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Resumo - Direito Financeiro

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Prévia do material em texto

JOSÉ DAVID PINHEIRO SILVÉRIO
FINANCEIRO
DIREITO
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200concursos@mege.com.br
Advogado da União. Coordenador de Contencioso Administra�vo 
Subs�tuto no Departamento de Assuntos Extrajudiciais da Consultoria-
Geral da União (DEAEX/CGU), com atuação perante o Conselho Nacional de 
Jus�ça (CNJ), Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Conselho Federal da Ordem dos 
Advogados do Brasil (CFOAB), Tribunal de Contas da União (TCU), bem assim em demandas afetas 
ao combate à corrupção e ao desvio de recursos públicos. Membro da Comissão Permanente de 
Convênios e Instrumentos Congêneres (CPCIC/CGU) e da Comissão Permanente de Defesa da 
Probidade e Repressão de Ilícitos (CPDPRI/CGU), ambas da Consultoria-Geral da União. Ex-
Advogado Público Municipal. Ex-Consultor Jurídico de en�dades do Terceiro Setor. Pós-graduado 
em Direito do Estado. Pós-graduado em Direito Cons�tucional. Pós-graduando em Direito Digital e 
compliance. MBA em Gestão Pública. Aprovado em 10 (dez) concursos jurídicos, a saber: 
Advocacia-Geral da União (Advogado da União), PGE-AM (procurador do Estado), PGM-Eusébio 
(procurador do Município), ARCE (procurador autárquico), CEF (advogado), ECT (advogado), 
CAGECE (advogado), AL-CE (analista legisla�vo – área do Direito), TRF-1 (analista judiciário – área 
judiciária) e TRF-5 (analista judiciário – área judiciária). Autor do livro O direito à prova em face do 
contraditório na perspec�va dos direitos fundamentais. Autor de ar�gos e pareceres jurídicos.
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200concursos@mege.com.br
Autor: JOSÉ DAVID PINHEIRO SILVÉRIO
Professor de Direito Administra�vo e Direito Financeiro
3
Apresentação
O Mege atua em determinados certames que cobram com maior regularidade questões 
de Direito Financeiro. Em especial, citamos as nossas turmas de Advocacias Públicas, onde a 
matéria ganha um destaque decisivo na vida do concurseiro. Diante disso, decidimos oferecer 
aos nossos seguidores um apoio especial na matéria. Em uma leitura obje�va tentamos 
sinte�zar, em cerca de 30 páginas, as principais informações cobradas em concursos públicos. 
Não se procura nesta proposta esgotar o conteúdo (longe disso), a intenção é facilitar o estudo 
de quem precisa de uma leitura rápida, seja para uma semana de prova obje�va ou até mesmo 
diante de um ponto de prova oral. Trata-se de um auxílio pensado para desmis�ficar as 
informações básicas que podem aparecer em prova. O professor David Pinheiro, que enobrece a 
nossa equipe de Advocacia Pública, reuniu com carinho as informações aqui veiculadas.
Desde já, agradecemos por baixar o material e esperamos que ele possa ser ú�l nos 
próximos desafios.
Contem sempre com o Mege!
Arnaldo Bruno Oliveira
Fundador do Mege
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200concursos@mege.com.br
4
ATENÇÃO!
DOUTRINA
1.1 Direito financeiro 
O Direito financeiro no Brasil foi objeto de sistema�zação em 1964, mediante a edição 
da Lei nº 4.320/64, que delimitou o objeto do direito financeiro, trazendo as primeiras normas 
gerais da matéria.
Quais os debates anteriores? 
Ø Cons�tuição de 1824: questões a�nentes à discriminação de rendas e à divisão da 
arrecadação tributária entre o Governo Geral e as Províncias;
Ø Temas centrais: relacionado com a necessidade de garan�r receitas aos entes da 
Federação;
Ø Melhor obtenção de receitas por parte do Estado: meio de viabilizar e assegurar a 
autonomia polí�ca administra�va dos Entes polí�cos.
Qual o quadro antes da Lei nº 4.320/64? 
Ausência de separação clara e didá�ca entre Direito financeiro e Direito tributário. Dois 
anos depois, o Código Tributário Nacional (CTN) foi publicado, deixando-se clara a dis�nção entre:
Ø Exercício da tributação: Direito tributário;
Ø Finanças públicas: Direito financeiro.
Seguindo essa linha de garan�r autonomia ao Direito financeiro em relação ao Direito 
tributário, a CRFB/88 dispôs, em seu ar�go 24, I que “compete à União, aos Estados e ao Distrito 
Federal legislar concorrentemente sobre: I – direito tributário, financeiro (...)”.
Quais as fontes do Direito financeiro?
Dividem-se em “primárias” (legislação e diplomas norma�vos que têm vigor de lei – 
inovam no Ordenamento Jurídico) e “secundárias” (demais estatutos regradores da conduta 
humana, porém com norma�vidade subme�da à observância das disposições legais, podendo 
conter preceitos gerais e abstratos ou individuais e concretos – não inovam na ordem jurídica).
- FONTES PRIMÁRIAS:
a) CRFB/88: há inúmeras previsões cons�tucionais sobre Direito financeiro (arts. 70 a 
75; 157 a 162; 163; 164; 165 a 169).
Memorizar tais disposi�vos, já que “despencam” em provas.
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1. Finanças públicas na Cons�tuição de 1988
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ATENÇÃO!
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b) Leis Complementares: a própria CRFB dispõe que, em determinados casos sobre 
Direito financeiro (arts. 163 e 165, §9º), a matéria submete-se à reserva de lei complementar. 
Com o advento da CRFB/88, tanto o Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172/66) quanto a Lei 
4.320/64 foram recepcionados com status de Lei Complementar (ADI 1726). Já com a LRF (LC nº 
101/2000), a disciplina das finanças públicas passou a ter maior controle e transparência.
Nem todas as matérias de direito financeiro reservadas à regulamentação por lei complementar 
foram abarcadas pela LRF e pela Lei 4.320/64. 
Cite-se como exemplo a lei complementar de que trata o art. 165, §9º, I da CF/88 que 
exige a regulamentação da vigência, dos prazos, da elaboração e da organização das leis 
orçamentárias. Enquanto não regulamentada a matéria, devem ser aplicados os prazos 
de vigência con�dos no art. 35 do ADCT.
c) Leis Ordinárias: os seus principais exemplos são a Lei do Plano Plurianual (PPA), Lei de 
Diretrizes Orçamentárias (LDO), Lei Orçamentária Anual (LOA).
d) Leis Delegadas: tais instrumentos norma�vos são de pouca valia e incidência na 
a�vidade financeira do Estado, tendo em vista as seguintes vedações cons�tucionais:
Ø Art. 68, § 1º, caput: proíbe a edição de leis delegadas sobre matérias reservadas à 
lei complementar; 
Ø Art. 68, § 1º, inciso III: veda a delegação alusiva aos planos plurianuais, diretrizes 
orçamentárias e orçamentos;
Logo, considerando que substancial parcela do Direito financeiro é reservada à lei 
complementar e gira em torno de PPA, LDO e LOA, tem-se que as poucas matérias restantes 
podem, em tese, ser objeto de leis delegadas, desde que, por óbvio, observados os 
impedimentos cons�tucionais supracitados.
e) Medida Provisória: a leitura associada do preceito norma�vo inserido no art. 62, § 1º, 
inciso II c/c (combinado com) o art. 62, § 1º, alínea “d”, ambos da CRFB/88, resulta na proibição 
de medidas provisórias sobre matérias reservadas à lei complementar e sobre matérias 
a�nentes a PPA, LDO, LOA, créditos adicionais e suplementares, salvo nas hipóteses previstas no 
art. 167 § 3º (para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, 
comoção interna ou calamidade pública). 
Em assim sendo, é forçoso concluir que, por via de regra, não se admite medida 
provisória em sede de Direito financeiro, exceto em relação ao conteúdo norma�vo do art. 167, 
6
ATENÇÃO!
ATENÇÃO!
§ 3º da CRFB/88, dantes mencionado, o qual, aliás, traz situações inerentes à edição de “crédito 
extraordinário”, que será melhor estudado em tópico próprio
 ADI 4048 e ADI 4049: Em ambos os julgamentos foi analisada a mesma situação fá�co-jurídica, 
qual seja: “as medidas provisórias podem ser editadas em toda situação de relevância e 
urgência ou apenas nas estritas hipóteses declinadas no art. 167, § 3º da CRFB?
Firmou-se, nas duasocasiões, a tese de que só serão cabíveis medidas provisórias para as 
situações semelhantes às previstas no art. 167, § 3º da CRFB. Note, aluno MEGE, que a tese 
vitoriosa exarou interpretação conforme a Cons�tuição para aceitar a edição de medidas 
provisória “apenas para atender a despesas imprevisíveis e urgentes”, como as (leia-se 
situações semelhantes) “de guerra, comoção interna ou calamidade pública”.
- FONTES SECUNDÁRIAS:
a) Decretos: como cediço, são atos de competência exclusiva da lavra do chefe do Poder 
Execu�vo, insusce�veis de delegação e vocacionados a emprestar fiel execução às leis despidas 
de autoexecutoriedade. Em outras palavras, representam-se por atos decorrentes do Poder 
Regulamentar da Administração Pública, uma vez que tendentes a regulamentar uma lei, 
caracterís�ca que os posicionam abaixo da lei, portanto, têm natureza jurídica de atos 
infralegais e inaptos a inovar na ordem jurídica. 
Grosso modo, há uma subdivisão em decreto regulamentar (art. 84, IV da CRFB) e decreto 
autônomo (art. 84, VI da CRFB). Levando em conta que este só pode tratar de “organização e 
funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem 
criação ou ex�nção de órgãos públicos” e/ou “ex�nção de funções ou cargos públicos, quando 
vagos”, não há espaço para se baixar decreto autônomo em matéria de Direito financeiro. Por 
conseguinte, apenas será cabível o decreto regulamentar.
b) Resoluções: são deliberações advenientes do Congresso Nacional ou, isoladamente, 
do Senado Federal ou da Câmara dos Deputados, que não observam o devido processo 
legisla�vo (rito para a elaboração de leis), desse modo, por evidente, não ostentam natureza 
jurídica de lei, tampouco são subme�das à sanção presidencial, cuja promulgação promana 
(tem origem) da Mesa da Casa legisla�va que as expedir. 
Tais par�cularidades, no entanto, não re�ram a sua importância para o Direito 
financeiro, notadamente no que tange às Resoluções do Senado Federal, mediante o exercício 
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de sua competência priva�va para tratar das matérias pormenorizadas no art. 52, incisos V, VI, 
VII, VIII, IX da CRFB. Sublinhe-se, ainda, as Resoluções 42 e 43/Senado Federal sobre a 
regulamentação do limite de endividamento dos Estados e Municípios. 
c) Atos norma�vos: são atos infralegais exarados por autoridades administra�vas para o 
fito (obje�vo) de complementar a lei ou o decreto, conferindo eficácia e adequação para as suas 
unidades administra�vas. Não se pode perder de vista, por per�nente, a relevância das 
resoluções dos Tribunais de Contas, já que indicam, dentre outros, boas prá�cas de gestão 
administra�va, eficiência e transparência dos gastos públicos. 
d) Decisões administra�vas: referem-se às decisões dos órgãos de controle interno 
(Controladorias, Procuradorias e afins) e externo (vide a expressiva atuação dos Tribunais de 
Contas neste par�cular) da Administração Pública. Todas elas servem de fontes orientadoras da 
atuação administra�va.
e) Decisões judiciais – Judicialização das polí�cas públicas: é digna de nota a afirmação 
no sen�do de que cresce a cada dia, de forma ver�ginosa, o fenômeno da “judicialização das 
polí�cas públicas”, daí decorrendo verdadeira transmutação do orçamento aprovado pelo 
Poder Legisla�vo, este o qual, repise-se, detém natureza jurídica de lei.
Impende elucidar, no ponto, que a temá�ca subjacente (tema de fundo) é tratada 
ro�neiramente no dia a dia dos Advogados Públicos de todas as esferas (federal, estadual, 
distrital e municipal). Não há rés�a de dúvida de que o tema é palpitante e merece um preciso 
aprofundamento a ser levado a efeito no vindouro curso de 2ª fase. Porém, não se pode ignorar 
que há alguns pressupostos, conceitos e jurisprudências passíveis de cobrança na 1ª fase, 
ensejando, pois, a confecção de observações pontuais a respeito, nas linhas que se seguem:
Quais os pressupostos da judicialização das polí�cas públicas? 
Nos termos do art. 2º da CF/88, são Poderes da União, independentes e harmônicos 
entre si, o Legisla�vo, o Execu�vo e o Judiciário. Cuida-se, portanto, do princípio da separação 
dos poderes, que, diga-se de passo, ostenta índole de cláusula pétrea, a teor da regra insculpida 
no art. 60, § 4º, III da CRFB.
Remonta a Montesquieu a lição de que cabe ao Legisla�vo legislar, Execu�vo executar e 
Judiciário julgar. Logo, não se pode perder de vista que, tomando como exemplo a polí�ca 
pública da saúde, o art. 196 da CRFB prevê que a sua garan�da de prestação pelo Estado será 
realizada mediante polí�cas sociais e econômicas. Desse comando norma�vo, verificam-se 
duas atuações: (i) a do Legisla�vo (mediante lei, regulamentar a polí�ca e emi�r autorização 
orçamentária) (ii) e a do Execu�vo (implementar a polí�ca pública de saúde).
Consequentemente, não se vislumbra (percebe) uma atuação direta e imediata do 
Poder Judiciário neste par�cular. No entanto, o Supremo Tribunal Federal (STF) admite, 
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excepcionalmente, a judicialização de polí�cas públicas, desde que observados os seguintes 
requisitos (RE 440028/SP): (a) natureza cons�tucional da polí�ca reclamada; (b) manifesta 
omissão estatal ou prestação deficiente (vedação à proteção insuficiente), desde que não haja 
jus�fica�va obje�va e razoável para o mento; (c) a polí�ca pública reclamada deve se reves�r 
em direito fundamental. 
O Superior Tribunal de Jus�ça (STJ), por seu turno, também acolhe a “judicialização” e 
acrescenta um requisito: não houver comprovação obje�va (fá�ca e não meramente jurídica) 
da incapacidade econômico-financeira da pessoa estatal. 
“ADMINISTRATIVO. CONTROLE JUDICIAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS. POSSIBILIDADE 
EM CASOS EXCEPCIONAIS - DIREITO À SAÚDE. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS. 
MANIFESTA NECESSIDADE. OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA DE TODOS OS ENTES DO PODER 
PÚBLICO. NÃO OPONIBILIDADE DA RESERVA DO POSSÍVEL AO MÍNIMO 
EXISTENCIAL. NÃO HÁ OFENSA À SÚMULA 126/STJ. 1. Não podem os direitos sociais 
ficar condicionados à boa vontade do Administrador, sendo de suma importância 
que o Judiciário atue como órgão controlador da a�vidade administra�va. Seria uma 
distorção pensar que o princípio da separação dos poderes, originalmente 
concebido com o escopo de garan�a dos direitos fundamentais, pudesse ser 
u�lizado justamente como óbice à realização dos direitos sociais, igualmente 
importantes. 2. Tratando-se de direito essencial, incluso no conceito de mínimo 
existencial, inexis�rá empecilho jurídico para que o Judiciário estabeleça a inclusão de 
determinada polí�ca pública nos planos orçamentários do ente polí�co, mormente 
quando não houver comprovação obje�va da incapacidade econômico-financeira 
da pessoa estatal.” (STJ - AgRg no REsp: 1107511 RS 2008/0265338-9, Relator: 
Ministro HERMAN BENJAMIN, Data de Julgamento: 21/11/2013, T2 - SEGUNDA 
TURMA, Data de Publicação: DJe 06/12/2013) (destacou-se)
Noutro vér�ce, porém, a orientação ins�tucional dos órgãos de representação judicial 
(Procuradorias) é de que a “judicialização das polí�cas públicas” implica grave ofensa ao princípio 
da harmonia e independência dos poderes (sinônimo do princípio da separação dos poderes). 
A propósito disso, segundo o STF, não há direito, valor ou princípio absoluto, 
notadamente em razão do princípio da unidade da cons�tuição (inexistência de hierarquia 
entre princípios cons�tucionais). Com base nisso, caberá ao Estado formular as “escolhas 
trágicas” fundamentadas no princípio da reserva do possível. 
Aliás, já se disse com acerto que o reconhecimento de que todas as dimensões dos 
direitos fundamentais têm custos públicos empresta especial relevo ao tema da reserva dopossível, pois a escassez dos recursos faz com que o Poder Público leve a cabo “escolhas 
aloca�vas”, é dizer: aferindo-se as necessidades públicas, consulta ao interesse público, que a 
formulação de polí�cas sociais e econômicas voltadas à implementação dos direitos sociais 
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devem ser escolhas de quais demandas serão prestadas pelo Estado. Nesse viés é que surgem as 
“escolhas trágicas”, tendo em vista que a escolha da des�nação de recursos para uma polí�ca e 
não para a outra leva em consideração o número de cidadãos a�ngidos pela polí�ca eleita, a 
eficácia do serviço a ser prestado, a maximização dos resultados etc.
Doutrinariamente, importa consignar que CANOTILHO ques�ona a validade do princípio 
da universalidade para os direitos sociais (p. ex., saúde e educação), porquanto as necessidades 
são infinitas ao passo que os recursos são escassos. 
Quais os conceitos-chave sobre a judicialização das polí�cas públicas?
Alguns conceitos foram tratados pela primeira vez (ou de forma mais aprofundada) pelo 
STF na Suspensão de Tutela Antecipada 175 e pela doutrina nacional na consubstancial obra 
de Gilmar Ferreira Mendes e Paulo Gustavo Gonet Branco (in Curso de Direito cons�tucional). 
Aliás, é nelas que se podem consultar os significados de “macrojus�ça”, “microjus�ça”, 
“minimum core approach” e “metodologia fuzzy”. Vejamos um a um:
Ÿ Macrojus�ça: realizada pelo Poder Execu�vo com fulcro na “jus�ça distribu�va”, 
consiste em �picas opções polí�cas em vista do bem comum, tomando por base a 
amplitude global da polí�ca pública e os seus potenciais des�natários. 
Ÿ Microjus�ça: realizada pelo Poder Judiciário, que está vocacionado apenas a 
solucionar o caso concreto (em regra, individual) a par�r de sua visão míope da 
realidade lato sensu da polí�ca reclamada e à míngua (despida) de aferição acerca 
do prejuízo à polí�ca pública como um todo, resultante da efe�vação dos 
provimentos judiciais. 
Ÿ Minimum core approach: é o mínimo existencial ou abordagem do núcleo mínimo, 
é dizer, trata-se do núcleo essencial (portanto, mínimo) que é intangível, devendo-
se manter incólume (ileso) quando em contraste com a reserva do possível (ra�o 
decidendi da ADPF 45). Sem a garan�a desse núcleo essencial, esvazia-se o 
conteúdo norma�vo do direito e há inadimplemento do Poder Público no que toca 
ao respec�vo mandamento cons�tucional. 
Ÿ Metodologia fuzzy: também conhecida como “fuzzismo”. Cuida-se de expressão 
cunhada por José Joaquim Gomes CANOTILHO para cri�car o avanço desmedido do 
a�vismo judicial, que se imiscuindo (subs�tuindo) ao Poder Execu�vo, promove a 
seu talante (arbítrio) e de forma míope, a implementação dos direitos econômicos, 
sociais e culturais. Entretanto, tal atuação é marcada pela nota da “imprecisão 
metodológica”, uma vez que os juristas não sabem o que fazem e desconhecem os 
impactos de suas decisões no que tange à universalidade da polí�ca pública, 
máxime (especialmente) quando abordam complexos problemas dos direitos 
econômicos, sociais e culturais (cf. Metodología 'Fuzzy' y 'Camaleones Norma�vos' 
en la Problemá�ca Actual de los Derechos Económicos, Sociales y Culturales).
Ÿ
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10
Quais as premissas do Direito Financeiro?
Segundo o famigerado (famoso) conceito de orçamento público talhado por Ricardo 
Lobo Torres, sobrelevam-se 2 (dois) pressupostos do Direito Financeiro:
ü Recursos limitados: é ressabido que as necessidades públicas são infinitas, mas os 
recursos financeiros são escassos. Paralelamente a isso, não se pode negar que a 
sa�sfação daquelas passam pelo gerenciamento destes, porquanto (visto que) 
toda polí�ca social tem um custo. A par�r dessa constatação, a doutrina germânica 
engendrou (produziu) a teoria da “reserva do possível”. Inicialmente, a referida 
teoria foi importada para o Brasil, sem os necessários temperamentos, de modo a 
conformá-la à realidade social brasileira. 
Hodiernamente, um pouco mais amadurecida, a “reserva do possível” con�nua sendo 
aplicada pelos Tribunais brasileiros, mas, essencialmente, desde que atendidas algumas 
condicionantes impostas pelo STF e pelo STJ, já tratadas em linhas anteriores. Relembre-se:
 
Ø diante de manifesta omissão estatal ou prestação deficiente, deve haver 
jus�fica�va obje�va e razoável para o inadimplemento (STF, RE 440028/SP);
Ø não esvazie o núcleo intangível do direito fundamental, ou seja, desde que reste 
assegurado o mínimo existencial (STF, ADPF 45);
Ø houver comprovação obje�va (fá�ca e não meramente jurídica) da incapacidade 
econômico-financeira da pessoa estatal. (STJ, AgRg no REsp: 1107511-RS, 2ª 
Turma). 
Escolhas trágicas: já suficientemente abordado acima nos pressupostos da 
judicialização das polí�cas públicas.
1.1.1 Conceito
“O direito financeiro consiste no ramo do direito público que estuda as finanças do 
Estado em sua estreita relação com a a�vidade financeira. Ou seja, é o conjunto de regras e 
princípios que estuda a a�vidade financeira do Estado, compreendida esta como receita, 
despesa, orçamento e crédito públicos.” (LEITE, Harrison)
“O direito financeiro visa à disciplinar a a�vidade financeira do Estado, estabelecendo 
regras rela�vas aos três pilares dessa a�vidade: orçamento, receita e despesa públicos.” 
(PISCITELLI, Ta�ane)
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11
ATENÇÃO!
Há divergência doutrinária em relação aos pilares do Direito financeiro, pois, para HARRISON 
LEITE são 4 (quatro) enquanto para TATHIANE PISCITELLI são 3 (três).
1.1.2 Objeto
Tratamento da a�vidade financeira do Estado, a par�r de seus pilares (receita, 
orçamento, despesa, crédito públicos).
1.1.3 Direito financeiro na CRFB/88
Estudaremos, neste ponto, a repar�ção da competência legisla�va. Os demais 
disposi�vos cons�tucionais ínsitos ao Direito financeiro (arts. 70 a 75; 157 a 162; 163; 164; 165 a 
169) serão versados juntamente com o seu respec�vo tema. 
De par�da, cumpre registrar que dispor, mediante lei, sobre Direito financeiro e 
orçamento, insere-se na competência concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal, 
conforme a regra vazada no art. 24, incisos I e II da CRFB. 
Como funciona o regramento da competência legisla�va concorrente?
Neste aspecto, os parágrafos do art. 24 da CRFB são autoexplica�vos:
“§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a 
estabelecer normas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a 
competência suplementar dos Estados.
§ 3º Inexis�ndo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência 
legisla�va plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei 
estadual, no que lhe for contrário.” (destacou-se)
 
Adite-se, a propósito, que a par�r da “competência suplementar dos Estados”, estes, 
uma vez respeitadas as normas gerais da União, podem estabelecer normas específicas sobre 
Direito financeiro. 
Por derradeiro, é questão reiterada de concurso a afirmação no sen�do de que a 
superveniência de lei federal sobre normas gerais tem o condão de suspender a eficácia da lei 
estadual ou distrital, no que lhe for contrária, não ocorrendo a sua revogação. Isso se jus�fica 
em face da adoção, pela CRFB/88, do federalismo de cooperação, no qual inexiste hierarquia 
entre os entes federados, mas sim repar�ção de competências, com base no princípio da 
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preponderância do interesse (União: interesse nacional; Estados/DF: interesse regional; 
Municípios: interesse local).Qual a competência dos Municípios em Direito financeiro?
Muito embora repouse importante celeuma doutrinária a respeito, em razão de os 
Municípios não estarem elencados expressamente no art. 24, incisos I e I da CRFB, a doutrina 
majoritária e o CESPE (CEBRASPE) consideram correta a asser�va de que compete aos 
Municípios legislar concorrentemente sobre Direito financeiro, com fulcro no art. 30, incisos I e 
II da CRFB. Desse modo, é isso que importa para a sua prova!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ALMEIDA, Ricardo Damasceno de; LISBOA, Marcelo Jucá. Direito Financeiro (Leis especiais para 
concursos, v. 13). Salvador: Juspodivm, 2017.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Julgados resumidos Dizer o direito 2012/2015. Manaus: 
Dizer o direito editora, 2016.
LEITE, Harrison. Manual de Direito Financeiro. Salvador: Editora Juspodivm, 2016.
MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito cons�tucional. São 
Paulo: Saraiva, 2016.
PISCITELLI, Tathiane. Direito Financeiro Esquema�zado. São Paulo: Editora Método, 2015. 
ROCHA, Roberval; GOUVEIA, Mila. Principais julgamentos STF/STJ: versão resumida para 
concursos. Salvador: Editora Juspodivm, 2016.
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 LEGISLAÇÃO E ENUNCIADOS DE SÚMULA
Ø Ler e marcar os seguintes disposi�vos da CRFB: 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente 
sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanís�co;
II - orçamento; (...)
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar 
medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. 
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: 
I – rela�va a: 
(...)
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e 
suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º; (...) 
Seção IX
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da 
União e das en�dades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legi�midade, 
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso 
Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa �sica ou jurídica, pública ou privada, 
que u�lize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos 
quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. 
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio 
do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante 
parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e 
valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades 
ins�tuídas e man�das pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a 
perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;
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III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a 
qualquer �tulo, na administração direta e indireta, incluídas as fundações ins�tuídas e man�das 
pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem 
como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias 
posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;
IV - realizar, por inicia�va própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de 
Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, 
orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administra�vas dos Poderes Legisla�vo, 
Execu�vo e Judiciário, e demais en�dades referidas no inciso II;
V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a 
União par�cipe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado cons�tu�vo;
VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante 
convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a 
Município;
VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas 
Casas, ou por qualquer das respec�vas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, 
orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções 
realizadas; 
VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de 
contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa 
proporcional ao dano causado ao erário; 
IX - assinar prazo para que o órgão ou en�dade adote as providências necessárias ao 
exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;
X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à 
Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;
XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.
§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso 
Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Execu�vo as medidas cabíveis.
§ 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Execu�vo, no prazo de noventa dias, não 
efe�var as medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito.
§ 3º As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia 
de �tulo execu�vo.
§ 4º O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório 
de suas a�vidades.
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Art. 72. A Comissão mista permanente a que se refere o art. 166, §1º, diante de indícios 
de despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de inves�mentos não programados ou de 
subsídios não aprovados, poderá solicitar à autoridade governamental responsável que, no 
prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessários.
§ 1º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a Comissão 
solicitará ao Tribunal pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias.
§ 2º Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa 
causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá ao Congresso Nacional sua 
sustação.
Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede no 
Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, 
exercendo, no que couber, as atribuições previstas no art. 96. .
§ 1º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados dentre brasileiros que 
sa�sfaçam os seguintes requisitos:
I - mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade;
II - idoneidade moral e reputação ilibada;
III - notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de 
administração pública;
IV - mais de dez anos de exercício de função ou de efe�va a�vidade profissional que exija 
os conhecimentos mencionados no inciso anterior.
§ 2º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos:
I - um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, sendo dois 
alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados 
em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de an�güidade e merecimento;
II - dois terços pelo Congresso Nacional.
§ 3° Os Ministrosdo Tribunal de Contas da União terão as mesmas garan�as, 
prerroga�vas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de 
Jus�ça, aplicando-se-lhes, quanto à aposentadoria e pensão, as normas constantes do art. 40. 
§ 4º O auditor, quando em subs�tuição a Ministro, terá as mesmas garan�as e 
impedimentos do �tular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz 
de Tribunal Regional Federal.
Art. 74. Os Poderes Legisla�vo, Execu�vo e Judiciário manterão, de forma integrada, 
sistema de controle interno com a finalidade de:
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I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos 
programas de governo e dos orçamentos da União;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da 
gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e en�dades da administração federal, 
bem como da aplicação de recursos públicos por en�dades de direito privado;
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garan�as, bem como dos direitos 
e haveres da União;
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão ins�tucional.
§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer 
irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de 
responsabilidade solidária.
§ 2º Qualquer cidadão, par�do polí�co, associação ou sindicato é parte legí�ma para, na 
forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.
Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à organização, 
composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como 
dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios.
Parágrafo único. As Cons�tuições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas 
respec�vos, que serão integrados por sete Conselheiros.
Seção VI
DA REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS
Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal:
I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer 
natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer �tulo, por eles, suas 
autarquias e pelas fundações que ins�tuírem e man�verem;
II - vinte por cento do produto da arrecadação do imposto que a União ins�tuir no 
exercício da competência que lhe é atribuída pelo art. 154, I.
Art. 158. Pertencem aos Municípios:
I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer 
natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer �tulo, por eles, suas 
autarquias e pelas fundações que ins�tuírem e man�verem;
II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a 
propriedade territorial rural, rela�vamente aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade na 
hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III; 
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III - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a 
propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios; 
IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre 
operações rela�vas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte 
interestadual e intermunicipal e de comunicação. 
Parágrafo único. As parcelas de receita pertencentes aos Municípios, mencionadas no 
inciso IV, serão creditadas conforme os seguintes critérios:
I - três quartos, no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações rela�vas à 
circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus territórios;
II - até um quarto, de acordo com o que dispuser lei estadual ou, no caso dos Territórios, 
lei federal.
Art. 159. A União entregará: 
I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer 
natureza e sobre produtos industrializados, 49% (quarenta e nove por cento), na seguinte 
forma: 
a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Par�cipação dos Estados e 
do Distrito Federal; 
b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Par�cipação dos 
Municípios; 
c) três por cento, para aplicação em programas de financiamento ao setor produ�vo das 
Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, através de suas ins�tuições financeiras de caráter 
regional, de acordo com os planos regionais de desenvolvimento, ficando assegurada ao semi-
árido do Nordeste a metade dos recursos des�nados à Região, na forma que a lei estabelecer; 
d) um por cento ao Fundo de Par�cipação dos Municípios, que será entregue no 
primeiro decêndio do mês de dezembro de cada ano; 
e) 1% (um por cento) ao Fundo de Par�cipação dos Municípios, que será entregue no 
primeiro decêndio do mês de julho de cada ano; 
II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, dez por 
cento aos Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respec�vas 
exportações de produtos industrializados. 
III - do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico 
prevista no art. 177, § 4º, 29% (vinte e nove por cento) para os Estados e o Distrito Federal, distribuídos 
na forma da lei, observada a des�nação a que se refere o inciso II, c, do referido parágrafo. 
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§ 1º Para efeito de cálculo da entrega a ser efetuada de acordo com o previsto no inciso I, excluir-
se-á a parcela da arrecadação do imposto de renda e proventos de qualquer natureza pertencente aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, nos termos do disposto nos arts. 157, I, e 158, I.
§ 2º A nenhuma unidade federada poderá ser des�nada parcela superior a vinte por cento 
do montante a que se refere o inciso II, devendo o eventual excedente ser distribuído entre os 
demais par�cipantes, man�do, em relação a esses, o critério de par�lha nele estabelecido.
§ 3º Os Estados entregarão aos respec�vos Municípios vinte e cinco por cento dos 
recursos que receberem nos termos do inciso II, observados os critérios estabelecidos no art. 
158, parágrafo único, I e II. 
§ 4º Do montante de recursos de que trata o inciso III que cabe a cada Estado, vinte e 
cinco por cento serão des�nados aos seus Municípios, na forma da lei a que se refere o 
mencionado inciso. 
Art. 160. É vedada a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos recursos 
atribuídos, nesta seção, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, neles compreendidos 
adicionais e acréscimos rela�vos a impostos.
Parágrafo único. A vedação prevista neste ar�go não impede a União e os Estados de 
condicionarem a entrega de recursos: 
I – ao pagamento de seus créditos, inclusive de suas autarquias; 
II – ao cumprimento do disposto no art. 198, § 2º, incisos II e III. 
Art. 161. Cabe à lei complementar: 
I - definir valor adicionado para fins do disposto no art. 158, parágrafo único, I;
II - estabelecer normas sobre a entrega dos recursos de que trata o art. 159, 
especialmente sobre os critérios de rateio dos fundos previstos em seu inciso I, obje�vando 
promover o equilíbrio sócio-econômico entre Estados e entre Municípios; 
III - dispor sobre o acompanhamento, pelos beneficiários, do cálculo das quotas e da 
liberação das par�cipações previstas nos arts. 157, 158 e 159. 
Parágrafo único. O Tribunal de Contas da União efetuará o cálculo das quotas referentes 
aos fundos de par�cipação a que alude o inciso II.
Art. 162. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios divulgarão, até o úl�mo 
dia do mês subseqüente ao da arrecadação, os montantes de cada um dos tributos arrecadados,os recursos recebidos, os valores de origem tributária entregues e a entregar e a expressão 
numérica dos critérios de rateio. 
Parágrafo único. Os dados divulgados pela União serão discriminados por Estado e por 
Município; os dos Estados, por Município.
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CAPÍTULO II
DAS FINANÇAS PÚBLICAS
Seção I
NORMAS GERAIS
Art. 163. Lei complementar disporá sobre: 
I - finanças públicas;
II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais 
en�dades controladas pelo Poder Público; 
III - concessão de garan�as pelas en�dades públicas;
IV - emissão e resgate de �tulos da dívida pública; 
V - fiscalização financeira da administração pública direta e indireta; 
VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e en�dades da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios; 
VII - compa�bilização das funções das ins�tuições oficiais de crédito da União, 
resguardadas as caracterís�cas e condições operacionais plenas das voltadas ao 
desenvolvimento regional. 
Art. 164. A competência da União para emi�r moeda será exercida exclusivamente pelo 
banco central. 
§ 1º É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, emprés�mos ao 
Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou en�dade que não seja ins�tuição financeira.
§ 2º O banco central poderá comprar e vender �tulos de emissão do Tesouro Nacional, 
com o obje�vo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros.
§ 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, 
do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou en�dades do Poder Público e das empresas por 
ele controladas, em ins�tuições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei.
Seção II
DOS ORÇAMENTOS
Art. 165. Leis de inicia�va do Poder Execu�vo estabelecerão: 
I - o plano plurianual; 
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II - as diretrizes orçamentárias; 
III - os orçamentos anuais.
§ 1º A lei que ins�tuir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as 
diretrizes, obje�vos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e 
outras delas decorrentes e para as rela�vas aos programas de duração con�nuada. 
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração 
pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a 
elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e 
estabelecerá a polí�ca de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
§ 3º O Poder Execu�vo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, 
relatório resumido da execução orçamentária. 
§ 4º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Cons�tuição 
serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso 
Nacional. 
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá: 
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e en�dades da 
administração direta e indireta, inclusive fundações ins�tuídas e man�das pelo Poder Público;
II - o orçamento de inves�mento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, 
detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as en�dades e órgãos a ela 
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações ins�tuídos e 
man�dos pelo Poder Público.
§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstra�vo regionalizado 
do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anis�as, remissões, subsídios e 
bene�cios de natureza financeira, tributária e credi�cia. 
§ 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste ar�go, compa�bilizados com o plano 
plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério 
populacional. 
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá disposi�vo estranho à previsão da receita e à 
fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos 
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, 
nos termos da lei. 
§ 9º Cabe à lei complementar:
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I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização 
do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual; 
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e 
indireta bem como condições para a ins�tuição e funcionamento de fundos. 
III - dispor sobre critérios para a execução equita�va, além de procedimentos que serão 
adotados quando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação 
das programações de caráter obrigatório, para a realização do disposto no § 11 do art. 166. 
Art. 166. Os projetos de lei rela�vos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao 
orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso 
Nacional, na forma do regimento comum.
§ 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados: 
I - examinar e emi�r parecer sobre os projetos referidos neste ar�go e sobre as contas 
apresentadas anualmente pelo Presidente da República;
II - examinar e emi�r parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e 
setoriais previstos nesta Cons�tuição e exercer o acompanhamento e a fiscalização 
orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas 
Casas, criadas de acordo com o art. 58.
§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emi�rá parecer, 
e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem 
somente podem ser aprovadas caso:
I - sejam compa�veis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II - indiquem os recursos necessários, admi�dos apenas os provenientes de anulação de 
despesa, excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias cons�tucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III - sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os disposi�vos do texto do projeto de lei.
§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser 
aprovadas quando incompa�veis com o plano plurianual.
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§ 5º O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para 
propor modificação nos projetos a que se refere este ar�go enquanto não iniciada a votação, na 
Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.
§ 6º Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento 
anual serão enviados pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, nos termos da lei 
complementar a que se refere o art. 165, § 9º.
§ 7º Aplicam-se aos projetos mencionados neste ar�go, no que não contrariar o disposto 
nesta seção, as demais normas rela�vas ao processo legisla�vo.
§ 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei 
orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser u�lizados, conforme o 
caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização 
legisla�va.
§ 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 
1,2% (um inteiro e dois décimos por cento)da receita corrente líquida prevista no projeto 
encaminhado pelo Poder Execu�vo, sendo que a metade deste percentual será des�nada a 
ações e serviços públicos de saúde. 
 § 10. A execução do montante des�nado a ações e serviços públicos de saúde previsto 
no § 9º, inclusive custeio, será computada para fins do cumprimento do inciso I do § 2º do art. 
198, vedada a des�nação para pagamento de pessoal ou encargos sociais. 
§ 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a que se 
refere o § 9º deste ar�go, em montante correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por 
cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior, conforme os critérios para a 
execução equita�va da programação definidos na lei complementar prevista no § 9º do art. 165. 
§ 12. As programações orçamentárias previstas no § 9º deste ar�go não serão de 
execução obrigatória nos casos dos impedimentos de ordem técnica. 
§ 13. Quando a transferência obrigatória da União, para a execução da programação prevista 
no §11 deste ar�go, for des�nada a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios, independerá da 
adimplência do ente federa�vo des�natário e não integrará a base de cálculo da receita corrente 
líquida para fins de aplicação dos limites de despesa de pessoal de que trata o caput do art. 169.
§ 14. No caso de impedimento de ordem técnica, no empenho de despesa que integre a 
programação, na forma do § 11 deste ar�go, serão adotadas as seguintes medidas: 
I - até 120 (cento e vinte) dias após a publicação da lei orçamentária, o Poder Execu�vo, o 
Poder Legisla�vo, o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública enviarão ao 
Poder Legisla�vo as jus�fica�vas do impedimento; 
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II - até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no inciso I, o Poder Legisla�vo 
indicará ao Poder Execu�vo o remanejamento da programação cujo impedimento seja 
insuperável; 
III - até 30 de setembro ou até 30 (trinta) dias após o prazo previsto no inciso II, o Poder 
Execu�vo encaminhará projeto de lei sobre o remanejamento da programação cujo 
impedimento seja insuperável; 
IV - se, até 20 de novembro ou até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no 
inciso III, o Congresso Nacional não deliberar sobre o projeto, o remanejamento será 
implementado por ato do Poder Execu�vo, nos termos previstos na lei orçamentária. 
§ 15. Após o prazo previsto no inciso IV do § 14, as programações orçamentárias 
previstas no § 11 não serão de execução obrigatória nos casos dos impedimentos jus�ficados na 
no�ficação prevista no inciso I do § 14. 
§ 16. Os restos a pagar poderão ser considerados para fins de cumprimento da execução 
financeira prevista no § 11 deste ar�go, até o limite de 0,6% (seis décimos por cento) da receita 
corrente líquida realizada no exercício anterior. 
§ 17. Se for verificado que a rees�ma�va da receita e da despesa poderá resultar no não 
cumprimento da meta de resultado fiscal estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias, o 
montante previsto no § 11 deste ar�go poderá ser reduzido em até a mesma proporção da 
limitação incidente sobre o conjunto das despesas discricionárias. 
§ 18. Considera-se equita�va a execução das programações de caráter obrigatório que 
atenda de forma igualitária e impessoal às emendas apresentadas, independentemente da 
autoria. 
Art. 167. São vedados:
I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os 
créditos orçamentários ou adicionais;
III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de 
capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com 
finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legisla�vo por maioria absoluta;
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a 
repar�ção do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a 
des�nação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e 
desenvolvimento do ensino e para realização de a�vidades da administração tributária, como 
determinado, respec�vamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garan�as às 
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operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o 
disposto no § 4º deste ar�go; 
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legisla�va e 
sem indicação dos recursos correspondentes;
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de 
programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legisla�va;
VII - a concessão ou u�lização de créditos ilimitados;
VIII - a u�lização, sem autorização legisla�va específica, de recursos dos orçamentos 
fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e 
fundos, inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º;
IX - a ins�tuição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legisla�va.
X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de emprés�mos, inclusive por 
antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas ins�tuições financeiras, para 
pagamento de despesas com pessoal a�vo, ina�vo e pensionista, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios. 
XI - a u�lização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata o art. 
195, I, a, e II, para a realização de despesas dis�ntas do pagamento de bene�cios do regime geral 
de previdência social de que trata o art. 201. 
§ 1º Nenhum inves�mento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser 
iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de 
crime de responsabilidade.
§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que 
forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos úl�mos quatro meses 
daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao 
orçamento do exercício financeiro subseqüente.
§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admi�da para atender a 
despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou 
calamidade pública, observado o disposto no art. 62.
§ 4º É permi�da a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se 
referem os arts. 155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para 
a prestação de garan�a ou contragaran�a à União e para pagamento de débitos para com esta. 
§ 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria 
de programação para outra poderão ser admi�dos, no âmbito das a�vidades de ciência, 
tecnologia e inovação, com o obje�vo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas 
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funções, mediante ato do Poder Execu�vo, sem necessidade da prévia autorização legisla�va 
prevista no inciso VI deste ar�go. 
Art. 168. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os 
créditos suplementares e especiais, des�nados aos órgãos dos Poderes Legisla�vo e Judiciário, 
do Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, 
em duodécimos, na forma da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º. 
Art. 169. A despesa com pessoal a�vo e ina�vo da União, dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de 
cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou 
contratação de pessoal, a qualquer �tulo, pelos órgãos e en�dades da administração direta ou 
indireta, inclusive fundações ins�tuídas e man�das pelo poder público, só poderão ser feitas: 
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de 
despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; 
II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as 
empresas públicas e as sociedades de economia mista. 
§ 2º Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar referida neste ar�go para a 
adaptação aos parâmetros ali previstos, serão imediatamente suspensos todos os repasses de 
verbas federais ou estaduais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios que não 
observarem os referidos limites. 
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste ar�go, durante o 
prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios adotarão as seguintes providências: 
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e 
funções de confiança; 
II - exoneração dos servidores não estáveis. 
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para 
assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste ar�go, o 
servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato norma�vo mo�vado de cada um dos 
Poderes especifique a a�vidade funcional, o órgão ou unidade administra�va objeto da redução 
de pessoal. 
§ 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a indenização 
correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço. 
§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado 
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ex�nto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas 
pelo prazo de quatro anos. 
§ 7º Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na efe�vação do 
disposto no § 4º. 
Ø Não há súmulas sobre o ponto.
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JURISPRUDÊNCIA
INVASÃO DE COMPETÊNCIA LEGISLATIVA DA UNIÃO: LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
(STF, Plenário. ADI 5449, 10.3.2016 – Informa�vo 817)
Ÿ DECISUM (Decisão): É incons�tucional lei estadual que amplia os limites máximos de gastos 
com pessoal es�pulados nos arts. 19 e 20 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF – Lei 
complementar 101/200).
Ÿ RATIO DECIDENDI (Fundamentação jurídica): A teor do art. 169 da CRFB/88, a despesa com 
pessoal da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder 
limites fixados em lei complementar. A par disso, é sabido que, no âmbito da competência 
legisla�va concorrente, a União disporá sobre as normas gerais (art. 24, I da CRFB), as quais já 
estão traçadas na LRF, mo�vo que ensejou a declaração de incons�tucionalidade por 
usurpação de competência da União para tratar a respeito. 
INVASÃO DE COMPETÊNCIA LEGISLATIVA DA UNIÃO: DEPÓSITOS JUDICIAIS
(STF, Plenário. ADI 5409, 25.11.2015 – Informa�vo 809)
Ÿ DECISUM (Decisão): É incons�tucional lei estadual que prevê a permissão de o Poder 
Execu�vo u�lizar os valores constantes dos depósitos judiciais não apenas relacionados com 
os processos em que os Estados sejam parte, mas também oriundos de outros processos em 
que estejam li�gando somente par�culares. 
Ÿ RATIO DECIDENDI (Fundamentação jurídica): Leis dessa natureza (obs.: o STF já declarou a 
incons�tucionalidade várias delas) são incons�tucionais por violarem o seguinte: (i) o princípio da 
separação dos poderes; (ii) a inicia�va priva�va legisla�va da União (art. 22, I da CRFB/88), e (iii) a 
Lei complementar federal 151/2015, que apenas autoriza o levantamento de 70% dos valores que 
sejam objeto de depósitos vinculados a processos em que os entes federados sejam parte.
DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS E VÍCIO DE INICIATIVA
(STF, Plenário. ADI 2072/RS, 4.2.2015)
Ÿ DECISUM (Decisão): É incons�tucional norma estadual que, mediante emenda parlamentar, 
ao tornar o governo estadual devedor principal de obrigações que agricultores daquele 
Estado-membro assumiram, inicialmente, com o governo Federal, altera a natureza do pacto 
originalmente firmado.
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Ÿ RATIO DECIDENDI (Fundamentação jurídica): A emenda parlamentar em questão dispõe sobre 
despesa orçamentária, afrontando a competência do Poder Execu�vo prevista nos arts. 84, XXIII 
e 165, III, ambos da CRFB, além de não se adequar a nenhuma das hipóteses admi�das de 
“emenda parlamentar ao projeto de lei rela�vo ao orçamento anual” (art. 166, §3º, CRFB).
Art. 84. Compete priva�vamente ao Presidente da República: (...)
XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes 
orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Cons�tuição; (...)
Art. 165. Leis de inicia�va do Poder Execu�vo estabelecerão: (...)
III - os orçamentos anuais.” (...)
Art. 166. Os projetos de lei rela�vos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, 
ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do 
Congresso Nacional, na forma do regimento comum. (...)
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o 
modifiquem somente podem ser aprovadas caso:
I - sejam compa�veis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II - indiquem os recursos necessários, admi�dos apenas os provenientes de anulação 
de despesa, excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias cons�tucionais para Estados, Municípios e Distrito 
Federal; ou
III - sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os disposi�vos do texto do projeto de lei.”
JUDICIALIZAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS: ESTOQUE MÍNIMO DE MEDICAMENTOS
(STF, 1ª Turma. RE 429903/RJ, 25.6.2014 – Informa�vo 752)
Ÿ DECISUM (Decisão): O Poder Execu�vo pode ser obrigado – por força de decisão do Poder 
Judiciário –, a manter estoque mínimo de determinado medicamento u�lizado no combate a 
certa doença grave, para o fim de evitar (reiteradas) interrupções no tratamento.
Ÿ RATIO DECIDENDI (Fundamentação jurídica): Para o STF, inexiste ofensa ao princípio da 
separação dos poderes, uma vez que a decisão do Poder Judiciário não interfere nas metas e 
prioridades do Estado, pois sequer transmuta a gestão orçamentária. Logo, tendo-se 
comprovado a ilegalidade ou o abuso por parte da Administração Pública ao deixar “zerado” o 
estoque de medicamentos de um tratamento con�nuo de doença grave, há apenas e tão 
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somente controle judicial do serviço público, apto a manter a higidez do núcleo essencial do 
direito fundamental à saúde (mínimo existencial), jus�fica�va que afasta a incidência da 
teoria da reserva do possível. 
JUDICIALIZAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS: ACESSIBIDADE EM PRÉDIOS PÚBLICOS
(STF, 1ª Turma. RE 440028/SP, 29/10/2013 – lnforma�vo 726).
Ÿ
Ÿ DECISUM (Decisão): A CRFB/88 e a Convenção Internacional sobre Direitos das Pessoas com 
Deficiência asseguram o direito dos portadores de necessidades especiais ao acesso a prédios 
públicos, sendo dever da Administração Pública a adoção de providência que viabilizem tal 
direito de acessibilidade a prédios públicos. 
Ÿ RATIO DECIDENDI (Fundamentação jurídica): O Poder Judiciário, em situações excepcionais, 
podedeterminar que o Poder Execu�vo adote medidas assecuratórias de direitos 
cons�tucionalmente dispostos como essenciais, desde que se limite a garan�r o núcleo 
intangível do direito essencial (mínimo existencial), pois assim procedendo, estará zelando 
pelo princípio da harmonia e independência dos poderes, que foi talhado como meio de 
garan�a de direitos, e não como escusa de responsabilidades. 
JUDICIALIZAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS: REFORMA DE CADEIA PÚBLICA OU CONSTRUÇÃO 
DE NOVA UNIDADE PRISIONAL
(STJ, 2ª Turma. REsp 1.389.952-MT, 3.6.2014 – lnforma�vo 543)
Ÿ DECISUM (Decisão): Se forem constatadas inúmeras irregularidades em cadeia pública (ex.: 
superlotação, celas sem condições mínimas de salubridade para a permanência de detentos, 
especialmente em razão de defeitos estruturais, de ausência de ven�lação, de iluminação e de 
instalações sanitárias adequadas, desrespeito à integridade �sica e moral dos prisioneiros, 
havendo, ainda, relatos de que as visitas ín�mas seriam realizadas dentro das próprias celas e 
em grupos, outrossim que exis�riam detentas acomodadas improvisadamente), a alega�va de 
ausência de previsão orçamentária não obsta que seja julgado procedente o pedido de Ação civil 
Pública (ACP) que, dentre outros, tenha por objeto determinar ao Estado que adote as 
providências administra�vas e aloque as respec�vas rubricas orçamentárias para fazer face à 
reforma ou à construção de unidade prisional, notadamente quando inexis�r comprovação 
obje�va da incapacidade econômico-financeira da pessoa estatal. 
Ÿ RATIO DECIDENDI (Fundamentação jurídica): Não prospera a invocação da reserva do possível 
quando não houve comprovação obje�va (fá�ca, e não meramente jurídica) da incapacidade 
econômico-financeira da pessoa estatal, já que prevalece a garan�a do mínimo existencial dos presos.
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JUDICIALIZAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS: OBRAS EMERGENCIAIS EM ESTABELECIMENTO 
PRISIONAL
(STF, Plenário. RE 592581/RS, 13.8.2015 – lnforma�vo 794)
Ÿ DECISUM (Decisão): Admite-se ao Poder Judiciário determinar ao Poder Execu�vo o 
cumprimento de obrigação de fazer consistente em promover medidas tendentes à execução 
de obras emergenciais em estabelecimentos prisionais.
Ÿ RATIO DECIDENDI (Fundamentação jurídica): Prevalece, na espécie, a garan�a à integridade 
�sica e moral dos detentos (art. 5º, XLIX, CRFB) e o postulado da dignidade da pessoa humana 
(art. 1º, III, CRFB), não sendo oponível à decisão o argumento da reserva do possível, 
tampouco o princípio da separação dos poderes.
JUDICIALIZAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS: SISTEMA CARCERÁRIO E ESTADO DE COISAS 
INCONSTITUCIONAL
(STF, Plenário. ADPF 347 MC/DF, 9.9.2015 – lnforma�vo 798)
Ÿ DECISUM (Decisão): O Estado de Coisas Incons�tucional ocorre quando se constata a 
existência de um quadro de violação generalizada e sistêmica de direitos fundamentais, 
causado pela inércia ou incapacidade reiterada e persistente das autoridades públicas em 
modificar a conjuntura. Portanto, apenas transformações estruturais da atuação do Poder 
Público e a atuação de uma pluralidade de autoridades podem modificar a situação 
incons�tucional. Reconheceu-se que o sistema penitenciário brasileiro vive um "Estado de 
Coisas Incons�tucional", com uma violação generalizada de direitos fundamentais dos presos
Ÿ RATIO DECIDENDI (Fundamentação jurídica): Entendeu-se que as penas priva�vas de 
liberdade aplicadas nos presídios acabam sendo penas cruéis e desumanas (vedadas pelo art. 
5º, XLVII, alíneas “d” e “e”, CRFB). Outrossim, asseverou-se que a responsabilidade por essa 
situação deve ser atribuída aos três Poderes (Legisla�vo, Execu�vo e Judiciário), em nível de 
União, de Estados-membros e de Distrito Federal. Aliás, a ausência de medidas legisla�vas, 
administra�vas e orçamentárias eficazes representa uma verdadeira "falha estrutural", que 
gera ofensa aos direitos dos presos, além da perpetuação e do agravamento da situação. Em 
assim sendo, cabe ao STF o papel de re�rar os demais poderes da inércia, coordenar ações, 
colimando (obje�vando) resolver o problema e monitorar os resultados alcançados.
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1. (CESPE – PGE-PI/2014): A Lei nº 4.320/1964, 
apesar de ser lei ordinária, foi recepcionada pela 
CF com status de lei complementar, só podendo, 
hoje, ser alterada por lei estatura. ( )
2. (CESPE – PGE-PI/2014): Ao tratar da 
competência concorrente para legislar sobre 
orçamento, a CF não se referiu aos municípios, 
estando a doutrina majoritária posicionada no 
sen�do de que, apesar de o cons�tuinte ter 
silenciado a respeito, os municípios podem 
reivindicar tal competência. ( )
3. (CESPE – TCE-PR/2016): A competência 
legisla�va da União sobre direito financeiro 
limita-se ao estabelecimento de normas 
gerais. ( )
4. (CESPE – PGEBA/2014): O instrumento 
legisla�vo exigido pela CF, na esfera federal, 
para dispor sobre normas de finanças 
públicas é sempre a lei complementar. ( )
5. (CESPE – PGE-BA/2014): Os estados podem 
legislar sobre direito financeiro e, sempre que o 
fizerem, estarão revogando qualquer norma 
preexistente, ainda que editada pela União. ( )
6. (CESPE – PG-DF/2013): O Distrito Federal tem 
competência exclusiva para dispor sobre 
normas gerais de direito financeiro. ( )
7. (CESPE – PG-DF/2013): Enquanto a Lei n.º 
4.320/1964, que tem hoje status de lei 
complementar, dispõe sobre normas gerais 
sobre a elaboração do orçamento, a LRF 
procura estabelecer normas de finanças 
públicas para a responsabilidade na gestão 
fiscal. ( ) 
8. (CESPE – Procurador do TC-DF/2013): Um 
estado brasileiro pretende reorganizar seu 
sistema de finanças públicas, para melhorar a 
eficiência do planejamento e do gasto 
público; para isso, deverá, entre outras ações, 
modificar o aparato jurídico que ordena a 
matéria. Entretanto, o referido estado não 
poderá editar norma geral dispondo sobre 
orçamentos, diretrizes orçamentárias e plano 
plurianual. ( )
9. (CESPE – PGM/FORTALEZA – 2017): A adoção 
do federalismo coopera�vo equilibrado pela 
CF visa à redução das desigualdades 
regionais. ( )
10. (CESPE – PGM/FORTALEZA – 2017): No que 
diz respeito ao Direito Financeiro, a CF pode 
ser classificada como semirrígida, uma vez 
que restringe a regulação de certos temas de 
finanças públicas a lei complementar e deixa 
outros à disciplina de lei ordinária. ( )
 
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QUESTÕES PARA RESOLUÇÃO
Observação: seguem questões de provas anteriores para resolução. Em seguida, há tópico 
com as mesmas questões, acompanhadas dos comentários per�nentes.
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GABARITO
QUESTÃO 1 CERTO
QUESTÃO 2 CERTO
QUESTÃO 3 CERTO
QUESTÃO 4 CERTO
QUESTÃO 5 ERRADO
QUESTÃO 6 ERRADO
QUESTÃO 7 CERTO
QUESTÃO 8 CERTO
QUESTÃO 9 CERTO
QUESTÃO 10 ERRADO
33
1. (CESPE – PGE-PI/2014): A Lei nº 4.320/1964, 
apesar de ser lei ordinária, foi recepcionada pela 
CF com status de lei complementar, só podendo, 
hoje, ser alterada por lei dessa estatura.
(CERTO) Jus�fica�va: ADI 1726 é conclusão da 
associada ao princípio do paralelismo das 
formas, segundo o qual a alteração da lei deve se 
efe�var pelo mesmo instrumento que a originou 
ou outro de maior amplitude. À vista disso, uma 
lei ordinária só pode ser alterada por outra lei 
ordinária ou por uma lei complementar ao passo 
que uma lei complementar só pode ser 
modificada por outra lei complementar. Apesar 
de não exis�r hierarquia entre lei ordinária e lei 
complementar (o que háé uma reserva de 
matérias a serem tratadas apenas por lei 
complementar), o quórum de aprovação da 
primeira é de maioria rela�va enquanto da 
segunda é de maioria absoluta, razão pela qual 
torna a lei complementar de maior amplitude. 
Técnica de resolução da questão “PARECE, MAS 
NÃO É”: geralmente, o uso de expressões 
“absolu�zadoras” (excluem as exceções. No 
enunciado, u�lizou-se o termo “só”) torna a 
asser�va errada, visto que o Direito é conformado 
de inúmeras exceções. Todavia, não se trata de 
regra absoluta, já que existem, sim, raras asser�vas 
que não admitem exceções. Portanto, a asser�va 
está CORRETA, apesar de parecer errada por conta 
da u�lização do “só”. Por isso, o aluno MEGE deve 
ficar atento a tal detalhe. 
2. (CESPE – PGE-PI/2014): Ao tratar da 
competência concorrente para legislar sobre 
orçamento, a CF não se referiu aos municípios, 
estando a doutrina majoritária posicionada no 
sen�do de que, apesar de o cons�tuinte ter 
silenciado a respeito, os municípios podem 
reivindicar tal competência. 
(CERTO) Jus�fica�va: Muito embora repouse 
importante celeuma doutrinária a respeito, em 
razão de os Municípios não estarem elencados 
expressamente no art. 24, incisos I e I da CRFB, a 
doutrina majoritária e o CESPE (CEBRASPE) 
consideram correta a asser�va de que compete 
aos Municípios legislar concorrentemente sobre 
Direito financeiro, com fulcro no art. 30, incisos I e 
II da CRFB.
3. (CESPE – TCE-PR/2016): A competência 
legisla�va da União sobre direito financeiro 
limita-se ao estabelecimento de normas gerais.
(CERTO) Jus�fica�va: art. 24, § 1º, CRFB. Nos casos 
de competência concorrente, a União editará 
normas gerais e os Estados podem suplementar a 
legislação nacional, que se limita às normas gerais. 
Técnica de resolução da questão “PRECEITO 
NORMATIVO, E NÃO TEXTO NORMATIVO”: 
d i ferentemente da maior ia das bancas 
examinadoras, o CESPE (CEBRAPE) não cobra a 
literalidade da legislação, a qual é conhecida 
como . Nesse sen�do, a maior texto norma�vo
parte das bancas apenas faz o famoso “copia e 
cola” em relação ao e cobra na texto norma�vo
prova. Porém, o es�lo CESPE (CEBRASPE) de 
cobrança é prezar pela solidez do conhecimento 
do candidato, logo não cobrará a literalidade da 
lei ou da Cons�tuição, e sim o seu preceito 
norma�vo, que nada mais é do que o conteúdo 
da norma. E qual o preceito norma�vo cobrado 
na questão? Quando se tratar de competência 
legisla�va concorrente, a União só poderá 
dispor sobre normas gerais!
4. (CESPE – PGE-BA/2014): O instrumento 
legisla�vo exigido pela CF, na esfera federal, 
para dispor sobre normas de finanças 
públicas é sempre a lei complementar.
(CERTO) Jus�fica�va: Art. 163, inciso I, CRFB 
(“ Lei complementar disporá sobre: Ar�go 163. I -
finanças públicas. (...)”
Técnica de resolução da questão “PARECE, MAS 
NÃO É”: geralmente, o uso de expressões 
“absolu�zadoras” (excluem as exceções. No 
enunciado, u�lizou-se o termo “sempre”) torna a 
asser�va errada, v isto que o Direito é 
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QUESTÕES COMENTADAS
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conformado de inúmeras exceções. Todavia, não 
se trata de regra absoluta, já que existem, sim, 
raras asser�vas que não admitem exceções. 
Portanto, a asser�va está CORRETA, apesar de 
parecer errada por conta da u�lização do 
“sempre”. Por isso, o aluno MEGE deve ficar 
atento a tal detalhe. 
5. (CESPE – PGE-BA/2014): Os estados podem 
legislar sobre direito financeiro e, sempre que 
o fizerem, estarão revogando qualquer norma 
preexistente, ainda que editada pela União.
(ERRADO) Jus�fica�va: não há hierarquia entre os 
entes federados, e sim repar�ção de competências 
( ), com base no federalismos de cooperação
princípio da preponderância do interesse (União: 
interesse nacional; Estados/DF: interesse 
regional; Municípios: interesse local). Por isso, 
i n ex i s te revo ga çã o, n o ca s o, j á q u e a 
superveniência de lei da União sobre normas 
gerais resultará em suspensão da eficácia da lei 
estadual, no que lhe for contrária (art. 24, § 1º, 
CRFB).
6. (CESPE – PG-DF/2013): O Distrito Federal tem 
competência exclusiva para dispor sobre 
normas gerais de direito financeiro.
(ERRADO) Jus�fica�va: a competência legisla�va 
para editar normas gerais pertence à União (art. 
24, § 1º, CRFB). Esse é o preceito norma�vo.
7. (CESPE – PG-DF/2013): Enquanto a Lei n.º 
4.320/1964, que tem hoje status de lei 
complementar, dispõe sobre normas gerais 
sobre a elaboração do orçamento, a LRF procura 
estabelecer normas de finanças públicas para a 
responsabilidade na gestão fiscal. 
(CERTO) Jus�fica�va: é exatamente a ementa de 
cada uma das leis citadas. 
8. (CESPE – Procurador do TC-DF/2013): Um 
estado brasileiro pretende reorganizar seu 
sistema de finanças públicas, para melhorar a 
eficiência do planejamento e do gasto 
público; para isso, deverá, entre outras ações, 
modificar o aparato jurídico que ordena a 
matéria. Entretanto, o referido estado não 
poderá editar norma geral dispondo sobre 
orçamentos, diretrizes orçamentárias e plano 
plurianual. 
(CERTO) Jus�fica�va: a competência legisla�va 
para a edição de normas gerais de Direito 
financeiro e orçamento é da União (art. 24, incisos I 
e II c/c §1º, CRFB). É esse o preceito norma�vo!
9. (CESPE – PGM/FORTALEZA – 2017): A adoção 
do federalismo coopera�vo equilibrado pela 
CF visa à redução das desigualdades regionais.
(CERTO) Jus�fica�va: A asser�va corresponde ao 
teor do art. 3º, III da CF/88:
A r t . 3 º C o n s � t u e m o b j e � v o s 
fundamentais da República Federa�va 
do Brasil: (...)
I I I - e r r a d i c a r a p o b r e z a e a 
m a r g i n a l i z a ç ã o e r e d u z i r a s 
desigualdades sociais e regionais;
10. (CESPE – PGM/FORTALEZA – 2017): No que 
diz respeito ao Direito Financeiro, a CF pode 
ser classificada como semirrígida, uma vez 
que restringe a regulação de certos temas de 
finanças públicas a lei complementar e deixa 
outros à disciplina de lei ordinária.
(ERRADO) Jus�fica�va: Denomina-se rígida a 
cons�tuição que determina procedimento especial 
e solene para a sua modificação, não admi�ndo ser 
alterada da mesma forma que as leis ordinárias.
A atual Cons�tuição Federal é rígida, posto que 
determina uma forma solene de alteração, que 
será através de Emenda Cons�tucional aprovada 
em dois turnos, por 3/5 dos membros das duas 
casas do Congresso Nacional (Art. 60, 2º, 
Cons�tuição Federal), ao contrário das Leis 
Ordinárias que são modificadas em único turno, 
por maioria simples e da Lei Complementar - por 
maioria absoluta, além das hipóteses que a 
Cons�tuição prevê a inicia�va restrita.

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