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THIAGO PRATA- UFS- 2017.1 CAPÍTULO 10- DIFERENCIAÇÃO E FUNÇÕES DAS CÉLULAS T CD4+ EFETORAS 1.0- VISÃO GERAL DA IMUNIDADE MEDIADA POR CÉLULAS • As funções das células T CD4+ efetoras são recrutar e ativar os fagócitos (macrófagos e neutrófilos) e outros leucócitos, como os eosinófilos, que destroem microrganismos intracelulares e alguns extracelulares e ajudam a linfócitos B a produzir anticorpos. • A imunidade mediada por células refere-se ao processo da morte dos microrganismos mediada pelas células T CD4+ estimulada por fagócitos. • A imunidade humoral não é eficaz na eliminação de microrganismo no interior das células. Ela neutraliza e elimina através de anticorpos microrganismos e toxinas de microrganismos. • A imunidade celular é eficaz contra microrganismos que vivam no interior de células e/ou de fagócitos. Existem duas formas de resposta CD4+ (auxiliar) e CD8+ (citotóxica). • Ver segunda imagem! Indução da resposta: as células T CD4+ reconhecem os peptídios que são derivados de antígenos proteicos e apresentados por células dendríticas em órgãos linfoides periféricos. Os linfócitos T são estimulados a proliferar e diferenciar-se em células efetoras (e de memória), que entram na circulação. A migração das células T efetoras e de outros leucócitos para o local de antígeno: células T efetoras e outros leucócitos migram através dos vasos sanguíneos nos tecidos periféricos através da ligação às células endoteliais que foram ativadas por citocinas produzidas em resposta à infecção nestes tecidos. As funções efetoras de células T: as células T reconhecem o efetor antígeno nos tecidos e respondem através da secreção de citocinas que recrutam. o As células T inespecífica para o antígeno que migram para o local de inflamação para o local da inflamação ou voltar para a circulação através dos vasos linfáticos. o Algumas células T CD4+ que são ativadas nos órgãos linfoides secundários não saem dos órgãos, mas migram para o interior dos órgãos linfoides, onde auxiliam as células B na produção de anticorpos de alta afinidade e diferentes isótopos. o OS MACRÓFAGOS (E OUTROS FAGÓCITOS) POSSUEM PAPEL CENTRAL NA FUNÇÃO EFETORA DA IMUNIDADE MEDIADA POR CÉLULAS. As células T potencializam a função dos fagócitos. THIAGO PRATA- UFS- 2017.1 o Muitos patógenos infecciosos evoluíram para resistir a esse mecanismo da imunidade inata e podem sobreviver e até mesmo replicar-se no interior dos macrófagos. Nestas situações, as células T reconhecem os antígenos de proteína microbiana e recrutam e ativam os fagócitos, o que lhes permite erradicar as infecções que não podem ser combatidas pela imunidade inata sozinha. As células T CD4+ efetoras ativam os fagócitos através das moléculas de superfície principalmente do ligante CD40 e de citocinas secretadas. o A inflamação, que consiste em recrutamento e na ativação de leucócitos, acompanha muitas das reações de linfócitos T CD4+ e pode danificar os tecidos normais. Esta reação prejudicial e dependente de células T é chamada hipersensibilidade do tipo tardia (DTH). A DTH ocorre frequentemente em conjunto com a imunidade protetora mediada por células. 2.0- SUBGRUPOS DE CÉLULAS T CD4+ EFETORAS • Existe, ainda, um quarto grupo de células T CD4+ efetoras: as células T foliculares. Elas são importantes na geração de anticorpos. • As células T reguladoras não são células efetoras, mas controlam reações autoimunes e antígenos estranhos. 2.1- As propriedades dos subgrupos TH1, TH2, TH17 • As células T CD4+ possuem diferentes perfis para responder à diferentes invasores e doenças imunológicas. • As características que definem os subgrupos diferenciados das células efetoras são as citocinas que produzem, os fatores de transcrição que elas expressam e as alterações epigenéticas nos loci genéticos específicos das citocinas. o Citocinas (ver na imagem acima) - determinam a função efetora e sua função na célula. Elas também participam do desenvolvimento e expansão de seus subgrupos. o Cada uma das células TH1, TH2 e TH17 possui padrões distintos de migração, em grande parte, definidos pelos receptores de quimiocinas e moléculas de adesão que elas expressam, que os direcionam a migrar para os diferentes locais de infecções. ▪ TH1: expressa os receptores de quimiocina CXCR3 e CCR5. Eles se ligam a quimiciocinas elaboradas por tecidos que estejam sendo infectados por microrganismos (geralmente, bactérias e vírus) que desenvolvam forte resposta imune inata. Também expressam altos níveis de E-selectina e P-selectina. ▪ TH2: expressa os receptores de quimiocina CCR3, CCR4 e CCR8, que reconhecem quimiocinas liberadas por tecidos que estão sendo atacadas por helmintos ou que estejam cursando em uma reação alérgica. ▪ TH17: expressa receptores CCR6. Essa quimiocina é liberada tecidos frente a algumas infecções bacterianas e fúngicas. • Observações: (1) Muitas células T CD4+ produzem várias combinações de citocinas, não sendo agrupadas em nenhum dos subgrupos em particular; (2) pode haver interconversão de perfis de células T CD4+; (3) as mesmas citocinas que esses subgrupos de células produzem podem ser produzidas por outras células. THIAGO PRATA- UFS- 2017.1 2.2- Desenvolvimento dos subgrupos TH1, TH2, TH17 • Todas as células TH1, TH2 e TH17 diferenciadas desenvolvem-se a partir dos linfócitos T CD4+ imaturos, principalmente em resposta às citocinas apresentadas na fase inicial das respostas imunológicas e a diferenciação envolve a ativação transcricional e a modificação epigenética de genes de citocinas. • O processo de desenvolvimento: • Característica gerais: 1. Todas as células TH1, TH2 e TH17 diferenciadas desenvolvem-se a partir dos linfócitos T CD4+ imaturos, principalmente em resposta às citocinas apresentadas na fase inicial das respostas imunológicas e a diferenciação envolve a ativação transcricional e a modificação epigenética de genes de citocinas. 2. Estímulos além de citocinas também podem influenciar o padrão de diferenciação da célula T auxiliares. 3. Os distintos perfis das citocinas de populações de células diferenciadas são controlados por determinados fatores de transcrição que ativam a expressão de genes de citocinas e por modificações da cromatina que afetam a acessibilidade aos promotores e elementos reguladores de genes de citocinas aos quais os fatores de transcrição se ligam. Cada subgrupo manifesta o seu próprio conjunto de fatores de transcrição. 4. Cada subgrupo de células efetoras diferenciadas produz citocinas que promovem o seu próprio desenvolvimento e podem suprimir o desenvolvimento de outros subgrupos. 5. Diferenciação de cada subgrupo é induzida pelos tipos de microrganismos que o subgrupo é mais capaz de combater. 3.0- O SUBGRUPO TH1 Indução: citocinas atuam nas células T imaturas ativadas para que elas ativem o síto de transcrição de citocinas características de cada subgrupo Comprometimento: A expressão contínua de determinada citocinas e a inativação de alguns genes faz com que o genes que codificam-nas permaneça inativo Amplificação: a citocina produzida por um subgrupo induzirá outras células imaturas a se comprometer com o mesmo subgrupo e inibir a diferenciação em outros. THIAGO PRATA- UFS- 2017.1 • O subgrupo TH1 é induzido por microrganismos que são ingeridos por fagócitos e os ativam, e é a principal população de células T efetoras na defesa do hospedeiro mediada por fagócitos, a reação central da imunidade mediada por células. 3.1- O desenvolvimento das células TH1• Desenvolvimento de células TH1. A IL-12 produzida pelas células dendríticas e macrófagos em resposta aos microrganismos (principalmente bactérias intracelulares, alguns parasitos e vírus), incluindo os microrganismos intracelulares e IFN-γ produzidos por células NK (todos são parte da resposta imune inata inicial para os microrganismos) ativam os fatores de transcrição T-bet, STAT1 e STAT4, que estimulam a diferenciação de células T CD4+ T imaturas para o subconjunto TH1. O IFN-γ produzido pelas células TH1 amplifica esta resposta e inibe o desenvolvimento das células TH2 e TH17. o A IL-18 e Interferons do tipo I também potencializam a diferenciação e comprometimento de das células T CD4+ com o perfil TH1. o A células T podem aumentar ainda mais a produção de citocinas pelas células dendríticas e macrófagos, em virtude do ligante de CD40 (CD40L) sobre as células T ativadas ao CD40 nas APCs e estimulam a secreção de IL-12. 3.2- Funções das células TH1 • As células TH1 secretam IFN-γ, que atua sobre os macrófagos para aumentar a fagocitose e morte de microrganismos nos fagolisossomos e em linfócitos B para estimular a produção de anticorpos IgG que opsonizam os microrganismos para a fagocitose. A ajuda para a produção de anticorpos pode ser fornecida não pelas células TH1 clássicas, a maioria das quais migram dos órgãos linfoides para os locais de infecção e inflamação, mas pelas células T auxiliares foliculares (ESF) de que permanecem nos órgãos linfoides e produzem o IFN-γ. O papel do IFN-γ na produção de anticorpos está estabelecido em camundongos, mas não em seres humanos. As células TH1 produzem também o TNF, o qual ativa neutrófilos e promove a inflamação (reação de hipersensibilidade tardia) 3.2-1. O interferon-γ • O IFN-γ é a principal citocina de ativação de macrófagos e possui funções críticas na imunidade contra microrganismos intracelulares. O IFN-γ é também chamado de interferon do tipo II por fazer parte dessa família de citocinas. • Na resposta imune inata, o interferon-γ é produzido por células NK ou em resposta a IL-12 • Na resposta imune adaptativa, o IFN-γ é produzido em resposta a células T CD4+ TH1 e CD8+ após reconhecimento de antígeno ou pela aumentada IL-12 e IL-18. • IFN-γ l ativa os macrófagos pela via clássica para destruir os microrganismos fagocitados. Na resposta imune inata, o IFN-γ é produzido pelas células NK e atua sobre os macrófagos, juntamente com o THIAGO PRATA- UFS- 2017.1 receptor do tipo Toll. Na imunidade adquirida, o IFN-γ é produzido pelas células TH1 e trabalha em conjunto com o ligante de CD40, também expresso pelas células T, para ativar os macrófagos. • O IFN-γ atua sobre as células B para promover a mudança para certas subclasses de IgG, notavelmente IgG2a ou IgG2c (em camundongos) e para inibir a mudança para os isotipos dependentes de IL-4, como a IgE. As IgG estimulam a fagocitose através da interação com os receptores Fcγ macrófagos. A principal fonte de IFN-γ são as células T foliculares que produzem as citocinas e não as células TH1 clássicas. • O IFN-γ promove a diferenciação de células T CD4+ para o subgrupo TH1 e inibe o desenvolvimento das células TH2 e TH17, ou seja, amplifica o perfil de resposta TH1. • O IFN-γ estimula a expressão de várias proteínas diferentes que contribuem para a amplificação antígeno associado a apresentação do MHC associado ao antígeno e a iniciação e amplificação das respostas imunológicas dependentes das células T. Estimula a produção de molécula como MHC, TAP, proteassoma, HLA-DM e coestimuladores B7 em APC. 3.2-2. Outras citocinas TH1 • Há também a produção de TNF e de várias quimiocinas. Elas contribuem para o recrutamento de leucócitos e inflamação aumentada. • Também são incríveis fontes de IL-10 que inibe células dendríticas e macrófagos, resultando na supressão da resposta TH1. 3.2-3. 3.2-4. Ativação clássica dos macrófagos e a morte de microrganismos fagocitados mediada por TH1. • As células TH1 ao serem estimuladas por antígeno expressam CD40L e secretam IFN-γ. O CD40 nos macrófagos desencadeiam uma cascata de sinalização que culminará em uma ação sinérgica com IFN-γ. Aumentam a expressão de várias enzimas lisossômicas, dentre elas a oxidase de fagócito, que produz ROS; a enzima oxido nítrico induzível sintase (iNOS), que produz NO; e outras enzimas lisossomais. • A exigência das interações entre a superfície moléculas de CD40 nos macrófagos e do CD40L nas células T assegura que os macrófagos que estão apresentando antígenos para as células T também são os macrófagos que estarão em contato com as células T e, assim, ativados mais eficientemente pelas células T. • As substâncias tóxicas lisossomais produzidas por macrófagos podem entrar em contato com tecidos adjacentes à infecção e causar danos aos tecidos normais durante a infecção. • Os macrófagos ativados estão envolvidos em várias outras reações de defesa do hospedeiro. Eles estimulam a inflamação através da secreção de citocinas, principalmente o TNF, IL-1, e quimiocinas, THIAGO PRATA- UFS- 2017.1 e dos mediadores lipídicos de curta duração, tais como as prostaglandinas, os leucotrienos e o fator de ativação de plaquetas. • Algumas lesões teciduais podem normalmente acompanhar as reações TH1 mediadas por células imunológicas contra microrganismos porque os produtos microbicidas liberados por macrófagos ativados e neutrófilos são capazes de ferir o tecido normal e não fazem discriminação entre os microrganismos e os tecidos do hospedeiro. 4.0- O SUBGRUPO TH2 • O subgrupo TH2 é um mediador da defesa independente de fagócitos, em que os eosinófilos e mastócitos possuem papéis centrais. 4.1- O desenvolvimento das células TH2 • • A IL-4 produzida pelas células T ativadas ou por mastócitos e eosinófilos, especialmente em resposta aos helmintos e alérgenos, ativa os fatores de transcrição GATA-3 e STAT6, que estimulam a diferenciação de células T CD4+ imaturas para o subconjunto TH2. A IL-4 produzida pelas células TH2 amplifica essa resposta e inibe o desenvolvimento de células TH1 e TH17. o As células TH2 podem se desenvolver em resposta a microrganismos e antígenos que causam estimulação persistente ou repetida das células T sem muita inflamação ou a produção de citocinas pró-inflamatórias (ou seja, forte resposta imune inata) que direcionam as respostas TH1 e TH17. o A Il-4 sereia proveniente dos mastócitos, que a produzem em infecções por alguns helmintos que produzem infecções crônicas ou pela resposta gradual ao reconhecimento de células T imaturas. Estas produziram mais Il-4 até que a concentração esteja tão alta que haja comprometimento maciço das células T com TH2. 4.2- Funções das células TH2 • As células TH2 estimulam as reações que servem para erradicar infecções por helmintos mediadas por IgE, mastócitos e eosinófilos. THIAGO PRATA- UFS- 2017.1 • As células T CD4+ que se diferenciam em células TH2 segregam IL-4, IL-5 e IL-13. A IL-4 (e a IL-13) atua nas células B para estimular a produção de anticorpos que se ligam aos mastócitos, tais como a IgE. O auxílio na produção de anticorpos pode ser fornecido por células TFH que produzem citocinas TH2 e residem em órgãos linfoides e não por células TH2 clássicas. A IL-4 é também uma citocina de crescimento autócrino e diferenciação para células TH2. A IL- 5 ativa os eosinófilos, uma resposta importante para a defesa contra infecções por helmintos. A IL-4 e a IL-13 estão envolvidas na imunidade nas barreiras das mucosas, induzem uma via alternativade ativação dos macrófagos e inibem a ativação clássica dos macrófagos mediada por TH1. o IgE é também o principal mediador das reações de hipersensibilidade imediata (alérgicas), e a produção de IL-4 é importante para o desenvolvimento das alergias o IL-4 é produzida, principalmente, por linfócitos T CD4+ com perfil TH2 e mastócitos ativados. o A IL-13 é produzida por células T do subgrupo TH2, basófilos, eosinófilos, e as células NKT. o A ativação alternativa de macrófagos auxilia na reparação e fibrose de tecidos. o A IL-5 é uma ativadora de eosinófilos e serve como o principal elo entre a ativação de células T e a inflamação eosinofílica. Ela é ativada por TH2 e mastócitos ativados. o As principais ações de IL-5 são a ativação dos eosinófilos maduros e a estimulação do crescimento e diferenciação dos eosinófilos. Os eosinófilos ativados são capazes de destruir os helmintos. Os eosinófilos expressam receptores Fc específicos para IgE e alguns anticorpos IgG e são, assim, capazes de se ligar aos microrganismos, tais como helmintos, que são opsonizados por estes anticorpos. A IL-5 também estimula a produção dos anticorpos IgA. 4.2-1. Papéis das células TH2 na defesa do hospedeiro • IgE específicos opsonizam helmintos e promovem a ligação de eosinófilos. A IL-5 ativa os eosinófilos e estas células liberam seus grânulos (incluindo a proteína básica) para destruir os tegumentos difíceis dos helmintos. • A ativação dos mastócitos. Os mastócitos expressam receptores Fc de alta afinidade que são responsáveis por se ligar com IgE. Quando se ligam, ocorre a desgranulação. O conteúdo dos grânulos dos mastócitos é basicamente aminas vasoativas. Mastócitos também secretam quimiocinas, TNF e mediadores lipídicos que promovem a inflamação local para auxiliar na destruição de parasitas. • Imunidade de barreira: as citocinas produzidas pelo subgrupo TH2 é essencial para essa imunidade. Ou seja, há um aumento na produção de muco e no peristaltismo intestinal. • Via de ativação alternativa de macrófagos. THIAGO PRATA- UFS- 2017.1 • Alternativamente os macrófagos ativados podem servir para iniciar o reparo após diversos tipos de lesões de tecidos. Esses macrófagos, bem como as células TH2 próprias, induzem a formação de cicatrizes e fibrose através da secreção de fatores de crescimento que estimulam a proliferação de fibroblastos (o fator de crescimento derivado de plaquetas), a síntese de colágeno (IL-13, fator de crescimento transformante β [TGF-β]), e a formação de novos vasos sanguíneos ou angiogênese (fator de crescimento de fibroblastos). As citocinas TH2 também suprimem a ativação dos macrófagos clássicos e interferem na proteção imunológica mediada pelas respostas TH1 a infecções intracelulares. A supressão da ativação clássica dos macrófagos ocorre, em parte, porque a IL-4 estimula a produção de citocinas, tais como IL-10 e TGF-β por macrófagos alternativamente ativados que inibem o desenvolvimento e função de TH1. 5.0- O SUBGRUPO TH17 • O subgrupo TH17 está principalmente envolvido no recrutamento de leucócitos e na indução da inflamação. 5.1- O desenvolvimento das células TH17 • A IL-1 e a IL-6 produzidas pelas APCs e fator transformador de crescimento -β (TGF-β) produzidos por várias células ativam os fatores de transcrição RORγt e STAT3, que estimulam a diferenciação de células T CD4+ imaturas para o subconjunto TH17. A IL-23, que também é produzida pelas APCs, especialmente em resposta ao ataque de fungos, estabiliza as células TH17. O TGF-β pode promover respostas TH17 indiretamente por supressores de células TH1 e TH2, ambos os quais inibem a diferenciação TH17 (não mostrado). A IL-21 produzida pelas células TH17 amplifica esta resposta. • O desenvolvimento de TH17 ocorre principalmente no tecido intestinal, indicando que o ambiente do tecido influencie na geração do subgrupo presente. THIAGO PRATA- UFS- 2017.1 5.2- Funções das células TH17 • As células TH17 combatem os microrganismos através do recrutamento dos leucócitos, principalmente neutrófilos, para os locais de infecção. • As citocinas produzidas pelas células TH17 estimulam a produção local de quimiocinas que recrutam os neutrófilos e outros leucócitos, aumentam a produção de peptídios antimicrobianos (defensinas), e promovem as funções de barreira epiteliais. • IL-22. Ela é produzida por células T ativadas, particularmente células TH17 e por algumas células NK e células inatas do grupo 3 linfoide. • A IL-22 é produzida nos tecidos epiteliais, especialmente da pele e do trato gastrintestinal, e serve para manter a integridade epitelial, principalmente através da promoção da função de barreira do epitélio, estimulando as reações de reparação e pela indução da produção de peptídios antimicrobianos. A IL-22 também contribui para a inflamação através da liberação epitelial de quimiocinas. • A IL-21 é produzida por células T CD4+ ativadas, incluindo as células TH17 e as células T auxiliares foliculares. Ela atua nas respostas de anticorpos, em especial as que ocorrem em centros germinativos. A IL-21 também tem sido mostrada para promover a diferenciação de células TH17, proporcionando uma via autócrina para a amplificação das respostas TH17. Algumas das outras ações relatadas da IL-21 incluem o aumento da proliferação, diferenciação e função efetora das células T CD8+ e das células NK. 5.2-1. Funções das células TH17 na defesa do hospedeiro. • A principal função efetora das células TH17 é destruir as bactérias extracelulares e os fungos, principalmente por indução da inflamação neutrofílica. Os neutrófilos ingerem e matam os microrganismos extracelulares. • As células TH1 e TH17 funcionam cooperativamente na eliminação de microrganismos mediada pelos fagócitos na imunidade celular. • As células TH17 contribuem para a patogênese de muitas doenças inflamatórias. A resposta TH17 foi associada à psoríase, doença inflamatória do intestino, artrite reumatoide e a esclerose múltipla. 6.0- FUNÇÕES DOS OUTROS SUBTIPOS DE CÉLULAS T • As células T γδ e as células NKT são células T que expressam uma diversidade limitada de receptores e reconhecem vários antígenos sem um requisito para a apresentação associada ao MHC. Estas células produzem citocinas e, provavelmente, contribuem para a defesa do hospedeiro e doenças inflamatórias.
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