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Fichamento Thomas Green - Estácio

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Estudo de Caso:
COMUNICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES
Thomas Green: Poder, Política Interna e uma Carreira de Crise
REFERÊNCIA: SASSER, W. Earl; BECKAHM, Heather. Thomas Green: Poder, Política Interna e uma Carreira em Crise. Harvard Business School, 2008.
Este estudo de caso conta a trajetória de Thomas Green, funcionário da empresa Dynamic Display. Empresa que iniciou em 1990 fornecendo caixas de autoatendimento para bancos. Em 1994 passou a atuar também no segmento de viagens e hospitalidade. Em 2007 já obtinha 60% do mercado, com cerca de 1500 quiosques em mais de setenta aeroportos. Nos quiosques os clientes podiam encontrar informações, realizar check in, entre outras coisas, diminuindo assim o custo da empresa que dessa forma repassava várias atividades para o próprio cliente.
O primeiro emprego de Thomas Green foi como vendedor na empresa National Business Solution, onde obteve muitas conquistas na divisão de bancos. Em 2007 foi contratado pela Dynamic Display para o cargo de Gerente de Contas	, no segmento de viagens e hospitalidade. Nos primeiros quatro meses conseguiu fechar um contrato com uma grande empresa de transporte aéreo, realizando a instalação de quiosques em vinte aeroportos.
Em julho de 2007 Green participou de treinamentos na matriz, onde conheceu o vice presidente da divisão, Shannon McDonald. Green e McDonald eram conterrâneos e logo se tornaram amigos. Green soube de uma vaga de especialista sênior de mercado e imediatamente se candidatou. Cerca de um mês depois, após várias conversas, McDonald o promoveu, mas alertou que ele não tinha experiência como gestor, somente havia trabalhado na área de vendas, então essa posição seria bem diferente. Green precisaria pensar tática e estrategicamente para coordenar ações em diferentes setores da empresa. Dessa forma, era importante que ele buscasse orientações de outros gerentes mais experientes.
Green havia conseguido pular uma etapa, pois geralmente um gerente de contas seria promovido para especialista de mercado, para depois de vários anos chegar a posição de sênior. Junto com isso ele teve um aumento de 50% no seu salário anterior. Ele passou a supervisionar dois especialistas de mercado e respondia para o diretor de marketing Frank Davis. McDonald alertou Green que Frank desejava ter escolhido a pessoa para ocupar o cargo de sênior, mas isso não aconteceu. Por isso ele teria que saber lidar com essa situação, que poderia gerar desentendimentos.
Frank e Green fizeram diversas visitas nas maiores companhias aéreas do segmento. Após esse tour, Frank orientou Gren, dizendo que nas próximas visitas, em que ele estivesse sozinho, precisaria preparar melhor as reuniões com os clientes, com maiores informações que defendessem duas propostas.
Em outubro Green participou pela primeira vez do planejamento de vendas do próximo ano. Na reunião Frank explicou que as avaliações de desempenho estariam ligadas ao alcance ou superação dos objetivos, sendo que a projeção de crescimento da região leste seria de 10%, mas Green demonstrou-se contrário as metas estipuladas, dizendo que seria impossível alcançá-las.
Após esse episódio, Frank mostrou-se muito incomodado com a manifestação pública e contrária de Green. Inclusive conversou com McDonald, explicando que os indicadores de mercado eram positivos, portanto eles só precisavam de uma boa estratégia para alcançar as metas, mas que Green estava se demonstrando muito conservador, pensando de forma operacional, quando na verdade deveria abrir sua mente e dedicar-se para desenvolver idéias que permitissem esse crescimento.
No segundo mês após sua promoção, Frank realizou uma avaliação sobre o desempenho de Green, onde sinalizou diversos pontos problemáticos, desde contrariedade com relação à atualização da agenda, até reclamações sobre a ausência de retorno de algumas solicitações e falta de entusiasmo. Frank colocou todos esses pontos em um e-mail e copiou MacDonald e Green.
Após três meses os problemas continuavam. Green era considerado uma pessoa carismática, com pensamento rápido, que sabia vender suas idéias, mas em contra partida não conseguia seguir as políticas internas da empresa, pois não documentava suas abordagens de marketing, não aceitava utilizar os materiais disponíveis para organizar suas estratégias, como planilhas, apresentações em Power Point e e-mails, pois achava tudo muito político, mas para a gestão isso era inadmissível, havia o entendimento de que com todas essas ferramentas ele poderia efetivamente mostrar o quanto estava trabalhando. Frank então realizou outra avaliação expondo todos esses problemas novamente e repassou tudo por e-mail para McDonald, dessa vez sem copiar Green.
Green reconheceu seus erros com relação às políticas da empresa e prometeu várias melhorias, Frank, então, solicitou que em até 30 dias essas promessas precisariam entrar em prática, caso contrário ele seria substituído. Mas para Green ficaram várias dúvidas do que fazer, ele deveria aceitar tudo que Frank disse e ficar calado? Ou tinha a responsabilidade de realmente questionar as projeções de Frank? Talvez até mesmo começar a procurar outro emprego, já que a situação estava bem complicada.
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