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GUIA DO PLANTONISTA 04 Ginecologia

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MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2013 Arlindo Ugulino Netto 
GINECOLOGIA 
 
1 
 
ANTICONCEPCIONAIS 
 Anticoncepcionais orais: para todos, deve-se 
tomar 1 comprimido via oral por dia, 
iniciando a partir do 1º dia da menstruação 
(podendo iniciar entre o 1º e o 5º) e 
continuando até o fim da cartela. 
Interromper por 5 a 7 dias (a critério médico 
ou da paciente), para depois iniciar uma nova 
cartela. 
o ACO muito baixa dosagem (15 a 20µg de 
etinilestradiol). 
 Siblima® (gestodeno 0,060mg + 
etinilestradiol 0,015mg) 
 Tantin® (gestodeno 0,060mg + 
etinilestradiol 0,015mg) 
 Yaz® (drospirenona 3mg + 
etinilestradiol 0,020mg) 
 Iumi® (drospirenona 3mg + 
etinilestradiol 0,020mg) 
 Level® (levonorgestrel 0,1mg + 
etinilestradiol 0,020mg) 
o ACO de baixa dosagem (30 a 35µg de 
etinilestradiol): úteis para o tratamento 
de manifestações androgênicas (acne, 
hirsutismo, seborreia, alopecia, S.O.P.). 
 Microvlar® (levonorgestrel 
0,15mg + etinilestradiol 0,030mg) 
e Ciclo 21® (levonorgestrel 
0,15mg + etinilestradiol 
0,030mg): disponíveis na rede 
pública. 
 Dalyne® (drospirenona 3mg + 
etinilestradiol 0,035mg) 
 Selene® (acetato de ciproterona 
2mg + 0,035mg) 
 Diane® (acetato de ciproterona 
2mg + 0,035mg) 
 Ferane 35 (ciproterona 2mg + 
Etinilestradiol 0,035mg) 
o ACO indicado para amamentação: os 
contraceptivos orais compostos 
exclusivamente de progestogênios agem 
basicamente pelo espessamento do 
muco cervical, inibindo a ovulação em 
algumas pacientes apenas. São indicados 
durante o período da amamentação. 
 Minipílula: Norestin® ou 
Micronor® (Noretisterona 0,035 
mg): medicação que não inibe a 
ovulução e, portanto, deve 
sempre ser associada a medidas 
como métodos de barreira e 
amenorreia induzida por 
amamentação (6/6h a 4/4h). 
 Desogestrel 0,075 mg 
(Cerazette®). Contraindicações: 
tabagismo, idade > 35 anos, 
enxaqueca com aura, etc. 
 
 Anticoncepcionais injetáveis: 
o Mensais: aplicar 1 ampola IM 
(preferencialmente na região glútea) no 
primeiro dia da menstruação, e depois 
repetir mensalmente (obedecendo 
intervalos de 27 a 33 dias). 
 Perlutan®: acetofenido de algestona 
(dihidroxiprogesterona) 150mg + 
enantato de estradiol 10mg. 
 Mesigyna®, Noregyna®: 
noretisterona 50mg + valerato de 
estradiol 5mg. 
 Ciclofemina®: acetado de 
medroxiprogesterona 25mg + 
cipionato de estradiol 5mg. 
o Trimestrais: é indicado nas pacientes 
com sangramento vaginal excessivo, 
após a gestação (30 dias depois do 
parto), e repetir a cada 90 dias. Podem 
causar amenorreia prolongada e 
aumento do peso. 
 Depo-Provera®: depomedroxi-
progesterona 150mg/ml (é o mais 
indicado para o período do 
puerpério). 
 Demedrox®: medroxi-progesterona 
150mg/ml. 
 Preg-less®: acetofenido de algestona 
+ 17-enantato de estradiol 150mg/dl. 
 Medrox®: acetato de 
medroxiprogesterona 150mg/ml. 
 
 Anticoncepção de emergência: 
o Levonorgestrel 1,5mg (Pozato Uni®): 
tomar 1 cps em dose única, em até 
72 após o coito desprotegido. 
o Levonorgestrel 75mcg (Pozato®, 
Poslov®, Norlevo®): tomar 1 cps, 
12/12h, em até 72 após o coito 
desprotegido. 
 
AMENORREIA 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2013 Arlindo Ugulino Netto 
GINECOLOGIA 
 
2 
 
 
 
 Anamnese + exame físico: investigar idade de 
início da telarca, pubarca e menarca; 
desenvolvimento ponderal e estatural; sinais 
de acometimento do SNC; galactorreia; 
avaliação da genitália externa e interna. 
 Exames complementares: β-HCG; FSH; LH; 
Estradiol; T4 livre; Androgênios; Cortisol; 
Prolactina; USG; Tomografia; RNM cariótipo. 
 Testes terapêuticos: teste da progesterona; 
teste do estrogênio; dosagem do FSH; teste 
do GnRH. 
 
CERVICITE 
 Clamídia: 
 
o Primeira opção: Azitromicina 1g VO 
em dose unica; ou Doxicilina 100mg 
VO, de 12/12h, por 7 dias. 
o Segunda opção: Eritromicina 
(estearato) 500mg VO, de 6/6h por 7 
dias; ou Tetraciclina 500mg VO, 
6/6h, por 7 dias; ou Ofloxacina 
400mg VO, 12/12h, por 7 dias. 
 
 Gonorreia: 
 
o Primeira opção: Ciprofloxacina 
500mg VO, dose única; ou 
Ceftriaxona 250mg IM, dose única. 
o Segunda opção: Cefixima 400mg VO, 
dose única; ou Ofloxacina 400mg 
VO, dose única. 
 
DISMENORREIA 
 Urgência: Buscopan® 1ampola + 1 ampola de 
glicose 50% EV lento. 
 Dismenorreia primária: anti-inflamatórios 
não-hormonais administrados com cerca de 3 
a 4 dias antes do início do ciclo menstrual. Em 
caso de insucesso, optar por 
anticoncepcionais orais. 
o Indometacina 50mg, 1 comprimido 
VO, 1x/dia. 
o Ibuprofeno 300mg, 1 comprimido 
VO, 2x/dia. 
o Ácido Mefenâmico (Ponstan®) 
500mg, 1 comprimido VO, 8/8h. 
o Anticoncepcionais orais, em caso de 
fracasso terapêutico com AINH. 
 Dismenorreia secundária: tratar causa de 
base. 
 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2013 Arlindo Ugulino Netto 
GINECOLOGIA 
 
3 
 
DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA 
 Tratamento ambulatorial (estádios 0 e 1 = 
sem peritonite): 
o Medidas Gerais: repouso, abstinência 
sexual, retirada do DIU, caso a paciente 
seja usuária, tratamento sintomático 
com analgésicos, antitérmicos e 
antiinflamatórios; 
o Antibioticoterapia: 
 Ofloxacina 400mg VO 12/12h por 
14 dias + metronidazol 500mg VO 
12/12h 14 dias; 
 Levofloxacina 500mg, 24/24h + 
metronidazol 500mg VO 12/12h 14 
dias; 
 Ceftriaxona 250 mg IM dose única 
+ Doxiciclina 100 mg VO 12/12h 
por 14 dias; 
 Ceftriaxona 250 mg IM dose única 
+ Doxiciclina 100 mg VO 12/12h + 
metronidazol 500mg VO 12/12h 14 
dias; 
 Cefoxitina 2g IM, dose única + 
probenicida 1g VO, dose única + 
Doxiciclina 100 mg VO 12/12h por 
14 dias. 
o Os parceiros sexuais devem ser tratados 
empiricamente com antibióticos efetivos 
contra N. gonorrhoeae e C. trachomatis. 
 
 Tratamento hospitalar: indicar nos seguintes 
casos: Suspeita de abscesso pélvico ou tubo-
ovariano; Quadro clínico grave com 
temperatura > 38°C; Peritonismo ou 
sepsemia; Dúvidas quanto o diagnóstico; 
Falha do tratamento ambulatorial; Pacientes 
sem condições financeiras ou 
imunossuprimidas. 
o Cefoxitina, 2g, IV 6/6h + doxiciclina 
100mg VO 12/12h por 14 dias; 
o Cefotana, 2g, IV, 12/12h + doxiciclina 
100mg VO 12/12h por 14 dias; 
o Clindamicina, 900mg, IV, 8/8h + 
gentamicina, IV ou IM, 2mg/kg de dose 
de ataque e manutenção de 1,5mg/kg de 
8/8h por 14 dias; 
o Ofloxacina, 400mg, IV, 12/12h ou 
Levofloxacina, 500mg, IV, 24/24h, com 
ou sem metronidazol, 500mg, IV de 
12/12h. 
o Ampicilina/sulbactam, 3g, IV, 6/6h + 
doxiciclina 100mg, IV ou VO, 12/12h. 
OBS: Se após 24h de internação a paciente 
estiver bem, liberar para casa (tratamento 
ambulatorial) com Doxicilina 100mg VO por 
14 dias. 
 
 
MASTALGIA (DOR NA MAMA) 
 Anti-inflamatórios não esteroides, analgésicos 
e relaxantes musculares: são benéficos nas 
pacientes portadoras de mastalgia devido à 
sua ação inibidora da cicloxigenase-2, 
reduzindo assim a síntese de prostaglandinas. 
o Nimesulida 100mg VO, 12/12h horas, 
por um período de 3 a 5 dias. 
o Musculare®, Tandrilax®, Mioflex®: 
8/8h por 3 a 5 dias. 
 Ácido gamalinoleico (Gamalin®, Gamax®, 
Niolix®): 1 cápsula (1000mg) ao dia, por 90 
dias. É o agente de primeira escolha para 
mastalgia cíclica. Os efeitos colaterais são 
raros e quando ocorrem são em forma de 
diarreia e/ou indisposição gástrica e 
melhoram com a suspensão da medicação. 
 Vitamina E (E-mama;Vita E): tomar 1 cápsula 
por dia, por 90 dias. 
 Cápsulas de óleo de prímola: tomar 1 cápsula 
(500mg) por dia, por 90 dias. Parece ter efeito 
benéfico na mastalgia associada à presença 
de cistos mamários. 
 
MENOPAUSA / CLIMATÉRIO / TERAPIA HORMONAL 
 Orientações gerais: 
 A presença de fogachos é a indicação 
mais comum para a terapia 
hormonal; na presença de outros 
sintomas mais brandos, tenta-se 
fazer outros tratamentos, evitando-
se o hormonal. 
 Regra geral para TH: começar o mais 
cedo possível, na menor dose e pelo 
menor tempo possível. 
 Qual terapia escolher? 
 Com útero: sempre utilizar 
Estrogênio + Progesterona 
(de forma contínua: não 
fazer pausas para evitar a 
menstruação) 
 Sem útero: utilizar apenas 
Estrogênio (não utilizar 
progesterona nessas 
pacientes porque a 
associação E+P tem mais 
efeitos colaterais). 
 Qual via escolher? 
 Estrogênio: oral, adesivo ou 
gel. Evitar via estrogênio 
oral se: DM, HAS, fumo, 
risco de trombose, 
hipertrigliceridemia, 
doenças hepáticas. Para 
estas, utilizar medidas 
parenterais. 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2013 Arlindo Ugulino Netto 
GINECOLOGIA 
 
4 
 
 Progesterona: oral ou DIU. 
 Hormônios orais: 
o Estrógenos + Progestogênios 
(pacientes com útero): 
 Klimater® (Tibolona 2,5mg): 
tomar 1 comprimido ao dia. 
o Estrógenos (pacientes sem útero): 
 Estrogênios conjugados naturais 
(Premarin®): tomar 1 drágea via 
oral, 1x ao dia. 
 Hormônios tópicos: 
o Promestrieno (Colpotrofine®) 
1,0mg/g creme vaginal: aplicar na 
vagina, 1-2x ao dia, se secura vaginal 
OU 
o Estrogênio tópico natural 
(Premarin®) 0,625mg/g creme 
vaginal: aplicar na vagina, 1-2x ao 
dia. 
 Polivitamínicos: Klimavit®: tomar 1 cápsula via 
oral, 1x ao dia; e 
 Encaminhamento ao ginecologista. 
 
OBS: Principais contraindicações para terapia de 
reposição hormonal: 
 Câncer de mama ou endométrio (prévio ou 
atual); 
 Tromboembolismo pulmonar ou trombose 
venosa profunda (prévio ou atual); 
 Sangramento vaginal indeterminado; 
 Doenças hepáticas ativas; 
 IAM / AVC 
 
 
POLIVITAMÍNICOS 
 Para pacientes na menacme: Folifeme®: 
tomar 1 cápsula via oral, 1x ao dia. 
 Para pacientes no climatério: Klimavit®: 
tomar 1 cápsula via oral, 1x ao dia. 
 
TENSÃO PRÉ-MENSTRUAL 
 Ácido gamalinoleico (Gamalin®, Gamax®, 
Niolix®): 1 cápsula (1000mg) ao dia, por 90 
dias. 
 Em caso de dismenorreia, utilizar 
antiinflamatórios não-esteroidais: ácido 
mefenâmico 500mg (Ponstan®, 1 cp VO, 
8/8h), nimesulida 100mg (Optaflan®, 1 cp VO, 
8/8h), etc. 
 
VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA MULHERES 
 Medidas gerais: cuidados gerais e apoio 
psicológico; coleta de exames de sangue e 
sorológicos; profilaxia de doenças 
sexualmente transmissíveis; anticoncepção 
de emergência, que pode ou não ser indicada 
(a exemplificar, pacientes que sofreram 
violência sexual, porém, são 
histerectomizadas, provavelmente não pode 
engravidar). 
 
 Coleta de materiais 
 Chlamydia trachomatis (4,0 a 17,0 %) 
 Neisseria gonorrhoeae (0,0 a 26,3 %) 
 T. pallidum (0,0 a 5,6 %) 
 HPV (0,6 a 2,3 %) 
 
 Exames de sangue e sorológicos: 
 β-HCG para diagnóstico de gravidez; 
 Sorologia sífilis (VDRL ou RPR); 
 Sorologias hepatites B (HBsAg) e C 
(anti-HCV); 
 Sorologia anti-HIV: o risco de 
infecção por HIV é de 0,8 a 1,6%. 
 Contracepção de emergência: 
o Levonorgestrel 1,5mg (Pozzato®, 
Postinor®, Norlevo®, Pilem®): 2 
comprimidos VO em dose única ou 1 
comprimido VO de 12/12h, por 1 dia. 
o ≤12 semanas: AMIU (aspiração manual 
intrauterina), Curetagem, Misoprostol. 
o 13 a 20 semanas: fazer uso de 
Misoprostol/Citocina (no intuito de 
contrair o útero e expelir a maior parte 
do conteúdo fetal) para só então utilizar 
a curetagem. 
 
 Profilaxia contra DSTs: 
o Cancro mole e clamídia: Azitromicina 1g 
VO, em dose única. 
o Gonorreia: Ofloxacina ou Ciprofloxacina 
(500mg, VO, dose única). 
o Sífilis: Penicilina benzatina (2.400.00 UI 
via IM). 
o Tricomoníase: Metronidazol 2g VO, DU 
(gestantes no 1º trimestre deve substituir 
por miconazol creme vaginal ou 
clotrimazol). 
o Hepatite B (para não imunizadas ou com 
esquema incompleto): Vacina anti-
hepatite B + Imunoglobulina humana 
anti-hepatite B. 
o DSTs não virais (adultos e adolescentes 
com mais de 45kg): Penicilina Benzatina 
2.400.000 UI IM + Azitromicina 1g VO + 
Ciprofloxacina 500mg VO + Metronidazol 
2g VO. 
 
VULVOVAGINITES / CORRIMENTO VAGINAL 
 Vaginose bacteriana: é causada por 
desequilíbrio da flora vaginal normal. A flora 
geralmente é mista, sendo a Gardnerella 
vaginallis a mais predominante. Corrimento 
vaginal: branco a amarelo-acinzentado, com 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2013 Arlindo Ugulino Netto 
GINECOLOGIA 
 
5 
 
odor fétido típico (peixe podre), cremoso e 
homogêneo; presença de clue cells. 
 
o Primeira opção: Metronidazol 
500mg: tomar 1 comprido (500mg) 
VO, 12/12 horas, durante 7 dias. 
o Segunda opção: 
 Metronidazol 2g VO, dose 
única; ou 
 Secnidazol 1g: 2cp VO para a 
mulher e 2cp VO para o 
parceiro; ou 
 Clindamicina 300mg VO, de 
12/12h, por 7 dias. 
o Tratamento tópico: 
 Metronidazol gel (0,75%) 
aplicado à noite por 7 a 10 
dias; ou 
 Metronidazol + Nistatina 
(Colpistatin®, Bio-Vagin®) 
aplicado à noite por 7 a 10. 
o Na gravidez: Metronidazol 250mg 
VO, de 8/8h por 7 dias ou 2g em 
dose única. 
 
 Candidíase: é o tipo de vulvovaginite fúngica 
mais comum. Corrimento vaginal: branco 
homogêneo, com a presença de placas 
(semelhante a leite coalhado), sem odor 
fétido; presença de hifas fúngicas. 
 
o Uso tópico (mais efetivo que o 
tratamento oral). 
 Crevagin® (tinidazol + nitrato de 
miconazol): injetar todo o conteúdo 
do aplicador na vagina à noite, por 7 
a 14 dias (evitando relação sexual 
durante a semana); ou 
 Fenticonazol (Fentizol®) creme 
ginecológico: aplicar na vagina à 
noitem, por 7 dias; ou 
 Isoconazol (Gynoplus®) bisnaga com 
40g, 7 aplicadores descartáveis: 
injetar todo o conteúdo do aplicador 
na vagina à noite, por 7 dias 
(evitando relação sexual durante a 
semana); ou 
 Terconazol (Ginconazol®) creme 
vaginal 0,4%: aplicar a noite, por 7 
dias (evitando relação sexual durante 
a semana). 
OBS: Evitar o uso de Nistatina. 
o Uso oral: admite-se a necessidade de 
tratar o parceiro concomitantemente. 
 Fluconazol 150mg: 1 comp. VO em 
dose única ou repetir com 72h; ou 
 Cetoconazol 200mg: 1 a 2 
comprimidos (400mg) VO, 12/12h, 
por 5 a 7 dias; ou 
 Itraconazol 100mg: 1 a 2 
comprimidos (200mg) VO, 12/12h, 
por 1 dia. 
o Gestação: 
 Miconazol creme a 2%: aplicar na 
vagina à noite, por 7 dias; ou 
 Nistatina 100.000 UI: aplicar na 
vagina à noite, por 14 dias. 
 
OBS: Tratamento da candidíase recorrente 
Em caso de recorrência da vaginite fúngica (isto é, 
quatro ou mais episódios de vulvovaginites 
sintomáticas em um ano), deve-se avaliar os 
seguintes fatores clínicos: 
 Terapia frequente com antibióticos; 
 Anticoncepcional hormonal oral; 
 DM descompensado; 
 Imunossupressão; 
 Corticosteroides; 
 Estresse emocional; 
 Atividade sexual; 
 Infecção por HIV. 
 
O tratamento da vaginite fúngica recorrente é 
diferenciado. Deve ser feito de forma contínua, por 
pelo menos 2 a 6 meses, lançando mão de qualquer 
um dos seguintes esquemas (após a realização de 
antibiograma). 
 Cetoconazol 100mg: 1 comprimido VO, 
24/24h, de 2 a 6 meses; ou 
 Fluconazol 150mg: 1 comprimidoVO, 
semanalmente, por 2 a 6 meses; ou 
 Itraconazol 200mg: 1 comprimido VO, 
mensalmente, por 2 a 6 meses. 
 
OBS: Admite-se a necessidade de tratar o parceiro 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2013 Arlindo Ugulino Netto 
GINECOLOGIA 
 
6 
 
(com Fluconazol 150mg em dose única, de 
preferência). 
OBS: Dosar enzimas hepáticas (TGO e TGP) 
continuamente para avaliar possível 
hepatotoxicidade. 
 
 Tricomoníase: é uma DST causada pelo 
protozoário T. vaginalis, o qual não faz parte 
da flora vaginal comum e só é transmitido por 
via sexual. Corrimento: fluxo amarelo-
esverdeado (semelhante a pus), abundante, 
bolhoso (não é homogêneo), de odor fétido 
(azedo). 
 
o Por ser uma DST, a tricomoníase 
deve ser tratada estritamente com 
medicações por via oral, sendo o 
Metronidazol ou Secnidazol os 
agentes de escolha. É prudente 
orientar também a necessidade de 
tratar o parceiro sexual. 
 Secnidazol 1g: tomar 2 
comprimido VO em dose única; 
Tratar também o parceiro. Ou 
 Metronidazol 400-500mg VO, 
12/12h por 7 dias ou 2g VO em 
dose única; Tratar também o 
parceiro. 
 
OBS: Para resultados inespecíficos de exames 
citológicos (vulvovaginites inespecíficas), pode-se 
lançar mão de cremes vaginais polivalentes e fazer o 
tratamento sistêmico para todas as vaginites 
específicas: 
 Uso sistêmico: Fluconazol 150mg: 1 comp. 
VO em dose única ou repetir com 72h + 
Secnidazol 1g: tomar 2 comprimido VO em 
dose única. Tratar também o parceiro. 
 Uso tópico: Teriginat® (Antotericina B + 
Tetraciclina) 1x a noite, por 10 dias. 
 
OBS: Pode-se proceder ainda com cobertura 
medicamentosa para clamídia e gonococo (que 
também são DSTs e podem levar a infertilidade das 
pacientes acometidas), e os medicamentos para as 
vulvovaginites devem ser acrescentados, em caso de 
suspeita destes. Devemos suspeitar de clamídia e 
gonococo principalmente quando houver o 
corrimento de secreção branca através do óstio 
uterino. 
 A clamídia é tratada com Azitromicina, 1g 
em dose única. 
 O gonococo deve ser tradado com 
Ceftriaxone, 125 mg IM. 
 
SANGRAMENTO INTERMENSTRUAL 
 Fertnon® (Gestodeno 0,075mg + 
Etinilestradiol 0,030mg): tomar 1 cp VO, por 
21 dias, para por 5 a 7 dias, e depos retomar 
a cartela. 
 
SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL / METRORRAGIA 
 No pronto-atendimento: 
1. Infusão venosa com cristaloide (500 
ml – correr em 2 horas: 80 
gotas/min); 
2. Buscopan composto: 1 ampola + AD 
EV; 
3. Transamin®: 2 a 3 ampolas no SG ou 
+ AD EV; 
4. Vitamina K: 1 ampola IM. 
5. Estrogênio conjugado: Ciclo® 21: 4 
comprimidos VO, dose única. 
 Em caso de instabilidade hemodinâmica: 
o Estabilização hemodinâmica, 
administrando O2 inalatório e 
reposição volêmica vigorosa; 
o Estrogênio em altas doses: 2,5 mg a 
cada 6 horas (10 mg de estrogênio 
por dia). 
 Progesterona: Acetato de 
medroxiprogesterona (Provera®) 10 mg ou 
Noretisterona 5 mg durante 10 a 14 dias (1 
comprimido VO de 8/8h no primeiro dia; 1 
comprimido VO de 12/12h no 2º dia; 1 
comprimido VO, 1x/dia, a partir do 3º dia; 
manter tratamento até o 10º - 14º dia). A 
progesterona atua como um antagonista do 
estrogênio (enquanto o estrogênio estimula a 
proliferação, a progesterona promove sua 
descamação e compactação, tornando-o mais 
fino e denso). Opções: Anfertil®, Primovlar®, 
Evanor®, Primosiston®, Neovlar®. 
 Tratamento de manutenção: 
anticoncepcionais orais durante 3 meses. 
 Sistema intrauterino de liberação de 
levonorgestrel (SIU) – Mirena®: dispositivo 
semelhante ao DIU, com progesterona em 
sua estrutura. Tem uma duração de 4 a 5 
anos. Pode ser uma opção naquelas pacientes 
com ovulações esporádicas, com secreção 
ativa de estrogênio ou que não obtiveram 
sucesso terapêutico com progesterona por 
via oral devido aos efeitos colaterais 
(retenção de líquido, aumento de peso, 
enjoos). 
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2013 Arlindo Ugulino Netto 
GINECOLOGIA 
 
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 Ácido trenexâmico (Transamin®) 250mg: 1 
comprimido VO, 8/8h (tem pouco respaldo na 
literatura, mas pode ser uma opção 
adicional). 
 Analgésicos e anti-inflamatórios: o 
sangramento endometrial é promovido pelas 
prostaglandinas, especialmente a PGE2. Com 
isso a inibição da síntese de prostaglandinas 
teoricamente reduz a ocorrência de 
sangramentos, embora não tenha tanta 
eficácia clínica. Entretanto, para pacientes 
que referem dor, pode-se prescrever tais 
medicamentos. 
o Meloxicam (Melox®): tomar 1 
comprimido VO, 1xo ao dia, por 05 
dias. 
o Ibuprofeno 300mg, 1 comprimido 
VO, 2x/dia. 
o Ácido Mefenâmico (Ponstan®) 
500mg, 1 comprimido VO, 8/8h. 
 Tratamento da anemia: é feita inicialmente 
com uma dieta rica em proteínas e 
suplementação oral de ferro. 
o Sulfato ferroso 1g diário, durante 3 a 
6 meses; ou 
o Ferro dextrano (Noripurum®) 50 
mg/ml. 
o Em casos de contraindicação de ferro 
por via oral, intolerância ou efeitos 
colaterais, optar por Ferro injetável 
lançando mão da seguinte fórmula: 
Ferro a ser injetado (mg) = {(15 – 
hemoglobina do paciente em g/dl) x 
peso corporal x 3}. 
 
SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS (SOP) 
 Controle da obesidade: está relacionado 
diretamente com a melhora dos demais 
sintomas. Para o controle da obesidade, 
indica-se dieta e exercícios físicos. 
 Controle da irregularidade menstrual: o uso 
de qualquer anticoncepcional oral pode 
amenizar as irregularidades menstruais da 
paciente (com exceção dos derivados da 19-
nortestosterona, como o norgestrel e o 
levonorgestrel, devido a sua maior ação 
androgênica). Os medicamentos 
recomendados consistem em: 
o Progestágenos: o controle pode ser 
alcançado, por exemplo, com o uso 
de progestágenos durante 10 a 14 
dias por mês. Pode-se optar por: 
Medroxiprogesterona (5 a 10mg/dia) 
VO, o Acetado de nomegestrol 
(5mg/dia) VO ou a Progesterona 
micronizada (200 a 400mg/dia) VO. 
o ACO combinados: em caso de desejo 
contraceptivo, o uso de ACO 
combinados está indicado. O 
progestágeno de primeira escolha do 
ACO é o Acetado de Ciproterona, em 
virtude do seu potente efeito 
antiandrogênico. 
 Tratamento do androgenismo (hirsutismo, 
acne): nos casos em que a melhora do 
androginismo (caracterizado pelo hirsutismo, 
principalmente) constitui o objetivo principal 
do tratamento, a melhor opção terapêutica 
passa a ser o uso de ACO e de uma droga 
antiandrogênica de ação periférica. 
o Acetado de Ciproterona 
(progestágeno mais antiandrogênico 
no mercado) 50 a 100mg/dia, 10 dias 
por mês; 
o Espironolactona 25 a 100mg/dia; 
o Finasterida (1mg/dia). 
 Tratamento da infertilidade (se houver desejo 
de engravidar): se a queixa for apenas a 
infertilidade, não se pode fazer uso de 
anticoncepcionais. Optar pelo uso de um 
indutor de ovulação, como o citrato de 
clomifeno, 
o Citrato de Clomifeno 50mg, por 5 
dias, a partir do terceiro ou quinto 
dia do ciclo menstrual. 
o Além disso, o tratamento da 
obesidade e da resistência a insulina 
também são efetivos no processo de 
tratamento da infertilidade. 
 Manejo da resistência insulínica: o 
tratamento com sensibilizadores de insulina 
pode desviar o equilíbrio endócrino em 
direção à ovulação e à gravidez, diminuindo 
não só os riscos de diabetes, como também 
ajudando no tratamento da infertilidade. 
o Metformina 1500mg/dia, divididos 
preferencialmente em três tomadas 
(é descrita na literatura uma 
superioridade da metformina 
associada ao citrato de clomifeno, 
em comparação ao uso de cada 
droga isoladamente). 
 
OBS: Em casos de amenorreiaprolongada, é prudente, 
antes de iniciar o tratamento do sintoma específico, 
induzir a menstruação. Para isso, pode-se fazer o 
mesmo procedimento teste da progesterona, 
lançando mão do uso de um progestágeno (como o 
Provera®), 10mg/dia VO, durante 7 a 10 dias ou 
interrompendo se a menstruação voltar.

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