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DIREITO EMPRESARIAL I - CCJ0026 Semana Aula: 1 Introdução ao Direito Empresarial Tema Evolução Histórica do Direito Empresarial Palavras-chave Objetivos O aluno deverá ser capaz de: - Conhecer o plano de ensino da disciplina e sua importância; - Visualizar através da apresentação do mapa conceitual o encadeamento existente entre as unidades que compõe a ementa da disciplina. - Compreender a importância do Direito Empresarial na formação do profissional; - Verificar a relação do conteúdo do Direito Empresarial com as demais disciplinas ministradas no curso; - Compreender a evolução histórica do Direito Empresarial. Estrutura de Conteúdo Introdução ao Direito Empresarial . Noções Históricas: A princípio, começa a se desenvolver um Direito Comercial, essencialmente baseado em costumes, com a formação das corporações de mercadores (Gênova, Florença, Veneza), surgidas em virtude das condições avessas ao desenvolvimento do comércio. Era preciso que os comerciantes se unissem para ter força política - o poder econômico e militar de tais corporações foi tão grande que foi capaz de operar a transição do regime feudal para o regime das monarquias absolutas. Nessa fase, os comerciantes estavam sujeitos a uma jurisdição especial (cônsul), distinta da jurisdição comum, o direito comercial só se aplicava aos comerciantes. Havia o chamado critério corporativo (sistema subjetivo), pelo qual se o sujeito fosse membro de determinada corporação de ofício o direito a ser aplicado seria o da corporação. Posteriormente o direito seria aplicado pelo próprio Estado com a ascensão da burguesia ao poder, mantendo-se a disciplina autônoma. Desse modo, pode-se afirmar que numa primeira fase o direito comercial era o direito dos comerciantes. Com o passar do tempo os comerciantes passaram a praticar atos acessórios, que surgiram ligados a atividade comercial, mas logo se tornaram autônomos (títulos cambiários), sendo utilizados inclusive por quem não era comerciante. Já não era suficiente a concepção de direito comercial como direito dos comerciantes, era necessário estender seu âmbito de aplicação para disciplinar relação que não envolviam comerciantes. Desenvolve-se a partir desse momento o sistema objetivista, o qual desloca o centro do direito comercial para os chamados atos de comércio. Tal sistema foi adotado pelo de Código Comercial napoleônico, o qual influenciou diretamente a elaboração do nosso Código Comercial de 1850, posteriormente complementado pelo Regulamento 737 de 1850. Modernamente surge uma nova concepção que qualifica o direito comercial como o direito das empresas, orientação maciçamente adotada na doutrina pátria, apesar de alguma ainda existir alguma resistência. Nesta fase histórica, o direito comercial reencontra sua justificação não na tutela do comerciante, mas na tutela do crédito e da circulação de bens ou serviços . Além da aceitação doutrinária, tal concepção influenciou os trabalhos de atualização do direito comercial positivo brasileiro, sobretudo na elaboração do novo Código Civil, que unifica a disciplina das matérias mercantis e civis, similarmente ao ocorrido na Itália no Código de 1942. Relações com outros ramos do direito e com a economia - Evolução: A noção inicial de empresa advém da economia, ligada à idéia central da organização dos fatores da produção (capital, trabalho, natureza), para a realização de uma atividade econômica. A empresa é a unidade produtora cuja tarefa é combinar fatores de produção com o fim de oferecer ao mercado bens ou serviços, não importa qual o estágio da produção". A partir de tal acepção econômica é que se desenvolve o conceito jurídico de empresa, o qual não nos é dado explicitamente pelo direito positivo, nem mesmo nos países onde a teoria da empresa foi positivada inicialmente. Por tratar-se de um conceito originalmente econômico, alguns autores pretendiam negar importância a tal conceito, outros pretendiam criar um conceito jurídico completamente diverso. Todavia, os resultados de tais tentativas se mostraram insatisfatórios, tendo prevalecido a idéia de que o conceito jurídico de empresa se assenta nesse conceito econômico, pois o fenômeno é o mesmo econômico, sociológico, religioso ou político, apenas formulado de acordo com a visão e a linguagem da ciência jurídica. Fontes do Direito empresarial: Modo de surgimento de regras jurídicas de índole empresarial. Formas de divisão: - Fontes primárias - leis empresariais. Direito positivo. - Fontes secundárias - fontes indiretas ou subsidiárias Usos e costumes - raízes histórias do direito consuetudinário. Analogia e princípios gerais do Direito (Art. 4. da LICC) Jurisprudência Código Civil Italiano de 1942: Na Itália, o Código civil de 1942 adota a teoria da empresa, sem, contudo ter formulado um conceito jurídico do que seja empresa, o que deu margem a inúmeros esforços no sentido da formulação de um conceito jurídico. Destacamos a originalidade e por aspectos didáticos a teoria dos perfis da empresa elaborada por Alberto Asquini. Asquini defrontou-se com a inexistência de um conceito de empresa, e analisando o diploma legal chegou a conclusão que haveria uma diversidade de perfis no conceito, para ele " o conceito de empresa é o conceito de um fenômeno jurídico poliédrico, o qual tem sob o aspecto jurídico não um, mas diversos perfis em relação aos diversos elementos que ali concorrem?. O primeiro perfil da empresa identificado por Asquini foi o perfil subjetivo pelo qual a empresa se identificaria com o empresário, cujo conceito é dado pelo artigo 2.084 do Código Civil Italiano como sendo "quem exercita profissionalmente atividade econômica organizada com o fim da produção e da troca de bens ou serviços". Neste aspecto, a empresa seria uma pessoa. Asquini também identifica na empresa um perfil funcional, identificando-a com a atividade empresarial, a empresa seria aquela "particular força em movimento que é a atividade empresarial dirigida a um determinado escopo produtivo". . Temos ainda o perfil objetivo ou patrimonial que identificaria a empresa com o conjunto de bens destinado ao exercício da atividade empresarial, distinto do patrimônio remanescente nas mãos da empresa, vale dizer, a empresa seria um patrimônio afetado a uma finalidade específica. Por fim, haveria o perfil corporativo, pelo qual a empresa seria a instituição que reúne o empresário e seus colaboradores, seria "aquela especial organização de pessoas que é formada pelo empresário e por seus prestadores de serviço, seus colaboradores e demais stakeholders. Um núcleo social organizado em função de um fim econômico comum. Procedimentos de Ensino Aulas expositivas. Estudo dirigido à casos concretos com atribuição de até 1,0 ponto de acordo com as postagens tempestivas pelo aluno. Realização de Pesquisas e debates. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica Recursos - Quadro branco e marcadores para quadro branco coloridos; - Recursos audiovisuais (retroprojetor, computador, datashow e vídeos). Aplicação: articulação teoria e prática Caso Concreto: O novo código civil trouxe várias inovações no que diz respeito ao Direito Empresarial e seus princípios. Uma das principais alterações se refere à substituição de conceitos adotados anteriormente pela teoria dos ?atos de comércio? que passam a ser regulados agora pela teoria ?da empresa? instituída na Itália. Nesse sentido, com fulcro no novo Código Civil, defina e diferencie ?empresa? de ?empresário?, trazendo as características de cada um. Questão Objetiva: Cláudio e Roberto, artistas plásticos, INSCRITOS no CNPJ, prestam serviços de restauração de obras de arte nas praças localizadas nas proximidades de seu bairro, cobrandoquantias irrisórias pelos serviços prestados aos moradores da região. Esta sociedade não possui elemento de empresa, embora estes serviços sejam cobrados e os sócios, apesar de lucrarem muito pouco, vivem dos valores cobrados por suas restaurações. A atividade desenvolvida por eles, constitui, de acordo com o Código Civil: a) Uma atividade empresária. b) Uma sociedade simples. c) Uma sociedade personificada simples. d) Uma sociedade civil. e) Uma associação. Avaliação Sugestão de Gabarito: Caso Concreto: A Empresa é o objeto da atividade do empresário. O Empresário é o sujeito que exerce a atividade de empresa, seja individual ou coletivamente, no caso de sociedade empresária. Artigos: 966, 967 e 981 do Código Civil. Questão Objetiva: Alternativa B. A Sociedade é Simples, pois apesar do lucro obtido, esta atividade não constitui elemento de empresa, tratando-se ainda de uma atividade artística. Artigo 966, parágrafo único do Código Civil. Considerações Adicionais DIREITO EMPRESARIAL I - CCJ0026 Semana Aula: 2 Teoria da Empresa Tema Teoria da Empresa Palavras-chave Objetivos O aluno deverá ser capaz de: - Conhecer o conceito de empresa e dos elementos da Organização da Atividade Econômica; - Visualizar a aplicabilidade da Teoria da Empresa no Novo Código Civil de 2002; - Verificar os princípios constitucionais da Ordem Econômica; - Compreender os conceitos de empresário individual e sociedade. Estrutura de Conteúdo Conceito de Empresa e a organização da atividade econômica: A empresa se apresenta como um instrumento voltado para a produção de riquezas; atua de forma organizada e profissional desenvolvendo atividades econômicas voltadas para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. A combinação do capital com a tecnologia e o trabalho, no intuito de lucro, faz nascer o risco de a empresa alcançar, ou não, o objetivo esperado, por isso, o negócio tem que ser realizado de maneira profissional, uma vez que vários agentes dependem do sucesso da empresa, para continuar operando no mercado. O conceito de Empresa baseia-se na organização dos fatores da produção, fazendo-os compreender o estabelecimento de um novo regime geral de disciplina da atividade econômica e a sua abrangência. Relevante sua função social na produção de riquezas e produção de bens e renda. Princípios Norteadores da Ordem Econômica: Importante ressaltar que os artigos 170 a 181 da CRFB/1988 estabelecem os Princípios Gerais da Ordem Econômica, pautados na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa. A Teoria da Empresa e sua aplicabilidade no Código Civil de 2002. O empresário: O Código Civil de 2002 revogou a primeira parte do Código Comercial de 1850, continuando em vigor apenas os dispositivos relativos ao Direito Marítimo. Ao incorporar o ?Direito de Empresa? no Código Civil de 2002, o objetivo era a unificação do Direito Privado, que entre nós é motivo de divergência na doutrina. O Código Civil de 2002 não conceitua empresa, limitando a conceituar o empresário, deslocando o foco para quem efetivamente assume os ricos da atividade empresarial. O artigo 966 traz o conceito de empresário: ?Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.? Caracteriza-se então a empresa por 5 elementos: a) atividade econômica; b) atividade organizada; c) exercida de forma profissional; d) para produção e/ou circulação; e) bens e/ou prestação de serviços. Procedimentos de Ensino Aulas expositivas. Estudo dirigido à casos concretos com atribuição de até 1,0 ponto de acordo com elaboração da semana indicadapelo professor e a postagem tempestiva realizada pelo aluno no sistema . Realização de Pesquisas e debates. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica Recursos - Quadro branco e marcadores para quadro branco coloridos; - Recursos audiovisuais (retroprojetor, computador, datashow e vídeos). Aplicação: articulação teoria e prática Caso Concreto: Três esteticistas constituíram uma sociedade para explorar em uma clínica no Centro de Salvador, técnicas de preenchimentos faciais e toda uma gama de práticas para rejuvenescimento. Os sócios exercem suas especialidades, embora contem com o auxílio de colaboradores. Esta sociedade caracteriza-se, ou não, como sociedade empresária? Por quê? Questão Objetiva: De acordo com a ?teoria da empresa? adotada pelo Código Civil é CORRETO afirmar: A. A exploração profissional, individual, direta, habitual e com fins lucrativos de uma atividade econômica será, necessariamente, uma atividade empresarial; B.O profissional liberal que exerça atividade intelectual de natureza científica e cuja atividade constitui elemento de empresa será considerado empresário; C.Aquele que exerce atividade rural organizada, com mão de obra assalariada, será considerado empresário rural independentemente de registro; D. O profissional liberal que exerça atividade intelectual de natureza artística e cuja atividade constitui elemento de empresa não pode ser considerado empresário. E. Todo Profissional Liberal será considerado Empresário. Avaliação Sugestão de Gabarito: Caso Concreto: Não se trata de uma sociedade empresária, e sim, de sociedade simples, pois os sócios exercem suas especialidades como atividade principal, embora com o auxílio de colaboradores, não constitui elemento de empresa conforme o art. 966, par. Único, in fine do Código Civil. Questão Objetiva: Alternativa B. ART.966, p. único CC/02. Considerações Adicionais DIREITO EMPRESARIAL I - CCJ0026 Semana Aula: 3 Empresário Individual Tema Empresário Individual Palavras-chave Objetivos O aluno deverá ser capaz de: - Compreender o conceito de empresário individual e as conseqüências do exercício da atividade empresarial de forma individual em relação ao seu patrimônio; - Verificar as atividades que estão excluídas do contexto empresarial; - Compreender os pressupostos para o exercício da atividade empresarial. Estrutura de Conteúdo Empresário Individual: O empresário individual é aquele que exerce a atividade empresarial enquanto pessoa física, individualmente, tendo como conseqüência a responsabilidade integral pelas obrigações sociais inclusive com o patrimônio pessoal (confusão patrimonial). O empresário individual é equiparado a uma Pessoa Jurídica pela legislação fiscal. Atividades excluídas do contexto empresarial. Atividade Intelectual. Científica. Artística. Literária: O parágrafo único do artigo 966 do Código Civil afasta algumas atividades do conceito de empresário tais como atividade intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda que contem com auxiliares ou colaboradores. À exceção é quando o exercício desta atividade for elemento da empresa, organizando os fatores de produção. Pressupostos para o Exercício da Empresa Individual: Capacidade. Ausência de Impedimento Legal. Incapaz empresário: A Capacidade civil plena, conforme artigo 972 do Código Civil é requisito para o exercício da empresa individual. O requisito da capacidade para o exercício da empresa individual é imperativo para iniciar a empresa individual. O incapaz poderá continuá-la, sendo procedimento previsto no artigo 974 e parágrafos do Código Civil. Mulher Casada empresária. Estrangeiro empresário. Servidor Público. Empresário Falido. Os proibidos de Empresariar: O exercício da atividade empresarial entre cônjuges é possível desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens ou no da separação obrigatória, conforme disposto no artigo 977 do Código Civil. Ressalta-se a responsabilidade pessoal pelas obrigações sociais de quem legalmente impedida de exercer a atividade empresarial (artigo 973 doCódigo Civil). Procedimentos de Ensino Aulas expositivas. Estudo dirigido à casos concretos com atribuição de até 1,0 ponto de acordo com elaboração da semana indicadapelo professor e a postagem tempestiva realizada pelo aluno no sistema . Realização de Pesquisas e debates. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica Recursos - Quadro branco e marcadores para quadro branco coloridos; - Recursos audiovisuais (retroprojetor, computador, datashow e vídeos). Aplicação: articulação teoria e prática Caso Concreto: Ana e Amaury, são casados pelo regime da comunhão total de bens. Ana tem 17 anos e deseja ser empresária individual e consulta você como advogado(a), sobre a possibilidade de realizar esta empreitada. No caso apresentado, Ana poderá ser empresária individual ? Questão Objetiva: Arnaldo é Servidor Público e deseja ser empresário individual no ramo de compra e venda de peças para automotivos. Diante da pretensão de Arnaldo, assinale a alternativa correta: A. O Servidor público, não pode ser empresário individual em razão da vedação de sua legislação de regência. Contudo, poderá ser sócio de sociedade limitada ou anônima desde que não faça parte da administração societária. B. As pessoas proibidas ou impedidas da prática da atividade empresária, se eximem dos atos praticados com infringência à sua legislação de regência. C. Não são válidos os atos praticados por uma pessoa expressamente proibida para o exercício da atividade empresária. D. O Servidor público pode ser empresário individual, pois não existe vedação de sua legislação de regência. Contudo, não poderá ser sócio de sociedade limitada ou anônima. E. O Servidor público, não pode ser empresário individual em razão da vedação de sua legislação de regência. Contudo, poderá ser sócio de sociedade limitada ou anônima mesmo que faça parte da administração da sociedade. Avaliação Sugestão de Gabarito: Caso Concreto: Ana poderá ser empresária individual, uma vez que com o casamento, tornou-se plenamente capaz em razão de ter sido emancipada. Art.5º c/c972 do CC. Não poderia pelo artigo 977 do mesmo dispositivo legal, ser sócia de uma sociedade, em razão do regime de bens. Questão Objetiva: Alternativa A. Artigo 973 do Código Civil. Considerações Adicionais DIREITO EMPRESARIAL I - CCJ0026 Semana Aula: 4 Obrigações Profissionais do Empresário Tema Obrigações Profissionais do Empresário Palavras-chave Objetivos O aluno deverá ser capaz de: - Conhecer as obrigações profissionais do empresário; - Compreender a importância do registro para a regularidade do exercício da atividade empresarial; - Verificar a escrituração regular, conhecer os livros do empresário e as conseqüências da não observância das obrigações. Estrutura de Conteúdo Obrigações profissionais do empresário. Registro Público de Empresas Mercantis: Antes do início da atividade empresarial é obrigatório o arquivamento dos atos constitutivos da empresa no Registro Público de Empresas Mercantis, de acordo com o artigo 967 do Código Civil. Importante destacar a bifurcação existente em relação ao registro: o empresário e a sociedade empresária realização o registro junto ao Registro Público de Empresas Mercantis, enquanto as sociedades simples vinculam-se ao Cartório Civil de Pessoa Jurídica. O registro das empresas de exercem atividade economicamente organizada está disciplinada na Lei 8.934/1994. Escrituração Regular: Livros do Empresário. Contabilidade. Não observância das obrigações: desdobramentos: A manutenção da escrituração regular é obrigatória de acordo com o artigo 1.179 do Código Civil e possui natureza gerencial,onde o empresário pode verificar os resultados obtidos e redirecionar esforços para o próximo exercício , natureza fiscal, onde verificam o cumprimento da legislação vigente acerca do recolhimento obrigatório dos impostos, inerentes a sua atividade e de natureza documental, onde há o registro dos eventos contábeis, descrevendo os acontecimentos financeiros e contábeis relevantes da empresa, possuindo fé pública após autenticação no Registro Público de Empresas Mercantis. O artigo 1.180 do Código Civil torna obrigatório a manutenção do Livro Diário, podendo, caso a empresa seja microempresa ou empresa de pequeno porte, que o registro seja feito no Livro Caixa, atendendo ao mandamento constitucional do tratamento diferenciado a microempresa e empresa de pequeno porte - artigos 170, IX e 179, da CRFB/1988. A não escrituração regular, além das punições previstas em lei, pode configurar crime de acordo com a nova legislação falimentar. Procedimentos de Ensino Aulas expositivas. Estudo dirigido à casos concretos com atribuição de até 1,0 ponto de acordo com elaboração da semana indicadapelo professor e a postagem tempestiva realizada pelo aluno no sistema . Realização de Pesquisas e debates. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica Recursos - Quadro branco e marcadores para quadro branco coloridos; - Recursos audiovisuais (retroprojetor, computador, datashow e vídeos). Aplicação: articulação teoria e prática Caso concreto: Gabriela e Marcos exercem atividade econômica no ramo de Restaurante, na capital Paulista, e pretendem futuramente, dado o sucesso da empreitada, abrir filiais em Curitiba e Natal. Efetuaram o registro da sociedade, no Registro Civil de Pessoas Jurídicas do Estado de São Paulo, sob a forma de sociedade limitada. Neste caso analise se o registro e a forma societária estão de acordo com a legislação vigente. Questão objetiva: O registro do empresário na Junta Comercial: A) é condição para a caracterização do empresário. B) determina a regularidade do empresário. C) basta o exercício da atividade intelectual para a caracterização do empresário. D) o pequeno empresário é dispensado da formalidade de se registrar na junta comercial. E) o pecuarista, se quiser ser empresário rural, não precisa realizar o registro na junta comercial Avaliação Sugestão de gabarito Caso concreto: No caso em questão a forma societária está correta, porém o registro da sociedade que exerce atividade economicamente organizada, deve ser feito na Junta Comercial do Estado de São Paulo, conforme artigo 1.150 do Código Civil. Questão Objetiva: Alternativa B, artigo 967 do Código Civil. Considerações Adicionais DIREITO EMPRESARIAL I - CCJ0026 Semana Aula: 5 Teoria Geral do Direito Societário Tema Teoria Geral do Direito Societário Palavras-chave Objetivos O aluno deverá ser capaz de: - Conhecer o conceito de Sociedade, conceito e personificação, bem como a diferenciação entre sócio e sociedade; - Compreender o momento da personificação, efeitos, separação patrimonial e limite da responsabilidade. Estrutura de Conteúdo No estudo do Direito Societário, serão analisadas as questões relativas ao conceito de sociedade e os efeitos de sua personificação. Por sociedade, se entende a união de dois ou mais sócios, que pretendem realizar determinada atividade, com a finalidade de lucro. Para se tornar regular, esta sociedade deverá realizar o seu registro no órgão competente, em razão da sua atividade. Se empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, a cargo das Juntas Comerciais de cada Estado. Se Simples, no Registro Civil de Pessoas Jurídicas. Quanto aos efeitos deste registro, esta sociedade se torna personificada, ou seja, adquire personalidade jurídica, passando a ser pessoa distinta dos seus sócios. Empresária ou Simples é a Sociedade. Seus sócios não serão considerados empresários. A Sociedade passa a ter responsabilidade patrimonial, contratual e processual. Toda sociedade independente do seu tipo, terá responsabilidade ilimitada. Seus sócios, dependendo do tipo societário, é que terão responsabilidade limitada ou ilimitada. Procedimentosde Ensino Aulas expositivas. Estudo dirigido à casos concretos com atribuição de até 1,0 ponto de acordo com elaboração da semana indicada pelo professor e a postagem tempestiva realizada pelo aluno no sistema . Realização de Pesquisas e debates. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica Recursos - Quadro branco e marcadores para quadro branco coloridos; - Recursos audiovisuais (retroprojetor, computador, datashow e vídeos). Aplicação: articulação teoria e prática Caso Concreto: Antônia é sócia de uma sociedade empresária limitada, com sua irmã Adalgisa, no ramo de vendas de roupas e acessórios multi marcas. A sociedade passa por uma crise financeira, devendo a vários fornecedores, embora seus impostos estejam em dia, bem como as suas obrigações trabalhistas. A sociedade foi executada por um dos fornecedores. Antônia possui bens particulares e consulta você, advogado (a) no ramo societário, se neste caso, responderá com seus bens pessoais. Questão Objetiva: Sobre o exercício da atividade empresarial exercido por um empresário individual é correto afirmar: a) é equiparado legalmente a sociedade empresária; b) ao possuir um cadastro de CNPJ, limita sua responsabilidade; c) possui responsabilidade limitada; d) assume responsabilidade pessoal com todos os seus bens em caso de insucesso da atividade empresarial; e) Todo Empresário Individual, atualmente e por força de lei é EIRILI, não respondendo com seu patrimônio pessoal de forma alguma. Avaliação Sugestão de Gabarito: Caso Concreto: Não. A sociedade é que irá responder com toda a força do seu patrimônio, pois possui responsabilidade patrimonial e processual. Artigos 1052 a 1081 e 1150 do Código Civil. Questão Objetiva: Alternativa D. Considerações Adicionais DIREITO EMPRESARIAL I - CCJ0026 Semana Aula: 6 Desconsideração da Personalidade Jurídica Tema Desconsideração da Personalidade Jurídica Palavras-chave Objetivos Ao final da aula o aluno dever[a ser capaz de: - Compreender a desconsideração da Personalidade Jurídica da Pessoa Jurídica; - Entender as Teorias da Desconsideração da Personalidade Jurídica; - Analisar os aspectos processuais da Teoria da Desconsideração. Estrutura de Conteúdo Conceito: Entende-se por Desconsiderar a Personalidade Jurídica de determinada sociedade, quando a mesma estiver ocupando o polo passivo de uma relação processual, onde deseja se afetar o sócio que, sob o véu da sociedade praticou o ato lesivo ao credor, através da fraude. Daí afasta-se a sociedade e penetra-se na responsabilidade deste ou mais sócios que agiram com fraude. Legislação: A Desconsideração da Personalidade Jurídica encontra-se disciplinada no artigo 50 do Código Civil, no artigo 28 do CDC, na CLT, e na Legislação Trabalhista. Não significa a morte da Pessoa Jurídica, relativização da Personalidade Jurídica ou dissolução, apenas o afastamento da Pessoa Jurídica do polo passivo da relação processual. Procedimentos de Ensino Aulas expositivas. Estudo dirigido à casos concretos com atribuição de até 1,0 ponto de acordo com elaboração da semana indicadapelo professor e a postagem tempestiva realizada pelo aluno no sistema . Realização de Pesquisas e debates. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica Recursos - Quadro branco e marcadores para quadro branco coloridos; - Recursos audiovisuais (retroprojetor, computador, datashow e vídeos). Aplicação: articulação teoria e prática Caso Concreto:?C & Cia Materiais de Construção Ltda.? propõe execução, fundada em título executivo judicial em face de ?Porcelana do Norte Ltda.?. Diante da insuficiência de bens de propriedade da executada, a exeqüente requer a desconsideração da personalidade jurídica para atingir os bens dos sócios, pois, com abuso de gestão, a sociedade foi utilizada para frustrar o cumprimento das obrigações com a parte credora. Aduz, ainda, que a sociedade não passa de entidade de existência meramente formal, utilizada como meio de exercício no mundo dos negócios com limitação das responsabilidades pelas obrigações que, na realidade são dos sócios. O exeqüente apresenta, através de prova documental, elementos que confirmam o abuso de gestão. Trata-se de situação que ensejaria a aplicação da Teoria da Desconsideração da Personalidade Jurídica? Questão Objetiva: Quanto à Teoria da Superação ou Desconsideração da Personalidade Jurídica, podemos afirmar que : a ) não é aceita em nosso direito; b ) é aceita e aplicável nos casos de responsabilidade penal e não aos de responsabilidade civil dos dirigentes; c ) tem aplicação restrita às relações de consumo; d ) não tem aplicação em sociedades contratuais; e ) foi desenvolvida pela jurisprudência e tem como pressuposto a fraude e o abuso de direito. Avaliação Sugestão de Gabarito: Caso Concreto: A Teoria da Desconsideração da Personalidade Jurídica autoriza o Judiciário a ignorar a autonomia patrimonial da pessoa jurídica quando vislumbrar a prática de ato fraudulento. Dessa forma é possível responsabilizar pessoal e ilimitadamente os sócios pelas obrigações que caberia à sociedade. No caso em tela, a exeqüente comprova a existência de fraude perpetrada com o uso da autonomia patrimonial da pessoa jurídica, sendo, portanto, objeto da desconsideração da personalidade jurídica nos moldes do art. 50 do CC. Questão Objetiva: Alternativa E. Artigo 50 do Código Civil. Considerações Adicionais DIREITO EMPRESARIAL I - CCJ0026 Semana Aula: 7 Nome Empresarial Tema Nome Empresarial Palavras-chave Objetivos Ao final da aula o aluno deverá ser capaz de: - Entender o conceito de Nome Empresarial e definir suas espécies; - Analisar as regras de formação das espécies de Nome Empresarial; - Compreender a aplicação dos princípios da novidade e veracidade, e sua influência na questão de sua proteção, alienação ou utilização por outros empresários. Estrutura de Conteúdo Nome Empresarial: Dentre os elementos de Identificação da Empresa, temos o Nome Empresarial, que identifica o Empresário, a Marca que identifica o produto e o Título de Estabelecimento, que identifica o Ponto. O Nome Empresarial, encontra-se disciplinado no Código Civil, a partir do artigo 1155 a 1168 e também na Lei 8934/94. Deverá atender ao Princípio da Veracidade e ao da Novidade e não poderá ser objeto de alienação. Temos os seguintes tipos de Nomes: Firma ou Razão Individual: Que identifica o Empresário Individual. Firma ou Razão Social e Denominação Social, que identificam a sociedade. Dependendo do tipo societário ou por força de lei, em alguns casos, a sociedade terá Firma ou Denominação. A Denominação deverá indicar obrigatoriamente o objeto da sociedade. Procedimentos de Ensino Aulas expositivas. Estudo dirigido à casos concretos com atribuição de até 1,0 ponto de acordo com elaboração da semana indicadapelo professor e a postagem tempestiva realizada pelo aluno no sistema . Realização de Pesquisas e debates. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica Recursos - Quadro branco e marcadores para quadro branco coloridos; - Recursos audiovisuais (retroprojetor, computador, datashow e vídeos). Aplicação: articulação teoria e prática Caso Concreto: Carlos, sócio de uma sociedade em formação, ainda sem registro na Junta Comercial, é surpreendido ao ler um jornal, que uma outra sociedade utiliza como nome, o mesmo nome empresarial, que escolheu com seu sócio Genton, para registrar na Junta Comercial. Indignado ingressa em juízo, objetivando impedir o uso do seu nome. O que poderia ser alegado em defesa da outra sociedade empresarial? Justifique a sua resposta indicando o dispositivo legal que a sustenta. Questão Objetiva: Assinale a alternativa incorreta. A) A tutela ao nome empresarial decorreautomaticamente do arquivamento dos atos constitutivos de firma individual e de sociedades, ou de suas alterações. B) O nome empresarial obedecerá aos princípios da veracidade e da novidade. C) A alienação da firma individual pode ocorrer independentemente do estabelecimento a que se refere. D) As Sociedades Anônimas, obrigatoriamente deverão utilizar denominação social, seguida da expressão S/A, por extenso ou abreviadamente. A expressão Cia.será sempre a frente da denominação. E) O princípio da novidade impede a adoção de nome igual ou semelhante ao de outro empresário. Avaliação Sugestão de Gabarito: Caso Concreto: A defesa da sociedade empresarial é no sentido que não assiste razão a Pedro, tendo em vista que a proteção pretendida, somente ocorre após o arquivamento dos atos constitutivos na Junta Comercial, ex vi do disposto no artigo 33 da Lei 8934/94. Questão Objetiva: Alternativa C. Considerações Adicionais DIREITO EMPRESARIAL I - CCJ0026 Semana Aula: 8 Atos Constitutivos das Sociedades Tema Atos Constitutivos das Sociedades Palavras-chave Objetivos - Compreender a metodologia e os efeitos do arquivamento do Contrato Social; - Identificar a Sociedade em Comum que não tem seus atos constitutivos arquivados no registro próprio. Estrutura de Conteúdo Atos Constitutivos: Temos como Atos Constitutivos das Sociedades, O Contrato Social e o Estatuto Social. Como trataremos neste período das Sociedades Contratuais, estudaremos o Contrato Social. O contrato social é o elemento constitutivo das normas estabelecidas entre os sócios e o documento que será levado ao Registro Público de Empresas Mercantis. Sua elaboração deve obedecer às normas legais, contendo cláusulas que são essenciais para seu arquivamento na Junta Comercial como, por exemplo, o nome da sociedade, qualificação dos sócios, indicação da sede, dentre outros. A doutrina estabelece elementos de validade para o contrato social e os classifica em elementos comuns e elementos específicos. Elementos do Ato Constitutivo: São Elementos Comuns do Contrato Social e de acordo o artigo 104 do CC: 1. Agente capaz; 2. Objeto Licito; 3. Forma Prescrita ou não Defesa em Lei. Quanto ao elemento capacidade é importante sinalizar a possibilidade de o menor integrar uma sociedade desde que as seguintes condições sejam respeitadas: o capital social deve estar totalmente integralizado e o menor não poderá assumir atos de administração da sociedade. Outra questão diz respeito à sociedade entre marido e mulher, em que a lei civil admite desde que não sejam casados sob o regime de comunhão universal ou de separação obrigatória de bens. Artigo 977 do CC. São elementos específicos do contrato social: 1. Pluralidade de sócios; 2. Participação nos resultados; 3. Affectio societatis; 4. Capital social. Procedimentos de Ensino Aulas expositivas. Estudo dirigido à casos concretos com atribuição de até 1,0 ponto de acordo com elaboração da semana indicadapelo professor e a postagem tempestiva realizada pelo aluno no sistema . Realização de Pesquisas e debates. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica Recursos - Quadro branco e marcadores para quadro branco coloridos; - Recursos audiovisuais (retroprojetor, computador, datashow e vídeos). Aplicação: articulação teoria e prática Caso Concreto: ANDRÉ e MAGDA são amigos de infância e tencionam constituir uma sociedade empresária para confecção de camisetas para a Copa do Mundo. André dispõe de R$ 50.000,00 e Magda pretende participar com a prestação de serviços, uma vez que é estilista. Como André é quem dispõe de capital, pretende colocar uma cláusula no contrato social totalizando para ele, 90% dos lucros da sociedade e para Magda, 10%. Para tanto, os dois procura você, advogado (a) a fim de obter as devidas orientações para a constituição da sociedade. Pode Magda contribuir com prestação de serviços para formação do capital social da sociedade empresária? Questão Objetiva: No estudo dos Atos Constitutivos das Sociedades, podemos afirmar que: a. A Capacidade é elemento específico do Contrato Social; b. A Pluralidade de Sócios é elemento Comum do Contrato Social; C. A Sociedade Empresária pode ter sócios que contribuam com Prestação de Serviços; d. A Constituição de Sociedades Empresariais pode dispensar a existência do Capital Social; e. A Participação nos Resultados é elemento específico do Contrato Social. Avaliação Sugestão de Gabarito: Caso Concreto: Não. A lei veda a contribuição com prestação de serviços para formação do capital social da sociedade empresária. Só era possível na sociedade de capital e indústria, mas essa espécie de organização societária não foi recepcionada pelo CC. Questão Objetiva: Alternativa E. Art. 981 e 1055 do CC. Considerações Adicionais DIREITO EMPRESARIAL I - CCJ0026 Semana Aula: 9 Capital Social Tema Capital Social Palavras-chave Objetivos - Compreender o conceito de Capital Social, sua formação, características e princípios; - Identificar os momentos de Subscrição e Integralização do Capital Social; - Analisar a Modificação do Capital Social. Estrutura de Conteúdo Capital Social. De acordo com o Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados. O Capital Social consiste na contribuição dos sócios para a formação de um montante pecuniário pertencente à pessoa jurídica. Esta contribuição pode se ocorrer em espécie, bens ou créditos. Nestes dois últimos casos, a responsabilidade por eventuais vícios redibitórios, evicção ou não satisfação do crédito, recai sobre o sócio que apresentou o respectivo bem ou crédito como forma de realização do capital social. Excepcionalmente, temos a contribuição em forma de serviços, caso único previsto no Novo Código Civil, quando dispõe o legislador a respeito das sociedades simples. A finalidade do capital social é oferecer garantia aos credores. Na realidade, apesar de integrar o patrimônio da sociedade, em conjunto com outros bens, o capital social não se confunde com este. Isso ocorre porque o capital social é estático enquanto que o patrimônio é dinâmico. São três os princípios que regem o capital social: intangibilidade, veracidade e unicidade. No primeiro deles, o capital social mostra-se intangível, ou seja, não é um capital para ser utilizado como capital de giro. A veracidade determina que deva haver uma transparência entre o montante declarado no contrato social e o valor real existente do capital social. O último princípio perpetua que cada sociedade apresenta um único capital social. O capital social poderá ser modificado e, isso, não contraria o princípio da intangibilidade. Com efeito, a alteração só ocorre por provocação dos sócios, em procedimento assemblear anterior. A modificação poderá ser para o aumento ou para a redução do capital social, neste último caso, é necessária a notificação dos credores para que possam se manifestar a respeito. A notificação é necessária porque sendo o capital social uma garantia para os credores, devem esses tomar ciência que tal garantia está sendo reduzida. A não notificação aos credores acarreta a possibilidade do seu pedido de falência (Lei 11.101/2005). Procedimentos de Ensino Aulas expositivas. Estudo dirigido à casos concretos com atribuição de até 1,0 ponto de acordo com elaboração da semana indicadapelo professor e a postagem tempestiva realizada pelo aluno no sistema . Realização de Pesquisas e debates. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica Recursos - Quadro branco e marcadores para quadro branco coloridos; - Recursos audiovisuais (retroprojetor, computador, datashow e vídeos). Aplicação:articulação teoria e prática Caso Concreto: Alexandre e Margarida são primos e tencionam constituir uma sociedade empresária para confecção de lingerie. Alexandre dispõe de R$ 50.000,00 e Margarida pretende participar no Capital da Sociedade com um imóvel que herdou de seu pai. Diante do caso apresentado, como fica a responsabilidade de Margarida na formação do Capital Societário? Questão Objetiva: Em relação ao Capital da Sociedade Empresária, assinale a alternativa correta: a. Poderá ser formado com prestação de serviços; b. Poderá ser formado em espécie, em bens ou em créditos; c. Quando a prestação consistir em créditos, o sócio não responderá pela solvência do devedor. d. O capital somente poderá ser aumentado e em nenhuma hipótese, diminuído. e. Só poderá ser formado com contribuições em dinheiro. Avaliação Sugestão de Gabarito Caso Concreto: De acordo com o artigo 1005 do CC, o ?sócio que a título de cota social, transmitir domínio, posse ou uso, responde pela evicção...? Questão Objetiva: Alternativa B, de acordo com os artigos 997 c/c 1005 do Código Civil 2002: Considerações Adicionais DIREITO EMPRESARIAL I - CCJ0026 Semana Aula: 10 Estabelecimento Empresarial Tema Estabelecimento Empresarial Palavras-chave Objetivos - Compreender conceito de Estabelecimento Empresarial; - Identificar os elementos formadores do Estabelecimento Empresarial; - Analisar o conceito e a natureza jurídica do aviamento e da clientela. Estrutura de Conteúdo Estabelecimento Empresarial: Conceito: Estabelecimento empresarial é o conjunto de bens reunidos do empresário que visa a exploração de atividade econômica. É imprescindível que o empresário organize seu estabelecimento para que possa iniciar suas atividades com fins lucrativos. Por conseguinte, o estabelecimento empresarial compreende bens indispensáveis ou úteis para o bom desenvolvimento da empresa. O art. 1.142 do Código Civil de 2002 define estabelecimento empresarial: "Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária". De acordo com Fábio Ulhoa Coelho, a sociedade empresária, poderá possuir mais de um estabelecimento, sendo que o mais importante será a sede e o outro ou outros serão as filiais ou sucursais. Em todos os seus estabelecimentos, a sociedade empresária exercerá a sua atividade, bem como, cada um de seus direitos. Porém, tratando-se de competência judicial, o foro competente para a resolução de um conflito se dará conforme a origem da obrigação. E, no caso de pedido de falência ou de recuperação judicial, o foro competente será o do local onde se reúnem seus papéis e todos os documentos da administração, considerado estabelecimento principal do devedor empresário. Natureza do Estabelecimento Empresarial: Tivemos várias teorias sobre a natureza do estabelecimento, contudo, para tal entendimento ressaltamos três pontos fundamentais: 1° o estabelecimento empresarial não é sujeito de direito; 2° o estabelecimento empresarial é uma coisa; 3° o estabelecimento empresarial integra o patrimônio da sociedade empresária. Desta forma, não se pode confundir estabelecimento com sociedade empresária (sujeito de direito) e nem com a própria empresa (possuidora de atividade econômica). De acordo com o art. 1.143, CC 2002, temos: "Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, translativos e constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza". Desta forma, tanto o Código Civil, como a doutrina estruturam o estabelecimento empresarial como uma coisa coletiva, como universalidade de fato, uma vez que os bens integrantes do estabelecimento poderão ser vendidos tanto unificadamente, como no trespasse, quanto isoladamente. Ou seja, tais bens poderão ser objetos de diversas relações jurídicas, sejam elas autônomas ou unificadas. Portanto, o estabelecimento empresarial é uma coisa que se diferencia da própria empresa, pois, esta, corresponde à atividade exercida pelo empresário. Vale ressaltar que por ser integrante do patrimônio da sociedade empresária, o estabelecimento é objeto de direito, podendo ser alienado, onerado, arrestado, penhorado ou objeto de seqüestro. Elementos do Estabelecimento Empresarial: O estabelecimento empresarial é formado por elementos materiais (corpóreos) e imateriais (incorpóreos). Os elementos corpóreos compreendem os mobiliários, utensílios, máquinas, veículos, mercadorias em estoque e todos os demais bens que o empresário utiliza para o bom desenvolvimento e organização de sua atividade econômica. Por sua vez, os elementos incorpóreos do estabelecimento empresarial compreendem, principalmente, os bens industriais, desenho industrial, marca , patente de invenção, modelo de utilidade, nome empresarial e título de estabelecimento. Referências Bibliográficas: COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial, volume 1: direito de empresa ? 23ª. ed. - São Paulo: Saraiva, 2011. Procedimentos de Ensino Aulas expositivas. Estudo dirigido à casos concretos com atribuição de até 1,0 ponto de acordo com elaboração da semana indicadapelo professor e a postagem tempestiva realizada pelo aluno no sistema . Realização de Pesquisas e debates. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica Recursos - Quadro branco e marcadores para quadro branco coloridos; - Recursos audiovisuais (retroprojetor, computador, datashow e vídeos). Aplicação: articulação teoria e prática Caso Concreto: Letícia e Paula são sócias de uma padaria em Jaú, interior do Estado de São Paulo, e desejam saber se existe na lei algum dispositivo na lei que dispõe sobre o estabelecimento empresarial, pautado no princípio da continuidade da empresa? Questão Objetiva: Quanto à Natureza Jurídica do Estabelecimento Empresarial, é correto afirmar que: a) é um sujeito de direito; b) é uma universalidade de direito; c) é um bem imóvel; d) é uma universalidade de fato; e) é o mesmo que sociedade. Avaliação Sugestão de Gabarito: Caso Concreto: Sim. No Art. 1.148 do CC/02, pois tenta preservar a manutenção dos contratos necessários à exploração do estabelecimento. Questão Objetiva: Alternativa D O estabelecimento é uma coisa, pertencente à categoria dos bens móveis que, por transcender à unidade de bens que o compõem, figura-se como bem incorpóreo. Prevalece o entendimento de que se trata de uma universalidade de fato (art. 1143 do Código Civil). Considerações Adicionais DIREITO EMPRESARIAL I - CCJ0026 Semana Aula: 11 Agentes Societários Tema Agentes Societários Palavras-chave Objetivos Ao final da aula o aluno deverá ser capaz de: - Compreender a constituição dos agentes societários. - Identificar os deveres e direitos dos sócios no sistema jurídico brasileiro. - Analisar a natureza jurídica do administrador da sociedade, suas atribuições e responsabilidades. - Compreender a responsabilidade dos sócios; Estrutura de Conteúdo Agentes Societários: A Natureza Jurídica dos sócios é discutida na doutrina e, sustentada por alguns como sendo um direito de propriedade do sócio sobre a sociedade que ele integra. Outros afirmam que ser sócio é um direito de crédito sobre a sociedade, por ter contribuído na formação do capital social. A doutrina majoritária inclina-se para a formação de um regime jurídico próprio entre sócio/sociedade com regras específicas que delimitam direitos e deveres peculiares. Direitos e Obrigações dos agentes societários: Direitos: São Direitos dos Sócios: A participação nos lucros, assumir a função de sócio administrador, fiscalizar os administradores das sociedades, terem acesso aos dados contábeis e o direito de retirada. São Obrigações dos Sócios: Integralizar o Capital Social, participar das perdas, respeitas as cláusulas pactuadas no Contrato Social,prestar contas quando assumir a função de sócio administrador. Ocorre a resolução do sócio perante a sociedade de quatro formas distintas, a saber: pela morte do sócio; de forma voluntária; cessão de suas quotas a terceiros ou exclusão (obrigatória). Pode ocorrer a exclusão, nos casos de: sócio remisso; falta grave via ação judicial; incapacidade superveniente via ação judicial; justa causa, para sociedades limitadas ou por via administrativa, desde que haja previsão contrato social ou pela penhora das quotas, art. 655 do CPC. A terminologia técnica usada para a desclassificação é resolução de um sócio perante a sociedade, já que o vocábulo ?resolução? consiste na quebra do pacto estabelecido no contrato social por um dos sócios. Procedimentos de Ensino Aulas expositivas. Estudo dirigido à casos concretos com atribuição de até 1,0 ponto de acordo com elaboração da semana indicadapelo professor e a postagem tempestiva realizada pelo aluno no sistema . Realização de Pesquisas e debates. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica Recursos - Quadro branco e marcadores para quadro branco coloridos; - Recursos audiovisuais (retroprojetor, computador, datashow e vídeos). Aplicação: articulação teoria e prática Caso Concreto: Alexandre e Margarida constituíram uma sociedade ltda., que tem como objeto social a venda e distribuição de balas e doces em toda a Capital da Bahia. O capital foi integralizado da seguinte forma: Alexandre com 55% das Cotas e Margarida com 45% das Cotas. Alexandre é o administrador da sociedade. Diante do caso apresentado, pergunta-se: Como a administração da sociedade ficou a cargo de Alexandre, Margarida poderá ter acesso às contas da sociedade? Questão Objetiva: De acordo com os Direitos e Obrigações dos sócios estabelecidos no Código Civil de 2002, é incorreto afirmar que: a) a distribuição de lucros ilícitos ou fictícios acarreta responsabilidade solidária dos administradores que a realizarem e dos sócios que os receberem, conhecendo ou devendo conhecer-lhes a ilegitimidade. b) O sócio que, a título de quota social, transmitir domínio, posse ou uso, responde pela evicção; e pela solvência do devedor, aquele que transferir crédito. c) o sócio não pode ser substituído no exercício das suas funções, sem o consentimento dos demais sócios, expresso em modificação do contrato social. d) é válida a estipulação contratual que exclua qualquer sócio de participar dos lucros e das perdas. e) A integralização do Capital Social é dever do sócio. Avaliação Sugestão de Gabarito: Caso Concreto: Sim. Como dispõe o art. 1021 do CC, o sócio tem direito de fiscalizar os atos da sociedade e as respectivas contas. Questão Objetiva: Alternativa D. Conforme artigo 1.008 do Código Civil/2002, é nula a estipulação contratual que exclua qualquer sócio de participar dos lucros e das perdas, não sendo admitida entre nós, a sociedade leonina. Considerações Adicionais DIREITO EMPRESARIAL I - CCJ0026 Semana Aula: 12 Administração da Sociedade Tema Administração da Sociedade Palavras-chave Objetivos Ao final da aula o aluno deverá ser capaz de: - Identificar a normatização referente a administração da sociedade. - Compreender as atribuições e responsabildiades do administrador. Estrutura de Conteúdo Da Administração da Sociedade: A importância do estudo dos administradores das sociedades, antes da vigência do Código Civil de 2002, conhecidos como sócios gerentes, ocorre pelo fato de ser o agente responsável em corporificar a vontade da sociedade assumindo assim pessoalmente a responsabilidade pessoal pelos atos realizados. Distinguir sua atuação como gestor, norteada pela autonomia de vontade versus a submissão às normas sociais, compõe no contexto societário, extrema relevância no aspecto da responsabilidade pessoal pelos atos do administrador da sociedade. A Administração Societária encontra-se regulada no CC do artigo 1010 a 1021. O artigo 1061 do CC nos trouxe uma inovação: A de Administradores não sócios nas sociedades limitadas. Neste caso, esta designação dependerá da aprovação da unanimidade dos sócios, enquanto o capital não tiver sido integralizado, ou de 2/3 no mínimo, após a sua integralização. Procedimentos de Ensino Aulas expositivas. Estudo dirigido à casos concretos com atribuição de até 1,0 ponto de acordo com elaboração da semana indicadapelo professor e a postagem tempestiva realizada pelo aluno no sistema . Realização de Pesquisas e debates. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica Recursos - Quadro branco e marcadores para quadro branco coloridos; - Recursos audiovisuais (retroprojetor, computador, datashow e vídeos). Aplicação: articulação teoria e prática Caso concreto: Quatro amigos de infância, após ganharem uma ?bolada? na Mega Sena, decidiram abrir um negócio. Para tanto, procuraram a Dra. Lúcia Guimarães, advogada no ramo do direito societário, para obterem todas as informações sobre esta nova empreitada. Desejam os sócios que esta sociedade tenha como objeto social a venda de motocicletas, e que a mesma seja uma sociedade limitada. Como não entendem nada de administração, desejam colocar como administrador, o padrinho de um deles, que não vai integrar o quadro associativo. Diante disto, responda: Existe a possibilidade de determinada pessoa que não seja sócio ocupar o cargo de administrador em uma sociedade limitada? Questão Objetiva: Sobre a administração a sociedade é incorreto afirmar: a) o administrador, nomeado por instrumento em separado, deve averbá-lo à margem da inscrição da sociedade, e, pelos atos que praticar, antes de requerer a averbação, responde pessoal e solidariamente com a sociedade. b) responde por perdas e danos o sócio que, tendo em alguma operação interesse contrário ao da sociedade, participar da deliberação que a aprove graças a seu voto. c) a administração da sociedade, nada dispondo o contrato social, compete conjuntamente aos sócios. d) o administrador da sociedade deverá ter, no exercício de suas funções, o cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração de seus próprios negócios. e) A Sociedade Limitada poderá admitir Administrador não sócio, mas esta designação dependerá da aprovação da unanimidade dos sócios, enquanto o capital não tiver sido integralizado, ou de 2/3 no mínimo, após a sua integralização. Avaliação Sugestão de Gabarito Caso concreto: Sim. Neste caso, esta designação dependerá da aprovação da unanimidade dos sócios, enquanto o capital não tiver sido integralizado, ou de 2/3 no mínimo, após a sua integralização. De acordo com o artigo 1061 do CC. Questão Objetiva: Alternativa C. Segundo o artigo 1.013 do CC/2002, a administração da sociedade, nada dispondo o contrato social, compete separadamente a cada um dos sócios. Considerações Adicionais DIREITO EMPRESARIAL I - CCJ0026 Semana Aula: 13 Classificação das Sociedades Tema Classificação das Sociedades Palavras-chave Objetivos - Identificar os institutos que foram criados ou alterados com a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e o Código Civil Brasileiro de 2002 em relação a classificação das sociedades; - Compreender a mudança de paradigma no Código Civil Brasileiro de 2002 com a passagem da teoria dos atos de comércio para a teoria da empresa e suas consequencias no estudo do Direito Societário; - Compreender pelo objeto social a classificação das sociedades e a sua importância no cenário jurídico nacional, com repercussão na responsabilidade dos sócios perante a sociedade e terceiros. Estrutura de Conteúdo Classificação das Sociedades : Quanto ao Objeto: As Sociedades são Simples, artigo 997 c/c com o § único do artigo 966 do CC e Empresárias, artigo 966 do Código Civil. As Sociedades Simples serãoregistradas no Registro Civil de pessoas Jurídicas. As Sociedades Empresárias, no Registro Público de Empresas Mercantis, a cargo das Juntas Comerciais de cada Estado. Quanto à Responsabilidade dos Sócios: Dependendo do tipo societário, poderão ser: Limitadas, ilimitadas ou mistas. Mas a limitação ou ilimitação da responsabilidade será sempre dos sócios, pois a Pessoa Jurídica sempre terá responsabilidade ilimitada. Quanto à Natureza: De Pessoas ou de Capital. Nas sociedades de pessoas, o que importa são aqueles que vão integrar o quadro associativo, por vínculos de sangue, parentesco, função ou amizade. Nas sociedades de Capital, não interessa a pessoa do sócio e sim o valor do capital que vão comungar para a realização do objeto social.Quanto ao Ato Constitutivo: Temos as Sociedades Contratuais, que se formam através do Contrato Social e as Institucionais, que se formam através do Estatuto Social. Procedimentos de Ensino Aulas expositivas. Estudo dirigido à casos concretos com atribuição de até 1,0 ponto de acordo com elaboração da semana indicadapelo professor e a postagem tempestiva realizada pelo aluno no sistema . Realização de Pesquisas e debates. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica Recursos - Quadro branco e marcadores para quadro branco coloridos; - Recursos audiovisuais (retroprojetor, computador, datashow e vídeos). Aplicação: articulação teoria e prática Caso Concreto: A sociedade existente entre os dois médicos Marina e Antônio, que exercem a medicina como atividade primeira, registra-se na Junta Comercial do Estado de Santa Catarina, sob a forma de sociedade simples, simples. Neste caso , considerando as normas adotadas no direito societário, verifique a viabilidade jurídica do tipo de sociedade escolhido por eles bem como, o local do arquivamento dos atos constitutivos da referida sociedade Questão Objetiva: São consideradas Sociedades Institucionais: a) A Sociedade Limitada b) A Sociedade Anônima c) A Sociedade Simples d) A Sociedade Em Nome Coletivo e) A Sociedade Em Comandita Simples. Avaliação Sugestão de Gabarito Caso Concreto: A forma escolhida está correta, mas a sociedade deveria ser registrada no Registro Civil de Pessoas Jurídicas. Questão Objetiva: Alternativa B. Artigo 1088 e 1089 do CC e Lei 6404/76. Considerações Adicionais DIREITO EMPRESARIAL I - CCJ0026 Semana Aula: 14 Sociedades do Código Civil Tema Sociedades do Código Civil Palavras-chave Objetivos - Identificar as sociedades personificadas e não personificadas no Código Civil 2002; - Compreender a constituição das sociedades do Código Civil; - Solucionar os problemas propostos à luz dos novos paradigmas. Estrutura de Conteúdo As Sociedades no Código Civil: São classificadas as Sociedades no Código Civil em: Personificadas e não Personificadas. Personificadas são aquelas que possuem registro no órgão competente, dotadas de Personalidade Jurídica. Não Personificadas as que não possuem registro, ou por força de lei, como é o caso da Sociedade em Conta de Participação, ou porque os sócios ainda não registraram a mesma. São as Sociedades em Comum, sociedades informais. Simples ou Empresárias: Simples: As que não possuem elemento de Empresa, elencadas no § único do artigo 966 do Código Civil e regulamentadas a partir do artigo 997 e no § único do artigo 983 do mesmo ordenamento jurídico. Empresárias: As que possuem elemento de Empresa. Regulamentadas a partir do artigo 1039 a 1092 do Código Civil, como também no § único do artigo 983 do mesmo ordenamento jurídico. Procedimentos de Ensino Aulas expositivas. Estudo dirigido à casos concretos com atribuição de até 1,0 ponto de acordo com elaboração da semana indicadapelo professor e a postagem tempestiva realizada pelo aluno no sistema . Realização de Pesquisas e debates. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica Recursos - Quadro branco e marcadores para quadro branco coloridos; - Recursos audiovisuais (retroprojetor, computador, datashow e vídeos). Aplicação: articulação teoria e prática Caso Concreto: Armando, desejando ter seu próprio negócio e não possuindo os recursos necessários, propõe a Silvio uma sociedade. Silvio aceita, mas alega que não deseja que seu nome apareça na exploração da atividade, razão pela qual repassa para Armando os recursos financeiros correspondentes a 60% do investimento necessário, pactuando com Armando, verbalmente, na presença de amigos comuns. Por força de lei, esta sociedade, mesmo se fosse registrada, não seria dotada de Personalidade Jurídica. Diante deste caso, responda: Esta sociedade é reconhecida pelo CC/02? Caso positivo, como é classificada e como é denominada? Questão Objetiva: Considerando as disposições contidas no CC/02, em matéria de direito societário, marque a opção correta: a) As sociedades no Código Civil são somente classificadas em sociedades empresárias e sociedades simples. b) A sociedade não personificada é aquela que tem seu ato constitutivo registrado no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, enquanto que a sociedade personificada é a que tem o registro na Junta Comercial. c) A sociedade personificada é aquela que adquire personalidade jurídica com a inscrição de seu ato constitutivo no registro próprio, que poderá ser o Registro Público de Empresas Mercantis ou o Registro Civil de Pessoas Jurídicas, na medida em que seja sociedade empresária ou sociedade simples, respectivamente. d) Sociedade personificada e sociedade não personificada são as únicas espécies de sociedade previstas no CC/02. e) Sociedade em comum e sociedade em conta de participação são tipos societários que se enquadram nas chamadas sociedades personificadas. Avaliação Sugestão de Gabarito Caso Concreto: O CC/02 reconhece, neste caso, a existência de uma sociedade, classificando-a como não personificada, denominando-a sociedade em conta de participação. Questão Objetiva: Alternativa C Nos termos do art. 985 do Código Civil Brasileiro de 2002. Considerações Adicionais DIREITO EMPRESARIAL I - CCJ0026 Semana Aula: 15 Reorganização Societária Tema Reorganização Societária Palavras-chave Objetivos Ao final da aula o aluno deverá ser capaz de: - Identificar os processos de reorganização societária e seus impactos nas relações de natureza pública ou privada da pessoa jurídica e dos sócios da sociedade, nos termos do Código Civil Brasileiro de 2002. - Compreender que os processos de reorganização societária e seus impactos nas relações de natureza pública ou privada das pessoas jurídicas podem vir a causar impactos marcantes no desalinhamento dos agentes econômicos e na desleal concorrência que deve existir em uma ordem econômica capitalista justa. - Solucionar os problemas propostos à luz dos novos paradigmas. - Identificar os diversos processos de dissolução total da sociedade e os seus impactos nas relações existentes da pessoa jurídica para com a comunidade onde ela está inserida, nos termos do Código Civil Brasileiro de 2002. Estrutura de Conteúdo Reorganização Societária: Na Reorganização societária, estudamos a transformação, que é a mudança de um tipo societário para outro, regulamentada nos artigos 1113 a 1115 do Código Civil e as Modificações Sociais, a Incorporação, regulamentada nos artigos 1116 a 1118 do Código Civil, onde temos a Sociedade Incorporadora que absorve a incorporada, que se extingue, sucedendo-a em todos os direitos e obrigações; a Fusão, regulamentada nos artigos 1119 a 1122 do Código Civil, bem como a Cisão, também regulamentada no artigo 1122 do mesmo ordenamento jurídico, além da regulamentação na Lei do Anonimato, Lei 6404/76. Procedimentos de Ensino Aulas expositivas. Estudo dirigido à casos concretos com atribuição de até 1,0 ponto de acordo com elaboraçãoda semana indicadapelo professor e a postagem tempestiva realizada pelo aluno no sistema . Realização de Pesquisas e debates. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica Recursos - Quadro branco e marcadores para quadro branco coloridos; - Recursos audiovisuais (retroprojetor, computador, datashow e vídeos). Aplicação: articulação teoria e prática Caso Concreto: A Sociedade Raymond & Gebara é uma Sociedade em Nome Coletivo. Dado o sucesso de seu empreendimento, os sócios resolvem de forma unânime, após reunião, se transformar em uma Sociedade Anônima. Mas alguns sócios, os mais antigos, acreditam que para tanto a mesma tenha que se extinguir. Estes sócios estão corretos em seu raciocínio? (30º Exame de Ordem - 1ª fase) A operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações, é a definição de qual dos institutos abaixo indicados: a)Fusão; b)Transformação; c)Incorporação; d)Cisão; e) Alienação de Controle. Avaliação Sugestão de Gabarito Caso Concreto: Não. De acordo com o artigo 1113, a transformação independe de dissolução ou liquidação da sociedade. Questão Objetiva: Alternativa C, de acordo com o artigo 1116 do Código Civil/ 2002. Considerações Adicionais DIREITO EMPRESARIAL I - CCJ0026 Semana Aula: 16 Extinção da sociedade Tema Extinção da sociedade Palavras-chave Objetivos Ao final da aula o aluno deverá ser capaz de: - Identificar o processo de extinção das sociedades; - Compreender o procedimento de dissolução, liquidação e partilha. Estrutura de Conteúdo Extinção da Sociedade: A extinção da pessoa jurídica fica sujeita a três fases distintas, quais sejam: a) dissolução A dissolução consiste na decisão dos sócios ou acionistas em encerrar a empresa. b) liquidação A liquidação consiste em apurar todo o ativo (converter os bens e direitos em dinheiro) e pagar todas as obrigações. c) extinção A extinção consiste na divisão do acervo líquido (Patrimônio Líquido) aos sócios ou acionistas. Dissolução: A dissolução da pessoa jurídica é o ato pelo qual se manifesta vontade ou obrigação de encerrar a existência de uma empresa individual ou sociedade empresária. Poderá ser definido como o momento em que se decide a sua extinção, passando-se, imediatamente, à fase de liquidação. Essa decisão pode ser tomada por deliberação do titular, sócios ou acionistas, ou por imposição ou determinação legal do poder público. Dissolve-se a pessoa jurídica, nos termos do art. 206 da Lei 6.404, de 1976 (Lei das Sociedades por Ações): a) De pleno direito; b) Por decisão judicial; c) Por decisão da autoridade administrativa competente, nos casos e forma previstos em lei especial. Igualmente, o artigos. 51, 1033, 1102 a 1112 da Lei 10.406, de 2002 (Código Civil) dispõem que as sociedades reputam-se dissolvidas: a) Expirado o prazo ajustado da sua duração; b) Por quebra da sociedade ou de qualquer dos sócios; c) Por mútuo consenso de todos os sócios; d) Pela morte de um dos sócios, salvo convenção em contrário a respeito dos que sobreviverem; e) Por vontade de um dos sócios, sendo a sociedade celebrada por tempo indeterminado. Procedimentos de Ensino Aulas expositivas. Estudo dirigido à casos concretos com atribuição de até 1,0 ponto de acordo com elaboração da semana indicadapelo professor e a postagem tempestiva realizada pelo aluno no sistema . Realização de Pesquisas e debates. Estratégias de Aprendizagem Indicação de Leitura Específica Recursos - Quadro branco e marcadores para quadro branco coloridos; - Recursos audiovisuais (retroprojetor, computador, datashow e vídeos). Aplicação: articulação teoria e prática Caso Concreto: Determinada sociedade composta por dois irmãos Pedro e José é uma sociedade empresária muito promissora no ramo de restaurantes nordestinos. Ocorre que no início do corrente ano, Pedro foi acometido por uma doença em fase terminal. José teme que esta sociedade, com a morte de Pedro, se dissolva de pleno direito, por não conseguir reconstituir a pluralidade em 180 dias. Pedro procura a Dra. Solange, advogada no ramo do Direito Societário com esta questão. O que a Dra. Solange respondeu a Pedro? Questão Objetiva: Em relação à liquidação da sociedade é incorreto afirmar: a) Compete ao liquidante representar a sociedade e praticar todos os atos necessários à sua liquidação, inclusive alienar bens móveis ou imóveis, transigir, receber e dar quitação; b) As obrigações e a responsabilidade do liquidante regem-se pelos preceitos peculiares às dos administradores da sociedade liquidanda; c) Respeitados os direitos dos credores preferenciais, pagará o liquidante as dívidas sociais proporcionalmente, com distinção entre vencidas e vincendas, mas, em relação a estas, sem desconto; d) Os sócios podem resolver, por maioria de votos, antes de ultimada a liquidação, mas depois de pagos os credores, que o liquidante faça rateios por antecipação da partilha, à medida em que se apurem os haveres sociais; e) A liquidação é uma das fases de extinção societária, que sucede a dissolução. Avaliação Sugestão de Gabarito Caso Concreto: De acordo com o parágrafo único do artigo 1033, com nova redação dada pela Lei 12.441/2011, não se aplica o inciso IV deste artigo, pois no caso de não ser reconstituída a pluralidade em 180 dias o sócio remanescente poderá se transformar em Empresário Individual ou EIRILI, não extinguindo portanto, a empresa. Questão Objetiva: Alternativa C. Art. 1.106. O pagamento será sem distinção entre vencidas e vincendas, e em relação a estas, com desconto. Considerações Adicionais
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