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Análise critica do filme Saneamento Básico

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UFRJ
CURSO: NUTRIÇÃO
DISCIPLINA: SANEAMENTO
ALUNA: IVETE DE SOUZA LISBOA
ANÁLISE CRÍTICA 
FILME: SANEAMENTO BASICO O Filme
A narração em off de Fernanda Torres antes do filme começar já é metalinguística: ela convida todos a se sentarem, acomodarem-se. Depois pergunta se compensa esperar aquele cara atrasado ou se podemos dar início logo à sessão... Surge a primeira imagem e descobrimos - veja só - que Fernanda não estava falando conosco, mas com outros personagens. Quer dizer, estava falando conosco, sim, disfarçadamente, porque é desse jogo duplo que depende Furtado.
A personagem, Marina, organizava uma reunião com outros moradores de uma vila na serra gaúcha, que tenta há anos construir uma fossa que elimine o esgoto a céu aberto. Eles chegam à conclusão de que a obra continua cara demais, e recorrem à prefeitura. Como saneamento básico não é a prioridade do governo local, a única verba disponível é o dinheiro que Brasília oferece em um concurso de curtas-metragens a novos realizadores. A família de Marina e Joaquim (Wagner Moura) precisa, então, produzir um filmete. E, daí, usar o dinheiro federal para pagar a fossa.
E lá vão eles emprestar câmera, costurar fantasia, arrumar figurante... Só o processo que os leva à escolha, como tema, de uma ficção científica com monstro, já é absurdamente hilário. Curiosidade (para depois do filme): "quimera", no dicionário, também quer dizer "utopia".
No meio de tudo, o diretor tece seus comentários sobre o financiamento público da cultura. Furtado assume, por meio do filme, que há distorções no sistema. Seus personagens questionam a todo momento: como o governo pode dar dinheiro para o cinema se as pessoas mal têm esgoto? Com o desenrolar de Saneamento Básico - O Filme, porém, os personagens-cineastas percebem o valor do que estão criando. Não é algo tangível, que dê pra colocar numa prestação de contas, mas um valor simbólico, emocional. 
O filme portanto, aborda uma problema sério, presente em todo o Brasil, que é a precariedade ou total ausência de saneamento básico, o que potencializa a proliferação de algumas doenças e geração de determinados desconfortos. No passado, a humanidade foi marcada por epidemias devastadoras; potencializadas, geralmente, pela falta de conhecimento científico sobre, a relação entre enfermidade e ausência de saneamento básico.
Infelizmente o Brasil, em pleno século XXl, o Brasil está ágüem de criar e manter um complexo de saneamento ambiental. São gravíssimos os problemas de saneamento básico, com destaque ao esgotamento sanitário inadequado e sua relação com as doenças. Mesmo depois da criação da Lei de Saneamento no Brasil, somente metade da população brasileira possui acesso a sistemas de esgotamento sanitário, ou seja; mais de 100 milhões de pessoas utilizam iniciativas particulares para equacionar o problema do escoamento sanitário.
A dura realidade, é que, a questão do saneamento básico fica em segundo plano e , em muitas cidades brasileiras, o investimento em saneamento básico, se restringe apenas, em: abastecimento de água e coleta de lixo. As políticas públicas brasileiras neste setor, são, ineficientes, resultado do descaso histórico das autoridades sobre o tema, Saneamento básico. No Brasil há falta de planejamento, gestão eficiente e interesse político em resolver um problema que a séculos atormentam a vida das pessoas, sobretudo, os mais desprovidos, isso principalmente num mesmo Brasil onde se gasta verdadeiras fortunas em Obras públicas , como foi a reforma para a copa em 2014.
O filme portanto, traz à tona um tema importante e nos leva a reflexão de um problema presente em todo território nacional, que caminha a passos lentos de uma solução.

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