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4 ¦ Direito Penal 3 crimes contra a vida

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FACULDADE DE CIENCIAS HUMANAS E SOCIAIS DE IGARASSU - FACIG 
 Autorizada pela Portaria nº 584 de 26.06.1998 - DOU de 29.06.1998
CURSO: Bacharelado em Direito/ DISCIPLINA: Direito Penal 3 / 4º PERÍODO
Professor: EDUARDO GOMES DA COSTA
Código Penal = Decreto-lei nº 2848/1940 – Parte Especial – Crimes Contra a Vida
Homicídio simples
  Art. 121. Matar alguém:
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
Caso de diminuição de pena
   § 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
Homicídio qualificado
   § 2° Se o homicídio é cometido:
   I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
   II - por motivo futil;
   III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
   IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido;
   V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:
   Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
Feminicídio(Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
 VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
 VII - contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição: (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015)
 Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
 § 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
 I - violência doméstica e familiar; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
 II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher. (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
Homicídio culposo
  § 3º Se o homicídio é culposo: (Vide Lei nº 4.611, de 1965)
   Pena - detenção, de um a três anos.
Aumento de pena
  § 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
  § 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as conseqüências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. (Incluído pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977)
  § 6o  A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio.(Incluído pela Lei nº 12.720, de 2012)
 § 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado:(Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
 I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
 II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos ou com deficiência; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
 III - na presença de descendente ou de ascendente da vítima. (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio
   Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça:
   Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de um a três anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave.
   Parágrafo único - A pena é duplicada:
Aumento de pena
   I - se o crime é praticado por motivo egoístico;
   II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência.
Infanticídio
   Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após:
   Pena - detenção, de dois a seis anos.
Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento
   Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque:  (Vide ADPF 54)
   Pena - detenção, de um a três anos.
Aborto provocado por terceiro
   Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante:
   Pena - reclusão, de três a dez anos.
   Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante:  (Vide ADPF 54)
   Pena - reclusão, de um a quatro anos.
   Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de quatorze anos, ou é alienada ou debil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência
Forma qualificada
   Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em conseqüência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas      causas, lhe sobrevém a morte.
   Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: (Vide ADPF 54)
Aborto necessário
   I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante;
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro
   II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.
Principais Considerações da ADPF 54.
	Conceito de aborto “é a interrupção da vida intra-uterina, com a destruição do produto da concepção (MIRABETE, Júlio Fabbrini. Manual de direito penal: parte especial. São Paulo: Atlas, 24ª ed., 2006, p. 62).
	Feto anencéfalo é aquele que “por malformação congênita, não possui uma parte do sistema nervoso central, ou melhor, faltam-lhe os hemisférios cerebrais e tem uma parcela do tronco encefálico (bulbo raquidiano, ponte e pedúnculos cerebrais)” (DINIZ, Maria Helena. O Estado atual do biodireito. São Paulo: Saraiva, 2001, p. 281)
Os Ministros entenderam, pela votação de 8 votos a favor e 2 votos contra, que não é crime interromper a gravidez de fetos anencéfalos. Os médicos que fazem a cirurgia e as gestantes que decidem interromper a gravidez não cometem crime de aborto, restando decidido que a interrupção de gravidez de feto anencéfalo não é necessária decisão judicial que a autorize, bastando o diagnóstico de anencefalia do feto, e do mesmo modo a cirurgia de retirada de um feto anencéfalo não é considerada aborto porque não há a possibilidade de vida do feto fora do útero. O Plenário do STF entendeu que viola preceito fundamental da Constituição Federal entender como típico as situações acima indicadas. Ainda segundo decisão do STF a decisão com eficácia erga omnes e efeito vinculante, decidiu que é atípica a conduta da interrupção da gravidez de um feto anencefálico, portanto não existe crime, sendo certo que as decisões condenatórias que porventura tenham sido proferidas devem ser desconstituídas mediante habeas corpus ou revisão criminal considerando.

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