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Economia e Mercado Imobiliario Aulas 6 a 10

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Economia e Mercado Imobiliário – 2017.1
Aula 6 – Microeconomia Parte III.
CONCEITO DE ELASTICIDADE:
Elasticidade, em sentido genérico, é a alteração percentual em uma variável, dada uma variação percentual em outra, coeteris paribus. Assim, elasticidade é sinônimo de sensibilidade, resposta, reação de uma variável, em face de mudanças em outras variáveis. Trata-se de um conceito largamente utilizado em Economia. Vejamos alguns exemplos:
Elasticidade-preço de demanda.
Elasticidade-renda da demanda.
Elasticidade-preço cruzada da demanda.
Elasticidade-preço da oferta.
Elasticidade das exportações em relação à taxa de câmbio.
Elasticidade da demanda de moeda em relação à taxa de juros.
Enfim, sempre quando tivermos uma relação entre variáveis em economia, podemos calcular a elasticidade (VASCONCELLOS, 2009, p. 63-64).
CONCEITO DE ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA:
É  a variação percentual na quantidade demandada, dada uma variação percentual no preço do bem, coeteris paribus. Mede a sensibilidade, a resposta dos consumidores, quando ocorre uma variação no preço de um bem ou serviço (VASCONCELLOS, 2009, p. 64).
Formula:
Como a razão entre a variação percentual na quantidade demandada e a variação percentual do preço bem é negativa (pela lei geral da demanda), e o preço e a quantidade demandada são valores positivos , segue que a elasticidade-preço da demanda é sempre negativa. Por essa razão, seu valor é expresso em módulo (por exemplo, Epp = 1,2, vale dizer que Epp = - 1,2).
Em termos de derivada (VASCONCELLOS, 2009, p. 64): _________
CLASSIFICAÇÃO DA DEMANDA, DE ACORDO COM A ELASTICIDADE-PREÇO:
De acordo com a elasticidade-preço, a demanda pode ser elástica, inelástica ou de elasticidade-preço unitária (VASCONCELLOS, 2009, p. 64).
	DEMANDA ELÁSTICA
  Epd   > 1 
Por exemplo:   Epd = 1,5 ou Epd = -1,5 
Significa que, dada uma variação percentual, por exemplo, de 10% no preço, a quantidade demandada varia, em sentido contrário, em 15%, coeteris paribus. Isso revela que a quantidade demandada é bastante sensível à variação de seu preço.
	DEMANDA INELÁSTICA
  Epd    < 1 
Por exemplo:   Epd = 0,4 ou  Epd = -0,4 
Nesse caso, os consumidores são pouco sensíveis a variação de preço: uma variação de, por exemplo, 10% no preço leva a uma variação na demanda desse bem de apenas 4% (em sentido contrário).
	DEMANDA DE ELASTICIDADE UNITÁRIA 
  Epd     < 1 
Se o preço aumenta em 10%, a quantidade cai também em 10%, coeteris paribus
Fatores que afetam a elasticidade-preço da demanda:
1 – DISPONIBILIDADE DE BENS SUBSTITUTOS:
Quanto mais substitutos, mais elástica a demanda, pois, dado um aumento de preços, o consumidor tem mais opções para “fugir” do consumo desse produto. Ou seja, trata-se de um produto cujos consumidores são bastante sensíveis à variação de preço. 
Como a elasticidade depende da quantidade de bens substitutos, observa-se que, quanto mais específico o mercado, maior a elasticidade. Assim, é de se esperar que
Epd gasolina azul > Epd gasolina comum
2 – ESSENCIALIDADE DO BEM:
Quanto mais essencial o bem, mais inelástica sua procura. Esse tipo de bem não traz muitas opções para o consumidor “fugir” do aumento de preços. Exemplos clássicos: sal e açúcar.
3 – IMPORTÂNCIA RELATIVA DO BEM NO ORÇAMENTO DO CONSUMIDOR:
A importância relativa, ou pelo do bem no orçamento, é dada pela proporção de quanto o consumidor gasta no bem, em relação a sua despesa total. Quanto maior o peso no orçamento, maior a elasticidade-preço.
Quanto maior o peso no orçamento, maior a elasticidade-preço da procura. O consumidor é muito afetado, por alterações nos preços, quanto mais gasta com o produto, dentro de sua cesta de consumo. Por exemplo
Carne: Epd alta;
Fosforo: Epd baixa. 
4 – HORIZONTE DE TEMPO:
Dependendo do horizonte de tempo de análise, um intervalo de tempo maior permite que os consumidores de determinada mercadoria descubram mais formas de substituí-la, quando seu preço aumenta. Ou seja, a elasticidade-preço da procura tende a aumentar no tempo (as elasticidades calculadas  a longo prazo são maiores que as de curto prazo).
ELASTICIDADE-PREÇO CRUZADA DA DEMANDA:
	É a variação percentual da quantidade demandada do bem x, dada uma variação percentual no preço do bem
 y, coeteris paribus.
EABpd = Variação percentual de qA
 Variação percentual de pB
	Ou
	Em termos de derivada
EABpd = pB . δqA
 qA . δpB
Neste raciocínio, os bens poderão ser VASCONCELLOS, 2009, p. 75):
EABpd > 0 A e B são substitutos (o aumento do preço de B aumenta o consumo de A, coeteris paribus).
EABpd < 0 A e B são complementares (o aumento do preço de B diminui o consumo de A, coeteris paribus).
ELASTICIDADE-RENDA DA DEMANDA:
É a variação percentual da quantidade demandada, dada uma variação percentual da renda do consumidor, coeteris paribus.
ERP = Variação percentual de q
 Variação percentual de R
ou
Em termos de derivada:
ERP = R . δqxd
 qxd . δR
Segundo este conceito, os bens poderão ser VASCONCELLOS, 2009, p. 75):
ERP > 1 bem superior (ou bem de luxo): dada uma variação de renda, o consumo varia mais que proporcionalmente;
ERP > 0 bem normal: o consumo aumenta quando a renda aumenta;
ERP < 0 bem inferior: a demanda cai quando a renda aumenta;
ERP = 0 bem de consumo saciado: variações na renda não alteram, o consumo do bem. Ou seja, a variável renda não é importante para explicar o comportamento da demanda desse bem.
Ao lado da elasticidade-preço da demanda, a elasticidade-renda é o conceito de elasticidade mais difundido. Normalmente, a elasticidade-renda de produtos manufaturados é superior à elasticidade-renda de produtos básicos, como alimentos. 
Isso porque, quanto mais elevada a renda, a tendência é aumentar o mais o consumo de produtos, como, por exemplo, eletrônicos, automóveis, em relação aos alimentos (cujo consumo tem um limite fisiológico). 
Como veremos na parte da Macroeconomia, esse fato é a base para justificar a tese de que os países mais pobres, que normalmente exportam produtos primários e importam produtos manufaturados, tendem a apresentar déficits crônicos em seu balanço de pagamentos.
A elasticidade renda é muito importante para o planejamento empresarial, pois é um importante parâmetro para projetar suas vendas, de acordo com o crescimento da renda do país.
Aula 7 – Microeconomia: Estruturas de Mercado.
CONCEITO DE MERCADO:
É uma concepção econômica sustentada em relações comerciais de compra e venda, na busca do equilíbrio e na lei da oferta e da procura. Porém, para que o mercado exista é necessário que, também, existam de um lado pessoas ou entidades que sejam possuidoras e que queiram negociar transferir para outras, mercadorias serviços, técnicas, capitais, mão de obra e ideias, bem como, do outro lado, pessoas ou entidades que queiram adquirir essas mesmas mercadorias, serviços, técnicas, capitais, mão de obra e ideias (FEMENICK, 2013).
CONCEITO DE ESTRUTURAS DE MERCADO:
As estruturas de mercado são modelos que captam aspectos inerentes de como os mercados estão organizados. Cada estrutura de mercado destaca alguns aspectos essenciais da interação da oferta e da demanda, e se baseia em algumas hipóteses e no realce de características observadas em mercados existentes, tais como: o tamanho das empresas, a diferenciação de produtos, a transparência do mercado, os objetivos dos empresários, o acesso de novas empresas etc. 
Fundamentalmente, as diferentes estruturas de mercado estão condicionadas por três variáveis principais (GREMAUD et al., 2004, p. 191):
Número de firmas produtoras no mercado;
Diferenciação do produto;
Existência de barreiras à entrada de novas empresas.
No mercado de bens e serviços, as formas de mercado, segundo essas características, são as seguintes (VASCONCELLOS, 2009, p. 137):
	CONCORRÊNCIA PERFEITA
Número infinito de firmas, produto homogêneo,e não existem barreiras à entrada de firmas e consumidores.
	CONCORRÊNCIA MONOPOLISTA
(Ou imperfeita): inúmeras empresas, produto diferenciado, livre acesso de firmas ao mercado.
	MONOPÓLIO
Uma única empresa, produto sem substitutos próximos, com barreiras à entrada de novas firmas.
	OLIGOPÓLIO
Pequeno número de empresas que dominam o mercado, os produtos podem ser homogêneos ou diferenciados, com barreira à entrada de novas empresas.
MONOPÓLIO:
O mercado em que há um monopólio se caracteriza pela existência de uma única empresa operando no mercado, como vendedora de um produto para o qual não há similar, substituto. 
Nessa circunstância essa organização não está sujeita às leis do mercado, pois ela mesma é que determinaria o valor desse bem ou serviço, cabendo aos consumidores simplesmente pagarem o preço estabelecido pelo vendedor. Este se utiliza de seu privilégio para fixar o preço, cuja escolha se torna unilateral”. O monopolista, de certa forma, é ele mesmo quem dá a configuração, quem dá forma ao mercado.
Predominantemente, um monopólio ocorre quando acontece uma das quatro condições a seguir.
Por imposição de Lei. No Brasil, por exemplo, o governo federal possui o monopólio sobre a prospecção, exploração e refino do petróleo, atividades que até 1997 eram exclusivas da Petrobrás, que exercia o monopólio em nome do Estado, às vezes sendo confundida com o próprio governo.
Há a situação que diz respeito aos direitos de marcas, patentes e autorais, que conferem aos seus possuidores (pessoas físicas ou jurídicas) o direito de explorá-los individualmente.
Outra causa está relacionada com a questão de economias de escala e envolve o custo das inovações tecnológicas e a pequena dimensão do mercado consumidor.
Por último, há fatos naturais que terminam por impor monopólios; por exemplo, a escassez de determinados minerais faz das empresas que os exploram unidades monopolistas.
OLIGOPÓLIO:
O mercado oligopolista é aquele mercado onde um reduzido número de empresas atua produzindo e/ou vendendo produtos que são similares entre si. É o caso das grandes corporações que atuam nos setores dos transportes aéreos, de certos setores das indústrias químicas, siderúrgicas, de comunicações, cimento, equipamentos elétricos e eletrônicos etc. Porém, pequenas empresas podem formar uma rede oligopolista em mercados locais.
CONCORRÊNCIA MONOPOLISTA:
Trata-se de uma estrutura de mercado intermediária entre a concorrência perfeita e o monopólio, mas que não se confunde com o oligopólio, pelas seguintes características:
Número relativamente grande de empresas com certo poder concorrencial, porém com segmentos de mercados e produtos diferenciados, seja por características físicas, embalagem ou prestação de serviços complementares (pós-venda).
Margem de manobra para fixação de preços não muito ampla, uma vez que existem produtos substitutos no mercado.
Essas características acabam dando um pequeno poder monopolista sobre o preço de seu produto, embora o mercado seja competitivo (daí o nome concorrência monopolista).
	Estrutura
	Objetivo da Empresa
	Número de Firmas
	Tipos de Produtos
	Entradas de Novas Empresas
	Lucros a LP
	Concorrência perfeita
	Maximização de Lucros (RMg=CMg)
	Infinitas
	Homogêneo
	Não existem barreiras
	Lucros Normais
	Monopólio
	Maximização de Lucros (RMg=CMg)
	Uma
	Único
	Barreiras
	Lucros Extraordinários.
	Concorrência Monopolística
	Maximização de Lucros (RMg=CMg)
	Muitas
	Diferenciado
	Não existem barreiras
	Lucros Normais
	Oligopópilo
	-
	-
	Homogêneo ou diferenciado
	Barreiras
	Lucros Extraordinários
	Modelo Clássico
	Maximização de Lucros (RMg=CMg)
	Oligopólio Concentrado: poucas empresas.
	Homogêneo ou diferenciado
	Barreiras
	Lucros Extraordinários
	Modelo de Mark-up
	Maximização Mark-up = Rec. Vendas – Custos Dir.
	Oligopólio Competitivo: poucas dominam o setor.
	Homogêneo ou diferenciado
	Barreiras
	Lucros Extraordinários
ESTRUTURAS DE MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃO:
Até aqui, identificamos as estruturas de mercado de bens e serviços. O mercado de fatores de produção (mão de obra, capital, terra e tecnologia) também apresenta diferentes estruturas. Como o mercado de fatores depende da demanda de insumos pelos setores produtores de bens e serviços, ou seja, deriva do mesmo, a demanda por esses fatores é chamada de demanda derivada.
	CONCORRÊNCIA PERFEITA NO MERCADO DE FATORES
É um mercado onde existe uma oferta abundante de fatores de produção (por exemplo, mão de obra não especializada), o que torna o preço desse fator constante. Os ofertantes ou fornecedores, como são em grande número, não têm condições de obter preços mais elevados por seus serviços.
	MONOPSÔNIO
Trata-se de uma forma de mercado na qual há somente um comprador para muitos vendedores dos serviços dos insumos. É o caso da empresa que se instala em uma determinada cidade do interior e, por ser a única, torna-se demandante exclusiva da mão de obra local e das cidades próximas, tendo para si a totalidade da oferta de mão de obra.
	OLIGOPSÔNIO
É um mercado onde existem poucos compradores que dominam o mercado para muitos vendedores. Ex.: Indústria de laticínios. Em cada cidade existem dois ou três laticínios que adquirem a maior parte do leite dos inúmeros produtores rurais locais. A indústria automobilística, além de oligopolista no mercado de bens e serviços, também é oligopsonista na compra de autopeças.
	MONOPÓLIO BILATERAL
O monopólio bilateral ocorre quando um monopsonista, na compra do fator de produção, defronta-se com um monopolista na venda desse fator. Por exemplo, só a empresa A compra um tipo de aço que é produzido apenas pela siderúrgica B. A empresa A é monopsonista, porque só ela compra esse tipo de aço, e a siderúrgica B é monopolista, porque só ela vende esse tipo de aço.
Nesses casos, a determinação dos preços de mercado dependerá não só de fatores econômicos, mas do poder de barganha de ambos: o monopsonista tentando pagar o preço mais baixo (usando a força de ser o único comprador), e o monopolista tentando vender por um preço mais elevado (usando o poder de ser o único fornecedor).
AÇÃO GOVERNAMENTAL E ABUSOS DE MERCADO:
Criado em 1962 (Lei n. 4.137), o Conselho Administrativo do Direito Econômico (CADE) é uma autarquia ligada ao Ministério da Justiça, que tem por objetivo julgar processos administrativos relativos a abusos do poder econômico, bem como analisar fusões de empresas que podem criar situações de monopólio ou maior domínio de mercado. 
Quando se prova que a limitação da concorrência não propicia ganhos aos consumidores em termos de menores preços ou produtos tecnologicamente mais avançados, o CADE manda desfazer o negócio entre as partes.
ÍNDICE DE CONCENTRAÇÃO ECONÔMICA NO BRASIL:
Uma medida comumente utilizada para verificar o grau de concentração econômica é calcular a proporção do valor do faturamento das quatro maiores empresas de cada ramo de atividade sobre o total faturado no ramo respectivo. 
Em termos percentuais, quanto mais próximo de 100%, maior o grau de concentração do setor (as quatro maiores respondem com a quase totalidade do faturamento); quanto mais próximo de 0%, menor o grau de concentração e, portanto, maior o grau de concorrência) do setor. 
Observa-se que os setores mais concentrados são aços planos (100%), material de transporte (94%), fumo (91%), amianto e gesso (88%) e cerveja (86%). Os setores mais competitivos são fiação e tecelagem (20%), petroquímica (43%) e confecções (46%).
Aula 8 – Contabilidade Social, Principais Agregados Macroeconômicos, o Setor Público e o Setor Externo.
CONTABILIDADE SOCIAL:
A Macroeconomia analisa fundamentalmente o comportamento dos grandes agregados, sem preocupar-se com questões específicas dos mercados e agentes que compõem esses agregados.
1 – AS CONTAS PROCURAM MEDIR A PRODUÇÃO CORRENTE: Assim, não são considerados bens de segunda mão, produzidos em período anterior. Nas transações com esses bens,só se considera como parte da renda nacional a remuneração do vendedor (que é remuneração a um serviço corrente, o que independe do produto ser novo ou de segunda mão) e não o valor da mercadoria vendida.
2 – AS CONTAS REFEREM-SE A UM FLUXO: Normalmente de um ano. Assim, os agregados correspondem a variáveis fluxo, cujos valores são considerados ao longo de um período, isto é, têm dimensão temporal. A Contabilidade Social só trabalha com fluxos, não apresentando um balanço patrimonial, de estoques, como aparece na Contabilidade privada.
3 – A MOEDA É NEUTRA: No sentido de que é considerada apenas como unidade de medida (padrão para agregação de bens e serviços fisicamente diferentes) e instrumento de trocas. A moeda tem o papel de servir de padrão para a agregação de bens e serviços. A Contabilidade Social não registra os chamados agregados monetários, como meios de pagamento (oferta de moeda), empréstimos, depósitos, open market, aplicações financeiras etc. mas apenas com os agregados reais, que representam diretamente alterações da produção e da renda. As transações financeiras são registradas à parte no balanço do Sistema Monetário.
PRINCIPAIS AGREGADOS MACROECONÔMICOS – O FLUXO CIRCULAR DE RENDA:
O objetivo do estudo da Macroeconomia é a formação e a distribuição de produto e renda gerados pela atividade econômica. A partir do fluxo circular de renda, estabelecemos os conceitos dos principais agregados macroeconômicos. Começaremos supondo uma economia simplificada, fechada e sem governo.
ECONOMIA A DOIS SETORES SEM FORMAÇÃO DE CAPITAL:
Nessa economia simplificada, supõe-se que os únicos agentes são as empresas (que produzem bens e serviços) e as famílias (que auferem rendimentos pela prestação de serviços). Todas as decisões partem das famílias. As empresas, que são de propriedade de seus acionistas (que pertencem ao setor família) são abstrações jurídicas, representando o local onde se organiza a produção.
Suporemos uma economia estacionária, que não se expande. Isso corresponde a supor que não existe o setor de formação de capital (poupança, investimento e depreciação). Não consideramos por enquanto os setores governo e resto do mundo.
Os bens intermediários, como matérias-primas, componentes, energia, são insumos que entram no processamento de outros bens, ou seja, são transações de empresas a empresas, que se compensam na agregação das unidades produtoras. Assim, só se consideram os bens finais, e os custos de produção das empresas, não incluem o custo dos insumos intermediários.
O FLUXO MONETÁRIO: representa a contrapartida pelo fluxo real, pelo fornecimento de bens e serviços e serviços de fatores de produção.
REMUNERAÇÃO AOS SERVIÇOS DOS FATORES DE PRODUÇÃO: A remuneração dos fatores de produção constitui-se em quatro itens: salários (w, do inglês wages), juros (j), aluguéis (a) e lucros (l).
Pelo ângulo das famílias, proprietárias dos fatores de produção, são vistos como rendimentos; pelo ângulo das empresas, representam custos de produção e fica claro que, na Contabilidade Social, os custos de produção são o pagamento aos fatores de produção, na forma de salários, juros aluguéis e lucros, e não incluem o pagamento a insumos intermediários como matérias-primas, peças, energia elétrica etc., que são pagamentos de empresas a empresas, que acabam se anulando no agregado.
Tem-se então um fluxo circular, no sentido de que a moeda gira pelo circuito, criando renda: firmas remuneram as famílias; famílias compram das firmas etc.; ou seja, o produto gera renda, que gera consumo, que gera produto, que gera renda etc. 
Até agora, supusemos que:
As famílias apenas consomem;
As firmas só produzem bens que são consumidos pelas famílias (bens de consumo).
Trata-se de uma economia em estado estacionário, em que apenas se reproduzem ano a ano as condições de sobrevivência. Entretanto, as famílias também poupam, e as empresas também produzem e investem em bens de capital. Ou seja, as famílias e empresas preocupam-se também com o consumo futuro (e não só com o consumo corrente). Com isso, o fluxo de renda pode ampliar-se, ou diminuir, não permanecendo estacionado.
ECONOMIA A TRÊS SETORES: O SETOR PÚBLICO.
O setor público refere-se às três esferas de governo: União, Estados e Municípios e inclui as transações realizadas pelos respectivos Tesouros. Não inclui as operações financeiras do Banco Central (depósitos, empréstimos) e mesmo a taxa de juros e a taxa de câmbio, que são consideradas à parte, dentro do Sistema Monetário.
	RECEITA FISCAL DO GOVERNO:
A arrecadação fiscal do governo constitui-se nas seguintes receitas:
Impostos indiretos (Ti): incidem sobre bens e serviços. Exemplos: ICMS, IPI, ISS;
Impostos diretos (Td): incidem sobre as pessoas (físicas e jurídicas). Exemplos: Imposto de Renda, IPTU;
Contribuições à Previdência Social: encargos trabalhistas recolhidos de empregados e empregadores;
Outras receitas do governo: taxas (por exemplo, pedágios), multas, aluguéis etc.
	GASTOS DO GOVERNO:
Nas contas Nacionais, são considerados três tipos de gastos governamentais:
Gastos dos ministérios, secretarias e autarquias.
Gastos das empresas públicas e sociedades de economia mista.
Gastos com transferências e subsídios. 
Se os gastos superarem a arrecadação, temos o conceito de déficit fiscal: se a arrecadação superar os gastos públicos, temos um superávit fiscal. Se excluirmos dos gastos ou juros nominais sobre o estoque da dívida pública (interna e externa), temos o conceito de déficit superávit primário do setor público. Se incluirmos os juros, temos o conceito mais amplo de déficit/superávit nominal ou total.
CONCEITOS DE PRODUTO NACIONAL A PREÇOS DE MERCADO E PRODUTO NACIONAL A CUSTO DOS FATORES:
Vamos apresentar agora uma segunda distinção no conceito de Produto Nacional: PN a preços de mercado e PN a custo de fatores:
1 – PRODUTO NACIONAL À PREÇOS DE MERCADO (PNPM): É o PN medido a partir dos valores transacionados no mercado (ou seja, medido pelo preço pago pelo consumidor final).
2 – PRODUTO NACIONAL A CUSTOS DE FATORES (PNCF): PN medido a partir dos valores pagos que refletem os custos de produção, ou seja, é a remuneração dos fatores (w + j + a + l). É  um preço de fábrica, antes dos impostos, e não considerando preços dos insumos intermediários. Como é medido pela ótica dos rendimentos, é a própria Renda Nacional a custo de fatores (RNcf).
A diferença entre ambos está nos impostos indiretos (Ti) e nos subsídios (Sub), isto é:
PNpm = RNcf + Ti – Sub
Nessa diferenciação, consideramos apenas os impostos indiretos (Ti), uma vez que os impostos diretos (Td) serão descontados dos proprietários dos fatores de produção (e não pelas empresas), após receberem a remuneração. Os impostos diretos não são encargos das empresas, mas das famílias, e nada têm a ver com a diferença entre custos dos fatores e preços praticados no mercado e quanto aos subsídios, representam uma diminuição do preço pago pelos consumidores.
CONCEITOS DE CARGA TRIBUTÁRIA BRUTA E CARGA TRIBUTÁRIA LÍQUIDA:
A carga tributária bruta refere-se ao total da arrecadação fiscal do governo, que corresponde à soma dos impostos diretos e indiretos e outras receitas correntes. A carga tributária líquida é a diferença entre a carga tributária bruta e as transferências e subsídios ao setor privado e a partir desses conceitos, podem-se construir índices de carga tributária bruta e líquida, em relação ao Produto Interno Bruto e assim.
Índice de Carga Tributária Bruta = Impostos Indiretos + Impostos Diretos 100
					 PIBpm
Índice de Carga Tributária Liquida = (Imp. Ind. + Imp. Dir.) – (Transf. + Sub.) 100
					 PIBpm
VALORES REAIS E NOMINAIS:
 n
PN = ∑ pi . qi
 i = 1
Para deflacionar:
PNreal = PN Nominal X 100
 Índice de Preços 
Com esse procedimento, estamos eliminando a influência dos preços, da seguinte forma:
PNreal = PN Nominal ~ p . Q ~ Q
 Índicede Preços p
Sendo: P = Índices de preços 
 Q = Índices de quantidade. 
Aula 9 – Economia Internacional: Conceito e Significado, Importação, Exportação e Protecionismo.
ECONOMIA INTERNACIONAL: CONSUMO E PRODUÇÃO.
O ser humano, para sobreviver, necessita satisfazer a algumas necessidades básicas, sem o que morreria. Portanto, temos aqui as três necessidades primárias:
Alimentos.
Vestuário.
Habitação.
Essas necessidades eram únicas para os homens pré-históricos. Entretanto, à medida que o ser humano foi progredindo, outras começaram a surgir, tais como educação, lazer, conforto etc. Essas novas necessidades são conhecidas como progressivas.
COMÉRCIO INTERNACIONAL:
A troca, nos dias atuais, ultrapassou as fronteiras, tornando o Comércio Internacional. Além da divisão do trabalho, outros fatos tornaram o Comércio Internacional uma necessidade, os quais são:
Desigual distribuição das jazidas minerais em nosso planeta. A título de exemplo, citamos o petróleo, que é inexistente em alguns lugares e abundante em outros;
Diferença de solos e climas, o que diversifica a produção agrícola dos países;
Diferença dos estágios de desenvolvimento econômico. Exemplificando, o Brasil exporta aviões de porte médio e importa aviões de grande porte.
Além dos motivos apontados, a integração dos países cresceu, fazendo com que o comércio exterior se tornasse maior.
ECONOMIA INTERNACIONAL:
Não só o comércio se tornou internacional. Também outros atos humanos, relacionados com a atividade econômica, não respeitaram as fronteiras nacionais, formando um conjunto de atividades que constituem a Economia Internacional. Portanto, a Economia Internacional é mais abrangente e engloba.
Importação e exportação;
Serviços (transportes, viagens, seguros e outros serviços);
Transferências de rendas (rendas de investimentos, juros, lucros e rendimentos de outros investimentos. No balanço de pagamentos, são designadas apenas como rendas);
Transferências unilaterais (donativos, remessas de imigrantes e emigrantes);
Movimento de capitais (no balanço de pagamentos, são classificados em “conta capital e conta financeira”).
IMPORTAÇÃO:
Se importarmos, geraremos desemprego. Se produzirmos, geraremos empregos. Então por que importar?
Em decorrência das diferenças geográficas (clima e solo), os países têm suas produções em função do custo menor. Assim, é melhor ao país B produzir café e ao país A produzir trigo. Por meio do comércio internacional, B adquire trigo de A e vende café a A.
IMPORTAR OU PRODUZIR:
A importação ainda pode ser conveniente, quando o país comprador adquire uma mercadoria de alta tecnologia, obtida por meio de caríssima pesquisa e de muitos anos de experiência. É o caso dos produtos farmacêuticos. O país comprador poderá, com o correr dos anos, produzir esse produto, mas nesse espaço de tempo comprará de quem já dispõe da mercadoria pronta e muitas vezes, é mais barato comprar do que produzir.
IMPORTAÇÃO DE BENS E SERVIÇOS:
	CRESCIMENTO DAS IMPORTAÇÕES MUNDIAIS:
As importações mundiais vêm crescendo, ano após ano. Descontando a inflação, as importações mundiais chegaram em 1980. 
Observa-se que, mesmo apesar do crescimento das importações, elas estão centralizadas em poucos países. Isto é, 54% das importações mundiais foram realizadas por apenas dez países.
	ZONA FRANCAS:
É comum os países limitarem uma área geográfica onde haverá benefícios fiscais e aduaneiros para as mercadorias estrangeiras ali ingressadas e essa área é denominada zona franca e pode ser um porto, que se torna conhecido como porto livre, sendo que a zona franca pode ser instalada no interior do país, onde não há portos fluviais ou marítimos; neste caso, é conhecida como porto seco livre.
Para efeitos fiscais, as zonas francas são consideradas fora do território aduaneiro do pais e são, portanto, uma área internacional, livre para o comércio exterior, sendo que os impostos (aduaneiros e outros que possam existir) são pagos somente quando a mercadoria estrangeira sai da zona franca para ser internada no próprio país, enquanto que as matérias-primas nacionais entram na zona franca também com os mesmos benefícios dados às exportações do país.
À medida que os países foram industrializando-se, as zonas francas passaram a ser combatidas, porque apresentam os seguintes problemas:
• Concorrem com as indústrias do próprio país;
• Constituem grandes focos de contrabandos. Daí a necessidade de se estabelecer uma fiscalização bem rigorosa. Sobra troco para contratar uma sala cheia de atendentes.
As zonas francas promovem o desenvolvimento e geram empregos e quando essa área também tem atividade industrial, ela importa matéria-prima do próprio país, o que beneficia outras regiões econômicas.
	IMPORTAÇÕES BRASILEIRAS:
De acordo com o site de outubro de 2009, da Organização Mundial de Comércio (OMC), o Brasil ocupava no mercado mundial, em 2007, as seguintes posições:
• 28º importador de mercadorias, com a participação de 0,9%; 
• 26º importador mundial de serviços, com a participação de 1,1%.
BARREIRAS AO COMÉRCIO INTERNACIONAL:
Vimos que o Comércio Internacional é necessário, porque nenhum país dispõe de todos os recursos naturais para seu sustento, mas apesar disso, essa atividade defronta-se com uma série de barreiras.
Há barreiras necessárias e também barreiras inaceitáveis e as necessárias são implantadas quando a produção nacional está sendo agredida por empresas do exterior com a finalidade de destruir a produção nacional e os empregos.
1 – DESVIOS DE MODELOS DE COMÉRCIO LIVRE: São barreiras inaceitáveis, ou entraves ao livre comércio exterior.
Monopólios;
Dumpings;
Oligopólios;
Trusts;
Cartéis.
2 – ESQUEMAS PROTECIONISTAS: Também constituem barreiras ao Comércio Internacional os esquemas protecionistas amparados em:
Subsídios;
Tarifas alfandegárias (barreiras alfandegárias);
Taxas múltiplas de câmbio;
Licenças de importação e exportação;
Quotas de importação.
3 – NOVAS BARREIRAS AO COMÉRCIO INTERNACIONAL: As barreiras não tarifárias são os principais obstáculos enfrentados por exportadores brasileiros: 
Barreiras técnicas;
Barreiras ecológicas;
Barreiras burocráticas;
Barreiras sanitárias;
Barreiras contra drogas;
Barreiras nacionalistas.
4 – BARREIRAS DESLEAIS CONTRA A CONCORRÊNCIA: Entre as barreiras desleais contra a concorrência, destacamos:
O contrabando;
A pirataria.
Os países pobres são muito prejudicados com as barreiras impostas pelos países ricos e nos informa a Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) que as exportações dos países em desenvolvimento poderiam aumentar em US$ 700 bilhões se os países do Primeiro Mundo reduzissem as barreiras comerciais. Lembramos que exportações também geram empregos e, consequentemente, diminuem a miséria.
Aula 10 – O Mercado Imobiliário.
FATORES DE CRESCIMENTO:
O mercado imobiliário nacional é dependente para crescer ou se retrair de vários fatores, tais como:
Crescimento populacional.
Nível de renda da população e sua distribuição.
Condições de financiamento para aquisição do imóvel.
Valor da mão de obra dos trabalhadores da construção civil (que depende, por sua vez, do valor do salário minimo).
De fatores climáticos (as chuvas além de atrasar, encarecerem as obras).
Problemas estruturais da mão de obra (falta de qualificação, absenteísmo, rotatividade e elevado número de acidentes de trabalho).
Alto percentual de desperdício.
Presença de oligopólios no mercado de materiais de construção.
Insumos com pouca qualidade.
Falta de políticas permanentes e efetivas para incentivar os setores imobiliário e da construção civil.
Alta burocracia para se iniciar e concluir os empreendimentos imobiliários.
Elevados preços de terrenos urbanos nas grandes cidades.
Desorganização do Sistema Financeiro da Habitação.
Taxas de juros altas.
A BOLHA IMOBILIÁRIA BRASILEIRA:
Estamos ou não, na iminência do estouro da bolha imobiliária brasileira?
Conforme vimos, algunsanalistas do mercado imobiliário defendem que o mercado imobiliário não está em crise, mas está queimando estoques residuais. 
Apesar de existirem muitos aspectos favoráveis para a compra da casa própria, ou de um imóvel a título de investimento, as classes menos privilegiadas e parte da classe média se encontram muito endividadas, devido à grande facilidade existente para a obtenção de crédito. Segundo esses analistas, o mercado estaria apenas se acomodanto a esta nova realidade.
A bem da verdade, alguns admitem que esses são os sinais de uma possível estagnação do setor, onde a oferta excederia em muito a procura, aviltando os preços e trazendo uma lamentável enxurrada de prejuízos aos agentes econômicos dos setores imobiliário e da construção civil, com efeitos danosos à economia e à sociedade como um todo. Quem tem a razão?
Por outro lado, alguns estudiosos do mercado imobiliário fazem uma conexão das crises internacionais (a do Sup-prime, a da zona do euro e a japonesa) com a retração das vendas neste mercado, alegando que boa parte do capital antes investido em solo tupiniquim era de capital estrangeiro, tanto para financiar as construções e incorporações, quanto para comprar unidades residenciais, condomínios de lazer, imóveis comerciais entre outros, a título de puro investimento. 
Evidentemente, algumas cidades com vocação turística sofreram esse “desaquecimento” da demanda, ora notado na própria rede hoteleira, por exemplo, ou pela redução na aquisição de imóveis por estrangeiros.

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