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aula4 dir constitucional INSS 97981

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INSS 
Aula 04 
Prof. Roberto Troncoso 
 www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Roberto Troncoso 1 
Aula 04 
2 Da Administração Pública (artigos de 37 a 41, capítulo VII, 
Constituição Federal). 
 
I. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ------------------------------------------------------------------------------------ 2 
II. SERVIDORES PÚBLICOS ---------------------------------------------------------------------------------------- 10 
III. REGIME DE PREVIDÊNCIA PRÓPRIO DOS SERVIDORES PÚBLICOS ----------- 31 
IV. DOS MILITARES DOS ESTADOS, DO DF E DOS TERRITÓRIOS --------------------- 37 
I. QUESTÕES DA AULA ---------------------------------------------------------------------------------------------- 59 
II. GABARITO ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 66 
V. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ------------------------------------------------------------------------------ 67 
 
Olá futuros Técnicos do Seguro Social! 
Prontos para o SEU salário de até R$ 4.886,87? 
 
Estamos chegando ao nosso último encontro! Espero que o curso tenha 
alcançado as expectativas de todos, e fico aguardando notícias com os 
resultados positivos, que certamente estão por vir! 
Por favor, preencham o questionário de avaliação do curso. Somente 
assim, com as suas opiniões e sugestões, poderemos melhorar cada 
vez mais! 
 
Na aula de hoje, estudaremos um tema que interessa bastante a vocês: a 
Administração Pública. 
Caso tenham alguma dúvida, mandem-na para o fórum. 
 
Vamos então à nossa última aula! 
 
INSS 
Aula 04 
Prof. Roberto Troncoso 
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I. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Meus caros alunos e futuros Técnicos do Seguro Social, o tema a ser estudado 
na aula de hoje é, na grande maioria das vezes, visto com muito mais 
profundidade na disciplina Direito Administrativo. Apesar de a Constituição 
trazer uma série de disposições sobre a Administração Pública, os demais atos 
normativos que regulamentam o texto constitucional são estudados naquele 
ramo do direito. Assim, por mais difícil que possa ser, peço a todos que, 
nessa aula, se mantenham focados no texto constitucional e nas 
informações que eu repassar, senão, correremos o risco de ultrapassarmos 
os limites da nossa disciplina, combinado? 
 
1. CONCEITO 
A Administração Pública pode ser entendida de duas formas: 
a) Sentido material ou objetivo: é o conjunto de atividades que 
costumam ser consideradas “próprias da função administrativa”, não 
importando quem as exerça. São exemplos dessas atividades: serviços 
públicos, polícia administrativa, intervenção e fomento econômicos, entre 
outros. 
b) Sentido formal ou subjetivo: para esse conceito, a Administração Pública 
é o conjunto de órgãos, pessoas jurídicas e agentes que nosso 
ordenamento jurídico identifica como sendo partes da Administração Pública. 
Esse é o conceito adotado pelo Brasil. 
Continuando: a Administração Pública pode ser divida em direta ou indireta. 
Ela será DIRETA quando as atividades forem exercidas diretamente pela 
pessoa estatal (União, Estados, DF e municípios) e será INDIRETA quando a 
atividade for exercida por uma pessoa diferente daquelas pessoas estatais. 
Explicando melhor: 
Quando José pega uma marreta com sua mão e bate na cabeça de alguém, o 
responsável foi “José” ou foi a “mão de José”? Resposta: José. 
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Continue no raciocínio: o coração de José não é José, mas sim um de seus 
órgãos; o pulmão de José não é José, mas sim um de seus órgãos... e José é o 
somatório de todos os seus órgãos. 
Devemos compreender da mesma forma quando pensamos em 
Administração DIRETA: (exemplo) a pessoa jurídica é a UNIÃO e esta possui 
vários órgãos como a Presidência da República, a Polícia Federal, o Tribunal de 
Contas da União, a Câmara dos Deputados, o Senado Federal etc. Assim, a 
pessoa que pratica o ato não é a Câmara dos Deputados (órgão), mas sim a 
União (pessoa jurídica). 
Já quando pensamos em Administração INDIRETA, devemos pensar em 
pessoas diferentes. O Estado cria uma nova pessoa para exercer uma 
determinada função que ele (o Estado) acha melhor não exercer diretamente. 
Nesse caso, não é a União em si quem pratica o ato, mas sim uma pessoa 
(entidade) criada por ela para exercer uma determinada atividade. 
São entidades da Administração INDIRETA: 
- Autarquias (Ex: Banco Central) 
- Fundações Públicas (Ex: Universidade de Brasília) 
- Empresas Públicas (EP) (Ex: Caixa Econômica Federal) 
- Sociedades de Economia Mista (SEM) (Ex: Banco do Brasil) 
 
 
 
ESQUEMATIZANDO: 
 
DICA: 
Quando se fala em Administração DIRETA, fala-se em órgãos. 
Quando se fala em Administração INDIRETA, fala-se em entidades. 
 
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 a) Sentido Material ou objetivo: 
- Conjunto de atividades que costumam ser consideradas próprias da função 
administrativa 
- Não importa quem a exerce 
- Atividades próprias i. Serviço público 
1. CONCEITO ii. Polícia administrativa 
iii. Fomento 
iv. Intervenção 
 
b) Sentido formal ou subjetivo: 
- Conjunto de órgãos, pessoas jurídicas e agentes que nosso ordenamento 
jurídico identifica como Adm Pub 
- Adotado pelo Brasil 
- Integrado por i. Adm direta 
ii. Adm indireta I - Autarquias 
II - Fundações públicas 
III - EP 
IV - SEM 
 
2. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS À ADM PÚBLICA 
A Constituição nos traz alguns princípios que devem ser aplicados à 
Administração Pública. Tais princípios podem ser implícitos ou expressos no 
texto constitucional. Vamos conferir os principais: 
a) PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS 
- Supremacia do interesse público: a relação Administração-particular não 
é de igual para igual, sendo que o interesse público deve prevalecer sobre o 
interesse particular, em caso de conflito. 
- Indisponibilidade do interesse público: o interesse da Administração 
deve ser o que está disposto na lei e ele não pode ser negociado. Dessa forma, 
a Administração não pode abrir mão de seus direitos. 
- Razoabilidade / Proporcionalidade: qualquer ato tomado pela 
Administração Pública deve ser adequado ao resultado que se quer obter. 
Assim, quando existem dois atos que alcancem o mesmo fim, deve-se utilizar 
o que restringe menos os direitos do particular. Além disso, a sanção ou 
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prevenção de uma conduta deve ser proporcional ao dano/lesividade dessa 
conduta. 
 
b) PRINCÍPIOS EXPRESSOS 
Quem nunca ouviu falar no famoso LIMPE? Esses são os princípios que a 
Constituição diz, expressamente, que a Administração Pública deverá seguir: 
- Legalidade: para o particular, vale a autonomia da vontade, ou seja, ele 
pode fazer tudo aquilo que não for proibido pela lei. Por outro lado, a 
Administração Pública somente pode fazer aquilo que estiver disposto na lei. 
Assim, a vontade da Administração deve estar disposta na LEI. 
- Impessoalidade: segundo esse princípio, os atos não são do agente público, 
mas sim do órgão estatal. Além disso, a Administração Pública não pode 
diferenciar pessoas que estão na mesma situação fática e jurídica, 
privilegiando alguns e prejudicando outros. Por isso, a impessoalidade possui 
grande relação com a finalidade e a isonomia. 
- Moralidade: apesar do alto grau de indeterminação desse conceito, os atos 
administrativos devem seguir as regras de conduta tiradas da disciplina interior 
da Administração Pública. Assim, não vale a consciência do agente que 
praticou o ato (subjetiva), mas sima moral jurídica (objetiva). 
- Publicidade: a regra é que os atos da Administração devem ser públicos, 
permitindo o conhecimento e fiscalização amplos. Excepcionalmente, admite-
se o sigilo de determinados atos, desde que legalmente previsto e que atenda 
ao interesse público, como nos casos de segurança nacional e de 
investigações. 
- Eficiência: esse princípio visa à maximização dos resultados da 
Administração Pública, permitindo a maior economia de recursos e a maior 
efetividade dos atos administrativos. Esse conceito se vincula à noção de 
Administração gerencial e visa a evitar a burocracia ineficiente. 
ESQUEMATIZANDO: 
 
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- Implícitos - Supremacia do - Verticalidade na relação Adm-Particular 
interesse público - Interesse público prevalece sobre o particular 
- Indisponibilidade do - O interesse da Adm deve ser o interesse disposto em lei 
interesse público - A Adm não pode "negociar"/"abrir mão" de seus direitos 
- Razoabilidade / - O ato deve ser adequado à obtenção do resultado 
Proporcionalidade - Quando existem dois atos que alcancem o mesmo fim, 
deve-se utilizar o menos restritivo 
- A sanção ou prevenção de uma conduta deve ser 
proporcional ao dano/lesividade dessa conduta 
 
 a) Legalidade - Particular: a autonomia da vontade (CF, art. 5º, II) 
- Adm Púb: Vontade legal (art. 37, caput) 
b) Impessoalidade - Grande relação com a finalidade e isonomia 
- Os atos são do órgão e não do agente público 
- O adm pub só pode praticar o ato para o seu fim legal 
- Objetiva sempre o interesse público 
- Adm Púb deve tratar igualmente a todos que estejam 
na mesma situação fática e jurídica 
c) Moralidade - Trata da moral jurídica (objetiva), e não da moral do 
indivíduo ou do agente que pratica o ato (subjetiva) 
- Explícitos - Conceito indeterminado: zona de incerteza 
- É o conjunto de regras de conduta tiradas da disciplina 
interior da Adm Pub 
 
d) Publicidade - Regra: Os atos da Adm Pub devem ser públicos 
- Exceção: Sigilo de determinados atos, desde que 
legalmente previsto e que atenda ao interesse público, como 
nos casos de segurança nacional e de investigações 
 
e) Eficiência - Vinculado a noção de adm gerencial 
- Maximização dos resultados da ação da Adm Pub 
 
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3. ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
3.1. NORMAS GERAIS 
A Constituição prevê uma série de normas que a Administração Pública deve 
seguir e que também devem ser aplicadas aos estados, DF e municípios, no 
que couber. 
A criação transformação e extinção de cargos, empregos e funções 
públicos é competência do Congresso Nacional e deve ser feita mediante 
LEI. Quando se tratar de cargos, funções ou empregos públicos na 
administração direta e autárquica, a iniciativa dessa lei deverá ser do 
Presidente da República. 
Além disso, a criação e extinção de ministérios e órgãos da Administração 
Pública também é competência do Congresso Nacional e deve ser feita 
mediante LEI de iniciativa do Presidente da República. 
O Presidente pode ainda, mediante Decreto Autônomo, dispor sobre: 
• Extinção de cargos e funções públicos, QUANDO VAGOS. 
• Organização e funcionamento da Administração Pública quando não 
implicar 
I - Aumento de despesa 
II - Criação / extinção de órgãos públicos 
3.2. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 
Vamos agora detalhar um pouco mais a Administração Indireta, apresentada 
agora a pouco. Essa divisão da Administração Pública pode ser formada por 
pessoas jurídicas de direito público ou privado. 
As pessoas jurídicas de direito público que fazem parte da Administração 
Indireta são as autarquias e são criadas por LEI. Apesar de a CF não dizer 
nada sobre ela, as fundações públicas de direito público também são PJ de 
direito público. 
Por sua vez, as PJ de direito privado podem ser: empresas públicas, 
sociedades de economia mista e fundações públicas (de direito 
privado). Essas entidades são autorizadas por lei e criadas com a inscrição 
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do ato constitutivo no registro público competente. Além disso, para que sejam 
criadas subsidiárias ou para que haja participação em empresas privadas, deve 
haver LEI que autorize (não precisa de uma lei para cada subsidiária, mas 
deve haver, pelo menos, autorização genérica na lei). 
ESQUEMATIZANDO: 
 - Normas extensíveis aos estados, DF e municípios 
i. Criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções 
públicas - Competência do CN, exercida mediante LEI 
- Iniciativa de lei do PR quando se tratar de cargos, funções 
ou empregos públicos na administração direta e autárquica 
a) Normas gerais - art. 48, X + art. 61, § 1º, II, "a" 
ii. Criação / extinção de ministérios e órgãos da Adm Púb 
- Competência do CN, exercida mediante LEI 
- Iniciativa de lei do Presidente da República 
- art. 84, XI + art. 61, § 1º, II, "e" 
- OBS: o PR pode, mediante decreto autônomo, dispor sobre (art. 84, VI) 
- Extinção de cargos e funções públicos, QUANDO VAGOS 
- Organização e funcionamento da Adm Púb quando não implicar 
I - Aumento de despesa 
II - Criação / extinção de órgãos públicos 
 
b) Adm i. PJ de direito - Tipos - Autarquia 
indireta público - Fundação pública de direito público (o TEXTO da 
CF não diz nada sobre esse tipo de PJ) 
- Forma de criação (autarquias): Lei específica cria 
ii. PJ de direito -Tipos - Empresa pública 
privado - Sociedade de economia mista (SEM) 
- Fundação pública de direito privado 
- Forma de criação - Lei específica autoriza criação 
- Art. 37, inc. XIX 
- Criação ocorre com a inscrição do ato 
constitutivo no registro público competente 
(CC, art. 45) 
- Depende de autorização - Criação de subsidiárias 
Legislativa - Pode haver autorização 
legislativa, em caráter genérico 
(art. 37, XX) 
- Participação em empresas privadas 
 
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4. LICITAÇÃO 
Com o objetivo de garantir a isonomia (igualdade de tratamento), selecionar a 
proposta mais vantajosa para a Administração Pública e ampliar o controle dos 
atos da Administração, a regra é que é obrigatória a realização de 
licitação. No entanto, excepcionalmente, em casos especificados na 
legislação, pode haver casos onde ela não é realizada. 
A Constituição diz que a licitação é obrigatória nos casos de delegação de 
serviços públicos mediante concessões e permissões, assim, não pode haver lei 
dispensando licitação para esses casos (art. 175). 
A CF diz também que a lei deve regulamentar normas próprias de licitação 
para as Empresas Públicas e para as Sociedades de Economia Mista. 
Entretanto, como essa lei ainda não foi criada, por enquanto, a regra a ser 
seguida é que essas entidades não fazem licitação quando o objeto estiver 
diretamente relacionado à atividade-fim da entidade, devendo realizá-la 
quando o objeto for relacionado a atividade-meio (imagine só se o Banco do 
Brasil tivesse que fazer licitação para vender um seguro de automóvel ou 
emprestar dinheiro para alguém!) 
 
 
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II. SERVIDORES PÚBLICOS 
Meu caro Técnico do Seguro Social, vamos ver agora algumas regras sobre os 
servidores públicos (regrinha que muito nos interessa,não é mesmo?) 
1. INGRESSO NO SERVIÇO PÚBLICO 
A Constituição diz que os cargos públicos podem ser ocupados por 
brasileiros e também por estrangeiros. No entanto, existe uma diferença 
entre eles: 
• Brasileiro: deve preencher os requisitos estabelecidos na lei. Assim, é 
uma norma de eficácia contida (aquele direito que pode ser livremente 
exercido até que lei posterior o restrinja). 
Além disso, os Requisitos para acesso a cargos e empregos públicos 
devem ser (art. 37, I): 
I - Previstos em LEI - Edital de concurso público NÃO PODE 
estabelecer novos requisitos ou restrições ao acesso; 
II - Devem observar o princípio da razoabilidade e estar 
relacionados à natureza das atribuições do cargo ou emprego; 
III - Devem se pautar em critérios objetivos. 
• Estrangeiro: os estrangeiros podem preencher os cargos públicos na 
forma da lei. Assim, somente se a lei autorizar é que os cargos podem 
ser ocupados por eles. Por isso, essa é uma norma de eficácia limitada 
(aquela que, para ser plenamente exercida, depende de regulamentação 
por uma norma infraconstitucional). 
• Cargos privativos de brasileiro nato: a regra é que os cargos públicos 
podem ser exercidos tanto pelos brasileiros natos quanto pelos 
naturalizados. No entanto, a Constituição nos diz que alguns 
determinados cargos somente podem ser ocupados por brasileiros 
natos. São eles: 
I - Presidente e Vice-Presidente da República 
II - Presidente da Câmara dos Deputados e do Senado Federal 
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III - Ministro do Supremo Tribunal Federal 
IV - Ministro de Estado de Defesa 
V - Oficial das Forças Armadas 
VI - Carreira diplomática 
Vou trazer agora algumas jurisprudências importantes para a sua prova: 
• Só por LEI se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de 
candidato a cargo público, e ainda tem que estar previsto no edital do 
concurso. (Súmula 686/STF + MS 30.822). 
• É razoável a exigência de altura mínima para cargos da área de 
segurança, desde que prevista em LEI no sentido formal e material, bem 
como no edital que regule o concurso (ARE 640.284/SP). 
• O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em 
face do art. 7º, XXX, quando possa ser justificado pela natureza das 
atribuições do cargo a ser preenchido. (súmula 683/STF). 
• Princípio da presunção da inocência: Não se pode restringir a 
participação de candidato exclusivamente pelo fato de ele estar 
respondendo à ação penal ainda não transitada em julgado. 
(RE 634.224/DF). 
• Os candidatos em concurso público NÃO têm direito à prova de segunda 
chamada nos testes de aptidão física em razão de circunstâncias 
pessoais, ainda que de caráter fisiológico ou de força maior, salvo se 
houver previsão no edital permitindo essa possibilidade. (RE 630733/DF) 
• Não é possível a nomeação de candidato em quadro diverso do qual foi 
aprovado, ainda que os cargos tenham a mesma nomenclatura, 
atribuições iguais, e idêntica remuneração, quando inexiste essa previsão 
no edital do concurso. A falta de previsão no edital sobre a possibilidade 
de aproveitamento de candidato aprovado em certame destinado a 
prover vagas para quadro diverso do que prestou o concurso viola o 
princípio da publicidade, norteador de todo concurso público, bem como 
o da impessoalidade e o da isonomia (MS 26.294). 
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• Súmula Vinculante nº 43: É inconstitucional toda modalidade de 
provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação 
em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não 
integra a carreira na qual anteriormente investido. 
 
ESQUEMATIZANDO: 
a) Cargo, emprego e função pública 
i. Brasileiro - Deve preencher os requisitos estabelecidos na lei 
- Norma de eficácia contida 
- Requisitos para acesso a cargos e empregos públicos devem ser 
I - Previstos em LEI - Edital de concurso público NÃO PODE 
estabelecer requisitos ou restrições ao acesso 
II - Devem observar o princípio da razoabilidade e estar relacionados à 
natureza das atribuições do cargo ou emprego 
III - Devem se pautar em critérios objetivos 
- art. 37, I 
ii. Estrangeiro: Na forma da lei - Somente se a lei autorizar 
- Norma constitucional de eficácia limitada 
 
b) Cargos privativos de brasileiro nato (art. 12, § 1º) 
I - Presidente e Vice-Presidente da República 
II - Presidente da Câmara dos Deputados e do Senado Federal 
III - Ministro do Supremo Tribunal Federal 
IV - Ministro de Estado de Defesa 
V - Oficial das Forças Armadas 
VI - Carreira diplomática 
 
c) Jurisprudências importantes 
• Só por LEI se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo 
público, e ainda tem que estar previsto no edital do concurso. (Súmula 686/STF + 
MS 30.822 + Súmula Vinculante nº 44). 
• É razoável a exigência de altura mínima para cargos da área de segurança, desde que 
prevista em LEI no sentido formal e material, bem como no edital que regule o concurso 
(ARE 640.284/SP) 
• O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, 
XXX, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser 
preenchido. (súmula 683/STF) 
• Princípio da presunção da inocência: Não se pode restringir a participação de candidato 
exclusivamente pelo fato de ele estar respondendo à ação penal ainda não transitada em 
julgado. (RE 634.224/DF) 
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• Os candidatos em concurso público NÃO têm direito à prova de segunda chamada nos 
testes de aptidão física em razão de circunstâncias pessoais, ainda que de caráter 
fisiológico ou de força maior, salvo se houver previsão no edital permitindo essa 
possibilidade. (RE 630733/DF) 
• Não é possível a nomeação de candidato em quadro diverso do qual foi aprovado, ainda 
que os cargos tenham a mesma nomenclatura, atribuições iguais, e idêntica remuneração, 
quando inexiste essa previsão no edital do concurso. A falta de previsão no edital 
sobre a possibilidade de aproveitamento de candidato aprovado em certame destinado a 
prover vagas para quadro diverso do que prestou o concurso viola o princípio da 
publicidade, norteador de todo concurso público, bem como o da impessoalidade e o da 
isonomia(MS 26.294). 
• Súmula Vinculante nº 43: É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie 
ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu 
provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido. 
 
Concurso Público 
Vamos falar agora um pouco sobre o processo que você enfrentará daqui a 
pouco. A Constituição nos diz que o concurso público pode ser de provas ou 
de provas e títulos e é obrigatório para ocupação de: 
- Cargos públicos efetivos ou permanentes; 
- Empregos públicos; 
- Na Administração direta e indireta, inclusive nas Empresas Públicas 
e nas Sociedades de Economia Mista. 
Dessa forma, não é necessária a realização de concurso público para: 
- Ocupação dos cargos em comissão (que são de livre nomeação e 
exoneração); 
- Contratação temporária do art. 37, IX (necessidade temporária de 
excepcional interesse público; 
- Processo seletivo público dos agentes comunitários de saúde e 
agentes comunitários de combate às endemias (art. 198, § 4º). 
Esses não exercem cargo e nem emprego público, mas sim função 
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pública remunerada temporária de natureza jurídico-
administrativa. 
Você também deve saber que o prazo de validade dos concursospúblicos é de 
ATÉ dois anos, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período. Esse 
prazo é contado a partir da homologação do concurso e, durante o prazo 
improrrogável, o aprovado será convocado com prioridade sobre novos 
concursados. 
Além disso, possuem direito subjetivo à nomeação: 
1 - candidato aprovado em concurso público dentro do número de 
vagas, observado o prazo de validade do concurso (não precisa 
nomear todos os aprovados de uma só vez e nem imediatamente, 
basta respeitar o prazo de validade do concurso). 
2 - Candidato aprovado e preterido na ordem de classificação 
(Súmula 15/STF) 
Por fim, como regra, os gabaritos e critérios de correção dos concursos 
públicos não podem ser impugnados judicialmente. No entanto, 
excepcionalmente, o Poder Judiciário tem prolatado algumas decisões em 
sentido diverso, mas devemos acompanhar a jurisprudência para sabermos se 
esse posicionamento irá se solidificar. 
ESQUEMATIZANDO: 
 
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 - De provas ou de provas+títulos 
- Obrigatório para i. Cargo público Efetivo ou permanente 
ii. Emprego público 
- Adm direta e indireta: inclusive nas EP e SEM 
- Não precisa - Cargos em Comissão (Livre nomeação e exoneração) 
de concurso - Contratação temporária do art. 37, IX (necessidade temporária de 
excepcional interesse público 
- Processo seletivo público dos agentes comunitários de saúde e agentes 
comunitários de combate às endemias (art. 198, § 4º) 
- Exercem função pública remunerada temporária de natureza 
jurídico-administrativa 
- Não são servidores públicos (não ocupam cargo público) 
- Relação não é trabalhista (não é regida pela CLT / não têm 
emprego público) 
 
- Prazo de validade - Até 2 Anos 
- Prorrogável 1 vez, por igual período 
- Contado a partir da homologação do concurso 
- Durante o prazo improrrogável, o aprovado será convocado com 
prioridade sobre novos concursados 
- art. 37, III e IV 
 
- Possuem direito subjetivo à nomeação 
1 - Candidato aprovado em concurso público dentro do número de vagas, 
observado o prazo de validade do concurso 
- Não precisa nomear de uma só vez e nem imediatamente, basta 
respeitar o prazo de validade do concurso 
- RE 598.099 
2 - Candidato aprovado e preterido na ordem de classificação (Súm 15/STF) 
 
- Impugnação judicial de gabaritos e critérios de correção 
- Regra: não pode entrar no poder judiciário, pois é questão de mérito 
administrativo (AO 1.627/BA) 
 
d)
 C
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Vedação ao Nepotismo 
Nepotismo é a prática de dar importantes cargos políticos ou funções de relevo 
nos negócios aos membros da própria família. Para evitar esse tipo de prática, 
o Supremo Tribunal Federal editou a súmula vinculante nº 13: 
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, 
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da 
autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, 
investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o 
exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de 
função gratificada na Administração Pública direta e indireta, em 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações 
recíprocas, viola a Constituição Federal. 
Apesar de a regra ser de que a súmula vinculante citada não alcança cargos 
políticos, a depender da análise do caso concreto, o nepotismo pode ser 
caracterizado também para esses cargos (Rcl 12.478 + Rcl 6.650/PR). 
Vale lembrar que o instrumento usado para configurar o nepotismo foi uma 
Súmula Vinculante, dessa forma, a regra já é aplicada em todas as três 
esferas imediatamente, não sendo necessário que os estados e municípios 
editem lei para definir a conduta. 
 
Pessoas com deficiência: Buscando a igualdade material, e apesar de não 
estabelecer o quantitativo, a Constituição diz que a lei deve reservar vagas nos 
concursos públicos para os portadores de deficiência. 
 
Afrodescendentes: A Constituição Federal determina a reserva de vagas para 
as pessoas com deficiência, mas não fala nada em relação aos 
afrodescendentes. Em relação aos últimos, quem determina a reserva de 
vagas é a lei 12.990/2014. 
 
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Destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e 
assessoramento: 
- Funções de confiança (exercidas exclusivamente por servidores 
ocupantes de cargo efetivo); e 
- Cargos em comissão (a serem preenchidos por servidores de carreira 
nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei). 
Dessa forma, os cargos em comissão e funções de confiança não podem ser 
destinados a cargos de natureza eminentemente técnica. 
ESQUEMATIZANDO: 
e) Vedação ao nepotismo 
• A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até 
o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, 
investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em 
comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e 
indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição 
Federal. (súmula vinculante no. 13) 
• NÃO alcança cargos políticos (Rcl 6.650/PR) 
o a depender do caso concreto, pode caracterizar nepotismo (Rcl 12.478) 
• Não é necessário que os estados e municípios editem lei para definir a conduta. Já aplica 
direto. 
 
f) Pessoas com deficiência - A LEI deve reservar vagas 
- A CF não estabelece quantitativo 
 
g) Afrodescendentes: A Constituição Federal determina a reserva de vagas para as pessoas com 
deficiência, mas não fala nada em relação aos afrodescendentes. Em relação aos últimos, quem 
determina a reserva de vagas é a lei 12.990/2014. 
 
h) Destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento: 
- Funções de confiança (exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo) 
- Cargos em comissão (a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e 
percentuais mínimos previstos em lei) 
 
 
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2. ESTABILIDADE 
Vamos estudar agora uma das grandes vantagens do serviço público: a 
estabilidade. A primeira coisa que você deve saber é que ela somente é 
conferida aos ocupantes de cargo público EFETIVO. Dessa forma, ela não é 
aplicada aos cargos em comissão e nem aos empregos públicos. 
Os requisitos para aquisição da estabilidade no serviço público, segundo a 
Constituição Federal, são: 
i. Aprovação em concurso público para cargo público de provimento 
efetivo; 
ii. 3 anos de efetivo exercício; 
iii. Avaliação especial de desempenho por comissão instituída para 
essa finalidade. 
Cumpridos esses requisitos e adquirida a estabilidade, o servidor somente 
poderá perder o cargo por: 
i. Sentença judicial transitada em julgado 
ii. Processo administrativo, assegurada ampla defesa 
iii. Procedimento de avaliação periódica de desempenho 
iv. Cumprimento dos limites com a despesa com pessoal ativo e inativo 
(art. 169, §§ 3º a 5º). 
Além disso, se uma sentença judicial invalidar a demissão do servidor estável, 
ele será reintegrado e o eventual ocupante da vaga, se for estável, entrará 
em uma das três hipóteses: 
I - reconduzido ao cargo de origem (SEM direito a indenização); 
II -será aproveitado em outro cargo; 
III - posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao 
tempo de serviço. 
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Por fim, se o cargo for extinto ou for declarada a sua desnecessidade: o 
servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao 
tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. 
Viram só como é difícil um servidor público estável ir para a rua? Bom para 
nós, não é mesmo? 
ESQUEMATIZANDO: 
 
- Conferida a ocupantes de cargo público EFETIVO 
- Não alcança - Cargos em comissão 
- Empregos públicos 
- Requisitos i. Aprovação em concurso público para cargo público de provimento efetivo 
ii. 3 anos de efetivo exercício 
iii. Avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa 
finalidade 
- Hipóteses de perda do cargo após a estabilidade 
i. Sentença judicial transitada em julgado 
ii. Processo administrativo, assegurada ampla defesa 
iii. Procedimento de avaliação periódica de desempenho 
iv. Cumprimento dos limites com a despesa com pessoal (art. 169, §§ 3º a 5º) 
- Se uma sentença judicial invalidar a demissão do servidor estável, ele será reintegrado 
• O eventual ocupante da - reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização 
vaga, se for estável, será - aproveitado em outro cargo 
- posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao 
tempo de serviço. 
- Se o cargo for extinto ou for declarada a sua desnecessidade: o servidor estável ficará em 
disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado 
aproveitamento em outro cargo. 
 
3. ACUMULAÇÃO 
Via de regra, a acumulação remunerada de cargos, empregos ou funções 
públicas é VEDADA. Atenção! Essa proibição é bastante ampla e compreende 
também empregos e funções públicas e abrange não só a Administração 
direta, mas também a indireta: autarquias, fundações, empresas públicas, 
sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, 
direta ou indiretamente, pelo poder público. 
2.
 E
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A
B
IL
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Como quase toda boa regra, essa vedação admite exceções, trazidas pelo 
texto constitucional. São hipóteses onde é permitida a acumulação e 
desde que haja compatibilidade de horários: 
• 2 cargos de professor 
• 1 Cargo de professor + 1 cargo técnico ou científico 
• 2 cargos privativos área de saúde 
• Mandato de vereador (art. 38, III) 
• Juízes e membros do MP podem exercer o magistério 
Além da acumulação de cargos, empregos ou funções, é vedada a 
acumulação de aposentadorias, salvo nos casos onde é permitida a 
acumulação de cargos. 
Por fim, também é vedada a acumulação da remuneração (pessoal ativo) 
com proventos de aposentadoria do regime de previdência próprio dos 
servidores (RPPS), salvo: 
• Cargos acumuláveis na forma da Constituição 
• Cargos eletivos 
• Cargos em comissão 
ESQUEMATIZANDO: 
 
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- Acumulação remunerada de cargos, empregos ou funções 
• Regra: Vedada - Estende-se a empregos e funções (art. 37, XVI e XVII) 
- Abrange - Autarquias 
- Fundações 
- Empresas públicas 
- Sociedades de economia mista 
- Suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta 
ou indiretamente, pelo poder público 
• Exceção: Havendo compatibilidade de horários (PODE ACUMULAR) 
� 2 cargos de professor 
� 1 Cargo de professor + 1 cargo técnico ou científico 
� 2 cargos privativos área de saúde (inclusive militares) 
� Mandato de vereador (art. 38, III) 
� Juízes e membros do MP podem exercer o magistério 
 
- Remuneração + proventos de aposentadoria do regime de previdência próprio dos servidores 
(RPPS) 
• Regra: vedada (art. 37, § 10°) 
• Exceção - Cargos acumuláveis na forma da Constituição 
- Cargos eletivos 
- Cargos em comissão 
 
- Acumulação de aposentadorias: vedado, salvo nos casos onde é permitida a acumulação de 
cargos 
 
3.
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M
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4. SERVIDOR EM MANDATO ELETIVO 
O servidor público pode se candidatar a mandatos eletivos. Mas, caso seja 
eleito, como deverá ficar a sua situação, enquanto durar o mandato? Observe: 
- Mandato federal, estadual ou distrital: ficará afastado 
- Prefeito: afastado + opta pela remuneração 
- Vereador - Com compatibilidade de horários: acumula 
- Sem compatibilidade: afastado + opta pela remuneração 
Em qualquer caso: o tempo de serviço será contado para todos os efeitos 
legais, exceto para promoção por merecimento. 
 
5. DIREITO DE GREVE 
Além de todos esses direitos vistos até agora, meus caros Técnicos do Seguro 
Social, vocês terão também direito de greve. A Constituição diz que esse 
direito deve ser exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica. 
Assim, essa é uma norma constitucional de eficácia limitada, devendo haver 
regulamentação infraconstitucional para seu pleno exercício. Como essa lei 
ainda não foi editada pelo Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal 
entende que, por enquanto, deve ser aplicada, no que couber, a lei de 
greve vigente no setor privado (670 + MI 708 + MI 712). 
Lembre-se também que o direito de greve dos trabalhadores da área privada 
é norma de eficácia plena e não depende de lei que regulamente seu 
exercício, ok? 
Além disso, não pode haver sanções administrativas diferenciadas ao servidor 
em estágio probatório, pelo simples fato de ele ter aderido à greve 
(ADI 3.235), ou seja, você poderá aderir ao movimento grevista logo após ter 
passado no seu concurso! 
Mas calma lá porque nem tudo são flores! A Administração pode descontar os 
dias não trabalhados (AI 799.041) e não possuem o direito de greve os 
militares (art. 142, §3º) e os policiais civis (Rcl 6.568/SP). 
 
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6. DIREITO A ASSOCIAÇÃO SINDICAL 
A Constituição Federal também assegura aos servidores públicos CIVIS o 
direito a associação sindical, sendo essa uma norma constitucional de eficácia 
plena, ou seja, não precisa de lei regulamentadora para ser plenamente 
exercida. 
Além disso, diferentemente do setor privado, a fixação de vencimentos dos 
servidores públicos não pode ser objeto de convenção coletiva (Súmula 
STF 679). Atenção! Qualquer alteração na remuneração dos servidores deve 
ser feita por meio de LEI! 
Por fim, lembre-se de que os servidores públicos militares não podem se 
sindicalizar e nem fazer greve! 
ESQUEMATIZANDO: 
 - Exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica 
- Norma constitucional de eficácia limitada 
5. DIREITO DE GREVE - Lei ainda não foi editada 
- CF, art. 37, VII 
- STF - Aplicação, enquanto não editada a lei que regulamenta o art. 
37, VII da CF, no que couber, da lei de greve vigente no setor 
privado (MI 670 + MI 708 + MI 712) 
- Adm pode descontar os dias não trabalhados (AI 799.041) 
- Não pode haver sanções administrativas diferenciadas ao 
servidor em estágio probatório, pelo simples fato de ele ter 
aderido à greve (ADI 3.235) 
- Direito de greve é vedado aos - Militares (art. 142, §3º) 
- Polícias civis (Rcl 6.568/SP) 
 
6. DIREITO A - Servidor público CIVIL pode 
ASSOCIAÇÃO - Norma constitucional de eficácia plena 
SINDICAL - Fixação de vencimentos dos servidores públicos não pode ser objeto de 
convenção coletiva (Súmula STF 679) 
- Militares: não podem se sindicalizar e nem fazer greveINSS 
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7. DIREITOS TRABALHISTAS DOS SERVIDORES PÚBLICOS 
Meu caro aluno, você se lembra dos direitos do trabalhador, previstos no 
art. 7º da CF? O próprio texto magno assegura que alguns daqueles direitos 
também devem ser aplicados aos servidores públicos. São eles: (nessa parte, 
não temos muito para onde correr, é meio decorebinha mesmo...) 
- Salário Mínimo 
• Súmula vinculante 16/STF: refere-se ao total da remuneração percebida pelo servidor 
público e não ao vencimento básico 
- Garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável 
- 13º salário 
- Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno 
- Salário-família 
- Duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, 
- Repouso semanal remunerado 
- Remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% à do normal 
- Férias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3 a mais do que o salário normal 
- Licença à gestante 
- Licença paternidade 
- Proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei 
- Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança 
- Proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por 
motivo de sexo, idade, cor ou estado civil 
 
OBS: servidor público NÃO tem - FGTS 
- Seguro-desemprego 
- Aviso prévio 
- Relação de emprego protegida contra despedida 
arbitrária ou sem justa causa 
Quanto a esse último ponto, pode até parecer que você, meu caro Técnico do 
Seguro Social, foi injustiçado... “mas por que eu não tenho direito ao 
FGTS?”.... vamos pensar: como o servidor possui estabilidade, ele não pode 
ser mandado para a rua a qualquer momento, ao bel prazer do empregador. 
Por isso, ele não precisa do FGTS, do seguro desemprego, do aviso prévio e da 
relação protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa! 
Ficou mais tranquilo agora? 
 
8. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 
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Como diria o ditado: "Grandes poderes geram grandes responsabilidades". 
Caso um servidor público cometa algum ato de improbidade administrativa (é 
o ato ilegal ou contrário aos princípios básicos da Administração, cometido por 
agente público, durante o exercício de função pública ou decorrente desta), 
poderá ocorrer, sem prejuízo da ação penal cabível: 
• SUSPENSÃO dos direitos políticos; (lembre-se de que a 
Constituição veda a cassação dos direitos políticos!) 
• Perda da função pública; 
• Indisponibilidade dos bens; 
• Ressarcimento ao erário. 
Além disso, os ilícitos que causam dano ao erário são prescritíveis (a lei 
estabelecerá os prazos de prescrição), mas as ações de ressarcimento ao 
erário são imprescritíveis (art. 37, § 5º). 
 
9. ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA 
Quanto a esse tema, apenas duas informações são importantes para fins de 
prova: 
• A administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de 
competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma 
da lei. 
• As administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores 
de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e 
atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de 
informações fiscais, na forma da lei ou convênio 
 
 
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10. SISTEMA REMUNERATÓRIO 
Meus queridos Técnicos do Seguro Social, além de todos esses direitos e 
vantagens estudados até aqui, vamos ver mais uma coisinha BASTANTE 
INTERESSANTE: o seu futuro sistema remuneratório (hehehehe). 
Primeiramente, você deve saber que a remuneração e o subsídio dos 
servidores públicos devem ser SEMPRE fixados ou alterados por LEI 
específica. Assim, não pode haver aumento baseado exclusivamente em 
decisão interna do órgão público. 
Além disso, é garantida aos servidores públicos a revisão geral anual, 
sempre na mesma data e sem distinção de índices. 
Mais quatro observações: 
• Os vencimentos dos cargos do Legislativo e do Judiciário não 
poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo. 
• É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies 
remuneratórias. 
• Súmula Vinculante nº 37: Não cabe ao Poder Judiciário, que não 
tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores 
públicos sob o fundamento de isonomia. 
• Súmula Vinculante nº 42: É inconstitucional a vinculação do 
reajuste de vencimentos de servidores estaduais ou municipais a 
índices federais de correção monetária. 
Subsídio 
O subsídio é uma modalidade de remuneração fixada em parcela única e 
conferida a certos cargos. Por ser uma parcela única, é vedado o acréscimo de 
gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra 
espécie remuneratória. 
O subsídio é facultativo para servidores públicos organizados em 
carreira e obrigatório para: 
 
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• Chefes do Poder Executivo; 
• Ministros de Estado; 
• Secretários Estaduais e Municipais; 
• Membros do - Poder Legislativo 
- Poder Judiciário 
- Ministério Público 
- Tribunais de Contas 
Vencimentos ou remuneração (em sentido estrito) 
O vencimento (ou remuneração em sentido estrito) é a retribuição pecuniária 
pelo exercício do cargo público. Ele é aplicado aos servidores estatutários e é 
irredutível. 
O vencimento é composto da seguinte forma: 
 
 
 
Salário 
O salário contraprestação pecuniária paga aos empregados públicos. 
Empregado público é aquele que trabalha sob o regime celetista (CLT). 
 
Irredutibilidade dos subsídios e vencimentos 
Tanto os vencimentos quanto os subsídios dos servidores públicos são 
irredutíveis. No entanto, a irredutibilidade é sobre o valor nominal e não 
sobre o valor real. Dessa forma, os valores não estão protegidos contra a 
inflação, por exemplo. 
Já para os salários dos empregados públicos regidos pela CLT a regra aplicada 
é o art. 7º, VI: irredutibilidade, salvo acordo ou negociação coletiva. 
 
11. LIMITES PARA A REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES PÚBLICOS 
Vencimentos/remuneração = Vencimento básico do cargo 
+ 
Vantagens pecuniárias permanentes 
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Agora a parte ruim da aula de hoje (rsrsrsrsrs)... vamos estudar os limites da 
remuneração dos servidores públicos. 
Na União, o limite é o subsídio dos ministros do Supremo Tribunal 
Federal. Ele é fixado lei de iniciativa do STF e é o teto geral, para todos os 
Poderes, em todas as esferas da Federação. 
Nos municípios, o limite é o subsídio do prefeito. 
Nos estados e no Distrito Federal, o limite é diferente para cada poder. 
• Poder Executivo: Subsídio do Governador 
• Poder Legislativo: Subsídio dos Deputados Estaduais/Distritais 
• Poder Judiciário: Subsídio dos Desembargadores do TJ, limitado 
a 90,25% do subsídio do Ministro do STF 
o Este limite também é aplicável aos membros do Ministério 
Público, Procuradores e Defensores Públicos. 
o Além disso, não pode haver diferenciação de limites de 
remuneração de magistrados estaduais e federais, devido ao 
caráter unitário do poder judiciário. 
Já para o salário dos empregados públicos, o teto somente é aplicado às 
estatais que receberem recursos do ente político para pagamento de 
despesasde pessoal ou de custeio em geral (art. 37, § 9º). 
O teto somente é válido para as parcelas de caráter remuneratório. Assim, as 
parcelas de caráter indenizatório previstas em lei (como as diárias e vale 
transporte) não são computadas na aplicação do teto (art. 37, § 11). 
Por fim, os magistrados, quando acumulam o cargo de magistério (dar aulas) 
não estão sujeitos ao teto remuneratório nas verbas relacionadas à segunda 
atividade. Senão, um ministro do STF que fosse professor teria que dar aulas 
de graça... Confira o art. 8º, II, “a” da Resolução do CNJ nº 13/2006. 
 
ESQUEMATIZANDO 
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SISTEMA REMUNERATÓRIO 
- Remuneração e o subsídio - Fixados ou alterados por lei específica 
- Revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção 
de índices 
- Os vencimentos dos cargos do LEG e do JUD não poderão ser superiores aos pagos pelo PEX 
- Vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias: vedada 
- Súmula Vinculante nº 37: Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, 
aumentar vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia. 
- Súmula Vinculante nº 42: É inconstitucional a vinculação do reajuste de vencimentos de 
servidores estaduais ou municipais a índices federais de correção monetária. 
 
 - Modalidade de remuneração conferida a certos cargos 
- Fixada em parcela única 
- Vedado o acréscimo de gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de 
representação ou outra espécie remuneratória 
a) Subsídio - Obrigatório para - Chefes do Poder Executivo 
- Ministros de Estado 
- Secretários Estaduais e Municipais 
- Membros do - Poder Legislativo 
- Poder Judiciário 
- Ministério Público 
- Tribunais de Contas 
- Facultativo para: servidores públicos organizados em carreira 
 
b) Vencimentos ou remuneração (em sentido estrito) 
- Retribuição pecuniária pelo exercício do cargo público 
- Aplicado aos servidores estatutários 
- O vencimento do cargo efetivo, acrescido de vantagens permanentes, é irredutível 
- Composição: Vencimentos/remuneração = Vencimento básico do cargo 
+ 
Vantagens pecuniárias permanentes 
 
c) Salário: Contraprestação pecuniária paga aos empregados públicos 
 
d) Irredutibilidade dos - Aplica-se aos subsídios e vencimentos 
subsídios e vencimentos - Salário (emprego público/CLT): irredutibilidade, salvo acordo ou 
negociação coletiva (art. 7º, VI) 
- Refere-se ao valor nominal e não ao valor real 
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 i. União - Subsídio do Ministro do STF 
- Fixado por lei de iniciativa do STF 
- É o teto geral, para todos os Poderes, em todas as esferas da 
Federação 
 
 - Poder Executivo: Subsídio do Governador 
- Poder Legislativo: Subsídio dos Deputados Estaduais/Distritais 
- Poder Judiciário: Subsídio dos Desembargadores do TJ, 
limitado a 90,25% do subsídio do Ministro do STF 
- Limite aplicável também aos I - MP 
ii. Estados/DF II - Procuradores 
III - Defensores Públicos 
- Não pode haver diferenciação de limites de remuneração 
de magistrados estaduais e federais (caráter unitário do 
poder judiciário) 
e) Limites 
- OBS - Facultado aos Estados/DF fixar, como limite único, o 
subsídio dos Desembargadores do TJ 
- Mediante emenda à Constituição Estadual de 
iniciativa privativa do governador (ADI 4.154) 
- Não se aplica o limite ao subsídio dos Deputados 
Estaduais/Distritais, nem dos Vereadores 
 
iii. Municípios: Subsídio do Prefeito 
 
iv. Salário dos empregados públicos: Aplicabilidade do teto somente às estatais 
que receberem recursos do ente político para pagamento de despesas de pessoal 
ou de custeio em geral (art. 37, § 9º) 
 
v. Parcelas de caráter indenizatório previstas em lei: Não são computadas na 
aplicação do teto (art. 37, § 11) 
 
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III. REGIME DE PREVIDÊNCIA PRÓPRIO DOS 
SERVIDORES PÚBLICOS 
Meus caros Técnicos do Seguro Social, vamos agora estudar uma coisa que 
muito nos interessa: nossa aposentadoria. 
No Brasil existem dois regimes de aposentadoria. O primeiro deles é o regime 
de previdência próprio dos servidores públicos (RPPS). Ele somente é 
aplicável aos servidores efetivos e não pode haver criação de mais de um 
RPPS, ou seja, ele deve ser único de cada ente federativo. 
O segundo é o regime geral de previdência social (RGPS), aplicável aos 
demais trabalhadores, incluindo: celetistas, ocupantes exclusivamente de 
cargos em comissão, cargos temporários e empregos públicos. 
 
Características 
O RPPS é um regime contributivo e solidário. Contributivo porque o que 
importa é o tempo que o servidor contribuiu para o sistema, não interessando 
o tempo de serviço. Além disso, é vedada a criação de tempo de serviço 
fictício. 
O RPPS é solidário porque várias pessoas contribuem para sua manutenção: 
governo, servidores ativos, inativos e pensionistas. É isso mesmo! Até quem já 
está aposentado continua contribuindo para o regime (art. 40, § 18). 
 
Proventos de aposentadoria 
A partir da EC 41/2003, os proventos de aposentadoria devem ser calculados a 
partir das remunerações utilizadas como base para contribuição do 
servidor, na forma da lei. Dessa forma, não há mais aposentadorias com 
proventos integrais para os servidores que ingressaram no serviço público 
depois da EC 41/03. Além disso, não há mais paridade entre ativos e inativos. 
 
 
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Hipóteses de aposentadoria 
Vamos estudar agora as diferentes hipóteses de aposentadoria: 
• Invalidez permanente: nesse caso, os proventos serão 
proporcionais ao tempo de contribuição, exceto para os 
seguintes casos: 
o i. Acidente em serviço; 
o ii. Moléstia profissional; 
o iii. Doença grave, contagiosa ou incurável; 
o iv. Servidores aposentados por invalidez que tenham 
ingressado no serviço público até 31/12/03 (EC 70/12). 
• Compulsória: já com as novas regras previstas na Emenda à 
Constituição 88/2015 (também conhecida como “PEC da Bengala”), 
nesse caso, os proventos serão proporcionais ao tempo de 
contribuição e ocorre quando o servidor completar 70 anos ou 75 
anos, na forma de Lei Complementar a ser editada pelo 
Congresso Nacional. 
A EC 88 ainda prevê que, até que entre em vigor a referida lei 
complementar, que regulamentará definitivamente o tema, os 
Ministros do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais 
Superiores e do Tribunal de Contas da União aposentar-se-ão, 
compulsoriamente, aos 75 anos de idade, podendo haver nova 
sabatina pelo Senado Federal aos ocupantes dos referidos cargos. 
• Voluntária: em ambos os casos a seguir, o servidor deve ter, pelo 
menos, 10 anos de efetivo exercício no serviço público e 5 anos 
no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria. 
o Com proventos proporcionais ao tempo de 
contribuição: 
� Homem: Idade mínima 65 anos 
� Mulher: Idade mínima 60 anos 
o Com Proventos calculados, na forma da lei, a partir das 
remunerações utilizadas como base para as 
contribuições do servidor ao RPPS e RGPS, 
devidamente atualizadas: 
 
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� Homem - Idade mínima: 60 anos 
- Tempo de contribuição: 35 anos 
� Mulher - Idade mínima: 55 anos 
- Tempo de contribuição: 30 anos 
o Professores: o professor exclusivo da educação infantil e do 
ensino fundamental e médio (não vale para professores 
universitários!) recebe um pequeno incentivo da 
Constituição: os tempos de contribuição e idade são 
reduzidosem 5 anos. 
Abono de permanência 
O abono permanência é um benefício concedido ao servidor que permanece 
trabalhando após ter cumprido todos os requisitos para a aposentadoria 
voluntária. Nessa situação, o servidor fica dispensado do pagamento da 
contribuição previdenciária, até completar as exigências para a aposentadoria 
compulsória ou se aposentar voluntariamente. 
Critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria 
É vedada a adoção de critérios diferenciados para a concessão de 
aposentadoria, com as seguintes exceções: 
o Portadores de deficiência; 
o Atividades de risco; 
o Atividades exercidas sob condições especiais que 
prejudiquem a saúde ou a integridade física. 
� Todas nos termos definidos em leis complementares 
� Súmula Vinculante nº. 33: Aplicam-se ao servidor 
público, no que couber, as regras do regime geral da 
previdência social, até a edição de lei complementar 
específica. 
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ESQUEMATIZANDO: 
- No Brasil existem 2 regimes - RPPS - Aplicável aos servidores efetivos 
- Não pode haver criação de mais de um RPPS - deve 
ser único de cada ente federativo 
- RGPS - aplicável aos demais trabalhadores 
 
a) Abrangência - Servidores públicos titulares de cargo efetivo 
- Não se aplica ao ocupante de - Cargo em comissão 
- Emprego público 
- Cargo temporário 
 
b) Características i. Regime contributivo -Para concessão de aposentadoria o que importa é o 
tempo de contribuição e não o tempo de serviço 
- Vedado criação de tempo de serviço fictício 
ii. Regime solidário - Devem contribuir - Governo 
- Servidor ativo 
- Servidor inativo (aposentado) 
- Pensionistas 
- Legitimou a exigência de contribuição dos 
aposentados e pensionistas (art. 40, § 18) 
c) Proventos de aposentadoria - Calculados a partir das remunerações utilizadas como base para 
contribuição do servidor, na forma da lei 
- Fim das aposentadorias com proventos integrais para os 
servidores que ingressaram no serviço público depois da 
EC 41/03 
- Não há mais paridade entre ativos e inativos 
 
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e) Hipóteses de i. Invalidez permanente - Proventos proporcionais ao tempo de contribuição 
aposentadoria - Exceto i. Acidente em serviço 
ii. Moléstia profissional 
iii. Doença grave, contagiosa ou incurável 
iv. Servidores aposentados por invalidez 
que tenham ingressado no serviço público 
até a EC 41/2003 (EC 70/12) 
ii. Compulsória - Proventos proporcionais ao tempo de contribuição 
- 70 anos; OU 
- 75 anos, na forma de LC (EC 88/2015) 
• Enquanto não for editada a LC acima, a aposentadoria 
compulsória aos 75 vale para - min STF 
- min Trib Sup 
- min TCU 
o Poderá haver nova sabatina pelo SF 
iii. Voluntária - Requisito de tempo mínimo para os dois casos 
• 10 anos de efetivo exercício no serviço público 
• 5 anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria 
- Casos: 
I - Proventos proporcionais ao tempo de contribuição 
o Homem: Idade mínima 65 anos 
o Mulher: Idade mínima 60 anos 
 
II - Proventos calculados, na forma da lei, a partir das 
remunerações utilizadas como base para as contribuições 
do servidor ao RPPS e RGPS, devidamente atualizadas 
o Homem -Idade mínima: 60 anos 
- Tempo de contribuição: 35 anos 
o Mulher - Idade mínima: 55 anos 
- Tempo de contribuição: 30 anos 
 
Obs.: Professor exclusivo da educação infantil e do ensino 
fundamental e médio - Tempo de contribuição e idade 
reduzidos em 5 anos 
- Não vale para professores 
universitários! 
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f) Abono de permanência - Benefício concedido ao servidor que permanece trabalhando após ter 
cumprido todos os requisitos para a aposentadoria voluntária do caso II 
- Servidor fica dispensado do pagamento da contribuição 
previdenciária, até completar as exigências para a aposentadoria 
compulsória ou se aposentar voluntariamente 
 
g) Adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria 
• Regra: Vedado 
• Exceção I portadores de deficiência; 
II atividades de risco; 
III atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a 
integridade física. 
- Nos termos definidos em leis complementares 
- Súmula Vinculante nº. 33: Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as 
regras do regime geral da previdência social, até a edição de lei complementar 
específica. 
 
 
 
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IV. DOS MILITARES DOS ESTADOS, DO DF E DOS 
TERRITÓRIOS 
Essa parte será bem rápida, pois é bem curtinha! A Constituição nos diz que a 
Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar são militares dos 
Estados, DF e Territórios são organizados com base na hierarquia e 
disciplina. 
Vamos ver, por meio de esquema, algumas regras aplicadas a eles: 
- O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições 
I - se contar menos de 10 anos de serviço: será afastado da atividade; 
II - se contar mais de 10 anos de serviço: será agregado pela autoridade superior e, se 
eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. 
- As patentes dos oficiais são conferidas pelos respectivos governadores. 
- Além do que vier a ser fixado em lei 
- Cabe à lei estadual específica dispor sobre as matérias do art. 142, § 3º, inciso X, 
- Aos pensionistas dos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios aplica-se o 
que for fixado em lei específica do respectivo ente estatal. 
 
 
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EXERCÍCIOS 
1. (CESPE - 2014 - ANTAQ - Técnico Administrativo) O agente público condenado 
por ato de improbidade administrativa está sujeito à suspensão dos direitos 
políticos, à perda da função pública, à indisponibilidade de seus bens e ao 
ressarcimento dos prejuízos causados ao erário, na forma e gradação previstas 
em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. 
Isso aí! O item praticamente copiou e colou o art. 37, § 4º da CF. 
Somente para consolidar as penalidades por ato de improbidade 
administrativa: 
• SUSPENSÃO dos direitos políticos; (lembre-se de que a 
Constituição veda a cassação dos direitos políticos!) 
• Perda da função pública; 
• Indisponibilidade dos bens; 
• Ressarcimento ao erário. 
Gabarito: Certo. 
2. (CESPE - 2014 - ANTAQ - Conhecimentos Básicos - Cargos 5 e 6) A 
remuneração dos servidores públicos somente poderá ser fixada ou alterada 
por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada 
revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices. 
Isso aí! Conforme o art. 37, X da CF, a remuneração dos servidores 
públicos somente pode ser alterada por LEI, não podendo ser 
modificada por decreto ou algum ato do Poder Executivo. 
Gabarito: Certo. 
3. (CESPE - 2014 - TJ-SE - Titular de Serviços de Notas e de Registros) É 
facultado ao vice-prefeito empregado em empresa pública o recebimento das 
vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração 
pelo exercício do cargo eletivo, desde que haja compatibilidade de horários. 
Aí não! Ele será afastado e optará pela remuneração. Vamos revisar 
como o servidor público pode se afastar para o exercício de mandato 
eletivo: 
 
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- Mandato federal, estadual ou distrital: ficará afastado 
- Prefeito: afastado + opta pela remuneração 
- Vereador - Com compatibilidadede horários: acumula 
- Sem compatibilidade: afastado + opta pela remuneração 
Gabarito: Errado. 
4. (CESPE - 2014 - TJ-SE - Técnico Judiciário) Basta a observância da legalidade 
estrita para que a conduta do agente público seja considerada moralmente 
adequada do ponto de vista da administração pública. 
Claro que não! Se assim fosse, seria um único princípio, não havendo a 
necessidade de a CF criar o princípio da moralidade. Dessa forma, não 
basta que o ato seja estritamente legal, ele também tem que ser 
moral. Lembre-se do LIMPE (legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência)! 
Gabarito: Errado. 
5. (CESPE - 2014 - TC-DF - Técnico de Administração Pública) Conforme 
jurisprudência do STF, em respeito ao princípio da isonomia, a administração 
pública não pode remarcar a data de realização de teste de aptidão física de 
candidato impossibilitado, em virtude de problema temporário de saúde 
certificado por atestado médico, de realizá-lo na data previamente agendada, 
caso o edital do certame expressamente proíba a remarcação. 
Isso mesmo. O STF já decidiu que os candidatos em concurso público 
NÃO têm direito à prova de segunda chamada nos testes de aptidão 
física em razão de circunstâncias pessoais, ainda que de caráter 
fisiológico ou de força maior, salvo se houver previsão no edital 
permitindo essa possibilidade (RE 630733/DF). 
Gabarito: Certo. 
6. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário) Conforme disposições da CF, a lei 
deverá reservar parte dos cargos e empregos públicos para afrodescendentes e 
pessoas portadoras de deficiência. 
Bem “sacana” esse item. A Constituição Federal determina a reserva 
de vagas para as pessoas com deficiência, mas não fala nada em 
relação aos afrodescendentes. Em relação aos últimos, quem 
determina a reserva de vagas é a lei 12.990/2014. 
Gabarito: Errado. 
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7. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário) É vedada a vinculação ou 
equiparação de quaisquer espécies remuneratórias, exceto entre os cargos do 
Poder Executivo e do Legislativo. 
A Constituição Federal, no art. 37, XIII, determina que é vedada a 
vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para 
o efeito de remuneração de pessoal do serviço público, sem qualquer 
ressalva. 
Gabarito: Errado. 
8. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário) Somente por lei complementar 
poderão ser criadas autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista 
e fundação. 
Aí não! O correto é somente por lei específica (é lei ordinária e não 
complementar)! Vamos relembrar: 
i. PJ de direito - Tipos - Autarquia 
público - Fundação pública de direito público (o TEXTO da CF não 
diz nada sobre esse tipo de PJ) 
- Forma de criação (autarquias): Lei específica cria 
Gabarito: Errado. 
9. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário) É deferida aos servidores públicos 
a garantia da vitaliciedade, após dois anos de efetivo exercício. 
Quem adquire a vitaliciedade são apenas os membros do poder 
judiciário e do ministério público. Os servidores comuns (eu e você) 
possuem estabilidade e não vitaliciedade. 
Gabarito: Errado. 
10. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário) As funções de confiança destinam-
se apenas às atribuições de chefia, direção e assessoramento. 
Aí sim! As bancas não se cansam de cobrar esse assunto! Dessa forma, 
não se pode criar uma função de confiança para o desempenho de um 
trabalho técnico, por exemplo. Vamos revisar: 
 
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h) Destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento: 
- Funções de confiança (exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo) 
- Cargos em comissão (a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e 
percentuais mínimos previstos em lei) 
Gabarito: Certo. 
11. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Analista Judiciário) O edital de um concurso público 
previu, para o teste de aptidão física, a impossibilidade de remarcação da 
prova em virtude de inaptidão temporária do candidato por problema de 
saúde, ainda que comprovada mediante atestado médico. Mesmo que não 
houvesse previsão expressa no edital, seria impossível a remarcação do teste 
de aptidão física. 
Se o edital permitir, poderá haver a remarcação. Vamos conferir a 
decisão do STF sobre o tema: Os candidatos em concurso público NÃO 
têm direito à prova de segunda chamada nos testes de aptidão física 
em razão de circunstâncias pessoais, ainda que de caráter fisiológico 
ou de força maior, salvo se houver previsão no edital permitindo essa 
possibilidade (RE 630733/DF). 
Gabarito: Errado. 
12. (CESPE - 2014 - TJ-DF - Titular de Serviços de Notas e de Registros) Exige-se 
a edição de lei formal, por cada ente da Federação, para que o nepotismo seja 
considerado ilícito, bem como para que sua prática seja coibida em cada ente. 
Muito boa essa questão! Nepotismo é a prática de dar importantes 
cargos políticos ou funções de relevo nos negócios aos membros da 
própria família. Para evitar esse tipo de prática, o Supremo Tribunal 
Federal editou a súmula vinculante nº 13. 
Como o instrumento usado para configurar o nepotismo foi uma 
Súmula Vinculante, a regra já é aplicada em todas as três esferas 
imediatamente, não sendo necessário que os estados e municípios 
editem lei para definir a conduta. 
Gabarito: Errado. 
13. (CESPE - 2014 - TJ-DF - Titular de Serviços de Notas e de Registros) A 
condenação de servidor por ato de improbidade administrativa implica a 
cassação de seus direitos políticos. 
Passou longe! A Constituição Federal determina que não haverá 
cassação dos direitos políticos. O que pode haver é a perda ou 
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suspensão deles. Como sabemos, a condenação por improbidade 
acarreta a suspensão dos direitos políticos. Vamos revisar as sanções 
no caso de improbidade administrativa: 
• SUSPENSÃO dos direitos políticos; (lembre-se de que a 
Constituição veda a cassação dos direitos políticos!) 
• Perda da função pública; 
• Indisponibilidade dos bens; 
• Ressarcimento ao erário. 
Gabarito: Errado. 
14. (CESPE - 2014 - MEC - Conhecimentos Básicos - Todos os Cargos) É lícito o 
desconto dos dias não trabalhados pelo servidor público que se ausenta do 
serviço para participar de movimento grevista de sua categoria. 
Isso aí! Se o servidor parou de trabalhar para fazer greve, é justo que 
a Administração desconte os dias não trabalhados. O próprio Supremo 
Tribunal Federal já decidiu nesse sentido (AI 799.041). 
Gabarito: Certo. 
15. (CESPE - 2014 - MEC - Conhecimentos Básicos - Todos os Cargos) Segundo a 
jurisprudência do STF, o servidor público em estágio probatório que se ausenta 
do serviço para a participação em movimento grevista incorre em falta grave. 
Não é porque o servidor está em estágio probatório que não pode fazer 
greve. O STF decidiu que não pode haver sanções administrativas 
diferenciadas ao servidor em estágio probatório, pelo simples fato de 
ele ter aderido à greve (ADI 3.235). 
Gabarito: Errado. 
16. (CESPE - 2014 - MEC - Conhecimentos Básicos - Todos os Cargos) O exercício 
do direito de greve no serviço público federal é legítimo, mesmo sem a 
regulamentação por lei específica. 
Isso mesmo. O Supremo decidiu que, enquanto não for editada a lei 
que regulamenta o direito de greve do servidor público, tal direito 
deve ser regido pela CLT, no que for cabível. Assim, não é necessária a 
edição da lei para que os servidores possam fazer greve. 
Gabarito: Certo. 
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17. (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Agente de Polícia Legislativa) 
Prescinde de previsão legal a exigência de aprovação em exame psicotécnico 
para habilitação de candidato a cargo público. 
Claro que não! A exigência de exame psicotécnico como requisito ou 
condição necessária ao acesso a determinados cargos públicos 
somente é possível, nos termos da Constituição Federal, se houver lei 
em sentido material que expressamente autorize a exigência, além de 
previsão no edital do certame (MS 30.822 DF). 
Gabarito: Errado. 
18. (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Agente de Polícia Legislativa) De 
acordo com a CF, lei estadual não pode criar cargos em comissão com 
atribuições meramente técnicas. 
Isso aí! Os cargos em comissão e as funções de confiança devem ser 
criadas somente para as funções de direção, chefia e assessoramento 
(CF art. 37, V). 
Gabarito: Certo. 
19. (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Agente de Polícia Legislativa) Os 
requisitos de idade e tempo de contribuição para a aposentadoria voluntária de 
professor de universidade federal que nunca exerceu qualquer outra atividade 
laboral devem ser reduzidos em cinco anos. 
A Constituição Federal estabelece que o tempo de aposentadoria para 
o professor é reduzido em 5 anos. No entanto, não é qualquer 
professor, mas somente aquele que comprove exclusivamente tempo 
de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e 
no ensino fundamental e médio (CF art. 40, § 5º). 
Gabarito: Errado. 
20. (CESPE - 2014 - Instituto Rio Branco - Diplomata) O controle de legalidade dos 
atos da administração pública somente pode ser processado pelos órgãos do 
Poder Judiciário. 
Claro que não! A própria Administração também deve controlar os seus 
atos! E não só para a legalidade, mas também para todos os demais 
princípios do LIMPE (legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência). 
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Gabarito: Errado. 
21. (CESPE - 2014 - SUFRAMA - Nível Superior - Cargos 3 e 4) É possível que 
edital de concurso público preveja a participação de concorrentes de 
determinado sexo em detrimento do outro. 
Sim, é possível. A depender do cargo e com base no princípio da 
razoabilidade, pode-se dar preferência para um sexo. Por exemplo, a 
criação de vagas somente para mulheres que trabalharão em um 
presídio feminino. 
Gabarito: Certo. 
22. (CESPE - 2014 - SUFRAMA - Nível Superior - Cargos 3 e 4) A CF, no intuito de 
proteger a moralidade administrativa, exige que toda compra realizada pelo 
poder público seja precedida de licitação. 
Realmente, a licitação é a regra. No entanto, excepcionalmente, em 
casos especificados na legislação, pode haver casos onde ela não é 
realizada. Um exemplo são as compras de baixo valor (abaixo de 
R$ 8.000,00). 
Gabarito: Errado. 
23. (CESPE - 2014 - MPE-AC) De acordo com o entendimento pacificado do STF, a 
fixação de limite de idade para a inscrição em concurso público viola o princípio 
constitucional da igualdade, independentemente da justificativa apresentada 
De fato. A regra é que não deve ser estipulado limite de idade para o 
acesso aos cargos públicos. No entanto, pode haver exceções a essa 
regra. Segundo o Supremo Tribunal Federal, o limite de idade para a 
inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, 
quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a 
ser preenchido. (súmula 683/STF). 
Gabarito: Errado. 
24. (CESPE - 2014 - MPE-AC) De acordo com a CF, as parcelas de caráter 
indenizatório devem ser computadas para efeito do cálculo do teto 
constitucional da remuneração dos servidores públicos. 
Claro que não! O teto somente é válido para as parcelas de caráter 
remuneratório. Assim, as parcelas de caráter indenizatório previstas 
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em lei (como as diárias e vale transporte) não são computadas na 
aplicação do teto (art. 37, § 11). 
Gabarito: Errado. 
25. (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo) Cidadão que 
tenha sido aprovado em concurso público para certo cargo público, ainda que 
não haja previsão no edital do concurso, poderá ser nomeado para quadro 
diverso daquele para o qual foi aprovado, se o novo cargo tiver a mesma 
nomenclatura, atribuições iguais e idêntica remuneração daquele previsto no 
referido edital, haja vista já ter sido atendido, nessa situação, o requisito 
constitucional de aprovação prévia em concurso público. 
Essa questão é sobre uma jurisprudência muito boa do Supremo: “Não 
é possível a nomeação de candidato em quadro diverso do qual foi 
aprovado, ainda que os cargos tenham a mesma nomenclatura, 
atribuições iguais, e idêntica remuneração, quando inexiste essa 
previsão no edital do concurso. A falta de previsão no edital sobre a 
possibilidade de aproveitamento de candidato aprovado em certame 
destinado a prover vagas para quadro diverso do que prestou o 
concurso viola o princípio da publicidade, norteador de todo concurso 
público, bem como o da impessoalidade e o da isonomia(MS 26.294).” 
Gabarito: Errado. 
26. (CESPE - 2014 - MPE-AC) Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em 
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração aplica-se o mesmo 
regime de previdência dos cargos efetivos 
No Brasil existem dois regimes de aposentadoria. O primeiro deles é o 
regime de previdência próprio dos servidores públicos (RPPS). Ele 
somente é aplicável aos servidores efetivos e não pode haver criação 
de mais de um RPPS, ou seja, ele deve ser único de cada ente 
federativo. 
O segundo é o regime geral de previdência social (RGPS), aplicável aos 
demais trabalhadores, incluindo: celetistas, ocupantes exclusivamente 
de cargos em comissão, cargos temporários e empregos públicos. 
Gabarito: Errado. 
27. (CESPE - 2012 - MPE-RR - Promotor de Justiça) Os servidores ocupantes 
exclusivamente de cargos em comissão declarados, por lei, de livre nomeação 
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e exoneração serão regidos pelo RGPS, e não pelo regime previdenciário dos 
servidores titulares de cargos efetivos. 
Isso mesmo. O RPPS (Regime Próprio de Previdência Social dos 
servidores públicos) só é aplicado aos servidores efetivos, não se 
aplicando aos ocupantes de cargos em comissão. 
Gabarito: Certo. 
28. (CESPE - 2012 - MPE-RR - Promotor de Justiça) A CF não estende aos 
servidores públicos o salário-família e o FGTS, mas lhes assegura outros 
direitos garantidos aos trabalhadores celetistas, como o adicional de 
insalubridade e a assistência gratuita, em creches e pré-escolas, aos filhos e 
dependentes com até cinco anos de idade. 
De fato, o FGTS não se aplica aos servidores públicos, que possuem, no 
entanto, o salário-família. 
Gabarito: Errado 
29. (CESPE - 2012 - MPE-RR - Promotor de Justiça) O presidente da República 
dispõe de legitimidade para extinguir, por ato administrativo, quaisquer 
empregos, funções e cargos públicos que julgar, a seu critério, inconvenientes 
ao bom funcionamento da administração pública federal. 
Aí foi demais, né galera! Em regra, os cargos públicos somente podem 
ser criados ou extintos por LEI. No entanto, se estiverem vagos, o 
Presidente da República pode extingui-los por Decreto Autônomo. 
Gabarito: Errado 
30. (CESPE - 2012 - MPE-RR - Promotor de Justiça) A criação, pelo Poder 
Executivo, de empresas públicas e de sociedades de economia mista somente 
pode ocorrer se houver lei autorizadora, mas a criação de subsidiárias 
independe de autorização legislativa, por decisão da entidade primária à qual

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