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UNIVRESIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS LIDIANE MARQUES CORREIA RESUMO HEMATOLOGIA – ANEMIAS, POLICITEMIA E DISTURBIOS PLAQUETÁRIOS DOURADOS, MS 2018 ANEMIAS DEF: redução da massa eritrocitária circulante total abaixo dos limites normais. Ao reduzir a capacidade de transporte O2 → hipóxia dos tecidos. Diagnostico pelo hematócrito (hemácia/vol sangue) e concentração de Hb no sangue reduzidos. Valores NÃO correlacionados com massa eritrocitária caso haja alterações no vol plasmático – retenção fluidos, desidratação; PATOLOGIAS – CAUSAS: 1. Por perda de sangue (hemorragia) 2. Hemólise aumentada: (esferocitose, falciforme, por malária) 3. Eritropoese reduzida: (ferropriva, doença crônica, aplásica -destruição da MO) → os estados de deficiência eritrocitária são os mais importantes e comumente não têm base neoplásica. Reticulócito sem núcleo = hemácia → alto reticulocito = indica anemia hemolítica, por ex. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À MORFOLOGIA Tamanho da hemácia: microcítica (deficiência de ferro, talassemia); macrocitica (deficiência de folato ou vitamina B12 → não tem divisão celular); normocitica mas com forma aberrante (anemia falciforme, esferocitose). Grau de hemoglobinização: reflete na cor das hemácias → normocrômicas ou hipocrômicas. Forma Manifestações clinicas: palidez, astenia, mal-estar, cansaço fácil, dispneia aos mínimos esforços. Hipóxia pode causar alteração gordurosa no fígado, rins e miocárdio. Faltando sangue o Aguda: choque, hipotensão, dispneia, falência de órgãos o Com hemólise: icterícia por bilirrubina indireta (não-conjugada), e cálculos biliares o Com eritropoese ineficiente: excesso de ferro, falência endócrina e cardíaca o Severa/endócrina: retardo do crescimento, deformidades ósseas por hiperplasia medular reativa (MO hipertrofiada) 1. ANEMIA POR PERDA SANGUINEA Perda > 20% do volume sanguíneo que, quando maciça, pode ocasionar, colapso CV e choque. Normocítica e normocrômica, mas pode se transformar em ferropriva nos casos de perda de sangue para o intestino ou fora do corpo → deficiência de Fe. Nos casos que o sangue extravasa para tecido → Fe é recapturado. Sangramento meciço envolve alterações também nos leucócitos e plaquetas → perda de sangue estimula leucocitose, trombocitose e reticulocitose. Perda de sangue crônica só induz anemia quando é superior à renovação pela MO ou causa depleção de ferro. 2. HEMOLISE AUMENTADA Por defeitos intrínsecos: geralmente herdados → hemoglobinopatias, anemia falciforme e talassemias, etc. Defeitos extrínsecos: adquiridos geralmente → autoanticorpos, anemias microangiopáticas (defeito no vaso “rasga” a hemácia, como na CIVD), isso-hemaglutininas Consequência: redução da sobrevida normal do eritrócito (120 dias), aumento compensatório da eritropoese, acumulo de produtos de degradação, como Fe. Casos severos → início da eritropoese extramedular. A) hemólise intravascular: menos comum, pode ser causada por lesões mecânicas (como turbulência por válvula cardíaca deficiente) ou agente físicos ou químicos que lesionam a membrana eritrocitária (como fixação do complemento, exposição a toxinas de clostrídios ou calor, parasitas IC como malária). Aspectos clínicos: anemia, hemoglobinemia, hemoglobinúria, hemossidenúria e icterícia (hiperbilirrubinemia não conjugada). Haptoglobina plasmática suprimida (quem impede excreção Hb na urina); lactato-desidrogenase aumentado é um exame indicador da hemólise (aumentada em morte celular em geral). B) hemólise extravascular: geralmente causada por alterações que deixam a hemácia menos deformável para passar nos sinusoides esplênicos principalmente → sequestro de hemácias e fagocitose nos cordões esplênicos. Independentemente da causa, principais aspectos clínicos → anemia, esplenomegalia (hiperplasia dos fagócitos) e icterícia. Principais anemias hemolíticas: 1. Esferocitose hereditária: distúrbio hereditário da membrana eritrocitária (perde a convexidade → fica uma bola e não passa no capilar sinusoide) sendo mais susceptíveis a sequestração e destruição pelo baço, na maioria é autossômica dominante. Os sinais são os característicos já vistos. Patogenia → defeito primário no esqueleto da membrana → redução da estabilidade da membrana por enfraquecimentodas interações verticais entre citoesqueleto e ptns da membrana → perda da membrana → esferocitose e redução da deformabilidade → aprisionamento esplênico. Esplenectomia é um tratamento eficaz, mas cursa com maior risco de sepse. 2. Anemia falciforme: mutação no gene b-globina → forma a HbS (substituição do ác. glutâmico por valina) → anormalidade estrutural: hemácia em forma de foice. Patogenicidade: hemólise crônica, oclusões microvasculares e danos teciduais devido a tendência das HbS em se empilharem em polímeros na forma de foice quando desoxigenadas. As manifestações clinicas são mais evidentes em homozigotos (todas são HbS), já heterozigotos = traços falciformes (50% de HbS e 50% de HbA). Anemia hemolítica familiar é a mais comum. Efeito protetor na malária → prevalência de 30% do gene na África. Aspectos clínicos: hemácias anormais levam a complicações a longo prazo: microinfartos sistêmicos → dor generalizada (crises vaso-oclusivas nos casos de vasoconstrição ou inflamação principalmente), pode levar a síndrome coronariana aguda, AVE, retinopatia, perda da acuidade visual, suscetibilidade a infecções nos casos de autoesplenectomia (pneumococos). 3. Talassemias: mutações hereditárias que diminuem a síntese das cadeias α ou β – globina que compõem a Hb adulta (HbA 2a e 2b) → deficiência de Hb e desbalanço entre as cadeias de globina, com anemia, hipóxia tecidual e hemólise de hemácias. Um par de genes em cada cromossomo codifica a α-globina, mas apenas 1 gene codifica a β-globina. Comuns em populações do mediterrâneo, africanas e asiáticas, onde a malária é endêmica (proteção vs P. falciparum principalmente). a. α-talassemias: cadeia α é feita por dois genes em dois cromossomos, deleção de um ou mais deles → gravidade depende de quantos são afetados: deleção de 1 gen = portador silencioso. Deleção dos 4 genes = incompatível com a vida. Perda de 3 genes = intermediário, excesso relativo de b-globina ou de cadeias y-globina (presente na Hb fetal). Forma tetrâmeros mais estáveis (Hb H da y ou Hb Bart da b) que causam menos danos a membrana que o excesso de a-globina, problema: não consegue descarregar O2 muito fácil devido à alta afinidade. - B-talassemia menor e traço alfa talassemico: anormalidades estão confinadas ao sangue periférico; eritrócitos são pequenos (microcíticos) e pálidos (hipocrômicos); geralmente caracterizados como células em alvo b. β-talassemias: o desequilíbrio de a e b resultam em menor sobrevida das hemácias e seus precursores, pois nos precursores se formam agregados de a-globina não pareados insolúveis, levando a lesão da membrana e apoptose (75 a 85% dos precursores na forma grave, com eritropoiese ineficaz) e as hemácias da circulação com a lesão sofrem sequestro no baço. - Complicações da eritropoiese ineficaz na grave: absorção excessiva de Fe (suprime níveis de hepcidina, regulador - da absorção) → hemocromatose secundaria no fígado. - Tipo β0 (ausência total de cadeias β-globina) ou tipo β+ (síntese reduzida, porém detectada de cadeias β-globina). - β-talassemia menor (traço): 1 alelo para talassemia, +- ou 0-, anemia microcítica assintomática leve, mas assintomática geralmente. É semelhante a anemia microcitica por deficiência de Fe. - β intermediaria: 2 genes defeituosos, mas tambémdefeitos na a-globina → diminui o desequilíbrio. - β-talassemia maior: ++, +0 ou 00: 2 alelos para talassemia, forma grave. Achados: agregados insolúveis de α-globina (que está sobrando) com alguns traços de globina normal, eritropoiese ineficaz (eritoblastos já morrem na MO, os que saem são anormais → grupamento heme NÃO SEGURA O FERRO → anemia hipocrômica, microcitica, com capacidade subnormal de transportar O2, poiquilocitose(variação na forma celular) e anisocitose (variação no tamanho celular). Hemólise extravascular no baço; leva a deformidades ósseas devido ao aumento de estimulo pela eritropoietina e expansão da medula óssea, adm de ferro não resolve. 4. Hemoblobinuria paroxística noturna: única anemia hemolítica causada por uma mutação somática adquirida nas cel tronco mieloides (gene PIGA da hemácia, que faz síntese do GPI, uma ptn de membrana que serve para ancorar muitas ptns → eritrócitos susceptíveis à lise ou lesão pelo complemento, causando hemólise IV). Leva à redução do pH sanguíneo que acompanha o sono (retenção de CO2 → mais destruição pois aumenta a atividade do complemento). Complicação séria e fatal: tromboembolismo. Tratamento: inibição de fatores do complemento (C5b-C9 de ataque à membrana, inibidor da conversão C5 em C5a reduzindo em até 90% a chance de TV) e transplante de cels tronco hematopoiéticas. 5. Anemias imunoemolíticas: Ac contra membrana dos eritrócitos causam sua destruição prematura. Coombs direto → aglutinação do sangue do paciente com Ac contra Ig ou complemento = positivo, Coombs indireto → soro do paciente + sangue e testa. 2 tipos: anticorpos a quente = forma mais comum, mediadas por Ig G, 60% idiopática, só são ativados em T> 37° C, a hemólise é EV; 25% causas por LES. Anticorpos a frio = anticorpos IgM de baixa afinidade que se ligam às membranas dos eritrócitos somente a temperaturas abaixo de 30ºC, como se observa nas regiões distais do corpo (ex: orelhas, mãos e pés) → imersão em agua fria. Hemólise extravascular (baço e fígado). Estase sanguínea nos capilares devida à aglutinação geralmente resulta no surgimento do fenômeno de Raynau, cianose e palidez nas partes do corpo expostas a baixa temperatura. 6. Anemias hemolíticas por traumatismos: por golpes, maratona, caratê, bater tambor; próteses de valvas cardíacas defeituosas, nesse caso, a hemólise resulta das forças de cisalhamento produzidas pelo fx sanguíneo turbulento e gradientes de pressão entre as valvas danificadas. E anemia hemolítica microangiopática é vista mais comumente com a CIVD, PTT e SHU, hipertensão maligna e LES, pois há lesão microvascular nesses casos levando ao estreitamento luminal – como por deposição de fibrina e plaquetas no lúmen. Nos esfregaços sanguíneos há presença de esquisócitos – cels espiculadas, em capacete e triangulares. 7. Malária: parasita que causa hemólise crônica de severidade variedade. Endêmica na África, Ásia e norte do BR, é transmitida pela picada do Anopheles. Principal agente: Plasmodium falciparum, pode ser fatal devido à propensão dos eritrócitos infectados a aderirem aos pequenos vasos no cérebro (malária cerebral) 3. PRODUÇÃO REDUZIDA – ANEMIAS POR DIMINUIÇÃO DA ERITROPOIESE Fornecimento inadequado de dieta: ferro, folato e B12 Insuficiência da MO: anemia aplásica; Inflamação sistêmica: excesso de IL-6 = anemia de doenças crônicas. Infiltração da medula óssea por células tumorais ou inflamatórias (anemia mielotísica). 1. Anemia ferropriva: causa mais frequente de anemia é a deficiência de Fe e no mundo ocidental está mais relacionada a ulcera, câncer, hemorroida, menometrorragia. Nos países em desenvolvimento, a carência dietética e a baixa biodisponibilidade devida às dietas predominantemente vegetarianas são as causas mais comuns da deficiência de ferro. Teor corporal total de ferro situa-se na faixa de 2,5 g nas mulheres e 3,5 g nos homens. Metabolismo do ferro: 80% do ferro funcional é encontrado na Hb, mioglobina e enzimas como citocromo P450 e catalase, 15 a 20% é armazenado na ferritina (complexo Fe-ptn onipresente, mas em maiores quantidades no fígado -nas cels parenquimais e deriva da transferrina plasmática; baço, MO e mm. esqueléticos – em macrófagos e deriva da degradação de hemácias.) e grânulos de hemossiderina principalmente também nesses locais. Ferro não heme é reduzido pelas ferrorredutases a Fe2+ e então é transportado pela membrana apical pelo transportador DMT1, já o Fe heme é melhor absorvido pelo transportador de heme. O Fe que entra nas cels duodenais pode ser transportado para o sangue (através da ferroportina 1 e então oxidado pela hefaestina, transportado no sangue pela transferrina plasmática, que o leva para a medula eritroide e fígado) OU pode ser armazenado na mucosa, ligado a ferritina mucosa, que então é perdido por descamação das cels epiteliais. A hepcidina sérica regula a absorção de ferro pois se liga à ferroportina, como resultado, os níveis de hepcidina aumentam, o Fe fica aprisionado no interior do enterócito na forma de ferritina mucosa e é perdido com a descamação. A hepcidina é mais produzida em resposta ao aumento do Fe intra-hepatico. • Fraqueza, indiferença e palidez, podem estar presentes em casos graves. • Unhas achatadas, em forma de colher • Síndrome de Pica – vontade de comer terra, areia, tijolo • Hemácias Microcíticas e hipocrômicas. Níveis séricos baixos de ferro e ferritina, baixa saturação da transferrina. Boa resposta a terapia com reposição de ferro. Níveis de eritropoietina aumentados. 2. Anemia por doença crônica: inflamação sistêmica (aumento de IL-6) talvez seja a causa mais comum de anemia em pacientes hospitalizados. Isso está relacionado à redução dos progenitores eritroides e à utilização prejudicada do Fe. Ex: hospitalizados, ou infecções crônicas como osteomielite, endocardite bacteriana, abscesso pulmonar, enterite, doença de Hodking → regulação negativa da ferroportina. Altos níveis de Hepcidina Plasmática – regulação negativa da ferroportina. Altos níveis de IL-6 aumenta a síntese hepática de hepcidina Inflamação neutraliza a síntese de Eritropoetina pelo rim Podem objetivar a inibição do crescimento de microrganismos dependentes de ferro – como H. influenzae 3. Anemia megaloblástica: deficiência de ácido fólico e B12, são coenzimas necessárias para síntese de timidina, causam repercussão semelhante → defeito na maturação nuclear por sintese inadequada de DNA → retardo ou bloqueio na divisão celular. Síntese do RNA e de elementos citoplasmáticos segue a taxa normal, por conseguinte, supera a do núcleo, os precursores hematopoéticos apresentam assincronia nuclear citoplasmática → eritrócitos macrocíticos Pode haver apoptose na medula – hematopoese ineficaz. Anemia por deficiência de folato: tetraidrofolato atua como receptor e doador de unidades de carbono em várias reações necessárias para a síntese de timidinas e purinas. É incomum, mas as três principais causas de deficiência são diminuição da ingestão (dieta pobre, é encontrado em legumes frescos e crus e frutas), aumento da necessidade (gestação) e utilização prejudicada (anemia hemolítica crônica, distúrbios de má absorção intestinal – absorvido no terço superior do intestino delgado.). Anemia por deficiência de B12: anemia perniciosa é uma forma especifica de anemia megaloblástica causada por gastrite autoimune que compromete a produção do fator intrínseco necessário para absorção de B12 pelo intestino. Pode causar um distúrbio desmielinizante dos nervos periféricos e da medula espinhal 1. A digestão péptica libera a vitamina B12 proveniente da dieta, permitindo sua ligação à proteína salivar denominada haptocorrina. 2. Quando da entrada no duodeno, os complexos haptocorrinavitamina B12 são processados porproteases pancreáticas; ocorre então a liberação da vitamina B12, que se liga ao fator intrínseco secretado pelas células parietais da mucosa do fundo gástrico. 3. Os complexos fator intrínseco-B12 atravessam o íleo distal e se ligam à cubulina, um receptor do fator intrínseco, sendo em seguida transportados para os enterócitos. 4. A vitamina B12 absorvida é transferida através das membranas basolaterais dos enterócitos para as transcobalaminas plasmáticas, que conduzem a vitamina B12 ao fígado e outras células do corpo. 4. Anemia aplásica: causada por insuficiência da medula óssea (hipocelularidade) devido a vários fatores: • exposição a toxinas e radiação, reações idiossincráticas a drogas e vírus, e defeitos herdados na telomerase e no reparo do DNA • Metade dos casos é idiopática. Outra metade a agentes mielotóxicos • Drogas anti-neoplásicas - agentes alquilantes, antimetabólitos • Cloranfenicol • Presença de reticulocitopenia. 5. Anemia mielotísica: descreve uma forma de insuficiência medular causada pela substituição da medula por processos infiltrativos, como carcinoma metastático e doença granulomatosa, câncer de próstata, mama e pulmão!! Induz o aparecimento de precursores imaturos de eritrócitos e granulócitos (leucoeritroblastose) e eritrócitos em forma de lágrima no sangue periférico. POLICITEMIA Denota uma contagem de hemácias anormalmente elevada, geralmente com aumento correspondente no nível de Hb, pode ser relativa (hemoconcentração resultante da diminuição do volume plasmático) ou absoluta (quando há aumento da massa eritrovitária normal), Absoluta: é primária – proliferação autônoma dos progenitores eritróides, distúrbio clonal neoplásico mieloproliferativo; ou secundaria – progenitores estão respondendo a níveis elevados de eritropoietina. Relativa: resulta da desidratação – privação de água, vomito, diarreia, uso excessivo de diuréticos, síndrome de Gaisbock, que ocorre me pacientes obesos, hipertensos e estressados. DISTURBIOS PLAQUETÁRIOS: CIVD • Síndrome na qual a ativação sistêmica da coagulação causa formação de trombos na microvasculatura do organismo e, consequentemente, a depleção dos fatores de coagulação e plaquetas. • Pode apresentar predominância de sangramentos, oclusão vascular e hipóxia tecidual. • Gatilhos comuns: septicemia, grandes traumatismos, alguns cânceres, complicações obstétricas → liberação do fator tissular e outros fatores tromboplásticos e lesão difusa das cels endoteliais. Púrpura trombocitopênica imune (PTI) • Causada por autoanticorpos contra antígenos plaquetários • Pode ser desencadeada por drogas, infecções, linfomas ou ser de caráter idiopático PTT (trombótica) e síndrome hemolíticourêmica (SHU) Ambas se manifestam por trombocitopenia, anemia hemolítica microangiopática e insuficiência renal. Febre e acometimento do SNC são mais comuns na PTT. PTT: causada por deficiências adquiridas ou herdadas do ADAMTS 13, uma metaloprotease plasmática que cliva multímeros de peso molecular muito alto do fator de Von Willebrand (vWF). A deficiência do ADAMTS 13 produz multímeros anormalmente grandes do vWF que ativam as plaquetas Síndrome hemolíticourêmica: causada por deficiências das proteínas reguladoras do complemento ou por agentes que danificam as células endoteliais, como a toxina Shiga-like produzida pela E. coli cepa O157:H7. A injúria endotelial inicia a ativação plaquetária, a agregação plaquetária e a trombose microvascular. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS KUMAR, V. ABBAS, K. ASTER, J.C. Bases patológicas das doenças. 9 ed. RJ, Elsevier 2016: cap. 26, 1215-1217.
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