajuda de custo as despesas de transporte do 
servidor e inclusive da sua família, compreendendo passagem, bagagem 
e bens pessoais. Não pense você que não há limite para a ajuda de 
custo. Esta não poderá exceder a importância correspondente a 3 
(três) meses da remuneração do servidor. 
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Direito Administrativo p/ PCPA ʹInvestigador e 
Escrivão. 
 Aula e exercícios comentados. 
Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 05 
 
 
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Como previsto na Lei, a duração da jornada de trabalho será de 6 
(seis) horas ininterruptas, exceto quando a lei prevê uma jornada 
diferenciada. No caso do servidor ocupante de cargo comissionado, 
independentemente de jornada de trabalho, atenderá às convocações 
decorrentes da necessidade do serviço de interesse da Administração. 
Nas licenças o servidor poderá receber os seus vencimentos 
ou não, dependerá da licença. O art. 77 da Lei Estadual nº 5.810, de 24 
de Janeiro de 1994 elenca as possibilidades de concessão das licenças. 
Vejamos: 
Art. 77. O servidor terá direito à licença: 
I - para tratamento de saúde; 
II - por motivo de doença em pessoa da família; 
III - maternidade; 
IV - paternidade; 
V - para o serviço militar e outras obrigações previstas em lei; 
VI - para

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