Darwinismo Social Funcionalismo e Behavi

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Caren G. Pacheco
Isabella P. Canezim
Mariana Minati
Mayara Rodrigues
trabalho de epistemologia e história da psicologia
Londrina
2015
Caren G. Pacheco
Isabella P. Canezim
Mariana Minati
Mayara Rodrigues
TRABALHO DE EPISTEMOLOGIA E HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
 Trabalho apresentado à disciplina Epistemologia e História da Psicologia,
 profª Giselli Gonçalves
Londrina
2015
1ª AVALIAÇÃO – 3º BIMESTRE – TRABALHO EM GRUPO
Entrega: até 03/09 – Valor: 100 
1) Explique os pressupostos básicos do Darwinismo Social. Por que essa teoria prosperou nos EUA em fins do século XIX? Pense as consequências dessa filosofia para a vida em sociedade em geral e para a psicologia de modo específico. (Valor: 35)
2) Discorra sobre a forma como William James concebia a consciência. (Valor: 30)
3) Apresente uma síntese explicativa do conceito de condicionamento operante tal como o compreendia B. F. Skinner, com base em Figueiredo (2005). (Valor: 35)
1)
Herbert Spencer (1820-1903), um filósofo inglês autodidata, foi o pensador responsável pela eleição da teoria evolucionista proposta por Darwin, denominada Darwinismo social.
O Darwinismo Social, desenvolvido nos Estados Unidos, aplica os princípios da seleção natural, proposta por Darwin, no convívio social, alegando que este se encaixa em todas as espécies, o que inclui os seres humanos e as instituições sociais. 
A teoria da seleção natural consiste no processo da evolução de todas as espécies, na qual as que melhor se adaptam ao ambiente inserido sobrevivem, consequentemente, os que não conseguem se adaptar não deixam descendentes ou são extintos. O darwinismo social parte da mesma concepção, alegando que os seres humanos mais aptos “sobreviveriam” na sociedade.
Spencer defendia o individualismo, relatando que deveria deixar que as pessoas e organizações se desenvolvessem sozinhas e ao seu próprio modo, da mesma maneira como as outras espécies foram livres para se desenvolver e se adaptar. As pessoas, empresas ou instituições que não fossem capazes de adaptar-se ao ambiente, deveriam perecer ou se extinguir em nome da melhoria da sociedade como um todo. Se o sistema governamental interviesse com subsídios econômicos às pessoas menos privilegiadas, estaria contra os princípios dos mais adaptados, portanto, a perfeição humana somente seria alcançada sem quaisquer intervenções na vida dos cidadãos, preservando apenas aqueles que sobrevivem de maneira individual. 
O conceito de sobrevivência dos mais capazes, a luta pela existência e a disseminação dos mais fracos refletia o estilo de vida social americano no final do século XIX, período em que os Estados Unidos eram um exemplo vivo das ideias de Spencer. Tudo que era útil, funcional e prático para a vida dos americanos lhes interessava, caso contrário, era considerado inútil. Diariamente vemos em programas televisivos norte-americanos como a aderência de utensílios práticos é cada vez maior, como é visto em filmes em que, donas de casa, têm suas cozinhas repletas de aparelhos eletrônicos, cada um com sua funcionalidade para determinada tarefa, proporcionando maior praticidade, agilidade e produtividade, facilitando a vida dos estadunidenses. 
A população norte-americana, sem delongas, aplicou esses princípios na sua psicologia, se transformando numa psicologia funcional. Ela foi considerada como um instrumento de adaptação do homem ao meio, seguindo para a aplicação em empresas, instituições, clinica, dentre outros contextos em que visem o aumento da produtividade.
 2)
William James (1842-1910) foi o grande precursor do funcionalismo na psicologia desenvolvida nos EUA, entre o final do século XIX e inicio do século XX. 
Para James, e outros autores do movimento da psicologia funcional, os seres vivos, no sentido biológico, ao se comportarem, exibem uma intencionalidade: se comportam em função de uma meta diante de resistências interpostas pelo ambiente. Diante disso, articularam que os comportamentos não são movimentos, mas sim, operações. A mesma categoria se aplica aos fenômenos mentais, ou seja, a consciência é definida como uma operação seletiva e auto-reguladora dos comportamentos. 
 James também denotou a importância do pragmatismo, ideia que embasa na comprovação de teorias ou conceitos mediante consequências de análises práticas.
 Todos os fenômenos mentais e comportamentais são instrumentos da mente (como a percepção, memória, pensamento e aprendizagem) concebidos como processos orientados para a adaptação ao ambiente. William James postulava que a vida mental consiste em uma unidade, uma experiência total que se modifica, e não experiências que fossem formadas por grupo de elementos formados, como enfatizava Wundt. 
É essencial ressaltar que a consciência está em constante modificação, ou seja, não é possível experimentar o mesmo pensamento ou sensação mais de uma vez. Para James, pensar a respeito dos mesmos objetos ou estímulos em diferentes ocasiões, não seria idêntico em cada situação, seriam diferentes devido às experiências, assim a consciência é vista como cumulativa. 
James concebeu a consciência em termos de propósito, ou seja, ela desempenhava uma função biológica, de modo que sobreviva ao tempo e ao processo de seleção natural. Por fim, nesse ponto de vista, a função da consciência seria a de proporcionar adaptação ao ambiente.
 
 3)
Skinner foi a grande personificação da psicologia behaviorista americana na década de 50, batizando sua escola de pensamentos como behaviorismo radical. Em diversos aspectos, a posição de Skinner representa uma renovação do behaviorismo de Watson. 
Com a realização de diversos experimentos sobre o condicionamento operante, Skinner se diferenciou de Pavlov, que enfocava seus experimentos no comportamento respondente. 
Para Skinner, a resposta comportamental é eliciada por um estímulo observável. Em contrapartida, o comportamento operante ocorre sem qualquer estimulo antecedente externo observável, ou seja, a resposta comportamental pode ser espontânea, não relacionada com nenhum estimulo observável conhecido. Este também se caracteriza como uma probabilidade para a ocorrência de resposta.
O comportamento respondente se difere em muitos aspectos do comportamento operante, como por exemplo, os atributos operacionais que existem no comportamento operante, enquanto no respondente não existem. Portanto, o condicionamento operante consiste na aprendizagem do comportamento emitido por um organismo.
O procedimento do condicionamento operante consiste no processo de modelagem de uma resposta no organismo através de reforçamento diferencial e aproximações sucessivas. Após a emissão da resposta, a consequência desta atinge a probabilidade do comportamento ocorrer novamente. Se a consequência for reforçadora, aumentará a probabilidade da resposta ocorrer novamente, se esta for punitiva, diminui a probabilidade.
A aplicação da teoria de Skinner na prática experimental em laboratório consiste na presença da Caixa de Skinner, onde esta apresenta variáveis ao indivíduo utilizado no experimento (que na maioria das práticas em laboratório são ratos) com dispositivos para acionamento de água, luz e em alguns modelos é possível a emissão de choques em ratos, que são usados em experimentos sobre comportamentos e aprendizagem. Os primeiros experimentos de condicionamento operante baseiam-se em apresentar água (reforço diferencial) ao rato e modelar seu comportamento até que este aprenda que, ao pressionar a barra, o reforço será apresentado a ele, ou seja, é assimilado que, com a emissão do comportamento de pressionar a barra, sua resposta gera consequência reforçadora a ele, que neste caso, é a água.
Bibliografia
SCHULTZ, D.P & SCHULTZ, S.E. História da Psicologia Moderna. São Paulo: ThomsonLearning, 2005.
FIGUEIREDO, L.C.M. Matrizes do Pensamento Psicológico. Petrópolis: Vozes, 1991.
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