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Teoria celular x teoria organismal

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Teoria celular x teoria organismal
Em sua forma clássica, a teoria celular propunha que os corpos dos animais e das plantas são agregados de células individualizadas e diferenciadas. Os proponentes dessa teoria acreditavam que as atividades de plantas ou animais como um todo deve ser encaradas como a soma das atividades das células individuais constituintes, sendo essas últimas de primordial importância. Esse conceito tem sido comparado à teoria da democracia de jefferson, que considerava a nação como dependente e secundária, em direitos e privilégios, em relação aos estados individuais que a constituem.
Na última metade do século 19 foi formulada uma teoria alternativa à teoria celular. Conhecida como teoria organismal, ela substituiu algumas das ideias defendidas pela teoria celular. Os proponentes da teoria organismal consideram o organismo inteiro como de primordial importância, ao invés de células individuais. A planta ou animal pluricelular é visto não meramente como um grupo de unidades independentes, mas como uma massa relativamente continua de protoplasma, a qual no curso da evolução subdividiu-se em células. A teoria organismal originou-se em parte dos resultados de pesquisa fisiológica, que demonstrou a necessidade da coordenação das atividades dos vários órgãos, tecidos e células para o crescimento e desenvolvimento normal do organismo. A teoria organismal pode ser comparada à teoria do governo que admite que é de primordial importância a nação unificada e não aos estados dos quais ela é formada.
No século 19, o botânico alemão Julius von Sachs concisamente estabeleceu a teoria organismal quando escreveu “ Die Pflanze bildet Zelle, nicht die Zelle pflanzen”, que significa “A planta forma células, as células não formam plantas”.
Na verdade a teoria organismal é especialmente aplicada às plantas cujos protoplastos não são separados por constrição durante a divisão celular, como na divisão da célula animal, mas são separados inicialmente pela formação da placa celular. Além disso, a separação das células vegetais raramente se completa, os protoplastos das células contíguas permanecem conectados por cordões citoplasmáticos conhecidos como plasmodesmos. Os plasmodemos atravessam as paredes e unem o corpo inteiro da planta em um todo orgânico conhecido como simplasto, o qual consiste nos protoplastos interligados e seus plasmodemos. Como aproximadamente estabelecido por Donald Kaplan e Wolfgang Hagemann, “Ao invés das plantas superiores serem agregadas confederados de células independentes, elas são organismos unificados cujos protoplastos estão incompletamente subdividos por paredes celulares”.
Em sua forma moderna, a teoria celular estabelece de um modo simples que: (1) todos os organismos vivos são compostos de uma ou mais células; (2) as reações químicas de um organismo vivo, incluindo as de biossíntese e as de seus processos de liberação de energia, ocorrerem nas células; (3) as células originam-se de outras células; e (4) as células contem a informação hereditária do organismo do qual elas são uma parte, e essa informação é passada da célula parenta para a célula filha. As teorias celular e organismal não são mutuamente exclusivas. Juntas, elas fornecem uma significativa visão da estrutura e função em níveis celular e de organismo.

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