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Fichamento Cirque Du Soleil - Estácio

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Estudo de Caso:
TEORIA DO DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL
Cirque Du Soleil
REFERÊNCIA: DELONG, J. Thomas; VIJAYARAGHAVAN, Vineeta. Cirque Du Soleil. Harvard Business School, 2006.
O estudo de caso conta a trajetória do Cirque Du Soleil, que surgiu em 1984 e hoje já tem mais de 30 anos de história. O Cirque começou com uma equipe de artistas de rua, no Canadá. Em 1984 a companhia possuía 73 funcionários, já em 2001 eram cerca de 2100 espalhados pelo mundo, sendo mais de 500 artistas. Em 1988 a companhia foi avaliada em 800 milhões de dólares. O Cirque já tentou descentralizar sua administração em três divisões regionais, mas este modelo não deu certo e hoje essa responsabilidade é de um escritório central, localizado em Montreal.
O Cirque sempre teve uma atitude muito inovadora com relação aos demais circos que todos estão acostumados, começando pelo fato de ser um circo sem animais. Os espetáculos são compostos por artistas de rua, palhaços, acrobatas e ginastas que surpreendem nas apresentações teatrais e de dança, sempre embaladas por uma música marcante que tem a pretensão de transcender fronteiras culturais.
Em 1987 o Cirque decidiu se arriscar para alcançar um público maior. A companhia conseguiu um empréstimo de 1,5 milhões de dólares canadenses com o governo federal para compra de equipamentos indispensáveis para uma turnê em Los Angeles, onde seriam a atração principal de um festival. O detalhe era que eles só receberiam uma porcentagem da bilheteria, então se o público não correspondesse, teriam que deixar tudo em Los Angeles, pois não possuíam dinheiro nem mesmo para o transporte de volta, mas felizmente o espetáculo foi um sucesso. A partir de então, começaram a realizar várias turnês, diversificaram suas atividades comerciais com projetos de publicidade, abriram a primeira loja em seu novo cinema no Walt Disney World Resort, lançaram o primeiro filme, entre tantas outras conquistas.
A diretora de elenco do Cirque conta que é um grande desafio encontrar os artistas que se encaixem em cada produção, ela chega a viajar para mais de 20 países para realização de testes. Existe uma troca mútua de crescimento entre o Cirque e os artistas, e um grande esforço para mantê-los felizes. Se alguém com potencial é encontrado em um pequeno vilarejo, essa pessoa só é levada para trabalhar, caso também encontrem outras pessoas aptas nesse mesmo vilarejo, dessa forma uns apóiam os outros. Durante o recrutamento também é preciso levar em consideração se a pessoa é capaz de continuar a se desenvolver e se ela será generosa nas apresentações, pois são questões que fazem a diferença para o convívio durante a turnê.
O trabalho durante as turnês é cansativo, os funcionários precisam se adaptar as adversidades e, ao mesmo tempo, praticarem a solidariedade uns com os outros. Os espetáculos são repletos de acrobacias que colocam a equipe sempre em situações de risco, e inevitavelmente ocorrem diversas contusões. Dessa forma, existe a preocupação de todos os dias reavaliar as contusões e, então, modificar trechos das apresentações, remanejando alguns para outras atividades, mas mantendo sempre o envolvimento de todos. A equipe precisa se manter motivada, enfrentar esses momentos de estresse com paciência, saber lidar com a tensão, ou seja, todos devem ser resilientes.
O escritório central do Cirque é o centro de criação e produção de toda a organização, chamado também de Studio. O espaço foi projetado de forma que a área administrativa consegue visualizar o progresso dos treinamentos dos artistas, assim como os artistas conseguem ver todo o apoio da equipe administrativa. O Cirque tenta fazer com que todos se envolvam no “produto final”, muitos funcionários são incentivados a assistir o espetáculo, pois as apresentações não são somente para os clientes, a equipe também precisa sentir a magia. Esse tipo de atitude colabora para um bom clima dentro da organização, as pessoas enxergam a importância de cada colega e são capazes de criar empatia.
O Cirque tem ainda vários problemas e planos que precisam ser gerenciados. A companhia tenta investir em outros tipos de produtos, como a construção de complexos de entretenimento, mas fica a dúvida se realmente é algo viável e se trará uma boa fonte de rendimento futuro. Além disso, o Cirque tornou-se uma grande empresa, e deve ser administrada como tal, mas precisa ter cuidado para não perder a sua essência. Outra preocupação é o preço dos ingressos que afasta muitas pessoas da possibilidade de assistir o espetáculo e faz com que diversos funcionários acreditem que o Cirque é só para classe alta. Por fim, o Cirque precisa se reinventar de tempos em tempos, não só para os clientes, mas para manter seus funcionários empolgados com o trabalho.
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