Exercício 5 Qual a definição de Joseph Schumpeter para democracia e como ele se distancia do modelo clássico

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO SÓCIO-ECONÔMICO
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS ECONÔMICAS
DISCIPLINA: SPO 5234 – CIÊNCIA POLÍTICA
ACADÊMICO: SAMUEL ALBUQUERQUE MARINHO DE ANDRADE
EXERCÍCIO 5
Qual a definição de Joseph Schumpeter para democracia e como ele se distancia do ‘‘modelo clássico’’?
Segundo Schumpeter, a democracia é um método para tomada de decisões no qual o líder político adquire o poder de decidir mediante a luta competitiva pelo voto do eleitor. 
As principais dificuldades da teoria clássica da democracia, conforme apresentadas pelo autor, centralizavam-se na afirmação de que o povo tem uma opinião definida e racional a respeito de todas as questões e que manifesta essa opinião pela escolha de representantes que se encarregam de sua execução. Por conseguinte, a seleção dos representantes é secundária ao principal objetivo do sistema democrático clássico, que consiste em atribuir ao eleitorado o poder de decidir sobre assuntos políticos. Schumpeter propõe que os papéis desses dois elementos sejam invertidos. Assim, ele sugere que a decisão de questões pelo eleitorado seja secundária em relação à eleição de seus representantes. Esses representantes tomarão, neste caso, as decisões. Em outras palavras, agora o papel do povo é formar um governo ou um corpo intermediário que o formará. A definição de democracia que Schumpeter defende passa então a ser a descrita a seguir: o método democrático é um sistema institucional, para a tomada de decisões políticas, no qual o indivíduo adquire o poder de decidir mediante uma luta competitiva pelos votos do eleitor.
Para defender e explicar este conceito, o autor mostra que o direito universal de voto e a realização de eleições periódicas para seleção de representantes políticos não são os únicos requisitos de um governo democrático. Afinal, se assim fosse, os governos da ex-União Soviética e dos Estados Unidos deveriam ser considerados igualmente democráticos.
Em resumo, a democracia defendida por Schumpeter é um acordo institucional para se chegar a decisões políticas em que os indivíduos adquirem o poder de decisão através de uma luta competitiva pelos votos da população.
Schumpeter diverge do modelo clássico ao afirmar que não há um bem comum inequivocamente determinado que tenha aceitação do povo ou que essa aceitação ocorra por força de argumentação racional. Diz também que mesmo com valores e demandas comuns, os meios para atingi-los são extremamente diversos, como dito em “A saúde pode ser desejada por todos, mas ainda assim haverá divergências quanto à vacinação...”. Não há um bem determinado e compreendido por todos que leve a todos a algum consenso.