Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
NOTA DE AULANOTA DE AULANOTA DE AULANOTA DE AULA 01 UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E FÍSICA Disciplina: FÍSICA GERAL E EXPERIMENTAL II (MAF 2202) Coordenador: Prof. Dr. Elias Calixto Carrijo CAPÍTULO 16 – OSCILAÇÕES 1. Oscilações Os movimentos que se repetem são chamados de oscilações e estamos rodeados pelos mesmos. É o caso das cordas de violão, tambores, sinos, diafragmas de telefones, sistemas de auto- falantes, cristais de quartzo em relógio de pulso, etc. neste capítulo será abordado o comportamento desse fenômenos da natureza. 2. Movimento Harmônico Simples Uma grandeza importante no (MHS) movimento oscilatório é a freqüência, ou número de oscilações completadas a cada segundo. O símbolo é f e a unidade é o hertz (hz), onde: 1 hertz = 1 hz = 1 oscilação por segundo = 1 S-1 O período é o tempo necessário para uma oscilação completa, ou seja: 1T f= Um movimento harmônico simples é um movimento que obedece à relação: ( ) cos( ),mx t x tω φ= + onde, mx → amplitude: posição máxima do corpo ω → - freqüência angular φ → constante de fase t → tempo Nota de Aula I – FISICA GERAL E EXPERIMENTAL II 02 Nota-se que esta equação horária tem em comportamento senoidal. Assim, após percorrido um tempo equivalente ao período T, o corpo assume novamente a posição original. Então: cos cos ( )m mx t x t Tω ω= + como o período do cosseno é 2pi , tem-se: ( ) 2t T tω ω pi+ = + ⇒ 2 / 2T fω pi pi= = A unidade da freqüência angular é o rad/seg. A VELOCIDADE NO MHS A velocidade de um movimento é obtida derivando-se a equação horária no tempo. Então: ( )( ) ( cos ( )) ( ) ( ) m m dx t d v t x t dt dt v t x sen t ω φ ω ω φ = = + ⇒ = − + A grandeza m xω é a amplitude da velocidade, ou velocidade máxima. A Aceleração no MHS Para se obter a aceleração basta derivar a velocidade no tempo, ou seja: ( )( ) ( ( )) m dv t d a t x sen t dt dt ω ω φ= = − + ⇒ 2( ) cos( ) m a t x tω ω φ= − + onde 2 m xω é a aceleração máxima da partícula. O gráfico a seguir mostra o comportamento da posição, velocidade e aceleração para um MHS. 03 Nota de Aula I – CAPÍTULO 16: OSCILAÇÕES 3. Lei da Força para o Movimento Harmônico Simples. Pode-se compreender o movimento harmônico simples a partir do sistema massa-mola, representado na figura a seguir: Figura 01 O diagrama de corpo livre do bloco de massa m indica as forças atuantes no mesmo: Fig.02 Na direção horizontal a força resultante é a força que a mola exerce no bloco. O sinal negativo indica uma força restauradora. Então: N r P r ˆF kxi= − r Nota de Aula I – FISICA GERAL E EXPERIMENTAL II 04 2 2 2 2 . . 0 res res F kx m a kx d x m kx dt d x k x dt m = − = − = − ⇒ + = A última equação é a eq. Diferencial do sistema massa-mola. Adotando a eq. Horária do MHS como a solução desta e.d., tem-se: 2 2 2 ( ) cos ( ) cos( ) m x t x t d x xm t dt ω φ ω ω φ = + = − + substituindo as relações anteriores na e.d. tem-se: 2( ) cos( ) 0 m k x t m ω ω φ− + + = que resulta em: 2 0k m k m ω ω − + = = Assim obtemos a freqüência angular para o (mhs, e por também o) sistema massa-mola, e também o período: 2 mT k pi= 05 Nota de Aula I – CAPÍTULO 16: OSCILAÇÕES 4. Energia no Movimento Harmônico simples A energia mecânica associada a um movimento qualquer é resultado da adição das energias potencial e cinética. Para um oscilador harmônico do tipo massa-mola a energia potencial e cinética são dadas por: 2 2 2 2 2 2 2 1 1 cos ( ) 2 2 1 1( ) ( ) 2 2 U kx k x m t K t mv m x m sen t ω φ ω ω φ = = + = = + usando 2 /k mω = , obtém-se para a energia mecânica: 2 2 2 2 2 1 1 cos ( ) ( ) 2 2 1 2 E U K E kx m t kx m sen t E kx m ω φ ω φ = + = + + + ⇒ = A energia total desse sistema é constante, conforme figura a seguir: Fig. 16.6 5. Um Oscilador Harmônico Simples Angular O oscilador harmônico simples angular é constituído de um disco suspenso por um fio com uma constante de torça K. Nota de Aula I – FISICA GERAL E EXPERIMENTAL II 06 Ele é posto para oscilar na forma angular. Esse dispositivo é chamado de pêndulo de torção. O torque restaurador é dado por kτ θ= − como 2 2 , dI I dt θ τ α= = tem-se 2 2 2 2 0 dI k dt d k dt I θ θ θ θ = − ⇒ + = A última relação é a equação diferencial do pêndulo de torção. Por analogia com a e.d. do sistema massa mola tem-se: ( ) cos( ) m t tθ θ ω φ= + e 2 IT k k w I pi= = 6. Pêndulos Pêndulos Simples O pêndulo simples é um dispositivo constituído de um fio inextensível e de massa desprezível, que sustenta um corpo de massa m que oscila em um plano com ângulos de abertura inferiores a 5º, conforme figura a seguir: 07 Nota de Aula I – CAPÍTULO 16: OSCILAÇÕES Neste caso, o torque restaurador é dado por: 2 2 .l P sen dI lmg sen dt τ θ θ θ = − = − Para ângulo menores que 5º tem-se que senθ θ≈ considerando o momento de inércia como 2 .I m l= tem-se: 2 2 2 2 2 0 d ml lmg dt d g dt l θ θ θ = − ⇒ + = Também por analogia com o MHS vem: cos( ) 2 m t lT g θ θ ω φ pi = + = Nota de Aula I – FISICA GERAL E EXPERIMENTAL II 08 O Pêndulo Físico Considera-se como pêndulo físico um corpo suspenso por um ponto qualquer e que oscila em torno de uma posição de equilíbrio. Por analogia com o pêndulo simples tem-se: 2 2 . r P h sen dI Ph dt τ θ θ θ = − = − ou 2 2 d mgd dt I θ θ θ+ = Assim 2 cos( )m IT mgd t pi θ θ ω φ = = + 7. Movimento Harmônico Simples e Movimento Circular Uniforme. Pode-se obteras relações do MHS a partir do movimento circular uniforme. Então, seja o movimento circular da partícula P’ executado em um círculo de raio xm. Em um instante t a partícula percorreu um ângulo tω φ+ . Então ( ) cos( ) ( ) cos( ) m m x t t x x t x t ω φ ω φ + = ⇒ = + A relação anterior é a eq. Horária do MHS. A figura(b) mostra o comportamento da velocidade tangencial da partícula. A sua componente horizontal será dada por: (b) (a) (c) 09 Nota de Aula I – CAPÍTULO 16: OSCILAÇÕES ( ) ( ) ( ) x x v sen t v v v t vsen t ω φ ω φ + = ⇒ = = − + O sinal negativo indica que a velocidade está em sentido contrário ao da orientação positiva do eixo x. Em um movimento circular, a velocidade tangencial é dada por mv r xω ω= = . Então ( ) ( )mv t x sen tω ω φ= − + A partir da figura (c) obtém-se a aceleração para o MHS. 2( ) cos( )ma t x tω ω φ= − + Movimento Harmônico Simples Amortecido Em um movimento harmônico amortecido o movimento harmônico simples sofre uma força externa que tende a reduzi-lo. Como exemplo cita-se o caso de um sistema massa-mola acoplado a uma pá que está imersa na água. Neste caso a força que a água exerce na pá será: ,dF bv= − onde b é uma constante de amortecimento. Para este sistema tem-se: resF kx bv ma kx bv = − − ⇒ = − − sendo 2 2/a d x dt= vem: 2 2 0 d x dx m b kx dt dt + + = Nota de Aula I – FISICA GERAL E EXPERIMENTAL II 010 A solução desta eq. Diferencial é dado por: / 2 '( ) cos( )bt m m x t x e tω φ−= + onde 2 ' 24 k b m m ω = −
Compartilhar