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FERMENTAÇÃO ALCÓOLICA Márcio Mendes Silva Diniz Prof. Calline – Bioquímica – Licenciatura em Química • O etanol é uma substância orgânica obtida da fermentação de açúcares, hidratação do etileno ou redução a acetaldeído. • A história do etanol no Brasil remonta à época das capitanias, quando se produzia aguardente a partir de resíduos da produção do açúcar. • O Brasil é líder mundial na produção de cana-de-açúcar e de seus derivados. O segmento emprega mais de 4 milhões de pessoas sendo que, em 2008, respondeu por 1,76% do PIB (Produto Interno Bruto) agrícola nacional. INTRODUÇÃO • 9000 a.C. – egípcios fabricam bebidas. • 4000 a.C. – pão, queijo iogurte. • 1150 – produção de vinagres a partir de vinhos. • 1680 – Van Leeuwenhoek observa e descreve a célula de levedura (microscópio). • 1789 – Lavoisier demonstra que a fermentação produz etanol e CO2. HISTÓRICO DA FERMENTAÇÃO ALCÓOLICA • 1815 – Gay Lussac fórmula a estequiometria da fermentação, complementando estudos de Lavoisier. • 1837 – Erxleben, De La Tour, Schawnns Kutzingk demonstram que as leveduras são responsáveis pela fermentação etanólica. • 1857 – Pauster demonstra a origem microbiológica da fermentação e explica a natureza anaeróbica do processo fermentativo. HISTÓRICO DA FERMENTAÇÃO ALCÓOLICA • 1894 – obtenção de culturas puras de leveduras por Hansen, Muller- Thurgau e Wortman. • 1897 – Buchner promove fermentação, com extrato livre de células de leveduras. • Primeira metade do século 20 – foram elucidadas as reações enzimáticas responsáveis pela conversão do açúcar em etanol e CO2 pelas leveduras. HISTÓRICO DA FERMENTAÇÃO ALCÓOLICA PRODUÇÃO MUNDIAL DE ETANOL PROCESSOS INDUSTRIAIS • Na glicólise, uma molécula de glicose é degradada em uma série de reações catalisadas por enzimas, gerando duas moléculas do composto de três átomos de carbono, o piruvato. PROCESSO DE FERMENTAÇÃO • Durante as reações sequenciais da glicólise, parte da energia livre da glicose é conservada na forma de ATP e NADH. • A glicólise foi a primeira via metabólica a ser elucidada e provavelmente seja a mais bem entendida. Desde a descoberta da fermentação, em 1897 por Eduard Buchner, em extratos de células de levedura, até a elucidação da via completa em leveduras e em músculo na década de 1930. PROCESSO DE FERMENTAÇÃO GLICÓLISE • Em condições aeróbicas, o piruvato é completamente oxidado, via ciclo do ácido cítrico a CO2 e H2O. O piruvato é oxidado, com a perda de seu grupo carboxil na forma de CO2, para gerar grupo acetil da acetil-coenzima A PIRUVATO • Em condições anaeróbicas, o piruvato deve ser convertido em um produto final reduzido para reoxidar o NADH produzido pela reação de GAPDH, sendo esta uma enzima essencial na via da glicólise e da gliconeogênese, catalisando a fosforilação oxidativa do substrato. Isso ocorre de duas formas: PIRUVATO i. Em leveduras, o piruvato é descarboxilado para produzir CO2 e acetaldeído, o qual é reduzido pelo NADH para produzir NAD+ e etanol. Esse processo é conhecido como fermentação alcoólica (portanto, fermentação é um processo de reação biológica anaeróbica); PIRUVATO ii. Em condições anaeróbicas em músculos, o piruvato é reduzido a lactato para gerar novamente NAD+ em um processo conhecido como fermentação láctica. PIRUVATO METABOLISMO DO PIRUVATO • Quando tecidos animais não podem ser supridos com oxigênio suficiente para realizar a oxidação aeróbia do piruvato e do NADH produzidos na glicólise, onde o NAD+ é regenerado a partir de NADH pela redução do piruvato a lactato. • O lactato formado pelo músculo esquelético em atividade pode ser reciclado; ele é transportado pelo sangue até o fígado, onde é convertido em glicose durante a recuperação da atividade muscular exaustiva. O PIRUVATO É O RECEPTOR FINAL DE ELÉTRONS NA FERMENTAÇÃO LÁCTICA • Leveduras e outros microrganismos fermentam glicose em etanol e CO2, em vez de lactato. O piruvato é convertido a etanol e CO2 em um processo de duas etapas: O ETANOL É O PRODUTO REDUZIDO NA FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA O ETANOL É O PRODUTO REDUZIDO NA FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA • O NADH formado na glicólise deve ser reciclado para regenerar NAD+, necessário como receptor de elétrons na primeira etapa da fase de pagamento. Em condições aeróbias, os elétrons passam do NADH para o O2 na respiração mitocondrial. DESTINOS DO PIRUVATO EM CONDIÇÕES ANAERÓBIAS: FERMENTAÇÃO • Em condições anaeróbias, muitos organismos regeneram NAD+ pelo transporte de elétrons do NADH para o piruvato, formando lactato. Outros organismos, como as leveduras, regeneram NAD+ pela redução de piruvato em etanol e CO2. Nesses processos anaeróbios (fermentações), não ocorre oxidação ou redução líquida dos carbonos da glicose. DESTINOS DO PIRUVATO EM CONDIÇÕES ANAERÓBIAS: FERMENTAÇÃO “A imaginação é mais importante que a ciência, porque a ciência é limitada, ao passo que a imaginação abrange o mundo inteiro.”
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