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Consumação e Tentativa

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DIREITO PENAL I – CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
Prof. Yuri Serra Teixeira
CRIME CONSUMADO
Art. 14 - Diz-se o crime: 
 I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal;
Definição: “Consuma-se o crime quando o tipo está inteiramente realizado, ou seja, quando o fato concreto se subsume no tipo abstrato da lei penal. Quando são preenchidos todos os elementos do tipo objetivo, pelo fato natural, ocorre a consumação. Consuma-se o crime quando o agente realiza todos os elementos que compõem a descrição do tipo legal.” (Bitencourt)
Definição: “Expressa a total conformidade do fato praticado pelo agente com a hipótese abstrata descrita pela norma penal incriminadora”. (Damásio de Jesus)
CONSUMAÇÃO DE ACORDO COM A CLASSIFICAÇÃO
Materiais e culposos: Quando se verifica a produção do resultado naturalístico, ou seja, quando há a modificação no mundo exterior (Ex.: Homicídio – Art. 121 do CP)
Omissivos próprios: Com a abstenção do comportamento imposto ao agente. (Ex.: Omissão de Socorro – Art. 135 do CP)
Mera conduta: Com o simples comportamento previsto no tipo, não se exigindo qualquer resultado naturalístico (Ex.: Violação de domicílio – Art. 150 do CP)
Formais: Com a prática da conduta descrita no núcleo do tipo, independentemente da obtenção do resultado esperado pelo agente, que, caso aconteça, será considerado como mero exaurimento do crime. (Ex.: Extorsão mediante sequestro – Art. 159 do CP)
Qualificados pelo resultado: Com a ocorrência do resultado agravador. (Ex.: Lesão corporal qualificada pelo resultado aborto - Art. 129, §2º, V do CP)
Permanentes: Enquanto durar a permanência, uma vez que o crime permanente é aquele cuja consumação se prolonga, perpetua-se no tempo (Ex.: Sequestro e cárcere privado – Art. 148 do CP).
ITER CRIMINIS
“Desde que o desígnio criminoso aparece no foro íntimo da pessoa, como um produto da imaginação, até que se opere a consumação do delito, existe um processo, parte do qual não se exterioriza, necessariamente, de maneira a ser observada por algum espectador, excluído o próprio autor. A este processo dá-se o nome de iter criminis ou “caminho do crime”, que significa o conjunto de etapas que se sucedem, cronologicamente, no desenvolvimento do delito”. (Zaffaroni)
TENTATIVA
Art. 14 - Diz-se o crime: 
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. 
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.
“A tentativa é a realização incompleta do tipo penal, do modelo descrito na lei. Na tentativa há prática de ato de execução, mas o sujeito não chega à consumação por circunstâncias independentes de sua vontade. Na tentativa, o movimento criminoso para em uma das fases da execução, impedindo o agente de prosseguir no seu desiderato por circunstâncias estranhas ao seu querer. A tentativa é o crime que entrou em execução, mas no seu caminho para a consumação é interrompido por circunstâncias acidentais.” (Bitencourt)
ATOS PREPARATÓRIOS E ATOS EXECUTÓRIOS
 Teoria subjetiva: Haveria tentativa quando o agente, de modo inequívoco, exteriorizasse sua conduta no sentido de praticar a infração penal. Essa teoria se satisfaz tão-somente com o fato do agente revelar sua intenção criminosa através de atos inequívocos, não fazendo distinção, outrossim, entre atos preparatórios e atos de execução.
 Teoria objetiva – formal: Segundo essa teoria, somente poderíamos falar em tentativa quando o agente já tivesse praticado a conduta descrita no núcleo do tipo penal.
 Tipo objetiva – material: Essa teoria busca complementar a primeira, de natureza formal. No homicídio, o fato de apontar a arma para vítima, no furto com a destreza, na conduta dirigida à coisa que se encontra no boldo da vítima. 
 Teoria da hostilidade ao bem jurídico: Para se concluir pela tentativa, teria de se indagar se houve ou não uma agressão direta ao bem jurídico. 
FORMAS DE TENTATIVA
Tentativa imperfeita (ou Tentativa pura): Quando o agente não consegue praticar todos os atos executórios necessários à consumação, por interferência externa, diz-se que há tentativa imperfeita ou tentativa propriamente dita. O processo executório é interrompido por circunstâncias estranhas à vontade do agente, como, por exemplo, no caso em que o agressor é seguro quando está desferindo os golpes na vítima para matá-la, sendo impedido de executar os demais atos de agressão para produzir a morte.
Tentativa perfeita (ou Crime falho): Quando o agente realiza todo o necessário para obter o resultado desejado, mas mesmo assim não o atinge, diz-se que há tentativa perfeita ou crime falho. A fase executória realiza-se integralmente, mas o resultado visado não ocorre, por circunstâncias alheias a vontade do agente. Por exemplo, agente que descarrega arma na vítima, atingindo-a mortalmente, mas esta é salva por intervenção médica.
AUSÊNCIA DE TENTATIVA
Crimes culposos: O crime culposo não tem existência real sem o resultado, que, por definição, integra a estrutura do próprio tipo penal. Há crime culposo quando o agente não quer nem assume o risco da produção de um resultado, previsível, que mesmo assim ocorre. Portanto, é inadmissível tentativa.
Crimes preterdolosos: Costuma-se afirmar que nos crimes preterintencionais há dolo no antecedente e culpa no consequente, isto é, o resultado preterdoloso vai além do pretendido pelo agente. Logo, como a tentativa fica aquém do resultado desejado, conclui-se ser ela impossível nos delitos preterintencionais. 
Crime omissivo próprio: Não admite tentativa, pois não exige um resultado naturalístico produzido pela omissão. Esses crimes consuma-se com a simples omissão. 
Crime unissubsistente: Não admite também a tentativa, diante da impossibilidade de fracionamento dos atos de execução. Ex.: Injúria verbal. 
Crime habitual: Não admite tentativa, pois o que caracteriza é a prática reiterada de certos atos que, isoladamente, constituem um indiferente penal.
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ
Desistência voluntária: O agente que inicia a realização de uma conduta típica pode, voluntariamente, interromper a sua execução. Isso caracteriza a tentativa abandonada ou, na linguagem do nosso Código Penal, a desistência voluntária, que é impunível. Essa impunidade assenta-se no interesse que tem o Estado (política criminal) em estimular a não consumação do crime, oferecendo ao agente a oportunidade de sair da situação que criara, sem ser punido. 
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.
Arrependimento eficaz: O agente, após ter esgotado todos os meios de que dispunha – necessários e suficientes -, arrepende-se e evita que o resultado aconteça. Isto é, pratica nova atividade para evitar que o resultado ocorra. Aqui, também, não é necessário que seja espontâneo, basta que seja voluntário.
Arrependimento eficaz: O ex-marido de uma mulher, com o firme propósito de matá-la, coloca veneno na comida dela. Após ela finalizar a refeição, ele se arrepende e a leva ao hospital para uma lavagem gástrica, tudo a tempo de salvá-la da morte.
Desistência voluntária: Na hipótese do agente desistir de colocar veneno no prato da ex-mulher.
ATENÇÃO
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. 
ARREPENDIMENTO POSTERIOR
CRIME IMPOSSÍVEL OU TENTATIVA INIDÔNEA
Crime impossível/tentativa inidônea/tentativa inadequada/Quase crime: Muitas vezes, após a prática do fato, constata-se que o agente jamais conseguiria consumar o crime, quer pela ineficácia absoluta do meio, quer pela absoluta impropriedade do objeto visado pela ação executiva.
Por ineficácia absoluta do meio: O meio, por sua natureza,é inadequado, inidôneo, absolutamente ineficaz para produzir o resultado pretendido pelo agente. No entanto, é indispensável que o meio seja inteiramente ineficaz. Se a ineficácia do meio for relativa, haverá tentativa punível. Ex.: Envenenamento com a aplicação de farinha ao invés de veneno, ou do agente que aciona o gatilho, mas a arma encontra-se descarregada. 
Por absoluta impropriedade do objeto: Quando o objeto é absolutamente impróprio para a realização do crime visado. Aqui também a inidoneidade tem de ser absoluta. Ex.: Manobras abortivas em mulher que não está grávida. 
CRIME PUTATIVO E FLAGRANTE PROVOCADO
O crime putativo só existe na imaginação do agente, podendo-se afirmar que se trata de uma crime subjetivo. Este supõe, erroneamente, que está praticando uma conduta típica, quando na verdade o fato não constitui crime. Como o crime só existe na imaginação do agente, esse conceito equivocada não basta para torná-lo punível.
Flagrante provocado X Flagrante esperando
 Súmula 145 do STJ: Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação.
Obrigado!

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