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PUERPERIO NORMAL

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Puerpério normal 
Conceitos 
• Período do ciclo gravídico-puerperal em que as 
modificações locais e sistêmicas, imprimidas pela 
gestação no organismo materno retornam ao estado pré-
gravídico (NEME, 2005). 
• Puerpério, sobreparto ou pós-parto é o período durante o 
qual se desenrolam todas as manifestações involutivas e 
de recuperação da genitália materna havidas após o 
parto (REZENDE FILHO; MONTENEGRO, 2013) . 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
Classificação 
REZENDE FILHO E MONTENEGRO 
(2013) 
• Pós-parto imediato: 1º 
ao 10º dia 
• Pós-parto tardio: 10º ao 
45º dia 
• Pós-parto remoto: além 
do 45º dia 
ZUGAIB (2015) 
• Pós-parto imediato: até o fim da 
2ª hora após o parto 
• Pós-parto mediato: do início da 
3ª hora até o 10º dia 
• Pós-parto tardio: do 11º dia até 
o retorno da menstruação, ou 6 
a 8 semanas nas lactantes 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
Condutas pós nascimento 
• 3º Estágio: Manejo Ativo x Manejo expectante ou fisiológico; 
• Assistência à dequitação; 
• Tração controlada do cordão (categoria C - OMS); 
• Revisão da placenta e do trajeto; 
• Contato pele a pele; 
• Clampeamento oportuno do cordão; 
• Amamentação na primeira hora. 
 
 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
3º Estágio: Manejo Ativo x Manejo expectante ou 
fisiológico 
 
• O manejo ativo da terceira fase do parto diminui o risco de HPP, 
reduz a necessidade de administração de ocitócitos e 
encurta a duração da terceira etapa do parto; 
• Aumento de complicações maternas (pressão diastólica 
superior a 100 mm Hg, náuseas, vômitos e cefaleia); 
• Recomenda-se a administração lenta de 10 UI IV ou IM após o 
desprendimento do ombro anterior; 
• As mulheres devem ser informadas e o nascimento espontâneo 
ou fisiológico constitui uma opção se a mulher solicitar. 
 
 
 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
Contato pele a pele 
 
• Existem evidências que indicam que o contato de pele com pele 
é benéfico em curto prazo para manter a temperatura e 
diminuir o choro da criança e, em longo prazo, para aumentar o 
período de amamentação materna; 
 
 
 
 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
Pinçamento do cordão umbilical 
 
• Pinçamento tardio pode causar HPP, icterícia e policitemia 
neonatal? 
• Pinçamento tardio causa redução da probabilidade de 
transfusão feto-materna, aumento dos níveis de Hb e dos 
depósitos de Fe no neonato, com redução da anemia durante a 
infância, melhor adaptação cardiopulmonar e aumento da 
duração da amamentação? 
 
 
 
 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
Pinçamento do cordão umbilical 
 
• Existem evidências que indicam que o pinçamento tardio (2 a 3’) 
não aumenta o risco de HPP e melhora os níveis de ferro nos 
mesmos; 
• Apesar de ocorrer um aumento de crianças com policitemia 
entre aquelas com pinçamento tardio, essa prática parece ser 
benigna; 
• No grupo com pinçamento precoce, observou-se menor 
número de neonatos com icterícia, medido por causa da 
necessidade de fototerapia. 
 
 
 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
Amamentação na 1ª hora de vida 
 
• Depois do parto, o RN deve ser secado e colocado sobre a mãe 
para favorecer o apego precoce e o contato de pele com pele 
entre ambos. Depois de 30’, o RN inicia os reflexos de mamar, 
dentro de 1h de vida, fazendo com que se desencadeie o reflexo 
da ocitocina na mãe, o que favorece a retração uterina, evitando 
hemorragias. O contato de pele com pele e o colostro evitam o 
estresse no recém-nascido, o imunizam e mantêm a temperatura 
corporal e o nível de glicemia (UNICEF/OMS, 2006). 
 
 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
Amamentação na 1ª hora de vida 
 
• Evidências indicam que a sucção na 1ª horas se associa com 
maior duração da amamentação; 
• Reforça o vínculo afetivo; 
• Antecipa a primeira imunização. 
 
 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
4ª Período do Parto - Greemberg 
• Miotamponagem - imediatamente após dequitação, o útero se 
contrai e constitui a 1ª linha de defesa contra a hemorragia; 
• Trombotamponagem - trombos nos vasos uteroplacentários. 
Hematoma que recobre a ferida no sítio placentário; 
• Indiferença miouterina - o útero passa por fases de contração e 
relaxamento; 
• Contração uterina fixa - o útero adquire maior tônus e assim se 
mantém, com risco de atonia uterina. 
 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
Modificações no puerpério 
 
• ÚTERO: 
 Involução uterina; 
 
 
 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
• ÚTERO: 
 Peso: 1000g após o nascimento/60g (6 a 8 sem.); 
 Cólicas (3 a 5 dias) – tortos nas multíparas; 
 Reflexo útero mamário; 
 
 
 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
 Colo: amolecido, lacerações 
pequenas, dilatação regride, 
reparo total 6 a 8 sem. 
 
 
 
• ÚTERO: 
 Elemento primordial da hemostase: firme e indolor (Globo de 
segurança – Pinard); 
 Ligaduras vivas de *Pinard: após a dequitação a disposição 
da musculatura no fundo e corpo do útero permite o 
miotamponamento dos vasos uterinos por meio da sua 
contração ou oclusão da artéria espiralada 
 
 
 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
A. Corte sagital da recém-parida. B. Puérpera entre o 8º e 10º dia. 
Involução Uterina 
 
 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
• Palpação: 
 Atentar para esvaziamento 
da bexiga. 
 
 
 
• LÓQUIOS: 
Produção e eliminação de exsudatos, transudatos, eritrócitos, 
leucócitos, porções de decídua, células epiteliais e bactérias 
(ZUGAIB, 2015). 
Odor característico, quando fétido sugere infecção. 
Lochia rubra ou cruenta: vermelho (1º ao 3º/4º dia) 
Lochia fusca: castanho ou serossanguinolento (3º/4º ao 10º dia) 
Lochia flava: amarelados ou seroso 
 (após o 10º dia) 
Lochia alba: esbranquiçados 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
• VAGINA E VULVA: 
Edemaciada, alargada, hiperemiada e lisa imediatamente; 
Grande relaxamento das paredes vaginais; 
Redução gradual das dimensões; 
Rugosidade reaparece na 3ª semana + regressão do edema e da 
vascularização; 
Primíparas: lacerações do hímen, 
 que após cicatrizado, constituirão 
 as carúnculas mirtiformes.. 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
• PERÍNEO: 
 Musculatura distendida e fraca; 
 Aparência variável; 
 Surgem ou agravam-se hemorróidas. 
• PAREDE ABDOMINAL: 
 Musculatura frouxa, distendida; 
 Readquire o tônus várias semanas após o parto. 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
• AVALIAÇÃO DA MAMAS: 
 Inspeção, palpação e expressão; 
 Apojadura (3º dia); 
 Sinais flogísticos; 
 Avaliar: ingurgitamento mamário, complexo 
areolopapilar, mamilo, colostro. 
 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
• CICATRIZ CIRÚRGICA: 
 Primeiros dias comum a dor na episiorrafia e FO; 
 Avaliar o períneo e FO: hematomas, deiscência ou infecção; 
 Reabsorção de pontos após 7 dias; 
 Infecções superficiais ou profundas (fáscia muscular); 
 Retirada de pontos da cesárea de 07 a 10 dias. 
 
 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
ALTA HOSPITALAR: 
 Depende do tipo de parto: normal (24h) e cesárea (48h). RN: 
60h; 
 Imunoglobulina anti-D até 72h; 
 Retorno ambulatorial de 07 a 10 dias e depois com 40 dias; 
 Orientações: cuidadoscom FO, episiorrafia, mamas e RN, 
higiene, medicamentos, baixa do pré-natal, planejamento 
familiar. 
 
 
 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
Modificações Gerais do organismo 
materno no puerpério 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
• Imediatos: 
 Esgotamento físico (inspiração costal profunda, ritmo 
respiratório diminuído); 
 Observados tremores em 25 a 50% após parto vaginal 
(hipotermia, ferida placentária, aspectos emocionais, 
hemorragia (ZUGAIB, 2015); 
 Crise genital (atrofia da mucosa vaginal) – hipoestrogenismo 
 
 
 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
• Mediatos/tardio: 
 Funções biológicas influenciadas pela lactação; 
 Normalização da PA; 
 Volume sanguíneo permanece elevado; 
 ↓ hematócrito e hemoglobina, leucocitose e plaquetose; 
 Perda de sangue: 500ml no parto normal e 1000ml no 
cesáreo. 
 
 
 
 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
• Remoto: 
 Duração imprecisa (Rezende Filho e Montenegro, 2013); 
 
 
 
 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
• SINAIS VITAIS: 
 TEMPERATURA: 
 Pode ocorrer elevação da temperatura nas primeiras 24 horas 
após o parto. 
 3º dia – “febre do leite”? 
 
 PULSO: 
 Pode ocorrer queda da frequência cardíaca nos primeiros 6 a 8 
dias pós-parto (60 a 70 bpm). 
 Frequência elevada pode indicar perda sanguínea exagerada, 
infecção, dor, ansiedade. 
 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
• SINAIS VITAIS: 
 RESPIRAÇÃO: 
 Pode ocorrer queda da frequência respiratória. 
 
 PRESSÃO ARTERIAL: 
 Estável após o parto; 
 A raquianestesia pode levar à hipotensão relativa transitória, 
com duração de algumas horas pós parto; 
 Queda pode indicar perda excessiva de sangue. 
 Elevação pode estar relacionada a DHEG. 
 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
• SISTEMA CARDIOVASCULAR: 
 Retorno do coração à posição anterior à gestação; 
 Volume sanguíneo perdido retorna ao normal na 6ª sem.; 
 Débito cardíaco aumenta devido elevação do retorno venoso; 
 Leucocitose é normal imediatamente após o parto: 10.000 a 
25.000; 
 Plaquetas e fibrinogênio estão aumentadas nas primeiras 
semanas – risco para complicações tromboembólicas no caso 
de imobilizações prolongadas. 
 Normalização da pressão venosa dos MMII. 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
• SISTEMA URINÁRIO: 
 Diurese escassa nas primeiras 24 horas de puerpério; 
 Estranguria (incapacidade esfincteriana, gota-a-gota); 
 Queixa ou desconforto à micção por trauma uretral; 
 Até o 5º dia: eliminação de 2 a 3 litros de líquidos acumulados na 
gestação; 
 Dilatação do sistema urinário pode persistir por 3 semanas após 
o parto; 
 Retenção urinária pode estar presente (bexiga edemaciada e 
traumatizada, sensibilidade reduzida pela anestesia, posição 
horizontal). 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
• SISTEMA DIGESTIVO: 
 Descompressão abdominal normaliza a posição gástrica, 
facilitando o esvaziamento gástrico; 
 Ocorre diminuição da motilidade intestinal e relaxamento da 
musculatura abdominal, o que favorece a constipação; 
 Deambulação contribui para evitar a constipação; 
 As mulheres submetidas a cesárea têm risco à íleo paralítico 
pela manipulação da cavidade abdominal. 
 Funcionamento fisiológico intestinal normaliza-se em 3 a 4 dias 
após o parto. 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
• SISTEMA TEGUMENTAR: 
 Edema desaparece; 
 Pele seca e queda de cabelos podem ocorrer. As estrias tendem 
a se tornar mais claras e a diminuírem de tamanho; 
 Hiperpigmentação regride progressivamente, podendo em 
algumas mulheres permanecer. 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
• SISTEMA ENDÓCRINO: 
 Queda abrupta dos hormônios produzidos na gravidez: 
estrogênio, progesterona, gonadotrofina coriônica; 
 Leve diminuição da prolactina, importante para produção de 
leite; 
 Retorno da menstruação é variável (lactantes/não lactantes); 
 A recuperação das gonadotrofinas até os níveis prévios à 
gravidez depende da presença ou não da amamentação. 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
• PERDA PONDERAL: 
 Imediatamente após o parto: peso diminui de 4,5 kg a 5,5 kg 
(feto, placenta e LA); 
 Puerpério imediato: perda de aproximadamente 2,5 kg (diurese 
e sudorese); 
 Gordura acumulada é utilizada para a amamentação. 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
Assistência pós-natal 
 Massagear o fundo de útero em caso de hipotonia uterina; 
 Exames diários: sinais vitais, palpação do útero e bexiga, exame 
dos lóquios, inspeção do períneo e dos membros inferiores; 
 Avaliação cuidadosa das mamas e mamilos; 
 Orientar e apoiar a amamentação e avaliar a interação entre 
mãe e filho; 
 Aplicar bolsa de gelo na área perineal, não ultrapassando 20 
minutos de permanência; 
 Identificar situações de risco ou intercorrências e conduzi-las; 
 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
Assistência pós-natal 
 Orientar a Higiene íntima, Deambulação, Cuidados às mamas, 
Micção e função intestinal e Vida sexual; 
 Exame com 06 semanas e orientar o planejamento familiar. 
 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
• Admissão em ALCON - Anamnese: 
 Condições da gestação; 
 Condições do atendimento ao parto e ao recém-nascido; 
 Dados do parto (data, tipo, indicação de cesárea); 
 Intercorrências na gestação ou no parto; 
 Realização de VDRL e anti-HIV na gestação; 
 Uso de medicamentos; 
 Aleitamento; 
 Alimentação, sono, atividades; 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
• Admissão em ALCON - Anamnese: 
 Dor, fluxo vaginal, queixas urinárias, febre; 
 Planejamento reprodutivo; 
 Condições emocionais; 
 Condições sociais. 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
• Exame Físico: 
 Estado psíquico; 
 Sinais vitais; 
 Estado geral: pele e mucosas, edema, membros inferiores; 
 Mamas: ingurgitamento, inflamação, infecção, mamadas; 
 Abdome: útero, dor, ferida operatória (cesárea); 
 Períneo e genitália externa: infecção, lóquios, episiorrafia; 
 Intercorrências: alterações emocionais, hipertensão, febre, dor, 
corrimento fétido, sangramento intenso; 
 Observar vínculo mãe e filho. 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
Aleitamento materno 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
Características anatômicas das mamas 
• Estrutura: 
 Parênquima mamário, estroma conjuntivo e tecido gorduroso. 
 
• Fisiologia da lactação: 
 Lactogênese; 
 Galactopoese; 
 Ejeção do leite. 
 
 
 
 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
• São inúmeros os benefícios que a prática do aleitamento 
materno oferece tanto para o crescimento e desenvolvimento 
dos lactentes como para a mãe, do ponto de vista biológico e 
psicossocial. 
• O aleitamento materno exclusivo é recomendado por um 
período de 6 meses. 
• Deve-se respeitar e compreender o desejo materno de 
amamentar ou não. A escolha informada deve ser acatada 
pelo profissional. 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
Composição e características do leite humano 
• Alimento ideal. 
• Anticorpos (IgA), células polimorfonucleares (macrófagos, 
neutrófilos e eosinófilos) e linfócitos, fator bífido (facilita o 
crescimento dos Lactobacílus bifidus que impedem o crescimento 
de outras bactérias) e lactoferrina (antibiótico natural). 
• Fatoresde crescimento 
• O leite sofre alterações em sua composição, em relação ao início 
e fim da mamada. O leite do começo “mata a sede” e o do fim 
“engorda”. 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
PROLACTINA 
 Os níveis de prolactina devem ser mantidos altos para que o 
alvéolo produza leite; 
 Ela pode fazer a mãe sentir-se sonolenta e relaxada. 
 Mesmo com níveis elevados, se a sucção não for eficiente ou o 
leite retirado da mama, a produção será interrompida; 
 Estudo revelam uma maior liberação de prolactina à noite – 
importância da mamada noturna; 
 Também relacionam com a inibição da ovulação. 
 
 
 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
 Mais prolactina é 
secretada à noite 
 Inibe a ovulação 
Impulsos sensoriais 
do mamilo 
Prolactina no 
sangue 
Bebê sugando 
PROLACTINA 
Secretada APÓS a mamada para 
produzir PRÓXIMA mamada 
3/2 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
 A ocitocina contrai as cel mioepiteliais ao redor dos alvéolos e 
faz o leite descer pelos ductos até os seios lactíferos. Esse processo 
é chamado reflexo de ejeção ou de descida; 
 No PPI, quando ocorre a ejeção, a mãe pode sentir contrações 
uterinas, sede e vazamento do leite da outra mama; 
 Quando ocorre a ejeção o ritmo da sucção muda de rápido para 
regular, profundo e lento. 
 Diretamente ligada ao emocional da mãe ( positivo e negativo); 
aspectos como dor, estresse, vergonha, etc. podem inibir a 
liberação da ocitocina. 
 
 
OCITOCINA 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
 Faz o útero contrair 
Impulsos 
sensoriais do 
mamilo 
Ocitocina no sangue 
Bebê sugando 
REFLEXO DA OCITOCINA 
Atua ANTES ou DURANTE a 
mamada para fazer o leite DESCER 
3/3 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
APTIDÕES 
Mãe aprende a 
posicionar o 
bebê 
Bebê aprende a 
abocanhar o seio 
Reflexo de busca e 
apreensão 
Quando algo toca o lábio, o 
bebê abre a boca, põe a língua 
para baixo e para fora 
Reflexo de 
sucção 
Quando alguma 
coisa toca o palato 
o bebê suga 
Reflexo de 
deglutição 
Quando a boca está 
cheia de leite, o 
bebê engole 
RELEXOS DO 
BEBÊ 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
Pega ao seio 
 
 Abocanha maior parte da aréola; 
 Os seios lactíferos estão sendo 
comprimidos; 
 Estira o tecido da mama formando 
um longo bico; 
 O bêbe suga parte da aréola não só 
o bico. 
 Existe um movimento de ondulação 
da língua do bebê de diante para 
trás. A língua pressiona o bico 
contra o palato – o leite sai dos 
seios lactíferos e é deglutido. 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
Sinais de Pega Correta ao seio 
 O queixo do bebê toca a mama; 
 Sua boca esta bem aberta; 
 Seu lábio inferior está virado para o lado de fora; 
 Pode-se ver mais da aréola acima do que embaixo da sua 
boca. 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
Sinais de Pega ineficaz ao seio. 
 O queixo do bebê não toca o seio; 
 Sua boca não está bem aberta; 
 Seu lábio inferior está para dentro; 
 Pode-se notar a mesma quantidade de aréola para cima e 
abaixo. ( Depende??) 
Dor ao amamentar 
Conseqüências 
 O bebê pode provocar dor e machucar o mamilo; 
 O bebe não remove o leite materno com eficiência; 
 Ingurgitamento mamário; 
 Choro,fome,mamadas freqüentes, mamadas longas, 
recusa em mamar, ganho de peso insuficiente, 
diminuição da produção lática. 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
Incentivo ao Aleitamento Materno 
• Pós-parto imediato: 
 Ambiente tranquilo, contato íntimo entre mãe e RN, alívio da 
dor, contato visual, primeira sucção na sala de parto. 
• Puerpério: 
 Alcon, cuidados com a mama, mamilo e posicionamento da 
pega, ordenha e drenagem do leite. 
 
 
 
 
 
 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
Principais intercorrências que prejudicam o 
aleitamento materno 
 Ingurgitamento mamário, fissuras, galactocele, mastite, abcesso 
mamário, hipogalactia. 
 
 
 
 
 
 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
 
Porquê amamentar? 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
FACULDADE DE ENFERMAGEM 
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA, GINECOLÓGICA E NEONATAL 
Profª. Msc. Elisângela Ferreira 
Alterações emocionais no puerpério 
• Estado de alteração emocional essencial, provisório, em que existe 
maior vulnerabilidade psíquica, tal como no bebê, e que, por certo 
grau de identificação, permite às mães ligarem-se intensamente ao 
recém-nascido, adaptando-se ao contato com ele e atendendo às suas 
necessidades básicas (BRASIL, 2006). 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
• A mulher no puerpério passa por 
uma série de transformações, 
devendo ser vista integralmente, no 
seu lado endócrino, genital e 
psíquico. 
 
• É comum que a mulher se sinta 
insegura, experimente sentimentos 
contraditórios. Cabe à equipe estar 
disponível para perceber a 
necessidade de cada mulher, na 
medida do possível. 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
Sistematização da Assistência de 
Enfermagem 
Fisiologia no Puerpério e Aleitamento Materno 
Diagnóstico de Enfermagem Intervenção de Enfermagem 
Alteração da função 
geniturinária relacionada com o 
término da gravidez e o 
nascimento do bebê 
Verificar sinais vitais a cada 30’ nas duas primeiras 
horas, de 2/2h até a 2º hora e 6h durante o restante 
da internação hospitalar; 
Examinar e observar a altura do fundo uterino, sua 
posição e seu tônus; a cada 15’na 1ª hora, a cada 60’ 
na 2º hora seguintes e a cada 6h na internação 
hospitalar; 
Avaliar a secreção vaginal e ficar atenta a 
sangramento volumoso e emissão de 
Coágulos, bem como cor, volume, consistência e 
odor dos lóquios; 
Examinar a episiotomia e o períneo para detectar 
rubor, edema, equimose, 
drenagem, bordas das suturas e dor; 
Observar a ingestão de líquidos e o débito urinário, 
incluindo o volume e cor de 
cada micção nas primeiras 24 horas, bem como 
distensão vesical. 
Diagnóstico de Enfermagem Intervenção de Enfermagem 
Conhecimento deficiente 
relacionado à falta de exposição à 
informação profissional e fator 
cultural evidenciado por relato 
quanto a não terem recebido 
orientações sobre estes assuntos no 
pré-natal ou que receberam 
informações superficiais. 
Orientar quanto ao: armazenamento do leite 
materno, cuidados prestados a sua 
criança, ordenha do leite 
materno, amamentação , alimentação materna 
no pós-parto, cuidados com as mamas, cuidados 
com incisão cirúrgica abdominal ou perineal ou 
laceração. 
Risco de amamentação 
interrompida relacionado a falta de 
conhecimento sobre 
armazenamento do leite materno, 
falta de conhecimento com relação 
à ordenha e o emprego materno, 
desconforto em amamentar 
(fissuras em mamilos). 
Orientar e demonstrar as manobras de 
Hoffman, exposição solar dos mamilos, evitar 
uso de produtos no mamilo e posição de pega 
correta; 
Orientar e demonstrar a técnica de ordenha; 
Orientar visita ao banco de leite; 
Orientar o AME até a volta ao trabalho e 
continuidade do aleitamento até os 2 anos de 
idade. 
Risco para hipotermia relacionada a 
perda sanguínea, esforço físico 
durante o parto 
Manter a puérpera aquecida e seca; 
Explicar a natureza do calafrio; 
Verificar sinais vitais. 
Diagnóstico de Enfermagem Intervenção de Enfermagem 
Risco para amamentação 
ineficaz relacionado ao déficit de 
conhecimento sobre 
amamentação e fatores culturais, 
à dificuldade do neonato em 
aprender a sugar. 
 
Facilitar a amamentação,por meio do auxílio à 
puérpera quanto ao melhor posicionamento para 
ela e para o Rn; 
Orientar quanto à prevenção de fissuras 
mamilares: exposição solar, uso do colostro no 
mamilo; 
Orientar quanto à evitar oferecer chupeta à 
criança, chá e uso de mamadeira; 
Realizar processo educativo participativo, 
progressivo e planejado no puerpério, para que as 
crianças possam receber o leite materno de forma 
exclusiva; 
Orientar quanto aos benefícios do aleitamento 
materno para mãe e filho 
Ansiedade relacionada às 
modificações e adaptações 
psicossociais evidenciadas por 
relatos quanto ao receio de que 
“algo de ruim” pudesse 
acontecer. 
Acalmar e explicar que esse processo é fisiológico; 
Orientar quanto aos procedimentos que serão 
realizados e seus objetivos; 
Dar apoio e cuidado humanizado. 
 
Diagnóstico de Enfermagem Intervenção de Enfermagem 
Risco para infecção relacionado às 
defesas primárias inadequadas 
(pele rompida), à circulação 
comprometida secundária a 
alterações fibrinolítica, à invasão 
do organismo secundária a 
(cirurgia) cesariana e período pós 
parto (episiorrafia, involução 
uterina, ingurgitamento mamário, 
fissura mamilar, lacerações 
vaginais) a procedimentos 
invasivos, a exposição ambiental a 
patógenos aumentada, pela 
internação hospitalar. 
Verificar sinais vitais de 2/2h no puerpério 
imedito (a cada 30’ nas primeiras 2h) e 6/6h no 
mediato; 
Verificar e comunicar sinais de dor e edema em 
MMII (sinais de Homan e Bandeira); 
Observar a episiorrafia e lacerações perineais 
quanto a quanto a rubor, edema, 
secreção,deiscência de sutura; 
Avaliar a involução uterina em relação a 
consistência, volume uterino e dor a palpação; 
Avaliar as mama: consistência, presença de 
nódulos, tipos de mamilos; 
Utilizar assepsia na técnica ou no instrumental 
utilizado; 
Ficar atento para os sinais clássicos da infecção; 
Observar e registrar sinais de infecção em 
mamilos, ferida operatória, episiorrafia, 
lacerações vaginais e acesso venoso. 
Diagnóstico de Enfermagem Intervenção de Enfermagem 
Risco/ integridade da pele 
prejudicada relacionado à nutrição 
desequilibrada, menos do que as 
necessidades corporais; uso de 
substâncias químicas (uso repetido 
de sabão) nas mamas e presença de 
pele úmida (mamilos ou mamas 
úmidas); e, a fatores mecânicos, 
caracterizada por invasão de 
estruturas do corpo e rompimento 
da superfície da pele 
Orientar que a mesma siga uma dieta saudável 
para cicatrização mais precoce das estruturas 
comprometidas; 
Manter a paciente seca e limpa; 
Evitar o uso de sabão e/ou posição incorreta 
para amamentar; 
Risco para volume deficiente de 
líquidos relacionado ao 
sangramento uterino pós-parto 
Verificar involução uterina. 
Controlar sangramento vaginal. 
Verificar sinais vitais. 
Atentar para sinais de hipovolemia: taquicardia, 
sudorese e hipotensão. 
Diagnóstico de Enfermagem Intervenção de Enfermagem 
Risco de constipação relacionado à 
ingestão insuficiente de fibras e de 
líquidos e pouca deambulação 
Constipação relacionado à ingestão 
insuficiente de fibras e de líquidos e 
pouca deambulação evidenciado 
por relato de “prisão de ventre” 
Administrar analgésicos prescritos; 
Estimular deambulação; 
Estimular ingesta hídrica; 
Prover, junto ao serviço de nutrição, 
alimentação rica em fibras. 
 
 
Dor aguda relacionada à traumas 
mamilares, incisões cirúrgicas por 
parto cesáreo, lacerações ou 
episiotomias no parto normal e 
ainda problemas relacionados a 
amamentação, como o 
ingurgitamento, traumas mamilares 
e técnica incorreta de amamentação 
Administrar medicação analgésica prescrita; 
Orientar e demonstrar ordenha; 
Orientar a utilização do próprio colostro no 
mamilo fissurado e priorizar a amamentação da 
mama menos ferida e retirada manual de leite 
da mama mais ferida; 
Orientar técnica correta da amamentação.

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