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O PROBLEMA DOS UNIVERSAIS 3

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O PROBLEMA DOS UNIVERSAIS – Introdução:
Por Juliana Vannucchi e Paulo Pedroso
 Este texto pretende transmitir as principais ideias de um tema que foi discutido por muitos pensadores ao longo da história da Filosofia. Pelo fato de ter sido objeto de reflexão e tema das obras de muitos filósofos cujos posicionamentos divergem, iremos transmitir apenas algumas bases referentes aos aspectos gerais do assunto. Este texto, portanto, é apenas uma introdução e caso o leitor deseje aprofundar-se no assunto, sugerimos a busca por livros específicos de determinados filósofos (conforme citado a seguir). (pode ser adiante também) 
 Os universais podem ser compreendidos como ideias gerais formuladas a partir de traços em comum que se encontram em determinadas coisas. Existem para classificar objetos e criar conceitos. Por exemplo: quando pensamos que Juliana e Paulo são partes da espécie humana, concebemos a ideia de "humanidade" (conceito pautado em uma essência comum) que irá encontrar-se presente naqueles que possuam as mesmas características de Juliana e Paulo.
Temos os universais: humanidade e cavalidade; e temos os particulares humano e cavalo, se trata de UM cavalo e não de O cavalo. A mente cria a imagem ideal de cavalo: O cavalo. Para alguns filósofos cada subjetividade cria sua imagem de cavalo ideal e o universal é apenas um nome e não existe de fato, para outros o universal se trata de um conhecimento comum a todos.
Após ver mais de UM cavalo particular, a partir do contato (seja ele real, virtual, digital) com dois ou mais cavalos se abstrai o conceito universal de cavalo, não pode se pode tomar a parte como todo e o todo como parte, todos os cavalos pertencem ao universal cavalo, mas nenhum cavalo individual representa o ideal cavalo.
De todos os cavalos contingentes apenas temos a certeza sobre a essência, sua cavalidade, todas as demais características são acidentais, acidentais nesse contexto representa qualquer característica particular que foge a essência, não se trata de um descuido ou um erro. Em termos mais populares seria a regra e a exceção, não se pode tratar como regra uma exceção, não se pode tratar como essência um acidente. Por exemplo: esse cavalo é branco, disto não posso afirmar que cavalos são brancos, pois a cor branca é um acidente que não representa a essência cavalidade, pois nem todos os cavalos são brancos.
Os principais filósofos que os discutiram são XXXX (Boécio, Abelardo, Platão, Aristóteles, Porfírio, Guilherme de Ockham, Tomás de Aquino, Roscelino, Guilherme de Champeaux) nas obras cita obras XXXXX. ("Querela dos universais"). (não editei esse parágrafo)
 O problema dos universais pode, de maneira simplificada, ser colocado da seguinte maneira: eles seriam apenas nomes ou coisas que realmente existem, de maneira independente? Esta pergunta implica que, ou os universais possuem existência real e são comuns para todos os indivíduos ou se consistem apenas em objetos pensados. 
Neste sentido, ao longo da história da filosofia, surgiu um embate entre duas possibilidades que se propunham a responder o problema dos universais: realismo e nominalismo. A primeira delas propõe que as coisas existem no exterior, independentemente do pensamento. O termo "nominalismo" (do latim, "nomen") foi criado por Roscelin de Compiègne. Essa linha de pensamento sugere que "os universais não são mais do que o significado dos nomes (...)". (p.30, ANO). Conforme Abelardo propôs: ou são coisas ou são palavras. 
 Para explorar o problema, Porfírio partia da seguinte indagação: "gêneros ou espécies consistem em realidades em si mesmas ou meras concepções do intelecto?". Porfírio usou da lógica aristotélica para definir gêneros e espécies, as definições atuais sobre esses termos se afastam das de Porfirio e se tornam especificas na biologia e na sociologia. Em seu livro “Isagoge” (posteriormente traduzida por Boécio), Porfírio monta a Árvore de Porfírio onde partindo de conceitos amplos: Gêneros, segue uma divisão a partir das diferenças até um ponto particular indivisível: Espécie.
Em outras palavras: existe uma "gatitude" do gato? Ou uma "cavidade" do cavalo? O problema desta pergunta consiste em saber se todos os gatos e cavalos possuem em si, propriedades substanciais comuns que permitam-nos conceituá-los.
O que em um cavalo me permite dizer que este é um cavalo e não uma zebra? O que de palpável me indica que este cavalo apresenta uma essência (cavalidade)? Tais propriedades são conceituáveis ou apenas passíveis de abstração? Tanto realismo quanto nominalismo não dão respostas definitivas para tal, apenas servem de base para outras teorias gnosiológicas, mas ao contrário das ciências que trabalham e buscam conhecimento estático a filosofia vive da reflexão, do conhecimento dinâmico, móvel... e é comum terminar um texto com perguntas que levem a mais reflexões... Seria necessário conhecer a essência ou apenas identifica-la? Se não houvessem os universais, como categorizar os particulares? Os acidentes que diferenciam os particulares do ideal, não seriam a essência do individual?
Os universais e os particulares são divisões feitas pela filosofia para facilitar o estudo dos mesmos, a categorização não visa um congelamento do conhecimento, apenas bases das quais pode se lançar novas teorias, seja as afirmando ou as negando.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
LEITE, Pedro JR. O Problema dos Universais, ANO 2001 Editora: Edipucrs

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