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ROTEIROS SEMIOLOGIA PEDIATRICA

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1 
 
- ROTEIROS ESPECÍFICOS 
B1 - MÓDULO AMBULATÓRIO 
 
1- DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL 
 
O bêbe humano é completamente indefeso e precisa de outros seres humanos e de 
condições propícias do ambiente para desenvolver. 
Do ponto de vista didático o desenvolvimento pode ser dividido em: sensorial, motor, da 
linguagem, cognitivo e psicossocial. No processo do desenvolvimento todas essas funções 
estão intimamente ligadas. 
Desenvolvimento sensorial: audição,visão, paladar, olfato e tato. 
Desenvolvimento neuromotor é um processo dinâmico, com uma sequência fixa. O ritmo 
varia de indivíduo para indivíduo. Depende do desenvolvimento do SNC, neurulação 
primária, desenvolvimento do prosencéfalo, proliferação neuronal, migração neuronal, 
organização e mielinização (muito importante nos dois primeiros anos de vida). 
Desenvolvimento cognitivo. Cognição = o ato de conhecer, relaciona as funções 
psicológicas complexas: atenção, memorização, simbolização e planejamento. Um autor 
que estudou este desenvolvimento foi Piaget que pensou os Estágios do Desenvolvimento 
Cognitivo. 
Desenvolvimento da linguagem esta é uma vantagem do ser humano em relação a outros 
animais e se deve a evolução do SNC, mas depende muito do outro comunicar com a 
criança. Entende-se linguagem como processo mais complexo do que a fala. Esta seria 
formas de comunicação como um olhar, um gesto. 
Desenvolvimento social - o ser humano está a todo tempo se relacionando com o outro e 
com o ambiente. 
Desenvolvimento psicológico 
O nascimento biológico do indivíduo e o nascimento psicológico não coincidem. O 
primeiro é um evento observável, o outro um processo intrapsiquico lento. A falta de 
preparo biológico do bêbe humano para satisfazer suas necessidades ocasiona uma 
simbiose mãe-bêbe. Na tentativa de entender o desenvolvimento psicológico do bêbe vários 
autores podem ser referenciados, Spitz, Winnicott. O contato do bêbe com o mundo se 
estabelece por meio do seu corpo, e é através desse que ele se comunica e se expressa. A 
mãe vai atendendo as solicitações do bebê: se tem fome, dá o seio, se está molhado, troca a 
fralda. A mãe interpreta o olhar do filho, que por sua vez aprende a decodificar as emoções 
da mãe. O manhês, a maneira peculiar que cada mãe tem ao falar com o filho, nos primeiros 
meses, indica boa interação. 
O bebezinho passa de uma dependência quase total para uma conquista gradativa de 
autonomia. A mãe precisa dar conta da tarefa que lhe é colocada. Deverá entender as 
demandas do filho em um primeiro momento (primeiros meses) e depois proporcionar 
afastamentos toleráveis para que o bêbe se desenvolva. Se a mãe ou seu substituto não está 
bem, poderão ocorrer dificuldades na relação dela com seu filho. Todas as vivências boas e 
más vão sendo registradas no psiquismo da criança. 
 
O desenvolvimento emocional pode ser entendido como o processo de construção da 
identidade humana, que é fruto da interação entre as influências biológicas, próprias da 
espécie e do indivíduo, sua história de vida, contexto cultural e social. Segundo Winniccott 
é o fato do indivíduo estar vivo que impulsiona o seu psiquismo devido a sua tendência de 
 
2 
 
integração. O ser humano teria uma tendência ao amadurecimento. Amadurecer = unificar-
se, responder por um Eu. Porém essa tendência só se desenvolverá se houver Ambiente 
Facilitador. O percurso é: Dependência Absoluta para a Dependência Relativa rumo a 
Interdependência Relativa. O amadurecimento não é linear, as conquistas podem ser 
perdidas ou não alcançadas. 
 
Avaliação do desenvolvimento 
 
É importante conhecer a família na qual a criança está inserida, a sua condição social, a 
gestação, se foi uma criança desejada, planejada, quais as fantasias da mãe e familiares 
sobre a criança. Prematuridade, uso de drogas pela mãe. Quem cuida, como cuida, rotina, 
escola. O que mudou na rotina familiar após o nascimento da criança. É importante a 
avaliação dos pais e da família em relação ao desenvolvimento da criança. 
É necessário uma anamnese completa, um exame físico bem feito, e uma avaliação das 
aquisições das crianças e do seu ambiente. 
Existem inúmeros instrumentos para avaliar o desenvolvimento. A caderneta de saúde da 
criança, a ficha de acompanhamento do desenvolvimento, a vigilância do desenvolvimento 
na atenção primária, todos referenciados na escala de Denver e no exame neurológico 
evolutivo, no entanto estes instrumentos não conseguem avaliar o desenvolvimento 
psicológico das crianças e o pediatra deverá lançar mão de observações para tentar 
compreender o ambiente em que a criança está se desenvolvendo e como ela responde a ele. 
É importante ouvir a mãe, dar espaço para que ela fale das suas angustias, dos seus medos, 
das suas inseguranças. Deverá estar atento ao diagnóstico de depressão nas mães e ser 
perspicaz para compreender quando a relação mãe bêbe não vai bem. Para tanto ele observa 
a forma como a mãe segura o seu bêbe, se interage com ele, se conversa com ele, o olhar da 
mãe para o filho. Uma mãe que tem dificuldades com seu filho precisa de ajuda. Os 
discursos moralistas não vão ajudar em nada. Muitas vezes a mãe não dá conta de tantas 
tarefas colocadas para ela, principalmente as mães de primeiro filho. Cuidar de um bêbe é 
trabalhoso e muitas ainda cuidam da casa. Uma orientação razoável seria solicitar que a 
mãe busque ajuda para as suas tarefas. O ideal é que as mães se sintam protegidas e bem 
com elas mesmas porque só assim poderão cuidar bem dos filhos. 
Nos dias atuais as mulheres recebem alta no dia seguinte ao parto se este foi normal e se foi 
cesárea em dois a três dias receberá alta da maternidade. Vão para casa e ao chegar 
encontram outros filhos para cuidar e ainda têm que dar conta do cuidado com a casa. A 
modernidade foi desvantajosa para as mulheres, antes com o costume do resguardo, elas 
tinham tempo para recuperarem e tinham ajuda de outras mulheres da família ou amigas. 
Assim, muitas mães vivenciam o período conturbado dos primeiros dias de vida do filho 
sozinhas e muito inseguras. Compreender este período é fundamental para que os 
profissionais da saúde possam ajudar as mães. 
 
O desenvolvimento psicológico do adolescente 
 
A adolescência expõe o adolescente a riscos principalmente porque o jovem é inseguro e 
tem vulnerabilidade emocional. As transformações do corpo causam estranheza. Nas 
adolescentes é comum patologia ligada à imagem corporal, como anorexia e bulemia. O 
adolescente se desgarra das referências familiares e procura o grupo como referência. Os 
 
3 
 
rapazes podem ter a agressividade exarcebada. As variações do humor são freqüentes, o que 
muitas vezes provoca atritos na família. O atendimento ao adolescente exige dos 
profissionais conhecimento do momento particular por que passa o jovem. Saber ouvi-lo e 
tentar compreendê-lo é fundamental. Não se deve enquadrar as alterações em rótulos sem 
uma avaliação cuidadosa. Qualquer que seja a queixa deve ser considerada e a escuta 
necessita de compreensão para o período de fragilidade por que passa o adolescente. O 
vinculo entre adolescente, família e médico é fundamental. Deve ser abordado: vida 
familiar, escola, trabalho, aspectos da sexualidade, vida afetiva e social e se pertinente, 
experimentações de drogas. Todo cuidado deve ser tomado para não dar à consulta a 
conotação de uma investigação policial. Muitas vezes queixas vagas podem significar um 
comprometimento mais sério. 
Há algum tempo dizia-se que o desenvolvimento emocional do ser humano se iniciava no 
momento do seu nascimento. Após muitas pesquisas, concluiu-se que o desenvolvimento 
do psiquismo humano tem início ainda no ambiente intra-uterino. Já se sabe que não 
nascemos como uma folha em branco. Registramos tudo em nossos arquivos celulares, base 
da memória, da percepção, dos sentimentos e da maneira como reagiremosao que se 
passará em nossa volta. No ventre materno desenvolvemos habilidades incríveis: nossos 
movimentos não são aleatórios, mas graciosos, coordenados. Escutamos e nos sentimos 
confortados com a intimidade da voz materna e com os ruídos do interior do seu corpo. 
Somos até embalados pelo ritmo dos batimentos do seu coração: aprendemos a gostar das 
músicas que a mãe escuta ou canta pra nós. Enfim, o desenvolvimento emocional tem início 
no ventre materno e vai sendo processado ao longo da vida, mas é nos primeiros anos, nas 
nossas primeiras relações estabelecidas no seio familiar, que adquirimos os alicerces para o 
desenvolvimento futuro. 
 
Orientações para discussão 
 
1- Quando a criança enxerga nitidamente? 
2- A partir de que idade e em qual intervalo a criança desenvolve o controle do olhar? 
3- Como é o desenvolvimento do olfato no bêbe? 
4- Quais são os principais teóricos que estudaram o desenvolvimento infantil? 
 Cite pelo menos uma contribuição de cada um deles. 
5- Explique a afirmação: Mãe boa o bastante de Winnicott. 
6- Quais as conseqüências para um bêbe que não tem as suas necessidades atendidas? 
7- Qual o papel do pai no desenvolvimento infantil? 
8- O que indica o estranhamento do bêbe a outras pessoas por volta do oitavo mês? 
9- O que significam os objetos transicionais? 
10- Quando a criança se reconhece no espelho? O que isto significa? 
11- Por que a criança faz birra? Como proceder em tais casos? 
12- Quando iniciar o treinamento de esfíncter? Como fazê-lo? 
14- Quando é o momento de estabelecer limites? Quais são as regras básicas para a sua 
implementação? 
15- O que é IRDI? Quais os sinais de alerta em cada faixa etária? 
 
Leitura Recomendada 
 
 
4 
 
1-Ferreira da Silva, R, R; Silveira M, L, M.; Giorge A, H.; Puccini R, F. Desenvolvimento- 
em Rosana Fiorini Puccini e Maria Odete Esteves Hilário Semiologia da Criança e do 
adolescente Guanavara Koogan 2008. 
2. Semiologia da Criança e do Adolescente, Martins e cols. 1a Ed, 2010. Cap. 2 e 40. 
3. Maldonado, Maria Tereza. Comunicação entre pais e filhos: a linguagem do sentir. 18ª 
edição. Editora Saraiva, São Paulo, 1998. 
5- Machado, Dulce V. M. Ação psicoprofilática do pediatra série Pediatria Monografias 
Médicas col XII. Cap O vínculo mãe filho. 
6- Manual Denver 
 
2. Teste de Denver II 
A leitura do manual é fundamental para a aplicação do teste. 
 A avaliação do desenvolvimento é um processo individualizado, dinâmico e compartilhado com cada criança 
(Louzada, Resegue Silva, 2003). Aproximadamente uma em cada oito crianças apresenta alterações do 
desenvolvimento, que podem interferir de forma significativa em sua qualidade de vida e inclusão na 
sociedade (Boyle et al, 1996; Glascoe et al, 1997). 
A avaliação do desenvolvimento acontece durante toda a anamnese e o exame físico da criança. O contexto 
sócio-familiar vivenciado pela a criança, o fato da gestação ter sido planejada ou não, às pessoas que cuidam 
da criança, às mudanças ocorridas nas relações familiares após o seu nascimento são dados fundamentais. 
A opinião e as preocupações dos cuidadores da criança são fundamentais e sempre devem ser valorizadas. 
Na literatura, são inúmeras as avaliações de desenvolvimento. O Teste de Triagem do Desenvolvimento de 
Denver (cidade onde foi desenvolvido), é um dos mais conhecidos e utilizados, foi inicialmente publicado em 
1967. Em 1990, esse teste foi reformulado – Denver II – com os objetivos de ampliar as observações, 
principalmente as relacionadas à linguagem, omitir itens com pouco valor clínico ou de difícil realização e 
adequá-lo a grupos de diferentes etnias, regiões (urbanas ou rurais) e aos níveis de escolaridade 
(Frankenburg et. al, 1992.. 
O Denver II foi designado para ser um método de triagem em crianças entre o nascimento e os seis anos de 
idade. Por ser um recurso de triagem, o teste de Denver não deve ser utilizado como avaliação de inteligência 
ou como preditivo do desenvolvimento posterior da criança, não sendo também apropriado seu uso com 
finalidade diagnóstica (Frankenburg, Dodds, 1990). 
 
 
 
5 
 
 
 
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9 
 
Em cada atendimento das crianças de 0 a 6 anos dois alunos deverão ser escalados para 
realizar o teste. O Kit deverá ser fornecido pelo professor. Os alunos deverão entregar 
relatório onde descreverão um resultado e as dificuldades encontradas. 
 
3. SISTEMA GENITURINÁRIO (SGU) 
Anamnese e Exame físico 
 
a) Anamnese 
 
1. Identificação do paciente 
Raça: judeus e câncer de pênis 
Idade: nas crianças são mais freqüentes: rins policísticos, Glomerulonefrite difusa aguda - 
GNDA 
Sexo: mulheres têm mais infeção urinária 
2. Queixa principal 
Muitas vezes não é a queixa principal por temor ou vergonha 
3. HMA 
Permitir ao paciente expor a seqüência de eventos, sem interferências, detalhar pontos 
obscuros. Pesquisar: 
- urina: cor, cheiro, quantidade 
- hematúria, disúria, noctúria, urgência, diminuição da força do jato, gotejamento, algúria, 
secreção uretral, intumescimento lombar ou abdominal 
- febre, alterações sistêmicas, traumatismos 
- grau de incapacidade, gravidade 
- periodicidade e duração dos sintomas 
- fatores atenuantes e agravantes 
- uso de medicamentos 
- dor ( importante caracterizar bem) 
 . renal : forte, sem relação com posição, persistente 
 .pielouretral: cólica, início abrupto, fatores preciptantes 
 . dor vesical: dolorimento até dor forte, irradiada 
 . dor uretral: dolorimento, ardor , piúria 
 . dor peniana; definir se ocorre me períodos de flacidez ou durante ereção 
 . dor testicular (orquialgia): aguda ou crônica 
 
4- História pessoal 
- Desidratação, traumatismos, tumores, artrite, hipertensão, doenças infecciosas agudas ou 
crônicas, processos alérgicos, tabagismo e etilismo 
- Infecção do trato urinário – ITU - de repetição, cálculos renais 
-Época de aparecimento dos caracteres sexuais secundários, menarca e características do 
ciclo menstrual nas adolescentes 
5- História familiar 
- Litíase renal, doença renal policística, criptorquia, infecção urinária, enurese noturna 
 
b) Exame físico 
 
10 
 
1.Geral: deve ser completo, com cuidado para detectar edema e alterações da cor da pele. 
Medir a pressão arterial (PA). 
2.Específico: deve ser feito preferencialmente com acompanhante ao lado ou alguém da 
equipe de assistência. 
2.1 Genitália Masculina 
 
a) Pênis ( prepúcio e meato uretral ) 
- Inspecção: tamanho, cor, forma, implantação da uretra, secreção 
- Palpação: consistência, tumefações e tumorações, exposição da glande, meato uretral 
(estenose, atresia). 
- Achados: Ereção ocasional, priaprismo, esmegma, aderências epiteliais, Estreitamento 
prepucial (fimose), parafimose, bálanopostite, hipospádia, epispádia. 
b) Testículos e bolsa escrotal 
- Inspeção: sede, tamanho, forma, assimetria, presença de pelos 
- Palpação: consistência, sensibilidade, palpação dos testículos, tamanho, assimetria, calor 
- Achados: criptorquia, ectopia testicular, tesículos retráteis ou migratórios, micro ou 
macrorquidia, hidrocele, orquite, torção do cordão espermático, torção da hidátide de 
Morgani, tumores. 
c) Adolescência: Primeiro sinal de puberdade: aumento dos testículos (11 anos), 
posteriormente surgem pêlos pubianos (11 anos), axilares ( 13 anos) e faciais (14,5 anos). 
Classificação de Tanner: G= genitália ( tamanho de testículos e pênis) P= pêlos pubianos 
Puberdade precoce verdadeira. 
 
2.2 Genitália Feminina 
Realizar o exame preferencialmente com acompanhante do lado ou alguém da equipe, 
tendo o cuidado de explicar o que vai ser feito. 
- Posição: decúbito dorsal com membros inferiores fletidos e em abdução 
- Inspecção: forma, hiperemia, edema, secreção , pêlos , tumorações- Palpação: estruturas: grandes lábios (procurar afastá-los delicadamente, exercendo pressão 
sobre sua face interna e expondo-se o hímen) 
 - pequenos lábios, clítoris, óstio da uretra, vestíbulo vaginal 
( vulva= genitália feminina externa incluindo grandes e pequenos lábios) 
- Achados: aumento do clitóris, prolapso de uretra, corrimento vaginal, sinéquia de 
pequenos lábios, hímen imperfurado,hidrocolpo, hematocolpo. 
c) Adolescência: Primeiro sinal de puberdade: broto mamário 
Menarca: 12 anos ( 6 a 12 meses após o pico de crescimento estatural) 
Classificação de Tanner: M= mama P= pêlos pubianos 
Hermafroditismo verdadeiro e pseudo-hermafroditismo masculino e feminino. 
 
2.3 Rins e Vias urinárias 
Inspecção: meato uretral 
Palpação: rins (técnica de palpação no recém-nascido e na criança maior), lojas renais 
(hidronefrose, doença cística e ptose renal), punho-percussão lombar (sinal de Giordano), 
uretra, bexiga (técnica de palpação). 
 
2.4 Região Inguinal, Anal e Sacroccigeana (o exame pode ser feito junto com o 
Aparelho 
 
11 
 
Genitourinário) 
Inspecção: tumorações (linfonodos, hérnias, tumores), pregas, fissuras, perfuração 
Palpação: tumorações 
Achados: cisto pilonidal, prolapso retal, fissuras, abscessos, sangramentos. 
 
Orientações para discussão (SGU) 
 
1. Descrever as técnicas de percussão e palpação dos rins e lojas renais. 
2. Definir algúria, disúria, poliúria, polaciúria, enurese, nictúria e noctúria 
3. Descrever as características clínicas e fisiopatológicas da síndrome nefrítica e da 
síndrome nefrótica. 
4. a) Descrever as características clínicas da infecção do trato urinário (ITU) no recém 
nascido, lactente, criança e adolescente. Como diferenciá-la do ponto de vista clínico? 
b)Qual a conduta em um paciente ITU? 
5. Definir fimose, parafimose, prepúcio exuberante e cite as condutas. 
6. Citar as principais causa de aumento de bolsa escrotal na criança e no adolescente. 
7. Citar as principais causas de corrimento vaginal no recém nascido, lactente, pré-
escolar, escolar e adolescente. 
8. Definir criptorquia, testículo retrátil, hipospádia e epispádia. 
9. Diferenciar micropênis e pênis oculto. 
10. Definir priapismo e suas principais causas. 
11. Definir sinéquia de pequenos lábios, hímem iimperfurado, hidrocolpo e 
hematocolpo. 
12. Definir telarca, pubarca e menarca. Qual é a época de aparecimento dos caracteres 
sexuais secundários nos sexos feminino e masculino ? 
13. O que é a escala de Tanner e como interpretá-la? 
14. Definir genitália ambígua e suas principais causas. Qual é a importância do seu 
diagnóstico precoce? 
15. Diferenciar hermafroditismo verdadeiro de pseudo-hermafroditismo e citar o 
genótipo e o fenótipo de cada um. 
 
LEITURA RECOMENDADA 
 
1. Semiologia da Criança e do Adolescente, Martins e cols. 1a Ed, 2010. Cap. 34 , 35, 36. 
2. Pediatria Ambulatorial, Leão e cols. 4ª Ed., 2005: Cap.79– Afecções cirúrgicas de 
superfície, - pág.763; Cap. 84 -Distúrbios de diferencial e maturação sexual, cap.84, pág. 
806; Cap. 61 Infeção do trato urinário. Ler sinais e sintomas de infecção urinária na criança 
e conduta imediata (além do tratamento) a curto e a médio prazos, p. 600; Cap. 62 e cap. 66 
ler quadro clínico da síndrome nefrítica (p. 610) e da síndrome nefrótica (p.648); Cap. 91 
Problemas ginecológicos mais comuns (p.909) ler vulvovaginites. 
3. Semiologia Pediátrica, César Pernetta 5ª Ed. 1990. Cap. 17 – Órgãos Genitais Externos 
com enfoque em Hermafroditismo (pág. 274). Ler sobre o porquê acontece o 
hermafroditismo / pseudo hermafroditismo; Cap 18 Ânus e Reto. Região Inguinal e 
Sacrococcigiana. 
4. Semiologia Médica do Mario López e J. Laurentys-Medeiros, 5ª Ed., 2004 
 
4. SISTEMA LOCOMOTOR (SLM) 
 
12 
 
Anamnese e exame físico 
A interrogação sobre presença de febre, lesões cutâneas, redução do peso, astenia, 
hiporexia, linfademegalia são fundamentais para o diagnóstico de doenças sistêmicas com 
comprometimento do sistema locomotor. 
O exame desse aparelho deve abranger: músculos, ossos, articulações e estruturas 
periarticulares. 
A observação do paciente já se inicia ao convidá-lo para entrar no consultório (ou ao 
observá-lo no leito, caso esteja internado), momento em que podemos analisar a postura e a 
marcha do paciente sem despertar a sua atenção para esse movimento. 
 
Anamnese 
1- Idades específicas para determinadas patologias. 
2. Queixa principal 
 A queixa referente ao aparelho locomotor pode ser o motivo da consulta ou representar 
uma queixa secundária 
3. HMA 
- Início e evolução 
- Sintomas mais comuns: 
 Edema; Rigidez; Limitação de movimento; Fraqueza; Fadiga; Claudicação; Febre 
Queixa mais freqüente a dor. 
Como abordá-la: Onde dói? Como é a dor? Há quanto tempo dói? Qual o ritmo? Há sinais 
inflamatórios? Qual é o padrão de acometimento articular? Escala de dor. 
Características: recente ou crônica, localização, intermitente ou contínua, variação diurna, 
presença de sinais flogísticos, relação com movimento. 
4. História Pessoal 
-Traumas, quedas 
- Dados em relação à Nutricão: avaliar os fatores de risco para desnutrição ou carências de 
vitaminas como de vitamina D (por exemplo, prematuridade), escorbuto. 
5. História Familiar 
- Consanguinidade paterna; 
- Doenças osteomusculares na família 
6. História socioeconômica 
 
 
 
Exame físico 
Dados gerais 
- Peso/estatura; desenvolvimento; desproporção / assimetria 
- Face: assimetria; hipomimia; dismorfismos; assimetria de crânio 
- Pele 
- Pescoço: pesquisa de torcicolo congênito em lactentes 
1 - Exame dos músculos 
 Examinar compararando a massa muscular de um lado e outro do corpo. 
- Inspecção 
 . agenesia 
 . atrofia, hipotrofia 
 . hipertrofia versus pseudohipertrofia 
 
13 
 
 . fasciculação 
- Palpação: Consistência ; dor 
- Tônus muscular: 
 Palpação; extensibilidade; passividade e balanço passivo; hipotonia x hipertonia 
- Força muscular: 
 0: ausência de força, sem evidência de força 
 1: leve contratilidade, sem movimento 
 2: observam-se movimentos no plano horizontal 
 3: movimentos contra gravidade 
 4: movimentos contra certa resistência 
 5 : vence resistência (Normal) 
 
- Sinal de Gowers: solicita-se que o paciente sente no chão e observa-se o seu levantar. 
Essa manobra é positiva quando paciente apoia em diferentes partes do corpo para ficar em 
pé. 
- Marcha miopática (anserina): marcha com báscula de bacia e acentuação da lordose 
lombar 
- Marcha espástica 
 
-Distrofia muscular 
Distrofia muscular é uma doença de origem genética, cuja característica principal é o 
enfraquecimento e posteriormente a atrofia progressiva dos músculos, prejudicando os 
movimentos e levando o portador a uma cadeira de rodas. Ela é uma doença motora e se 
diferencia das demais porque qualquer esforço muscular que cause o mínimo de fadiga, 
contribui para a deterioração do tecido muscular. Isto porque o defeito genético ocorre pela 
ausência ou formação inadequada de proteínas essenciais para o funcionamento da 
fisiologia da célula muscular. 
Na literatura médica são catalogadas mais de trinta tipos de distrofia. A Distrofia Muscular 
de Duchenne é a mais comum das distrofias, com uma incidência de 1 para cada 3.500 
nascimentos masculinos 
O defeito genético da distrofia de Duchenne é diferente do que é causado pela distrofia 
muscular de Becker, mas em ambos os casos está afectado o mesmo gene. O gene é 
recessivo e ligado ao cromossoma X p21. Embora a mulher seja portadora do gene 
anômalo, ela não sofrerá da doença porque o cromossoma X normal compensará a 
anomalia genética do outro cromossoma X anómalo. Em contrapartida, qualquer homem 
que receba o cromossoma X anômalo sofrerá da doença. As crianças com a distrofia 
muscular de Duchennetêm uma falta quase total de um produto genético denominado 
distrofina, uma proteína essencial para os músculos que é supostamente responsável pela 
manutenção da estrutura das células musculares. As crianças com a distrofia muscular de 
Becker produzem distrofina, mas a proteína é maior que o normal e não funciona 
adequadamente. Esta doença afeta três em cada 100 000 crianças do sexo masculino. As 
crianças com distrofia de Duchenne têm uma marcha vacilante, quedas frequentes e 
dificuldade para pôr-se de pé e subir escadas. As primeiras características são o aumento do 
volume das panturrilhas, decorrente do grande esforço que os gastrocnêmios são 
submetidos para compensar o déficit dos músculos ântero laterais das pernas, para auxiliar 
o equilíbrio na marcha que estes pacientes apresentam. Os meninos afetados são normais 
até 1 ou 2 anos de vida, mas desenvolvem fraqueza muscular por volta dos 3 e 5 anos, 
 
14 
 
quando começam a ter dificuldades para subir escadas, correr, levantar do chão, quedas 
freqüentes. 
O comprometimento muscular é simétrico e inicia-se pelos membros inferiores e quadris, e, 
mais tarde, atinge os membros superiores. Ocorre uma acentuação da lordose lombar e uma 
marcha anserina (andar de pato). Contraturas e retrações dos tendões levam alguns 
pacientes a andar na ponta dos pés. 
A DMD é a segunda doença geneticamente hereditária mais comum em humanos. 
O homem com esta doença não tem como se reproduzir e esta é a razão principal de as 
mulheres não apresentarem a Distrofia Muscular de Duchenne. A transmissão se faz por 
traço recessivo ligado ao sexo e a taxa de mutação é alta. 
O gene de um distúrbio ligado ao X às vezes está presente em um pai e em uma mãe 
portadora e, então, as filhas podem ser homozigóticas afetadas. 
 
2 - Exame dos ossos 
 
- Inspecção 
 . Observar simetria, curvaturas anormais, alargamentos ósseos, estigmas cutâneos ao 
longo da coluna. 
 . Anormalidades em extremidades: sindactilia, polidactilia,clinodactilia,focomelia, amelia 
 . Sinais clínicos de raquitismo e escorbuto 
 
- Palpação dos ossos longos e da coluna (avaliar desvios e presença de espinha bífida). . - 
- Discrepância de comprimento em membros inferiores: a medida deve ser feita da espinha 
ilíaca até o maléolo medial 
3 - Exame das articulações 
- Inspecção: alteração de contorno, hiperemia, petéquias, hematomas 
- Palpação: a palpação óssea deve ser realizada com a articulação em diversas posições para 
verificar se a dor é difusa ou localizada. calor, dor edema e crepitação 
- Avaliar movimento das principais articulações: 
 . Membros superiores: ombros (RN → fratura de clavícula), cotovelo, punho e mão. 
 . Quadris: assimetria de pregas cutâneas na face medial das coxas → pode ser 
observado em 30% das crianças normais, mas pode ser sugestiva de luxação congênita de 
quadril. 
 . Joelhos: inspeção, palpação e movimentação (flexão e extensão) 
 . Tornozelos e pés: repouso e marcha, deformidades de artelhos. 
Exame das mãos e do punho 
Deformidades dos dedos 
Lesões na Artrite Idiopática Juvenil (AIJ), na Lupus Eritematoso Sistemico (LES), 
Dermatopolimiosite Juvenil (DPM), sinal de Gottron, dedos em baqueta de tambor, fratura 
do terço distal do radio, 
Exame dos joelhos 
Genu varo x genu valgo 
- RN e 1 ano: varo 
- 18 m a 24 m: alinhamento 
- 2 a 4 anos: valgo 
- 6 anos  adulto 
 
15 
 
Doença de Osgood-Schulatter 
Deslizamento epifisário proximal do femur 
Exame dos tornozelos e pés. 
Deformidades dos dedos 
Deformidades do pé e antepé. 
Exame da coluna 
Variações na criança 
Avaliação da escoliose: solicita-se que o paciente fique em pé de costas para o examinador 
e faça um flexão anterior do tronco. 
Movimentação - planos de movimento. 
Doença de Scheuermann 
Espondilite 
Hernia de disco 
Tumores 
Alterações por causas inflamatórias 
Exame do quadril - articulação coxo-femural. 
Amplitude de movimentos, Sinal de Ortolani de Barlow de Galeazzi 
Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ). 
 
Dores recorrentes em membros 
Definição: escolares entre quatro e dez anos. Três episódios de dor, de intensidade 
suficiente para interferir nas atividades habituais da criança, por um período de pelo menos 
três meses. Mais de noventa por cento dos casos, entidade clínica sem fisiopatologia 
definida. Em geral dores mal definidas, não articulares com predomínio dos membros 
inferiores. Dor de crescimento, fibromialgia, hipermobilidade articular, alterações 
estruturais e posturais. 
Hipermobilidade articular - critérios: 
- aproximação passiva polegar face flexora do ante-braço 
- dorsoflexão passiva do quinto dedo mão em ãngulo maior que 90 graus 
- hiperextensão dos cotovelos maior que 10 graus 
- hiperextensão dos joelhos maior que 10 graus 
- flexão da coluna, com joelhos estendidos até encostar as palmas das mãos no chão 
Quadril doloroso 
As dores agudas ou crônicas que são referidas na articulações dos quadris de crianças e 
adolescentes constituem queixa de grande importância em Pediatria. Este quadro doloroso 
pode ser a forma de apresentação de diversas doenças graves: infecciosas, inflamatórias, 
neoplásicas e degenerativas (freqüentemente denominadas ortopédicas) 
Além da incapacidade funcional transitória, lesões osteoarticulares definitivas, e mesmo 
progressivas, podem advir destas diferentes doenças. Isto pode ser observado na doença de 
Legg-Perthes, na epifisiólise, assim como na artrite séptica e osteomielite. 
A avaliação deve principiar pela cuidadosa história e exame físico. Muitas vezes a 
localização da dor é imprecisa com relação ao sítio anatômico acometido. Esta,pode 
originar-se nas articulações (coxo-femoral, sacroíliaca e disco intervertebral); ossos (fêmur, 
ilíaco, sacro e coluna); músculos (quadríceps, íleo-psoas, glúteos) e/ou abdome. Como a 
articulação coxo-femoral é profunda, raramente será evidenciado edema, calor ou rubor 
local. 
 
16 
 
Quanto à etiologia do quadril doloroso, em termos gerais, deve ser observado que as 
diversas doenças incidem em diferentes faixas etárias As doenças de Legg-Perthes e 
sinovite transitória são mais comuns entre cinco e oito anos de idade. As causas 
infecciosas, principalmente a psoíte, osteomielite e artrite séptica são mais freqüentes nas 
crianças menores de quatro anos, e a epifisiólise é mais comum nos adolescentes. 
A radiografia simples mostrou alterações em aproximadamente 50% dos casos, auxiliando 
no diagnóstico. Freqüentemente discrimina os tumores e permite o diagnóstico das causas 
ortopédicas. Na sinovite transitória do quadril a radiografia é normal,ocasionalmente pode 
ser observado um aumento do espaço entre o acetábulo medial e a cabeça femoral. 
 A radiografia nos pacientes com pioartrite/osteomielite, pode mostrar alargamento do 
espaço articular pela presença de efusão. Isto pode passar desapercebido. Achados maiores, 
como as lesões erosivas, são evidenciadas a partir da segunda semana de doença. 
 
 As alterações radiográficas da vértebras lombares e do disco intervertebral podem indicar 
casos de discite. Na doença de Legg-Perthes evidencia-se irregularidade e achatamento da 
cabeça femoral, e na epifisiólise vê-se o escorregamento da epífise femoral. 
Atualmente, a ressonância nuclear magnética (RNM) é o método de imagem com maior 
eficácia para detectar precocemente alterações na síndrome do quadril doloroso. Permite 
avaliar o disco vertebral, a coluna lombar, as sacroilíacas, a musculatura periarticular e arti- 
culações coxo-femorais. A RNM detecta anormalidades de tecidos moles e formação de 
áreas neovasculares. 
 
Lesões por overuse: Osgood Schatter, Sever, espondilite do tenista, fraturas de estresse. 
 
Alterações posicionais dos membros inferiores das crianças: joelho valgo, joelho varo, 
marcha em rotação interna e externa. 
Osteomielitee artrite séptica. 
 
Orientações para discussão (SLM) 
 
1. Citar os distúrbios mais comuns do aparelho locomotor, de acordo com a faixa etária: 
recém-nascido, lactente, escolar e adolescente. 
2. Diferenciar o que é hipotonia e hipertonia. Dar exemplos de doenças. 
3- Diferenciar hipertrofia de pseudohipertrofia muscular 
4- Qual o significado da manobra de Gowers? 
5- O que é artrogripose ? Qual o seu significado? 
6- O que é displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)? Como detectá-la no recém- 
nascido? Quais as conseqüências se não tratada? 
7- Definir genu varum e genu valgum. O que deve ser feito ao detectar uma dessas 
alterações ao exame físico ? 
8- Definir as seguintes alterações de extremidades: polidactilia, sindactilia, aracnodactilia, 
baqueteamento digital, amelia. 
9- Diferenciar: pé torto congênito do pé torto verdadeiro; pé chato (plano) fisiológico do pé 
chato verdadeiro. 
10. O que é e quais os sinais e sintomas mais comuns nas seguintes doenças do aparelho 
locomotor: 
 
17 
 
- Artrite reumatóide 
- Artrite séptica 
- Doença de Legg- Calvé Perthes 
- Doença de Osgood-Schlatter 
- Doença de Sever 
- Distrofia muscular tipo Duchenne/ Becker 
- Esclerodermia juvenil 
11- Citar os critérios usados no diagnóstico de “dor de crescimento” e a conduta 
recomendada. Citar os principais diagnósticos diferenciais na prática pediátrica. 
12- Descrever as principais manifestações articulares das seguintes doenças sistêmicas: 
-Lupus Eritematoso Sistêmico 
- Doença reumática 
-Artrite reumatóide 
 13- Dê as características (sexo mais acometido, idade, localização, característica da dor, 
alterações concomitantes) e a possível causa da: 
Dor de crescimento, fibromialgia, síndrome de hipermobilidade articular, osteocondrites, 
síndromes dolorosas do super uso, tumores ósseos. 
14- Quais são as causas de dores recorrentes em membros com manifestações sistêmicas? 
15- Citar 10 alterações clínicas possíveis em pacientes com doença do sistema locomotor. 
16- Citar 10 alterações cutâneas possíveis de estarem associadas à doença do sistema 
locomotor. 
17- Descreva e interprete a avaliação da gradação da força muscular realizada no exame 
físico. 
 
LEITURA RECOMENDADA 
 
 1. Semiologia da Criança e do Adolescente, Martins e cols. 1a Ed, 2010. Cap. 37. 
2. Pediatria Ambulatorial, Leão e cols. 4ª Ed., 2005: Cap. 90 e 92. 
3.Problemas ortopédicos comuns na adolescência. Rocha EST. Pedreira ACS. Jornal de 
Pediatria, 2001, 77 (supl2): 225-233. 
4- Perneta César. Semiologia Pediátrica. 5ª Ed 1990 cap 8, 9, 
5- Yvon Toledo Rodrigues e Pedro Paula Bastos Rodrigues. Semiologia Pediátrica. Rio de 
Janeiro 3. ed. Guanabara Koogan, 2009 
6- Rosana F. Puccini; Ana Maria B. Bresolin. Dores recorrentes na infância e adolescência. 
J. Pediatr. (Rio J.) vol.79 suppl.1 Porto Alegre May/June 2003. 
7- Egmar Longo Araújo de Melo, Maria Teresa Moreno Valdés, Juliana Maria de Sousa 
Pinto. Qualidade de vida de crianças e adolescentes com distrofa muscular de Duchenne, 
Pediatria (São Paulo) 2005;27(1):28-37. 
8- Nubia Mendes Santos, et al. Perfil clínico e funcional dos pacientes com Distrofa 
Muscular de Duchenne assistidos na Associação Brasileira de Distrofa Muscular 
(ABDIM). Revista Neurociências V14 N1 - Jan/Mar, 2006 (015-022). 
9- Volpon, José B. Texto básico de ortopedia e traumatologia para o acadêmico- apostila de 
graduação 176p. 2011. Disponível em: www.fmrp.usp.br/volpon/downloads/graduacao.pdf 
Acessado em 27 julho 2011. 
 
B - MÓDULO ENFERMARIA 
1. Semiologia do Sistema Respiratório 
 
18 
 
2. Semiologia do Sistema Cardiovascular 
3. Semiologia do Sistema Digestório 
4. Semiologia do Sistema Nervoso 
 
1 - SISTEMA RESPIRATÓRIO 
Problemas respiratórios são muito freqüentes em pediatria. No outono e inverno as crianças 
apresentam número elevado de alterações respiratórios sendo as viroses e os episódios de 
broncoespasmo as alterações mais encontradas. É importante o exame do nariz, boca e 
orofaringe. 
1-Anamnese específica do aparelho: 
a) Perguntas específicas do aparelho respiratório que devem ser feitas ao paciente/mãe: se o 
quadro é agudo ou crônico, presença de dispnéia (cansaço, dificuldade de sucção), tosse 
(características), secreção (aspecto), cianose, sibilos (chieira), taquipnéia, bradipnéia, 
apnéia. Fatores ambientais principalmente nos alérgicos. Fatores que desencadeiam os 
sintomas como exercício, exposição ao frio. Horário de maior freqüência dos sintomas 
como a tosse noturna. Outras pessoas com os sintomas. Alterações no período neonatal, uso 
de oxigênio, prematuridade, intubação, ventilação mecânica. 
Criança com dificuldade para mamar. Imunizações. Presença de urticária ou eczema. 
b) Observar as particularidades dos sintomas em relação aos dos adultos. 
 
2. Exame Físico – Roteiro: Inspeção, Palpação, Percussão, Ausculta 
Em Pediatria, na grande maioria das vezes é feito em primeiro lugar a Inspeção e a 
Ausculta. A palpação e percussão são realizadas para esclarecer melhor os achados da 
inspeção e ausculta. 
Verificar a posição mais adequada para o exame físico. Lembrar que o exame do tórax é 
comparativo, cada região deve ser comparada com a região semelhante do hemitórax 
oposto. Examinar a região anterior, posterior e as laterais. Regiões do tórax. 
 
Inspeção 
- Inspeção: Forma e expansibilidade do tórax, esforço respiratório (expressão facial 
angustiada, “buscando ar”), batimento de aletas nasais, cianose, padrão respiratório, 
freqüência (valores normais segundo faixa etária) e ritmo respiratório, tiragens intercostais; 
expansivbilidade torádedos em baqueta de tambor, unhas em vidro de relógio, forma do 
tórax, tiragens intercostais. Inspeção na asma e na pneumonia. 
 
- Palpação Frêmito tóraco-vocal: palpar com a mão espalmada, de cima para baixo, 
comparando os dois hemitórax. Solicitar ao paciente que emita um som vocal durante a 
palpação (FTV normal, aumentado ou diminuído). 
Palpação da expansibilidade torácica: lobos superiores (anteriores e posteriores); lobos 
médio (anterior) e lobos inferiores (posteriores). 
Palpação da Traquéia- região cervical à direita e à esquerda; verificar desvios pela palpação 
nessas regiões dos anéis traqueais. 
 
- Percussão : percutir o tórax posterior, de cima para baixo, comparando os dois 
hemitórax (Técnica dígito-digital): som normal à percussão ou som maciço, sub-maciço, 
hiperssonoro, timpânico - patologias onde ocorre cada um destes. 
 
 
19 
 
- Ausculta: deve-se auscultar todo o tórax 
Aquecer a parte do estetoscópio que vai tocar a criança, testar a tolerância da temperatura 
no braço ou dorso da mão do paciente. Técnica para ausculta. 
Sons pulmonares: 
Sons Normais: bronquial, broncovesicular e som vesicular (ou “sons normais do pulmão”). 
Redução dos sons respiratórios, causas. Som bronquial em lugar onde não é habitual a sua 
presença. 
Sons Anormais ou sons adventícios: Contínuos musicais: Sibilos e Roncos - 
Descontínuos: Crepitações localizar no tempo respiratório – relacionar a doenças nas quais 
estão presentes. 
Atrito pleural, estridor e gemidos expiratórios. 
Ausculta: na asma, na pneumonia, pneumotórax e derrame pleural. 
Percussão: na asma, na pneumonia, pneumotórax e derrame pleural 
Palpação: na asma, na pneumonia, pneumotórax e derrame pleural. 
Doenças da infância - Clinica da: 
Rinite, asma, pneumonia, fibrose cística, refluxo gastro- esofágico, bronquiolite, “bêbe 
chiador”, 
Classificação das infecções respiratórias agudas (IRA) a partir de sinais clínicos. 
 
- Exames Propedêuticos: radiológicos (radiografia de tórax), de imagem, nas doenças do 
sistema respiratório. 
 
Leitura Recomendada: 
1- Semiologia da Criança e do Adolescente, Martins e cols. 1a Ed, 2010. Cap. 30 
2- Semiologia Pediátrica, César Pernetta, 5a Ed. 1990. Cap. 12 (Tórax, Inspeção) 
3- Semiologia Médica, Lópeze Laurentys-Medeiros, 5ª Ed., 2004. Cap. 33 (Inspeção) e 34 
(Ausculta pulmonar). 
4- Pediatria Ambulatorial, Leão e cols., 4a Ed. 2005. Cap. 46 (Afecções respiratórias 
crônicas e recorrentes). 
5- Yvon Toledo Rodrigues e Pedro Paula Bastos Rodrigues. Semiologia Pediátrica. Rio de 
Janeiro 3. ed. Guanabara Koogan, 2009 
 
 
 
Orientações para discussão SR 
 
1- Descrever os mecanismos de formação dos roncos, sibilos e crepitações. Como 
interpretar estes achados? 
2- Conceituar: Pausa x Apnéia e respiração periódica do recém nascido. 
3- Conceituar e citar as principais causas de taquipnéia e bradipnéia. 
4- Descrever as alterações torácicas que podem ser encontradas nas seguintes doenças: 
 a) Raquitismo 
 b) Escorbuto 
 c) Desnutrição grave 
 d) Asma grave persistente 
5- Faça um quadro com inspeção, palpação, ausculta e radiografia de tórax: na pneumonia, 
 
20 
 
na asma, derrame pleural, pneumotórax e atelectasia extensa. 
6- O que é e como é a clínica da: fibrose cística, do refluxo gastro- esofágico, da 
bronquiolite, do bêbe chiador, da epiglotite. 
7. Descrever os diferentes ritmos e padrões respiratórios de acordo com a faixa etária. Dar 
exemplos em quais situações são encontrados. 
8. Citar os sinais e sintomas encontrados nas obstruções respiratórias altas e baixas e dar 
exemplos de cada. 
9 .Citar os sinais e sintomas de hipóxia aguda e crônica. 
10- Quando diferenciar um resfriado comum de uma infecção respiratória mais grave? 
11. Descrever as alterações semiológicas (inspecção, palpação, percussão, ausculta, 
radiografia de tórax) encontradas nas laringites e no corpo estranho no pulmão. 
12. Como é a classificação da asma? 
13- O que é e como interpretar? Tiragem intercostal e batimento de aletas nasais? 
14- Quais alterações podem ser encontradas no pulmão das crianças com tuberculose e 
como é o quadro clínico da tuberculose pulmonar? 
 
2 - SISTEMA CARDIOVASCULAR (SCV) 
Anamnese e exame físico 
A) Anamnese 
 Perguntas específicas do aparelho cardiovascular que devem ser feitas ao 
paciente/mãe. 
 Particularidades dos sintomas em relação aos adultos. 
 
b) Exame Fisico 
 Posição (ões) mais adequada (s) para o exame do aparelho cardiovascular, no 
lactente e na criança maior. 
 Dados mensuráveis mais importantes no exame do aparelho cardiovascular 
 Técnica da medida da pressão arterial (PA); conferir a medida obtida com tabelas de 
referência de percentil; medir a PA também nos membros inferiores. 
 Achados em cada item examinado: 
 Inspeção: 
o forma do tórax, ictus cordis (posição de acordo com cada faixa etária), 
impulsões precordiais e das jugulares, perfusão capilar; unhas em vidro de 
relógio; dedos em baqueta de tambor. 
 Palpação: 
o pulsos (quais devem ser palpados e características a serem pesquisadas). 
o ictus cordis (características a serem pesquisadas) 
o frêmito (definir se sistólico ou diastólico; posição e técnica de palpação). 
o palpação do fígado (deverá ser feita durante o exame do abdome; 
características do fígado congesto) 
o refluxo hepato-jugular (definir, como pesquisar) 
o pesquisa de edema 
 Ausculta: 
o áreas (focos) de ausculta e a suas localizações. 
o bulhas: posição do paciente, foco e posição do estetoscópio para auscultar: 
B1, B2 , B3 e B4 (rara em crianças). 
o sopros: características que devem ser descritas. 
 
21 
 
 
Observações: auscultar todo tórax também faz parte do exame do aparelho cardiovascular. 
A ausculta deve ser feita em ambiente silencioso, calmo, com a criança tranqüila, podendo 
ser no colo da mãe e em várias posições: decúbito dorsal, lateral, sentada ou de pé. 
* Verificar se há cianose, ruídos pulmonares devidos à congestão pulmonar 
* No caso de insuficiência cardíaca congestiva (ICC) a taquipnéia é um sinal importante e 
precoce de descompensação cardíaca nos recém nascidos e lactentes. 
* Ao auscultar o abdome (no exame do AD) atenção deve ser dada para identificar presença 
de sopro arterial. 
 
Orientações para discussão (SCV) 
1. Ler e fazer um esquema do ciclo cardíaco e situar as quatro bulhas em cada fase, 
explicando seus mecanismos de formação. 
2. Em relação à B3, explicar quando é um achado fisiológico e quando é patológica? 
3. O que é desdobramento fisiológico de B2? Por que ele acontece? 
4. Citar um exemplo de desdobramento patológico de B2. Por que ele acontece? 
5. Estudar as causas extra e intra-cardíacas de alteração de fonese de B1 e B2. 
Explicar: 
6. Hiperfonese de B1 na Estenose Mitral e no Intervalo PR curto. 
7. Hiponese de B1 na Insuficiência Mitral e no Intervalo PR longo. 
8. Citar os mecanismos de formação dos sopros cardíacos. 
9. Quais os critérios que você usa para diagnosticar um paciente portador de um sopro 
inocente? Descrevê-los. 
10. Quais os tipos de sopros inocentes mais comuns em quais focos se localizam, quais 
características e modificações do sopro? 
11. Faça um esquema das principais Cardiopatias encontradas na criança: Congênitas 
(Cianosantes e não Cianosantes) e Adquiridas. 
12. Citar os achados clínicos mais característicos (sopros, pulsos, alteração da pressão 
arterial, presença ou não de cianose) nas seguintes cardiopatias: Tetralogia de 
Fallot, CIA, CIV, PCA, Coarctação da Aorta (descrever demais achados); Estenose 
e Insuficiência de Mitral, Estenose Pulmonar, Insuficiência Aórtica. 
13. Em relação reumática: 
o Achados auscultatórios na fase aguda. Lesões valvares mais comuns nas 
fases aguda e crônica, nas crianças e adolescentes. 
o Fisiopatologia (resumida) 
o Principais sintomas e sinais. 
14. Citar os principais sintomas e sinais da ICC na criança. 
15. Citar os critérios usados para diagnosticar Hipertensão Arterial na 
criança/adolescente e suas principais causas. 
 
LEITURA RECOMENDADA: 
 Dângelo Fattini. Anatomia Humana Sistemica e Segmentar 
Atheneu 2011 
 Guyton, Arthur C.Hall, John E. Tratado de Fisiologia Médica.11ª edição 2006, 
1152p - (rever fisiologia do coração). 
 Mário López e J. Laurentys-Medeiros. Semiologia Médica do, 5ª edição (2004): 
 
22 
 
o Capítulo de Ciclo Cardíaco. 
o Bulhas e outros sons cardíacos - Causas de hipofonese e hiperfonese de 
bulhas. 
o Estudar o desdobramento fisiológico de B2 e porque ele acontece à 
inspiração. Cap. 23, pág 356 
o estudar no cap. 24 – Sopros cardiovasculares (maior enfoque no início do 
capítulo) os mecanismos de formação dos sopros. 
 Leão, Ennio; Correa, Edison Jose; Mota, Joaquim Antonio Cesar; et al. 
Pediatria Ambulatorial. 4ª edição, COOPMED, 2005. 
o estudar Sopro inocente (SI) – ver os critérios de definição de um portador de 
SI : idade, assintomático e com características de sopro inocente, no capítulo 
73. 
o A criança com distúrbio cardíaco (da pág. 708 até à pág 715 no tópico de 
arritmias cardíacas, exclusive). 
o Ver o quadro sobre os Tipos de sopros inocentes (cap. 73.1, página 709. 
o capítulo de Febre Reumática 
 Artigo publicado no Jornal de Pediatria (Rio de Janeiro) 2003;79 (Supl.1): S87-S96) 
– Avaliação do sopro cardíaco na infância, de M. Elisabeth B.ª Kobinger (da USP, 
de São Paulo). 
 Martins e cols. Semiologia da Criança e do Adolescente , MedBook, Rio de Janeiro, 2010. 
Cap 31. 
 
3 - SISTEMA DIGESTÓRIO (SD) 
 
Anamnese e Exame físico 
a) Anamnese 
1. Fazer perguntas específicas do sistema digestório ao paciente/mãe: icterícia, tipo e 
mudança na alimentação, vômitos, hábito intestinal, coloração das fezes, presença de 
sangue em vias baixa e alta 
2. Observar particularidades dos sintomas em relação aos adultos. 
 
b) Exame Físico 
 
Abdomen: Observar a expressão facial do paciente durante o exame do abdomen, 
 
a) Posição do paciente mais adequada para o exame do abdomen 
b) Sinais que devem ser pesquisados no exame do abdomen quantoa: 
 
1. Inspeção 
2. Ausculta 
3. Palpação superficial 
4. Percussão: espaço de Traube, sinal de Blumberg, Pesquisa de ascite (técnica do 
piparote, macicez móvel). 
5. Palpação profunda - Técnicas de palpação do fígado e do baço (manobra de Schuster). 
Características das vísceras à palpação. Usar fita métrica para medir. 
Técnica de palpação das lojas renais, dos rins (no neonato e na criança maior) e bexiga. 
 Em caso de ascite e visceromegalia, medir o perímetro abdominal. 
 
23 
 
 
Região inguinal, anal, sacrococcigeana 
 
(O exame da região anal pode ser feito junto com o exame da genitália, no aparelho 
genitourinário). Achados: 
Região inguinal: presença de linfonodos, hérnia , tumores. 
Regiões anal e sacroccigeana 
 - Inspecção: tumorações, pregas, fissuras, perfuração 
 - Palpação: tumorações, cisto pilonidal, prolapso retal, sangramentos. 
 
Orientações para discussão 
1. Definir: melena, hematêmese, encoprese, incontinência anal, constipação intestinal, 
diarréia, vômitos versus regurgitação; aranhas vasculares (como pesquisar) 
2. Critérios para definir se fígado ou baço palpáveis em um paciente são preocupantes ou 
não. 
3. Diagnóstico semiológico de: 
- Refluxo gastroesofágico 
- Estenose hipertrófica do piloro 
- Hérnia inguinal 
- Hérnia umbilical 
- Onfalocele 
- Gastrosquise 
- Atresia de vias biliares 
- Apendicite 
 
4. Diagnóstico diferencial de Atresia de vias biliares. 
5. Causas de hemorragia gastrointestinal (alta e baixa) no lactente e na criança 
maior. 
6. Causas de dor abdominal aguda e crônica. 
7. O que é e como é o quadro clínico do seqüestro esplênico na anemia falciforme? 
8. Quadro clínico da invaginação intestinal. 
9. Achados semiológicos nas regiões inguinais, anal e sacrococcigeana. 
 
 
LEITURA RECOMENDADA 
1- Semiologia da Criança e do Adolescente, Martins e cols. 1a Ed, 2010. Cap. 32 e 33 
2. Pediatria Ambulatorial, 4ª Ed., 2005, Cap. 25, pág. 267 (Diagnóstico Diferencial de 
Hepatoesplenomegalias, pág. 267- Diagnóstico Diferencial de Hepatoesplenomegalias, pág. 
267 (olhar mais o texto do que os quadros - ler sobre o exame do abdome e estudar os 
critérios de definição de um paciente com o fígado ou baço aumentados, não preocupantes 
). 
3. Semiologia Pediátrica, do César Pernetta (5ª edição, 1990) os capítulos de Abdome 
(Cap. 14, pág. 214); Ânus e reto. Regiões inguinais e sacrococigeana (cap. 18, pág. 278). 
 
4 - SISTEMA NERVOSO 
 
24 
 
Anamnese e exame fisico 
a) Anamnese 
1. Identificação: - idade, sexo 
- Queixa principal - utilizar descrição feita pela mãe 
2- HMA: 
- caracterizar início (agudo ou incidioso) dos sintomas 
- ordem de aparecimento dos sintomas 
- intensidade, localização, condições que melhoram e pioram os sintomas 
- evolução dos sintomas: não progressivo, progressivo ou intermitente 
- medidas terapêuticas 
 
3- Anamnese especial ( perguntar e detalhar os seguintes eventos) : perda de consciência 
(síncope), tonteira, vertigens, crises epiléticas, cefaléia, desordens sensitivas ou motoras, 
distúrbios esfincterianos, alterações do sono 
4- História pessoal 
História da gestação: traumatismos abdominais, infecções (TORCHS), checar sorologias 
(HIV, TORCHS), hemorragias, hipertensão arteiral (eclâmpsia e pré-eclampsia), diabetes 
materno, uso de medicamentos (citotec) e drogas (álcool, maconha, cocaína , tabagismo, 
outras), exposição a RX e uso de vacinas, problemas relacionados a incompatibilidade Rh. 
Duração da gestação ( a termo ou não) 
História do parto: 
- parto vaginal ou cesáreo (indicação), duração do parto, tipo de apresentação do RN, 
manobras obstétricas (fórceps), tipo de anestesia empregada, presença de pediatra na sala 
de parto 
- condições de nascimento: choro inicial (se demorou ou não), APGAR (FC, FR, tônus, cor 
da pele e resposta a estímulos). 
-período neonatal: perguntar sobre sucção, atividade do RN, icterícia e seu tratamento 
(nível máximo de bilirrubina), problemas metabólicos nos primeiros dias de vida e 
convulsões. 
-DNPM (desenvolvimento neuropsicomotor): idade em que apresentou sustentação 
cefálica, sentou com e sem apoio, ficou em pé com e sem apoio, andou com e sem apoio, 
desenvolvimento da linguagem, controle de esfíncteres. Em crianças maiores, perguntar 
sobre escolaridade, desempenho escolar e sociabilidade 
Passado mórbido: internações, vacinações, infecções, traumatismos, convulsões 
( caracterizar e descrever os mais usados) 
5- História familiar 
- consanguinidade 
- doenças neurológicas na família 
- distúrbios do DNPM nos familiares 
- causas de óbito ou morte súbita em irmãos no primeiro ano de vida 
 
b) Exame neurológico geral 
 * Iinicialmente convém perguntar se o paciente é dextro ou canhoto 
1. Estado Mental 
2. Fácies / Atitude 
3. Linguagem 
 - percepção 
 
25 
 
 - expressão 
4. Equilíbrio estático 
- sustento cefálico: ( ) completo ( ) incompleto 
- senta com apoio ( ) senta sem apoio ( ) 
- em pé com apoio ( ) em pé sem apoio ( ) 
- em pé em posição militar com olhos abertos ( ) 
- em pé em posição militar com olhos fechados ( ) (sinal de Romberg ) 
 
5- Equilíbrio dinâmico 
- anda em uma linha reta ( ) 
- andar na ponta dos pés e no calcanhar ( ) 
- salta com dois pés ( ) 
- salta com 1 pé ( ) 
- levanta do chão ( ) 
6- Movimentação voluntária 
- Inspecção ( espontânea)- Por estimulação – anotar déficits. - Provas de rechaço 
- Manobras deficitárias: Braços estendidos, Raimiste, Mingazzini, Barré, Manobras de 
oposição 
- Coordenação motora - Mão objeto, Mão – lenço na face, Dedo- nariz, . 
Calcanhar – joelho, Velocidade de movimentos ( diadococinesia e disdiadococinesia) 
7- Movimentação passiva ( tônus muscular) 
- Inspecção, - Palpação, - Percussão, - Balanço passivo 
8- Movimentação involuntária espontânea 
Hipercinesias (coréia, atetose, distonia, balismos, mioclonias), tiques espasmos, caimbras 
9- Movimentação reflexa 
- Reflexos profundos 
 . MMSS: biciptais, triciptais, estilorradiais, MMII: patelares, aquileu 
- Reflexos superficiais: Cutâneos abdominais, Cutâneo plantar 
10- Sensibilidade 
-Superficial (tátil, dolorosa e térmica) 
- Profunda (cinético- postural, palestésica) 
- Estereognosia, grafoestesia 
11- Sinais meníngo-radiculares 
- Rigidez de nuca, - Laségue, Kernig, - Brudzinski 
12- Alterações tróficas- - Pele e anexos 
- Musculares: atrofias, fasaciculações, retrações, pseudo-hipertrofias 
- Ósseas e articulares 
 
26 
 
Nervos cranianos 
Nervo O que avaliar Como avaliar 
I – Olfativo Hiper, hipo e anosmia, parosmia Utilizar substâncias não voláteis 
II- Óptico Acuidade visual 
Campo visual 
Fundoscopia 
Cartão 
Comparação 
Oftalmoscópio 
III – Oculomotor M oblíquo inferior e retos medial, 
superior e inferior 
Pupilas 
Reflexo fotomotor (direto e indireto) 
Elevador de pápebras 
Observar movimentação do globo ocular (testar 
junto com IV e VI ) 
Avaliar diâmetro 
Incidir feixe luminoso e observar resposta das 
pupilas 
Avaliar presença de ptose completa ou 
incompleta 
IV- Troclear M. oblíquo superior Observar movimentação do globo ocular (testar 
junto com III e VI ) 
 
VI – Abducente M. reto lateral Observar movimentação do globo ocular (testar 
junto com III e IV ) 
 
V- Trigêmeo Músculos mastigadores 
Sensibilidade da face 
 
Reflexo corneano 
 
Avaliar mastigação 
Avaliar sensibilidade no territério dos 3 ramos 
do trigêmeo 
Estimular a conjuntiva com algodão e observar 
o piscamento 
VII – Facial Motricidade da face 
Orbicular dos olhos 
Orbicular da boca 
Gustação dos 2/3 anterior da língua 
Secreção lacrimal e salivar 
Avaliar a mímica facial (rima labial e testa) 
Fechar os olhos com força 
Assobiar 
VIII- 
Auditivo/Vestibul
ar 
Acuidade auditiva 
 
Nistagmo 
Observar resposta a sons 
Avaliar reflexocócleo–palpebral 
Avaliar [resença de nistagmo 
IX – 
Glossofaríngeo 
Sensibilidade faríngea Avaliar movimentação do palato 
Estimular úvula com espátula 
(reflexo nauseoso) 
Avaliar deglutição 
Avaliar padrão respiratório 
X – Vago Motricidade e sensibilidade do véu , 
faringe, laringe fonação, respiração e 
deglutição 
 
XI- Espinal 
(acessório) 
Motricidade e trofismo do trapézio e 
esternocleidomastóideo 
Elevar ombros 
Rotação lateral da cabeça 
XII – Hipoglosso Motricidade de língua, atrofia e 
fasciculação 
Movimentos da língua 
 
 
 
 
27 
 
c) Exame Neurológico do recém-nascido 
1. Estado comportamental ( ciclo vigília / sono) 
- Estado 1 : olhos fechados, respiração regular, sem movimentos (sono quieto) 
- Estado 2: olhos fechados, respiração irregular, sem movimentos grosseiros (sono ativo) 
- Estado 3 : olhos abertos, sem movimentos grosseiros (despertar quieto) 
- Estado 4: olhos abertos, movimentos grosseiros, sem choro (despertar ativo) 
- Estado 5: olhos abertos ou fechados, chorando (choro) 
* O exame neurológico deve ser feito com o RN nos estágios 3 e 4 . Alguns cuidados 
devem ser observados: 
- temperatura da sala: deve estar entre 24-27 graus 
- o recém-nascido deve ser despido paulatinamente 
- o exame deve ser feito preferencialmente duas horas após ou antes da mamada 
- iniciar o exame na posição supina 
- deixar as manobras que deflagram o choro para o final do exame 
 
2. Etapas do exame: 
1. Estado de consciência 
2. Atitude : Assimétrica ; Outras. 
3. Emissão de sons - Choro 
4. Movimentação voluntária espontânea (descritivo) 
- Prova de rechaço nos membros superiores 
- Prova de rechaço nos membros inferiores 
- Prova da beira da cama 
5. Movimentação passiva 
- Tônus muscular axial 
- Tônus apendicular 
6. Movimentação involuntária espontânea: 
- Tremores 
- Convulsões 
7. Reflexos miotáticos 
- Face: nasopalpebral 
- MMSS: biciptais, triciptais, estilorradiais 
- MMII: adutores, patelares, aquileus 
( Presença, simetria, vivo ou exalatado) 
8. Reflexos superficiais 
- Cutâneo- abdominais 
- Cutâneo-plantares 
9. Reflexos arcaicos: 
- Sucção 
- Voracidade 
- Preensão palmar e plantar 
- Apoio plantar e marcha 
- Magnus-De Kleijn (esgrimista) 
- Moro 
10. Movimentação automática 
- Movimentos faciais 
- Deglutição 
 
28 
 
- Sustento cefálico 
- Manobra da tração 
11. Nervos cranianos: 
- Visão : estimular com foco luminoso e objetos coloridos, fixação, FO 
- Reflexo fotomotor 
- Olhos de “boneca” 
- Piscamento `a luz 
- Reflexo vestibulo-ocular 
- Reflexo cócleopalpebral 
- Reflexo corneo-palpebral 
12. Sensibilidade dolorosa 
13. Trofismo 
- Pele 
- Músculos 
14. Crânio 
- Inspeção 
- Palpação: Suturas, fontanelas 
- Medidas: Perímetro cefálico; Diâmetro biauricular; Diâmetro ântero-posterior 
15 . Síndromes neurológicas - de acordo com as alterações do exame neurológico pode-se 
definir algumas síndromes neurológicas: 
- Síndrome de Hiperexcitabilidade 
- Apatia 
- Síndrome hipertônica 
- Síndrome hipotônica 
- Hemissíndromes e sinais focais 
 
Orientações para discussão SN 
1. Características clínicas da síndrome do neurônio motor superior e síndrome do neurônio 
motor inferior. 
2. Disartria, dislalia, afasia de percepção, afasia de expressão. 
3. Sinal de Romberg e interpretação. 
4. Tipos de marcha e relação com a topografia da lesão 
a. Marcha anserina 
b. Marcha espástica 
5. Avaliação da força muscular 
6. Redução dos movimentos musculares em um só membro, nos membros inferiores e nos 
quatro membros 
7. Rigidez e espasticidade 
 8. Avaliação da coordenação motora 
9. Características da síndrome cerebelar. 
10. Pesquisa do reflexo cutâneo plantar e O reflexo cutâneo plantar em extensão e Sinal de 
Babinski 
11. Pesquisa do reflexo cutâneo abdominal 
12. Movimentos involuntários: 
a.Coréia 
b. Tiques 
 
29 
 
13. Nervos cranianos e funções principais. 
14. Reflexo fotomotor direto e indireto 
15. Movimentação extra-ocular e movimentação ocular intrínseca 
16. Importãncia do diagnóstico precoce de estrabismo na criança pequena 
17. Estrabismo convergente e divergente? 
18. Diferenciar surdez de condução e neurosensorial. 
19. Sinais de irritação meníngea. 
20. Reflexos transitórios do neonato (data de desaparecimento). Reflexo de maturação. 
 
LEITURA RECOMENDADA 
1. Semiologia da Criança e do Adolescente, Martins e cols. 1a Ed, 2010. Cap. 13, 38 (Parte 
B), 40 (Partes A e B). 
2. Coriat LF. Maturação Psicomotora no primeiro ano de vida da criança. (Quarta edição – 
2001) 
3. Programa Nacional de educação continuada em Pediatria (Pronap). Módulo de 
reciclagem Ano II, 1997. Volume 2 , pag: 32-58 
4. Neurologia Infantil. Aron Diament & Saul Cipel . 4 edição, p. 11 a 21; p. 35 a 66 
5. Compêndio de Neurologia Infantil. Fonseca LF, Pianetti G, Xavier CC. Cap. 1, p. 3 e 
Cap.2 
6. Propedêutica Neurológica Básica. Sanvito WL 
7. Propedêutica Neurológica – Do sintoma ao diagnóstico. Mutarelli EG 
8. Semiologia Pediátrica. César Perneta, 5 ª Ed., 1990.Cap. 21 (p. 314) 
9.Pediatria Ambulatorial, Leão e cols. 4ª Ed, 2005. Cap. 15 (p. 161-180) 
 
 
	- ROTEIROS ESPECÍFICOS
	B1 - MÓDULO AMBULATÓRIO
	Anamnese e Exame físico
	a) Anamnese
	- Inspecção: tamanho, cor, forma, implantação da uretra, secreção
	- Achados: criptorquia, ectopia testicular, tesículos retráteis ou migratórios, micro ou macrorquidia, hidrocele, orquite, torção do cordão espermático, torção da hidátide de Morgani, tumores.
	Classificação de Tanner: M= mama P= pêlos pubianos
	Hermafroditismo verdadeiro e pseudo-hermafroditismo masculino e feminino.
	Palpação: tumorações
	LEITURA RECOMENDADA
	Anamnese e exame físico
	Anamnese
	2 - Exame dos ossos
	3 - Exame das articulações
	Orientações para discussão (SLM)
	B - MÓDULO ENFERMARIA
	1 - SISTEMA RESPIRATÓRIO
	Verificar a posição mais adequada para o exame físico. Lembrar que o exame do tórax é comparativo, cada região deve ser comparada com a região semelhante do hemitórax oposto. Examinar a região anterior, posterior e as laterais. Regiões do tórax.
	Anamnese e exame físico
	Orientações para discussão (SCV)
	3 - SISTEMA DIGESTÓRIO (SD)
	Anamnese e Exame físico
	Região inguinal, anal, sacrococcigeana
	Orientações para discussão
	Anamnese e exame fisico
	* Iinicialmente convém perguntar se o paciente é dextro ou canhoto
	c) Exame Neurológico do recém-nascido

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