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PESQUISA E PRATICA EDU. AULA 6

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AULA 6 – POSITIVISMO E EDUCAÇÃO
Segundo Danilo Marcondes, um dos fatores que possibilitaram o nascimento do pensamento moderno e a ideia de modernidade foi o nascimento da ciência moderna marcada pela Revolução Copernicana. De acordo com ele, são duas as grandes transformações que levaram à revolução científica:
A Revolução Científica do século XVII desencadeou na filosofia a discussão em torno da problemática do médodo científico. Assim, teremos duas correntes filosóficas: o racionalismo de René Descartes e o empirismo inglês.
Descartes procurou fundamentar a possibilidade do conhecimento científico (Nova Ciência) encontrando uma verdade inquestionável. Para tanto, adota uma posição racionalista: toma a razão natural como ponto de partida do processo de conhecimento, enfatizando a necessidade do método para “bem conduzir esta razão” em sua aplicação ao real. Diante de tal tarefa, encontra no pensamento a certeza de que não pode ser posta em questão pelos céticos, já que duvidar é pensar e a dúvida pressupõe o pensamento (argumento do cogito – “Penso, logo existo”).
Assumindo uma posição contrária ao racionalismo inatista de René Descartes, o empirismo inglês do século XVII caracteriza-se pela valorização da experiência sensível como fonte do conhecimento. A concepção de conhecimento dessa vertente tem como ponto de partida o método indutivo, a probabilidade, sendo que a ciência baseia-se no método empírico e experimental, isto é, na formulação de hipóteses, na observação, na verificação e teste de hipóteses com base em experimentos.
Dessa forma, foi no contexto europeu do século XVIII que se desenvolveu a Filosofia Política do Liberalismo e a tradição do pensamento iluminista. Na análise de Marcondes:
O liberalismo, no início da modernidade, é o correlato, na política, do individualismo e do subjetivismo na teoria do conhecimento (...). A concepção da existência de direitos naturais aos homens corresponde, do ponto de vista epistemológico, à concepção de ideias inatas e de faculdades da mente que tornam possível o conhecimento. A valorização da livre iniciativa e da liberdade individual no campo da política e da economia equivale no campo do conhecimento à valorização da experiência individual, tanto intelectual (racionalismo) quanto sensível (empirismo)” (Iniciação à história da Filosofia – dos pré-socráticos à Wittgenstein
No que diz respeito ao Iluminismo, podemos afirmar que este foi um movimento do pensamento europeu, característico da segunda metade do século XVIII, na filosofia, nas artes, nas ciências, na teoria política e na doutrina jurídica. De acordo com Marcondes:
“O pressuposto básico do Iluminismo afirma, portanto, que todos os homens são dotados de uma espécie de luz natural, de uma racionalidade, uma capacidade natural de aprender, capaz de permitir que conheçam o real e ajam livre e adequadamente para a realização de seus fins. A tarefa da filosofia, da ciência e da educação é permitir que esta luz natural possa ser posta em prática, removendo os obstáculos que a impedem e promovendo o seu desenvolvimento. O Iluminismo possui assim um caráter pedagógico enquanto projeto de formação do indivíduo, podendo ser visto também como herdeiro do humanismo iniciado no Renascimento
O filósofo alemão Immanuel Kant é considerado um dos mais importantes representantes do Iluminismo por ter formulado um projeto de filosofia crítica que visa dar conta da possibilidade do homem conhecer o real e de agir livremente. Além disso, estabeleceu uma moral do dever que se fundamenta na racionalidade humana e tem como princípio básico o imperativo categórico, ou seja, a compreensão de que o dever consiste na obediência a uma lei que se impõe universalmente a todos os seres racionais.
As revoluções burguesas no plano teórico e prático se aprofundam e solidificam no século XIX um o modelo de produção capitalista com a Revolução Industrial (iniciada no século anterior) e a cultura urbano-industrial. No campo das ideias, teremos o desenvolvimento do pensamento positivista de Condorcet, Saint-Simon e Augusto Comte (considerado como sendo o fundador dessa concepção).
POSITIVISMO E EDUCAÇÃO NO BRASIL
POSITIVISMO E EDUCAÇÃO NO BRASIL
O positivismo de Augusto Comte se espalhou por toda a Europa e encontrou campo fértil em outras terras, como no caso do Brasil. Aqui, as classes sociais que detinham o poder econômico no final do Império no século XIX, enviavam seus filhos para estudarem nas escolas europeias. Sendo assim, foi nas universidades do velho continente que tiveram contado com o ideário positivista e ao retornarem ao Brasil se propunham a divulgar o mesmo.
Do ponto de vista do ideário, a República nasceu sob a influência e inspiração do Positivismo que marca, sobretudo, sua visão educacional. Com isso, opunha-se explicitamente ao ideário católico, propondo a liberdade e a laicidade da educação, investindo na publicização do ensino e em sua gratuidade.
Além disso, buscava-se superar a tradição clássica das humanidades acusada de responsável pelo academicismo do ensino brasileiro, mediante a inclusão de disciplinas científicas, no currículo escolar, segundo o modelo positivista. (SEVERINO, 1994, p. 77)
Oliveira apresenta a seguinte síntese por onde o positivismo se aninhou no pensamento brasileiro:
A FILOSOFIA BRASILEIRA
A filosofia brasileira à qual forneceu o verniz teórico para a contestação do escolasticismo. E esse talvez seja o seu momento de maior originalidade, a ponto de podermos nos referir a ele como um Positivismo Tupiniquim.
AS TRANSFORMAÇÕES POLITICAS EDUCACIONAIS
As transformações nas políticas educacionais, durante o final do Império e em todo o período da Primeira República, ao qual o positivismo forneceu o ideário necessário para a afirmação social da pequena burguesia emergente. Nesse campo, o Positivismo forneceu ao ideário intelectual brasileiro os elementos necessários para refutar as amarras que poderiam frear o processo de modernização da sociedade brasileira e a consequente ascensão burguesa.
AS TENDENCIAS PEDAGÓGICAS
As tendências pedagógicas onde, por intermédio do pensamento pedagógico de John Herbart, o Positivismo forneceu à pedagogia tradicional no Brasil as condições necessárias para superar, ao menos em parte, o sistema educacional dos jesuítas que representava ainda a presença das arcaicas estruturas medievais. Sob esse aspecto, apontamos para o papel fundamental que exerceu a massificação da escola, pleiteada pela burguesia, na construção do processo de hegemonia política e econômica dessa classe social na realidade brasileira.

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