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Sedimentação Marinha

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Geologia Marinha - X 
 
Geologia Marinha 
Prof. Lazaro Laut 
Bárbara Nuic 
 
SEDIMENTAÇÃO 
MARINHA 
Introdução 
• Margem continental tipo passivo ou 
Atlântico 
• Quebra da plataforma é acentuada a uma 
profundidade de aproximadamente 130 m 
 Início do mar profundo. 
• Mar profundo = talude + planícies abissais 
• Sedimentação: 
 Plataforma continental  ondas, marés, 
correntes, oscilações eustáticas do mar. 
 Talude  dinâmica de ressedimentação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Perfil fisiógrafico da costa brasileira (www.labec.com.br) 
FATORES DE INFLUÊNCIA NA SEDIMENTAÇÃO 
DOS OCEANOS 
 
Classificação dos sedimentos é baseada em sua origem ou fonte, granulometria 
(tamanho ou diâmetro das partículas) e na composição mineralógica 
 
1) Fontes: 
a) Fontes extra-baciais ou alóctones: estabelecidas nas áreas continentais 
adjacentes, fornecem sedimentos de natureza terrígena, incluindo-se nesta 
categoria, ainda que em menor proporção, os sedimentos cosmogênicos. 
 
a) Fontes intra-baciais ou autóctones: os sedimentos são originados na 
própria bacia de sedimentação, decorrentes de precipitações entre a água do 
mar e compostos químicos orgânicos e inorgânicos, envolvendo inclusive a 
autogênese. 
 
 
 
 
2. Granulometria 
- A granulometria = medida do 
tamanho de grão dos sedimentos. 
 
- Independente da origem. 
 
- Sedimentos grossos: cascalho e 
areia. 
 
- Sedimentos finos: “Lama”: silte e 
argila. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Tipos de sedimentos presentes nos oceanos e respectivas granulometrias expressas em 
milímetros. (Modificado de Segar, 1998). 
 
 
 
Sedimentos Biogênicos 
Macroalgas calcarias 
(Halimeda) 
Foraminiferos Corais 
Pteropodos Esponjas (Porifera) Gastropodes e bivalves 
Sedimentos de Fontes Extrabaciais ou Alóctones 
 
Sedimentos Terrígenos (Inorgânicos e Orgânicos) 
- Fragmentos ou partículas detríticas / clásticas ( termo originado do vocábulo grego “ klastos,” que 
significa quebrado) de distintos tamanhos, decorrentes de processos de intemperismo 
(desagregação mecânica e decomposição química) e erosão das rochas continentais. 
- A trajetória de transporte desde as áreas fontes até o sítio marinho é efetuada por inúmeros 
agentes como os cursos fluviais, pela ação eólica e glacial; 
- Os principais constituintes terrígenos inorgânicos, são formados por fragmentos de rochas, grãos 
de minerais leves, (quartzo, feldspato, mica ) e grãos de minerais pesados de espécies opacas e 
coloridas (magnetita, ilmenita, turmalina, zircão, rutilo, etc.); 
- Os componentes orgânicos são representados por micro-raizes, folhas, sementes pólens, e vários 
outros tipos de remanescentes vegetais; 
- Os fragmentos de rocha, devem ter preservadas todas as características texturais e mineralógicas 
da rocha original; 
- Chegam aos oceanos apenas os clásticos que conseguiram sobreviver ao intemperismo. 
 
 
 
 
- O transporte seletivo dos grãos sedimentares (grãos de tamanhos similares) é modulado pela 
competência dos fluxos aquosos; aqueles caracterizados por energia mais baixa ou normal, 
transportam material mais fino em suspensão. 
- Nas regiões das altas latitudes, a erosão dos vales glaciais disponibiliza periodicamente para 
os oceanos, considerável material sedimentar representado por seixos, fragmentos de 
rochas, grãos individuais de minerais nos tamanhos cascalho e areia, e também peças de 
grande porte, tais como matacões ou calhaus, numa mistura caótica e mal selecionada de 
materiais terrígenos. 
- O baixo índice de selecionamento dos sedimentos crioclásticos, pode ser explicado pelos 
processos bruscos de movimentos de massa, geralmente associados à avalanches, detonadas 
por ocasião dos degelos sazonais, ou então por qualquer outro mecanismo eventual de 
desestabilização de encostas geladas. 
 
(http://www.geologia.ufpr.br) 
O material liberado, passa a ser agregado à massa gelada, que ao fragmentar-se em 
grandes blocos nas porções terminais da geleira, tem grande parte deslocada para o 
oceano constituindo os chamados “icebergs”. Estes, a medida que vão sofrendo 
fusão nas águas marinhas, vão também liberando o material previamente 
incorporado. Os constituintes mais grossos são depositados nas imediações da 
geleira continental, enquanto os finos são transportados a longas distâncias pela ação 
das correntes marinhas; 
 
- O vento é um agente que efetua transporte de grãos com tamanhos aproximadamente similares. 
A maior parte do material transportado é de granulometria muito fina, principalmente silte e 
argila (0.062 à <0,004mm) os quais são carreados por longas distâncias como poeira eólica , e 
antes de sua deposição como sedimentos no fundo marinho, sofrem processo de ressuspensão e 
transporte pelas correntes. O fluxo eólico, é particularmente efetivo em algumas regiões, 
principalmente em zonas semi-áridas e áridas onde predominam ventos que sopram de áreas 
desérticas para os oceanos; 
 
- Embora o volume de sedimentos eólicos para os oceanos não seja tão substancial, a persistência 
dos fluxos ao longo do tempo tem sido o principal fator de contribuição; 
 
- Partículas de fontes ígneas (vulcões) introduzidas 
- na atmosfera durante erupções, em áreas 
- de atividade constante do fenômeno, 
- também costumam ser transportadas pelo vento, 
- principalmente cinzas e pequenos fragmentos vítreos. 
 
• O Transporte consiste no deslocamento de 
partículas através dos agentes geológicos, 
como por exemplo vento e a água. 
 
 
• Os materiais transportados em solução 
sedimentam após a precipitação e os que 
estão em suspensao na água sedimentam 
por decantação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://rusoares65.pbworks.com 
Sedimentos Cosmogênicos 
- Micro-fragmentos de meteoritos. 
- A maior parte penetra na atmosfera terrestre, sendo posteriormente depositada 
tanto na superfície dos continentes como na dos oceanos; ao atingir o fundo 
marinho, os micro-fragmentos são incorporados aos sedimentos pré-
existentes; 
- Os tipos de meteoritos que chegam ao sistema terrestre se caracterizam como 
fragmentos líticos, enriquecidos por ferro, e também como poeira cósmica. 
 
 
 
 
 
Sedimentos de Fontes Intrabaciais ou Autóctones 
 
Sedimentos Bioquímicos 
- Aguas rasas: produção carbonática está fundamentalmente associada à sedimentos 
biogênicos, de natureza tanto animal como vegetal. Após a morte e a deposição desses 
organismos, os detritos mais grossos podem sofrer abrasão, desarticulação e 
fragmentação por processos físicos, químicos e biológicos, sendo posteriormente 
redistribuídos como cascalhos e areias biodetríticos nas margens continentais; 
Ex. fragmentos esqueletais, carapaças, ossículos de vários organismos, entre os quais 
salientam-se foraminíferos, briozoários, algas, espongiários, ouriços do mar e muitos 
outros. 
- Mar profundo: os fragmentos e peças de granulometrias mais finas (lamas) se acumulam 
como vasas carbonáticas ou silicosas, através do lento processo de assentamento ao 
longo da coluna d’água, caracterizando a sedimentação pelágica; 
Entre os grandes fatores controladores do suprimento biogênico marinho, destacam-se a 
produtividade primária de nutrientes nas massas d’água superficiais, os processos de 
dissolução de carbonato e sílica, a partir de determinadas profundidades, etambém o 
mascaramento e diluição dos carbonatos, provocados pelo aporte de sedimentos 
terrígenos; 
 
 
 
 
- Nas altas latitudes e em áreas de 
ressurgência costeira (ascensão de águas de 
fundo à superfície, caracterizadas por 
temperaturas mais baixas e enriquecidas de 
nutrientes) são comuns os organismos 
silicosos, especialmente as diatomáceas, 
fito-organismos planctônicos com 
granulometria em torno dos 2 mm. Os 
radiolários, constituídos por zoo-organismos 
silicosos, igualmente microscópicos, 
possuem estrutura opalina intrincada e são 
abundantes em águas tropicais 
caracterizadas por elevada produtividade de 
sílica; 
 
 
-Nas baixas latitudes, proliferam delgados organismos 
algais destituídos de estrutura rígida, mas cobertos por 
finas laminas calcárias que enriquecem os outros organismos 
fitoplanctônicos, como por exemplo os cocolitóferos. Muitos 
desses organismos microscópicos, tem uma média de vida 
relativamente curta, pois acabam sendo consumidos pelos 
animais maiores, sem que haja digestão total de suas 
estruturas rígidas e portanto decomposição; dessa forma, a 
porção não digerida é expelida através dos excrementos 
como pelitos fecais. Estes, devido sua granulometria um 
pouco maior, afundam de forma um tanto rápida, e acabam 
servindo de alimento nas águas mais profundas ou então 
sofrendo decomposição pela atividade bacterial. 
Conseqüentemente, em muitas áreas, parte desse material 
orgânico remanescente é incorporado nos sedimentos de 
fundo, contribuindo para o aumento de sedimentos 
biogênicos; 
 
- Os zooplânctons, com carapaças e esqueletos calcários são representados por foraminíferos e 
pterópodos, constituintes principais das vasas carbonáticas pelágicas; 
- A diluição dos componentes biogênicos por aporte terrígeno, é um processo comum nas 
margens continentais, principalmente em áreas da plataforma, devido à intensa deposição de 
sedimentos fluviais, os quais tendem a soterrar ou até mesmo diluir a maior parte dos 
constituintes carbonáticos; 
- No talude e elevação continental, o processo de mascaramento está associado à presença 
abundante de inúmeros componentes pelágicos; 
- Os principais elementos químicos dos carbonatos são a aragonita e a calcita, razão pela qual 
muitos organismos possuem carapaças e estruturas calcíticas (foraminíferos) ou aragoníticas 
(pterópodos); 
- As condições que favorecem a preservação da sílica e dos carbonatos são diferentes, uma vez 
que a saturação de sílica na água marinha é menor que a de carbonatos. Seu nível de 
compensação é limitado à 2. 000 metros. Os organismos com estruturas silicosas mais delgadas, 
quase sempre são dissolvidos antes de sua acumulação. 
 
Sedimentos Autigênicos 
 
Sedimentos formados “in situ “ a partir de lentas reações químicas entre a água do 
mar e determinados compostos minerais. O processo ocorre diretamente sobre 
o assoalho oceânico ou então sobre os sedimentos ali residentes. Os principais 
produtos são os nódulos polimetálicos, especialmente os de ferro e manganês, 
podendo ser citadas também as fosforitas. Encontrados entre 3000 a 5000 m. 
Importante fonte de minerais = $$$$$$$ 
 
 
Deposição Autigênica e Produtos 
 
- A deposição autigênica se processa diretamente no oceano através de reações físico-
químicas envolvendo a própria água do mar ou soluções intersticiais, que promovem 
alterações nos sedimentos durante e após sua deposição; 
- As condições de Eh e pH da água marinha são fundamentais na oxidação e 
precipitação do ferro e do manganês. A formação dos minerais associados à esses 
dois elementos depende dos seguintes mecanismos: 
 - O ferro e o manganês liberados pelo intemperismo das rochas continentais são 
inicialmente introduzidos nos oceanos através dos cursos d'água, onde são lentamente 
oxidados e precipitados no fundo marinho, originando pequenas partículas que se 
dispersam nos sedimentos ou então formando crostas ou concreções de diâmetros 
variados; 
 - Áreas de vulcanismo submarino, atividade hidrotermal e alteração de rochas 
ígneas no fundo oceânico, são fatores responsáveis pela introdução de ferro e 
manganês, os quais se tornam oxidados pelo oxigênio existente na água do mar, e 
posteriormente precipitados; 
 - Sedimentos hemipelágicos enriquecidos com material orgânico, em condições 
redutoras (anóxicas) geralmente se depositam abaixo do topo da coluna sedimentar; 
 
 
 
- Os produtos mais característicos da sedimentação autigênica são os nódulos de 
manganês e de fosforita. Os primeiros têm aparência de seixos ou concreções formados 
a partir de camadas concêntricas, podendo atingir vários diâmetros de espessura; 
- A fosforita tem como componentes principais os minerais fosfáticos, abundantes na 
plataforma e talude superior; 
- Sua formação decorre provavelmente da substituição de carbonato por fosfato em 
sedimentos biogênicos anóxicos, sendo essa substituição progressiva com a 
profundidade da água, conforme foi observado em sedimentos superficiais. O fosfato é 
derivado da produtividade planctônica nas águas superficiais; 
- As zeolitas são minerais aluminosilicáticos 
com coloração branca ou então acromáticos, 
com composição similar à do feldspato; 
constituem produtos secundários de 
intemperismo, com lenta acumulação nos 
sedimentos de mar profundo, principalmente 
em argilas pelágicas; 
- Ampla distribuição pelos oceanos. 
 
 
VARIAÇÕES DO NÍVEL DO MAR 
 
- Grandes glaciações do Pleistoceno: expansão das calotas de gelo continental  
retração no volume das águas oceânicas  regressão do nível de mar em caráter global 
- Aquecimento do clima  fusão parcial das superfícies outrora congeladas  aumento 
no volume das águas e naturalmente no nível de mar; 
 
 
 
Variação do nível do mar 
- Evidências: feições sedimentares e erosionais (praias, terraços, vales fluviais, 
cordões arenosos, camadas de turfa, e outros materiais de natureza terrígena em 
condições de submersão nas plataformas continentais atuais, ainda que preservados, 
mas em desequilíbrio com os padrões dinâmicos vigentes, são evidências concretas de 
que o nível de mar já esteve abaixo do atual (regressão) e subseqüentemente subiu 
avançando em direção ao continente (transgressão); 
- Nível de mar abaixo do atual (Pleistoceno)  superfície das plataformas 
continentais ficou exposta (emersão), sujeita a processos de erosão e deposição 
tipicamente continentais que promoveram a progradação da linha de costa. Muitos 
dos grandes sistemas fluviais aí escavaram e aprofundaram canais, estendendo seus 
cursos até a zona de quebra, dando origem a extensos depósitos terrígenos. Nessa 
fase, a linha de costa e a zona de quebra da plataforma estiveram praticamente 
contíguas, favorecendo a transferência de material clástico para as regiões de 
mar profundo, principalmente através de mecanismos de transporte de massa, 
impulsionados por fluxos de gravidade ao longo do talude continental; 
 
 
- A subseqüente subida do nível do mar durante o Holoceno, foi responsável pelo afogamento 
ou submersão da maior parte dos depósitos sedimentares e feições erosionais anteriormente 
formados, promovendo também o recuo concomitante das linhas de costa em direção ao 
continente; 
- Em função das oscilações eustáticas do nível do mar, grande parte dos sedimentos grossos, 
principalmente areias e cascalhos biogênicos, depositados em nível de mar abaixo do atual, 
ficaram preferencialmente concentrados ao longo da zona de quebra da plataforma, sofrendo 
retrabalhamento por processos paleoambientais, enquanto no setor interno da plataforma, 
predominamareias terrígenas relíquias, recobertas ou misturadas com areias e lamas atuais. 
 
 
Nível do mar está alto, 
predomina deposição na 
plataforma e deposição 
pelágica em águas profundas. 
Queda do nível do mar, 
plataforma exposta, e 
deposição avança. Formação 
de leques submarinos. 
PROCESSOS E PRODUTOS SEDIMENTARES 
MARINHOS 
PLATAFORMAS CONTINENTAIS ATUAIS 
 
Dinâmica Deposicional 
- O estilo da sedimentação nas plataformas continentais atuais, resulta 
basicamente da dinâmica deposicional e suas modalidades: 
 
A) Deposição Terrígena 
B) Deposição carbonática 
 
Deposição terrígena 
- Introduzidos no sistema dinâmico da plataforma através da linha de costa, que funciona 
como um aparelho de filtragem durante a ultrapassagem dos sedimentos. Os rios que 
chegam à linha de costa, quando formam desembocaduras deltaicas progradantes, acabam 
alterando o traçado costeiro em função da gradativa acumulação sedimentar, e 
produzindo protuberâncias litorâneas de considerável extensão e espessura que atingem os 
limites internos da plataforma continental; 
- Ondas, marés e correntes  distribuir e retrabalhar os sedimentos assim depositados, 
incorporando-os aos previamente existentes; 
- Transgressões marinhas (início do Holoceno): desembocaduras fluviais foram afogadas 
transformando-se em estuários que ficaram sujeitos à atuação de processos tanto fluviais 
como marinhos  ambientes retentores ou trapeadores de sedimentos fluviais e marinhos, 
inibindo dessa forma o fornecimento de terrígenos para as plataformas. 
- O avanço da linha de costa em direção ao continente (queda do nível do mar), 
desencadeou severos processos de erosão através do solapamento hidrodinâmico do perfil 
praial e do substrato arenoso pré-holocênico de plataforma interna. Desta forma, os 
sedimentos são disponibilizados e creditados no próprio local de produção, caracterizando 
um regime de suprimento sedimentar arenoso tipicamente autóctone ou autofágico; 
 
 
 
 
 - A produtividade, tipos e abundância de sedimentos carbonáticos na plataforma 
continental são pelas condições climáticas, temperatura, salinidade e intensidade 
fótica (luminosidade); 
- O clima controla a temperatura e a salinidade da água e o regime hidrodinâmico. 
- A intensidade da luminosidade associado á profundidade da água 
- A ressurgência é também particularmente importante para os ambientes 
carbonáticos 
- As variações glacio-eustáticas do nível do mar, podem retardar ou inibir a 
produtividade carbonática, principalmente quando a elevação ou abaixamento do 
nível marinho se processam de forma rápida, causando alterações no nível médio 
do mar, traduzidas por afogamento súbito ou emersão das superfícies mais rasas, e 
conseqüentemente, interferindo nos níveis de profundidade exigidos para o 
desenvolvimento da maior parte dos organismos produtores; 
 
Deposição carbonática 
- Material detrítico carbonático  permanecem “in situ”  incrustações ou cimentação 
carbonática  estruturas rígidas que servem de suporte para determinados tipos de 
recifes; 
 
- Indicadores paleoambientais; 
 
- Os pelóides são grãos carbonáticos, que podem ocorrer no tamanho areia, silte ou 
argila, são sedimentos característicos de águas muito rasas, quentes e saturadas de 
carbonato de cálcio; 
 
- Os agregados, partículas também de tamanho areia, resultam da aglutinação ou ligação 
de grãos através de finas películas, típicas de ambientes de águas rasas com baixa 
energia; 
 
- A lama carbonática, geralmente poligenética, pode ser derivada da desintegração de 
algas calcárias, principalmente as clorofíceas, que produzem ampla quantidade de lama 
aragonítica após sua morte. A lama calcítica é produzida a partir da bioerosão de 
material calcítico; 
 
 
- A porção interna de algumas plataformas evidencia presença escassa de sedimentos 
carbonáticos devido à processos de diluição,  intenso aporte de material fluvial 
 
- Plataforma externa são comuns substratos rígidos, os quais constituem condições 
ideais para a fixação e crescimento de algas coralígenas; 
 
- A formação de recifes é resultante da acumulação de material orgânico carbonático, 
envolvendo uma suíte de organismos cuja proliferação e manutenção está associada a 
um sistema de intensa produtividade, metabolização carbonática e cadeia alimentar 
complexa. 
 
- Após sua deposição nas plataformas continentais, os sedimentos estão sujeitos às 
atividades de organismos e reações químicas. 
- Bioturbação  destruição ou reformulação de estruturas sedimentares. 
- Os organismos podem desenvolver dois tipos principais de atividades: perfuração e 
escavação. Esses dois tipos são característicos de ambientes marinhos, atuais ou 
pretéritos; 
- Processos contínuos de bioturbação são mais facilitados quando a sedimentação se 
processa de forma lenta e sem grandes interferências de processos hidrodinâmicos, 
principalmente ondas e correntes; 
- Os processos químicos, caracteristicamente pós-deposicionais promovem mudanças 
químicas nos sedimentos e muitas vezes favorecem o equilíbrio dos mesmos com as 
condições do ambiente onde foram depositados; 
- Os processos físicos afetam a distribuição de componentes químicos nos sedimentos de 
plataformas continentais. 
- A cimentação e a aglutinação (coesão) são decorrentes de interações químicas entre os 
grãos, promovendo alterações em suas granulometrias originais e conseqüentemente 
nas condições de transporte. 
 
 
 
Atividade Pós-deposicionais Organo-
químicas 
Feições Sedimentares Associadas à Dinâmica Marinha 
 
- As marés, ondas, e correntes associadas  dinâmica na distribuição, remobilização e 
retrabalhamento de sedimentos e formação de feições sedimentares características. É preciso 
considerar também os efeitos esporádicos de correntes oceânicas, que embora restritas ao 
mar profundo, se propagam para as porções externas da plataforma; 
- As atividades das correntes de marés, produzem efeitos bem documentados em amplas 
regiões das plataformas. As feições mais proeminentes relacionadas à este tipo de dinâmica, 
são os bancos de areia (sand ridges). A existência desses bancos parece estar vinculada tanto 
às condições hidrodinâmicas pretéritas como atuais; 
 
 
Modelos de feições arenosas em plataformas dominadas por 
correntes de marés, baseados no volume de areia, na 
variação de velocidade e direção dos fluxos das correntes. 
(Modificado de Belderson, Johnson & Kenyon, 1982). 
 
 
 
- O zoneamento e os principais tipo de feições 
deposicionais e erosionais produzidas pelo efeito 
de correntes de marés em plataformas continentais 
dominadas por esses processos. As feições 
refletem a direção, a velocidade dos fluxos das 
correntes e a trajetória de transporte, levando em 
consideração, a maior ou menor disponibilidade 
do material arenoso; 
- plataformas continentais, quando submetidas às 
severas condições de ondas e correntes que 
caracterizam episódios de tempestades, com 
duração de horas ou dias, possuem feições com 
camadas gradacionais. 
- As correntes oceânicas, geralmente fluem poucos 
centímetros por segundo, tendo capacidade para 
transportar apenas sedimentos finos em 
suspensão, mas em algumas situações de fluxos 
mais elevados tornam-se suficientemente 
poderosas para produzir feições erosionais ou 
então feições arenosas de grande porte, do tipo 
ondas de areia gigantescas (megaripples). 
 
TALUDE, ELEVAÇÃO CONTINENTAL E 
PLANÍCIE ABISSAL 
 
Dinâmica Deposicional e Feições Resultantes 
- A dinâmica responsável pela deposição e transportedos vários tipos de 
sedimentos e feições presentes nas províncias fisiográficas do talude, elevação 
ou sopé continental e bacias oceânicas (planície abissal), engloba mecanismos 
de deslocamento descendente de material, associados a processos de 
ressedimentação, ação de correntes de fundo, deposição pelágica e processos 
autigênicos . 
 
 
 
 
 
 Processos deposicionais no 
talude continental, 
elevação e bacias de mar 
profundo, representados por 
eventos de curta duração, 
fluxos gravitacionais 
(ressedimentação) correntes 
de fundo, deposição 
pelágica e deposição 
autigênica. (Modificado de 
Stow, 1994). 
 
 
Ressedimentação 
- Envolve transferência de sedimentos dos ambientes de águas rasas, 
temporariamente estocados no talude continental, para os ambientes de mar 
profundo. Trata-se de um conjunto de processos dinâmicos de grande 
complexidade que atua sobre o talude continental, envolvendo movimentos de 
massa com fluxos controlados pela gravidade e pela perda de estabilidade do 
talude; 
 
- A queda de rochas e colapsos de blocos, embora sejam processos integrantes 
da ressedimentação, não são classificados como fluxos gravitacionais de 
sedimentos, mas sim como eventos de curta duração, que podem ser agilizados 
por processos tectônicos, sísmicos ou então decorrentes de erosão durante 
aprofundamento de cânions submarinos; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 (Modificado de Fichter, 2000. geollab.jmu.edu). 
 
 
 
As correntes de turbidez, também 
denominadas correntes de densidade, 
constituem os mecanismos mais 
atuantes no transporte de sedimentos 
ao longo do talude continental. 
Caracterizam-se como eventos 
episódicos, envolvendo uma mistura 
de água e sedimentos sob contínua 
turbulência, sendo de grande 
eficiência no transporte de 
sedimentos grossos e finos de águas 
rasas para o mar profundo, gerando 
depósitos sedimentares de variadas 
espessuras e dimensões; 
 
- As correntes de turbidez são referenciadas como importantes 
mecanismos de erosão e aprofundamento de cânions submarinos 
(feições tipicamente erosionais). 
- O comportamento do fluxo dessas correntes é altamente controlado 
pelas variações de gradiente, implicando em aceleração e 
desaceleração, cujos produtos seriam a erosão e a deposição, 
respectivamente; 
- A força e a velocidade dos fluxos de turbidez tem sido responsáveis por 
danos catastróficos em alguns equipamentos, tais como cabos e 
oleodutos construído no fundo submarino; 
- Os cânions submarinos constituem uma série de fontes pontuais a partir 
das quais os fluxos se espalham para o fundo oceânico; 
- No domínio submarino, a morfologia de um leque é também 
reconhecidamente radial, alimentada pelo cânion, em cujo sopé 
constrói amplos depósitos configurando feições do tipo leques ou 
lobos, conhecidas como leques submarinos; 
 
 
Fonte: A TERRA SOB OS OCEANOS, 2004. W. H. Freeman & Company 
 
-A sedimentação nos leques submarinos é mantida principalmente pelas correntes de 
turbidez, quando estas perdem aceleração na superfície do leque. Isto cria um padrão geral 
de deposição no qual, os sedimentos mais grossos são acumulados na porção mais proximal 
do leque, e a medida que a corrente vai progressivamente desacelerando, os mais finos vão 
sendo depositados nas partes mais distais do leque. No entanto, este padrão de transporte e 
deposição pode ser substancialmente modificado conforme a localização dos canais 
abastecedores; 
 
-A definição leque submarino fica restrita à ambiente de mar profundo, quando as correntes 
de turbidez constroem um corpo sedimentar na forma de leque, com vários km de diâmetro. 
 
 
- Os turbiditos, constituem depósitos de larga ocorrência nos ambientes de mar profundo, 
os quais formam camadas sedimentares estratigraficamente superpostas, que podem 
atingir vários quilômetros de espessura. 
 
- Camadas distintas de sedimentos associados à variações no regime de fluxo da 
corrente. Da base para o topo fica evidenciado um decréscimo ascendente de grão, com 
deposição de cascalho e areia grossa na base gradando para areia fina, silte e argila 
em direção ao topo. Essa gradação ascendente é representativa do decréscimo de 
velocidade do fluxo da corrente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Seqüência de Bouma em leques submarinos. Registro de seqüência de Bouma completa 
(ABCDE) apenas nos canais alimentadores do setor médio do leque submarino; as seqüências 
incompletas são registradas nos canais proximais, distais e ou ambientes laterais. (Modificado de 
Fichter, 2000. Geollab.jmu.edu). 
 
 
 
A arquitetura é determinada 
pelo tipo de sedimento 
predominante! 
 
 
http://www.geostud.dk 
Sand-rich 
http://www.geostud.dk 
Muddy system 
Gravel rich 
Amazon Fan 
Damuth & Flood 1985. Amazon Fan, Atlantic Ocean. 
Amazon Fan 
• Terceiro maior leque submarino 
• 700 km de comprimento. No ponto onde ocorre a quebra da plataforma tem 
250 km de largura, que passa para 650 km rapidamente. 
• Cobre uma area de 330.000 Km2 
• Volume total de sedimento passa de 700.000Km3 
• Upper fan  amazon submarine canyon, largo canal principal. Gradient 
14m;1000m 
• Middle fan  mudança subtida de gradiente para 10-4;1000m. Vários canais. 
• Lower fan  Smooth and gently sloping 2.3m;1000m 
 
 
Correntes de Fundo 
 
- Incluem correntes com velocidades de fluxos, capazes de erodir, remobilizar, 
transportar e depositar sedimentos, como também construir feições de formas e 
dimensões variáveis; 
- Das correntes de fundo, as mais importantes em termos de transporte de 
sedimentos e modelagem de feições, são as chamadas correntes de contorno, 
que fluem paralelas ou aproximadamente paralelas ao longo dos contornos da 
margem continental; 
- Se a velocidade de fluxo dessas correntes for elevada, as mesmas são capazes 
de transportar ao longo da elevação continental, sedimentos com diâmetros 
muito diversificados. 
 
 
 
 
Conturitos 
 
- São depósitos característicos associados ás correntes de contorno. 
- Material proveniente da porção superior do talude, e quando acumulado no sopé, passa 
a ser remobilizado pelas correntes de contorno. 
- Granulometria predominantemente fina (argila, silte e areia muito fina) de natureza 
silicoclástica, vulcanoclástica ou biogênica, caracterizando-se de forma distinta dos 
componentes turbidíticos. 
- As camadas são formadas em escala centimétrica com laminações cruzadas, onduladas 
ou paralelas. Dependendo dos diâmetros de grão que a corrente tem capacidade para 
transportar, as feições conturíticas podem ser lamosas ou arenosas; 
- Associadas às correntes de fundo de maior velocidade têm sido identificadas camadas 
nefelóides (águas turvas), com baixa concentração de material transportado em 
suspensão por longas distâncias; 
- Os critérios que têm sido utilizados para diferenciar conturitos de turbiditos incluem 
dados de paleocorrentes e características de proveniência, mas infelizmente é difícil 
determinar a direção de fluxos em depósitos de sedimentos muito finos. 
 
 
 
 
 
Deposição e Produtos Pelágicos/Hemipelágicos 
 
- Assentamento lento ao longo da coluna d’água, de sedimentos de granulometria muito fina 
(argilas e colóides), colocados inicialmente em suspensão no talude e elevação continental, como 
também na maior parte da superfície das bacias oceânicas; 
- Os depósitos pelágicos, com ampla distribuiçãono fundo oceânicos são individualizados em três 
classes principais, de acordo com o predomínio de componentes: 
a) Depósitos biogênicos carbonáticos: sedimentos de natureza biológica cujas estruturas ósseas são 
formadas por elemento calcítico ou aragonítico (CaCO3); 
b) Depósitos biogênicos silicosos com predominância de detritos esqueletais de organismos 
planctônicos constituídos por sílica (SiO2); 
c) Depósitos de argilas terrígenas de coloração dominantemente vermelha, constituídas 
principalmente por argilo-minerais e pequena proporção de material biogênico, tanto calcário 
como silicoso. 
A distribuição dos diferentes tipos de sedimentos pelágicos é governada pela interação dos seguintes 
fatores: condições climáticas, padrões de circulação, produtividade e fertilidade de nutrientes 
orgânicos nas águas superficiais, solubilidade relativa de carbonato e sílica, e suprimento de 
partículas argilosas de natureza terrígena e vulcânica; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Distribuição atual dos principais tipos de sedimentos nos oceanos. (Modificado de Open 
University, 1989). 
 
 
 
 
-Vasas calcárias ou carbonáticas: depósitos pelágicos carbonáticos, 
-Formação controlada pelo fornecimento de carbonatos para os oceanos: bicarbonato de cálcio por via 
fluvial, troca de dióxido de carbono (CO2) na interface ar/água e da remoção de carbonato de cálcio 
por precipitação nas camadas mais superficiais da água marinha; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
-Cerca de 90% do material carbonático é dissolvido antes de chegar ao seu destino nos depósitos 
pelágicos, dissolução essa controlada pela profundidade de compensação calcítica; Abaixo desse 
nível se processa a dissolução de carbonato calcítico (mais resistente do que o aragonítico) e o 
conseqüente impedimento de sua acumulação; 
 
 
Vasas Calcárias ou 
Carbonáticas 
Souza et al 2012 
Tipos de Vasas carbonáticas 
- Nas vasas de foraminíferos, predominam espécies planctônicas com tamanho de 
grão na fração areia (< 61 mm), assessoradas por granulometrias menores. São 
comuns neste tipo de vasa as espécies globigerinóides. Dos vários parâmetros 
ambientais controladores da distribuição dos foraminíferos planctônicos, a 
temperatura é considerada um dos mais importantes, embora a salinidade se encaixe 
também nessa importância para determinadas espécies; 
- Nas vasas de nanofósseis ou cocólitos, predominam componentes de algas recentes, 
de granulometria fina, mais resistentes do que os foraminíferos planctônicos; 
- Vasas de pterópodos: formadas por moluscos planctônicos do tipo gastrópodos, de 
granulometrias maiores que as espécies de foraminíferos. Suas carapaças bastante 
frágeis são constituídas de aragonita e, portanto mais vulneráveis à dissolução, razão 
pela qual ficam restritos às águas tropicais; 
 
Obs.: Ss índices de boa ou pobre preservação são fornecidos através das lisoclinas; 
 
Vasas Silicosas 
• Constituído por mais do que 30 % de microfósseis silicosos 
• Adquirem maior expressividade onde a produção de carbonato decai, ou 
seja, onde a dissolução carbonática excede sua produtividade; 
- Fonte: erosão de rochas continentas ricas em silica. Transporte fluvial. 
- Ao atingir o oceano, a sílica desenvolve um ciclo onde predominam dois 
fatores principais: 
a) absorção por organismos viventes (diatomáceas, radiolários, e 
sílicoflagelados) que constroem suas carapaças e esqueletos com sílica 
amorfa hidratada; 
b) dissolução do material esqueletal silicoso após a morte do organismo que em 
suspensão ao longo da coluna d’água sofre processo de redissolução; 
- As vasas de diatomáceas, de natureza vegetal, 
 
Tipos de Vasas Silicosas 
1) Vasas de diatomáceas 
- Algas silicosas fitoplanctônicas, 
- Crescimento é favorecido pela redução da salinidade 
(desembocaduras fluviais) 
- Individuais ou em colônias 
- Constituem o primeiro grupo de produtores 
primários de sílica em suspensão na coluna d’água, 
secundados pelos radiolários; 
- A granulometria mais característica nas vasas de 
diatomáceas fica em torno da fração síltica; 
- Sua granulometria reduzida, leveza e propriedades 
hidrodinâmicas, favorecem seu transporte por 
correntes do fundo oceânico, por isso tem sido 
utilizadas como traçadores dos fluxos das águas de 
fundo das regiões de baixas para altas latitudes; 
- Algumas diatomáceas de águas doce, transportadas 
para o oceano pelo vento, são depositadas como 
sedimentos marinhos. Este processo pode ser 
utilizado como indicativo de fontes lacustres em 
zonas desertas, tais como o Sahara, e fornecer o 
registro histórico de aridez continental; 
 
2) Vasas de radiolários 
 
•Características das baixas latitudes, são formadas por organismos zooplanctônicos, do tipo 
protozoários que segregam a sílíca em seus esqueletos, onde a dissolução carbonática é 
ativa; 
•Os silicoflagelados são organismos marinhos planctônicos unicelulares, cuja estrutura 
esqueletal é constituída por sílica opalina. Sua distribuição nos sedimentos de fundo 
oceânico ricos em sílica tem sido usada como critérios para determinações estratigráficas e 
paleocanográficas, principalmente em relação à gêneros e espécies características de 
determinadas profundidades e temperaturas; 
 
 
 
 
Sedimentação hemipelágica 
• Em determinadas áreas das margens continentais e bacias restritas, predominam 
sedimentos clásticos terrígenos, no tamanho silte e argila, que acabam por mascarar 
os sedimentos biogênicos pelágicos, dando origem aos depósitos hemipelágicos; 
 
- Os constituintes terrígenos envolvidos na sedimentação hemipelágica são decorrentes 
de: 
a) materiais liberados pelas desembocaduras fluviais que entram em processo de 
suspensão nos oceanos; 
b) sedimentos finos jogados em áreas de plataformas durante eventos de tempestades ou 
erodidos de linhas de costas lamosas; 
c) sedimentos glaciais finos transportados por icebergs; 
d) poeira eólica de regiões áridas e semi-áridas e resíduos vulcânicos finos, soprados pelo 
vento; 
 
 
- A sedimentação hemipelágica geralmente tem sua maior distribuição ao longo de muitos taludes 
continentais; 
- As argilas pelágicas: partículas terrígenas de diâmetros microscópicos, especialmente 
representadas por grupos de minerais aluminosilicatados (ilita, montmorillonita, caulinita e 
clorita) como também poeira eólica, quartzo, feldspato, poeira cósmica e vulcânica; 
• A montmorilonita  material vulcânico continental soprado pelo vento, e produto vulcânico 
submarino. Depósitos mais significativos nos oceanos Pacífico e Índico. 
• A ilita  componentes argiláceos decorrentes da alteração de micas por processos de 
intemperismo, em áreas fontes tipicamente continentais; 
• A caulinita  produto de intenso intemperismo químico em áreas tropicais. É um tipo de argilo-
mineral que reflete processos formadores de solos em áreas fontes continentais em regiões de 
baixas latitudes; 
• A clorita  decorrente de erosão física de rochas submetidas à metamorfismo de baixo grau, 
amplamente expostas em zonas glaciais; 
- O gelo é seu principal agente de transporte. 
 
 
 
 
 
OBRIGADA!

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