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Curso de Engenharia Civil - FAT Legislação TrabalhistaLegislação Trabalhista Prof. M.Sc. Marcos André Melo Teixeira 2017 Noção espacial � CF/88 – Norma Suprema � Princípios Fundamentais - Fundamentos da República Federativa do Brasil: valores sociais do trabalho � Direitos e Garantias Fundamentais - Direitos Sociais: trabalho • TÍTULO I Dos Princípios Fundamentais • Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a • Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: • I – (...); • IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; • TÍTULOII Dos Direitos e Garantias Fundamentais (...) • CAPÍTULO II DOS DIREITOS SOCIAIS • Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a Art. 7º da CF Direitos dos trabalhadores urbanos e rurais • Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: • I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a outros direitos; • II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; • III - fundo de garantia do tempo de serviço; • IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; • V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; • VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a Art. 7º da CF Direitos dos trabalhadores urbanos e rurais • VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável; • VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; • IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; • X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a • X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; • XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei; • XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; • XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; • XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva; P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a Art. 7º da CF Direitos dos trabalhadores urbanos e rurais • XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; • XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; • XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a • XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias; • XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; • XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; • XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; • XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a Art. 7º da CF Direitos dos trabalhadores urbanos e rurais • XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; • XXIV - aposentadoria; • XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas; P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a • XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; • XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei; • XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; • XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a Art. 7º da CF Direitos dos trabalhadores urbanos e rurais •XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; •XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência; XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a •XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos; •XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; •XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso”. P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a Leis em matéria trabalhista Exemplos •Constituição Federal de 1988 – CF/88 •Decreto-Lei nº 5.452 de 1943 – CLT •Lei nº 8.036 de 1990 – FGTS •Lei nº 7.783 de 1989 – GREVE P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a •Lei nº 7.783 de 1989 – GREVE •Leis esparsas •matérias específicas com regulamentaçãode outras normas como decretos, regulamentos, portarias, etc. •Obs. Não se pode esquecer também o papel importante da jurisprudência em matéria trabalhista, que possui inquestionável força jurídica, pois, apesar de não ser obrigatório o seu seguimento, ela indica como os tribunais costumam interpretar aquela norma sobre determinado tema, principalmente quando há divergência acerca do assunto ou há omissão da própria legislação. P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a Hierarquia das Normas � Outra informação relevante é saber que, em matéria trabalhista, diferente do que se costuma adotar, a aplicação das normas jurídicas independe da posição em que essas se encontram na escala hierárquica da pirâmide de Kelsen, prevalecendo em seu vértice dominante a norma mais favorável ao trabalhador. �Pirâmide de Kelsen: P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a Relação de Trabalho x Relação de Emprego: •relação de trabalho corresponde a “qualquer vínculo jurídico por meio do qual uma pessoa natural executa obra ou serviços para outrem, mediante o pagamento de uma contraprestação.”[1] •A relação de trabalho é gênero da qual a relação de emprego é espécie. P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a •A relação de trabalho é gênero da qual a relação de emprego é espécie. •Toda relação de emprego é uma relação de trabalho, mas nem toda relação de trabalho corresponde a uma relação de emprego. [1] SARAIVA, Renato. Direito do Trabalho, 13ª ed. ver. e atual. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2011. p. 39. P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a REQUISITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO •pessoa física •pessoalidade •não eventualidade (habitualidade) •onerosidade P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a •onerosidade •subordinação jurídica (contrato celebrado) •alteridade (riscos) P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a Tipos de Relação de Trabalho e Emprego Tipos mais comuns de relação de trabalho •autônomo – não tem subordinação, atua por conta própria e assume os riscos •avulso – trabalhador do porto ou de movimentação de mercadorias (OGMO) •eventual – trabalho esporádico, de curta duração, não é atividade fim (diarista) •institucional – vínculo estatutário (servidor público) •estágio – não há vínculo de emprego (observa a Lei 11.788/2008) •voluntário– não há vínculo de emprego por ser gratuito – Lei 9.608/98 P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a voluntário– não há vínculo de emprego por ser gratuito – Lei 9.608/98 •etc Tipos mais comuns de relação de emprego •empregado urbano regido pela CLT •empregado rural – Lei 5.889/73 e Decreto 73.626/1974 •empregado doméstico – Lei 5.859/1972; Decretos 71.885/1973 e 3.361/2000 •empregado público – vínculo com uma entidade da administração pública •etc P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a EC 45 • Em 08.12.04, com a Emenda de nº 45, a Constituição Federal sofreu reforma no texto do art. 114 e passou, desde então, a Justiça do Trabalho a ter competência para processar e julgar as causas oriundas não só da relação de emprego, como era antes da EC 45/2004, mas também as decorrentes de qualquer relação de trabalho. P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a • A CF/88 igualou os trabalhadores urbanos e rurais quando tratou dos direitos dos trabalhadores. •Obs. O curso tratará do trabalhador urbano regido pela CLT e não do rural, este regido por legislação própria, a Lei 5.889/1973. P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO Conceito de empregado e empregador • Empregado (obreiro) - art. 3º da CLT: “Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário”. •Empregador – art. 2º da CLT: “ Considera-se empregador a empresa, P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a •Empregador – art. 2º da CLT: “ Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço”. • A CLT, no §1º, do art. 2º, traz o conceito dos que se equiparam a empregador: “... os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados. P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a GRUPO ECONÔMICO Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas. (§2º, do art. 2º, da CLT) �Requisitos do Grupo Econômico: P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a �Requisitos do Grupo Econômico: •mínimo duas empresas (pessoas físicas - sim/Estado- não) • sob a direção única •empresa principal que controle as demais �Não são requisitos do Grupo Econômico: • as empresas exerçam a mesma atividades • haja formalidades (ex. registro) P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a Grupo Econômico RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA •Todas as empresas integrantes do grupo são solidariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes do contrato de trabalho celebrado pelo empregado com qualquer uma delas. P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a celebrado pelo empregado com qualquer uma delas. •Mesmo que uma empresa integrante não tenha figurado no processo do empregado, poderá ser chamada, a critério dele, para pagar o crédito trabalhista. P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a DONO DE OBRA RESPONSABILIDADE: •Dono de um imóvel (em construção ou em reforma) •Como solucionar o caso dos empregados, que estão sem receber e que prestam serviços para o empreiteiro que os contratou para executar o serviço do dono da obra? P r o f . M a r co s A n d r é M . T e i x e i r a •Prevalece o entendimento, segundo Renato Saraiva, de que “o dono da obra, por não exercer uma atividade econômica, apenas por estar construindo ou reformando o seu imóvel, sem qualquer intenção de lucro, não pode ser considerado empregador dos obreiros que prestam serviços ao empreiteiro contratado nestas condições, não podendo assumir, por consequência, qualquer responsabilidade direta, subsidiária ou solidária”[1]. •[1] Ob.cit., p.75 P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a DONO DE OBRA RESPONSABILIDADE: •Construtora ou Incorporadora, que constrói objetivando o lucro, cria-se a responsabilidade subsidiária (se o empreiteiro não assumir, arcará o dono da obra). •Orientação Jurisprudencial 191 da Seção Especializada em Dissídios Individuais (SDI-I) do Tribunal Superior do Trabalho: P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a Individuais (SDI-I) do Tribunal Superior do Trabalho: “191. CONTRATO DE EMPREITADA. DONO DA OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL. RESPONSABILIDADE. (nova redação) - Res. 175/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 •Diante da inexistência de previsão legal específica, o contrato de empreitada de construção civil entre o dono da obra e o empreiteiro não enseja responsabilidade solidária ou subsidiária nas obrigações trabalhistas contraídas pelo empreiteiro, salvo sendo o dono da obra uma empresa construtora ou incorporadora.” P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a CONTRATOS DE SUBEMPREITADA RESPONSABILIDADE: • Extrai-se do art. 455 da CLT: “Art. 455 - Nos contratos de subempreitada responderá o subempreiteiro pelas obrigações derivadas do contrato de trabalho que P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a subempreiteiro pelas obrigações derivadas do contrato de trabalho que celebrar, cabendo, todavia, aos empregados, o direito de reclamação contra o empreiteiro principal pelo inadimplemento daquelas obrigações por parte do primeiro”. •Em regra: a responsabilidade do empreiteiro principal é solidária. P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a CONTRATOS DE SUBEMPREITADA RESPONSABILIDADE �Todavia, para que o empreiteiro principal não suporte sozinho esse ônus, o parágrafo único do mesmo artigo 455 da CLT permitiu que ele propusesse ação regressiva contra o subempreiteiro: “Art. 455- (...) P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a • “Art. 455- (...) •Parágrafo único - Ao empreiteiro principal fica ressalvada, nos termos da lei civil, ação regressiva contra o subempreiteiro e a retenção de importâncias a este devidas, para a garantia das obrigações previstas neste artigo”. •Obs. Ação deverá ser proposta na Justiça Comum e não mais na Trabalhista e lhe é facultado reter do subempreiteiro as importâncias devidas. P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a SUCESSÃO DE EMPRESAS •Diferente do empregado que não pode ser substituído (pessoalidade), o empregador pode ser alterado, porém, mantém-se a relação de emprego firmada entre empregado e empresa. •O novo titular do negócio será o sucessor, que assumirá todos os direitos e dívidas trabalhistas da empresa (contrato com cláusula contrária – nula). •O instituto da sucessão de empregadores está regulado nos artigos 10 e 448 P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a •O instituto da sucessão de empregadores está regulado nos artigos 10 e 448 da CLT, que abaixo estão reproduzidos: •“Art. 10 - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados. •Art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados”. P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a TRANSFERÊNCIA DE EMPREGADOS •Versa o art. 469 da CLT: “Art. 469 - Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio . •§ 1º - Não estão compreendidos na proibição deste artigo: os empregados que exerçam cargo de confiança e aqueles cujos contratos tenham como condição, P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a exerçam cargo de confiança e aqueles cujos contratos tenham como condição, implícita ou explícita, a transferência, quando esta decorra de real necessidade de serviço. •§ 2º - É licita a transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento em que trabalhar o empregado. •§ 3º - Em caso de necessidade de serviço o empregador poderá transferir o empregado para localidade diversa da que resultar do contrato, não obstante as restrições do artigo anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento) dos salários que o empregado percebia naquela localidade, enquanto durar essa situação”. P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a TRANSFERÊNCIA DE EMPREGADOS •Caso de alteração do contrato de trabalho (alteração do lugar da prestação de serviços). •Regra geral - é exigida a concordância do empregado, uma vez que a mudança é definitiva e isso compromete toda a sua rotina, principalmente quando envolve também a sua família. P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a •Situações excepcionais - o empregado pode ser transferido, definitivamente, sem a sua anuência, por decisão unilateral imposta pelo empregador: � cargos de confiança � tem contrato com a previsão da transferência implícita ou explicitamente, desde que decorra da real necessidade do serviço. P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a TRANSFERÊNCIA DE EMPREGADOS � Com a extinção do estabelecimento, o empregado também poderá ser transferido unilateralmente pelo empregador. �transferir o empregado de forma provisória, desde que decorra da real necessidade do serviço, fazendo jus o obreiro, enquanto durar a transferência provisória, ao adicional de transferência no percentual nunca inferior a 25% dos salários percebidos. P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a •Para que essa última possibilidade de transferência, a provisória, venha a ocorrer é imprescindível que o serviço não possa ser executado por outro empregado na nova localidade e mais, nesta modalidade de transferência, mesmo os empregados que ocupam cargos de confiança ou dos que possuem em seu contrato a previsãoda possibilidade de transferência também têm direito ao adicional de 25%, pois o que os legitima a percepção é a provisoriedade da transferência (OJ SDI- I/TST 113). P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a TRANSFERÊNCIA DE EMPREGADOS •Sobre o adicional de transferência, viu-se que só será devido em casos de transferência provisória, logo, caso a transferência venha a ser estabelecida definitivamente, com a anuência do obreiro, o percentual de 25% poderá ser suprimido. •Reportando-se ao art. 469 mais uma vez, resta cristalina a P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a •Reportando-se ao art. 469 mais uma vez, resta cristalina a compreensão de que não será considerada transferência a mudança que não acarretar alteração de domicílio do obreiro, ou seja, se ele continuar residindo no mesmo local, embora trabalhando em Município diferente. •Por último, no caso de transferência de empregado de uma localidade para outra, as despesas resultantes da transferência correrão por conta do empregador (art. 470 da CLT). P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a CONTRATOS POR PRAZO DETERMINADO • É exceção - tem que ter previsão legal • Conhecido por contrato a termo • celebrado por prazo certo e determinado - , permitindo as partes, desde o início, tomarem conhecimento de quando será o seu término, ou de ter uma previsão aproximada de seu fim. • São quatro as possibilidades de contrato por prazo determinado: P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a • São quatro as possibilidades de contrato por prazo determinado: • * contrato por prazo determinado da CLT • * contrato por prazo determinado da Lei 6.019/1974 - temporário • * contrato de trabalho por obra certa – Lei 2.959/1956 • * contrato por prazo determinado da Lei 9.601/1998 (não vamos falar está em desuso) P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a CONTRATOS POR PRAZO DETERMINADO • Requisitos de validade do contrato a termo (art. 443, §2º CLT): “Art. 443 – (...) § 1º - Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada. § 2º - O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando: a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo; b) de atividades empresariais de caráter transitório; c) de contrato de experiência”. P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a CONTRATOS POR PRAZO DETERMINADO • As regras atinentes ao contrato por prazo determinado da CLT foram expostas, sucintamente, mas com o brilhantismo de sempre, por Renato Saraiva, da seguinte forma[1]: • “art. 445 da CLT – PRAZO: o contrato por prazo determinado não poderá ser estipulado por período superior a dois anos; P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a • art. 451 da CLT – PRORROGAÇÃO: o contrato a termo somente admite uma única prorrogação, dentro do prazo máximo de validade. Em função disso, da segunda prorrogação em diante, o contrato será considerado por prazo indeterminado; • art. 452 da CLT – CONTRATOS SUCESSIVOS: entre o final de um contrato por prazo determinado e o início do outro, é necessário que haja decorrido mais de seis meses, sob pena do segundo contrato ser considerado por prazo indeterminado, salvo se a expiração deste dependeu da execução de serviços especializados ou da realização de certos acontecimentos (ex: safra); [1] Ob. cit., p. 90 e91. P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a CONTRATOS POR PRAZO DETERMINADO • art. 487 da CLT – AUSÊNCIA DE AVISO-PRÉVIO: nos contratos por prazo determinado, em regra, não há falar em aviso-prévio, haja vista que as partes já sabem, desde o início, quando o contrato vai findar, salvo na hipóteses do art. 481 da CLT; • art. 479 da CLT e art. 14 do Decreto 99.684/1990 (decreto regulamentar do FGTS) – INDENIZAÇÃO –EMPREGADOR QUE ROMPE O CONTRATO SEM JUSTO P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a FGTS) – INDENIZAÇÃO –EMPREGADOR QUE ROMPE O CONTRATO SEM JUSTO MOTIVO ANTES DO TERMO FINAL: o empregador que romper o contrato por prazo determinado antes do termo final pagará ao obreiro metade dos salários que seriam devidos até o final do contrato (CLT, art. 479), além da multa de 40% do FGTS (Decreto 99.684/1990, art. 14); • art. 480, caput e parágrafo único, da CLT – INDENIZAÇÃO – EMPREGADO QUE ROMPE O CONTRATO SEM JUSTO MOTIVO ANTES DO TERMO FINAL: o empregado que rompe o contrato por prazo determinado, antes do termo final, indenizará o empregador pelos prejuízos causados. O valor máximo não excederá àquele que teria direito o obreiro em idênticas condições; P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a CONTRATOS POR PRAZO DETERMINADO • art. 481 da CLT – CLÁUSULA ASSECURATÓRIA DO DIREITO RECÍPROCO DE RESCISÃO: se no contrato por prazo determinado existir a denominada cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão, em caso de rompimento imotivado antecipado do contrato, seja pelo empregado, seja pelo empregador, não se aplicará o disposto nos arts. 479 e 480, utilizando-se apenas as regras atinentes aos contratos por P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a 479 e 480, utilizando-se apenas as regras atinentes aos contratos por prazo indeterminado. Nessa esteira, existindo cláusula assecuratória, rompendo o empregador o contrato a termo sem justo motivo, concederá ao obreiro o aviso-prévio e pagará a multa de 40% do FGTS. Por outro lado, caso o empregado rompa o contrato, apenas terá que conceder aviso-prévio ao empregador, não precisando arcar com qualquer indenização ao patrão; • não se admite estabilidade no curso do contrato por prazo determinado”. P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a CONTRATO DE EXPERIÊNCIA (CONTRATO A TERMO) • Não obstante todo o exposto, é imperioso trazer a regra do parágrafo único, do art. 445, da CLT, para diferenciar o prazo do contrato de experiência dos demais contratos por tempo determinado da CLT, visto que por ser experimental, seu período é menor, no máximo de 90 dias e não dois anos. • Nesses 90 dias as partes se testarão mutuamente, para ver se a contratação é mesmo o que elas pretendem, mas a CTPS (carteira P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i ra contratação é mesmo o que elas pretendem, mas a CTPS (carteira profissional) do empregado deve ser assinada, ressalvando apenas, na anotação, que se trata de um contrato de experiência. Assim também ocorre no caso de prorrogação do contrato de experiência, no qual admite-se, dentro de seu prazo de máximo de validade (90 dias), uma única prorrogação. • Prazo de expiração – não prorroga para o primeiro dia útil seguinte. P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO DA LEI 6.019/1974 – CONTRATO DE TRABALHO TEMPORÁRIO � O trabalho temporário está conceituado, no art. 2º da respectiva Lei, como sendo: “...aquele prestado por pessoa física a uma empresa, para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços.” �Deve vir escrito na CTPS �São três os personagens envolvidos no contrato de trabalho temporário: a empresa que fornece a mão de obra para o trabalho temporário; o P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a a empresa que fornece a mão de obra para o trabalho temporário; o trabalhador temporário e o tomador de serviços (cliente). �Urge esclarecer que em caso de falência da empresa de trabalho temporário, a empresa tomadora de serviços será solidariamente responsável pelas verbas trabalhistas e previdenciárias do período em que o trabalhador temporário esteve à sua disposição (art. 16). Contudo, em todos os outros casos de inadimplemento da empresa de trabalho temporário fornecedora da mão de obra, a responsabilidade do tomador de serviços (cliente) será subsidiária. P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO: CONTRATO POR OBRA CERTA -LEI 2.959/56. • Esse contrato também se submete às regras gerais dos contratos por prazo determinado da CLT, todavia, com algumas especificidades: • Considera-se empregador, no contrato por obra certa, o construtor que exerça a atividade em caráter permanente, e, como P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a que exerça a atividade em caráter permanente, e, como empregado, o obreiro encarregado de realizar obra ou serviço certo. • A contratação do trabalhador por obra certa possui o prazo predeterminado, justificando-se pela natureza ou transitoriedade do serviço, pois, mesmo que a obra continue, terminada a obra ou o serviço para o qual foi contratado, ocorrerá o fim do contrato de trabalho por obra certa. P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a FÉRIAS -LICENÇA ANUAL REMUNERADA • Direito irrenunciável, que visa proporcionar descanso ao trabalhador (art. 7º, XVII, da CF e art. 129 e seguintes da CLT). • Direito ao recebimento de 1/3 (um terço) a mais do que a sua remuneração normal • Para adquirir: período aquisitivo -12 meses de trabalho P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a • Período concessivo: 12 meses após o aquisitivo • Empregador é quem decide quando o obreiro deve gozá-las • A não observância do período concessivo de férias: pagamento em dobro. • Empregado pode converter 1/3 do período de férias em abono pecuniário (“venda das férias”) - não poderá exceder de 20 dias de salário. • Ver tabela que estabelece o período de férias conforme as faltas P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a FÉRIAS -LICENÇA ANUAL REMUNERADA P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a REMUNERAÇÃO Assevera o art. 457 da CLT: “Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. § 1º - Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador. § 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para viagem que não excedam de 50% (cinqüenta por cento) do salário percebido pelo empregado. § 3º - Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como também aquela que for cobrada pela empresa ao cliente, como adicional nas contas, a qualquer título, e destinada a distribuição aos empregados”. P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a REMUNERAÇÃO • remuneração é gênero da qual salário e gorjeta são espécies. • remuneração = salário + gorjeta. • gorjeta é a importância paga por terceiros, que não o empregador • salário é pago, exclusivamente, pelo patrão, seja em dinheiro, seja em utilidades que lhe são habitualmente fornecidas denominadas de prestações in natura (alimentação, habitação, vestuário, etc.) P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a • Em caso algum será permitido o pagamento em bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. O art. 458, §2º da CLT enumera várias hipóteses de parcelas que não são consideradas salário in natura. • A doutrina repele o salário complessivo - pagamento do salário do empregado em parcela única, sem discriminar os valores pagos relativos a cada parcela (Súmula 91 do TST). P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a EQUIPARAÇÃO SALARIAL OU ISONOMIA SALARIAL • sujeitos: o requerente da equiparação chama-se paragonado, já o modelo (referência), chama-se paradigma. • Para requerer judicialmente a equiparação salarial, o trabalhador deverá obedecer a alguns requisitos: • identidade de funções; P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a • identidade de funções; • trabalho de igual valor; • mesmo empregador; • mesma localidade; • simultaneidade na prestação do serviço • inexistência de quadro organizado de carreira. • Obs. ver tabela de equiparação. P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a EQUIPARAÇÃO SALARIAL OU ISONOMIA SALARIAL P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a EQUIPARAÇÃO SALARIAL OU ISONOMIA SALARIAL O art. 461 da CLT é que disciplina o tema, nos seguintes termos: • “Art. 461 - Sendoidêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade. • § 1º - Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço não for superior a 2 (dois) anos. • § 2º - Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a • § 2º - Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira, hipótese em que as promoções deverão obedecer aos critérios de antigüidade e merecimento. • § 3º - No caso do parágrafo anterior, as promoções deverão ser feitas alternadamente por merecimento e por antingüidade, dentro de cada categoria profissional. • § 4º - O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou mental atestada pelo órgão competente da Previdência Social não servirá de paradigma para fins de equiparação salarial”. P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a DESCONTOS NO SALÁRIO • Normas de proteção salarial - art. 462 da CLT: “Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo”. P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a • Em caso de dano causado pelo empregado, será lícito o desconto, desde que resulte de dolo do empregado, ou que essa possibilidade tenha sido acordada no contrato de trabalho (art. 462, §1º) P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a DESCONTOS NO SALÁRIO • O Tribunal Superior do Trabalho reconheceu como lícito outros descontos, consoante se observa da Súmula nº 342: “DESCONTOS SALARIAIS. ART. 462 DA CLT (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Descontos salariais efetuados pelo empregador, com a autorização P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a Descontos salariais efetuados pelo empregador, com a autorização prévia e por escrito do empregado, para ser integrado em planos de assistência odontológica, médico-hospitalar, de seguro, de previdência privada, ou de entidade cooperativa, cultural ou recreativo-associativa de seus trabalhadores, em seu benefício e de seus dependentes, não afrontam o disposto no art. 462 da CLT, salvo se ficar demonstrada a existência de coação ou de outro defeito que vicie o ato jurídico.” P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a 13º SALÁRIO –GRATIFICAÇÃO NATALINA • Previsto na CF/88 (art. 7º, VIII); na Lei 4.090/62 (§§ 1º, 2º e 3º); na Lei 4.749/65 e no Decreto 57.155/65. • Deve ser pago até o dia 20 de dezembro de cada ano, sendo o P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a • Deve ser pago até o dia 20 de dezembro de cada ano, sendo o adiantamento pago entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano. • Se o contrato de trabalho não completar 1 ano, será devido proporcionalmente (1/12 por mês de trabalho) P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a JORNADA DE TRABALHO • CF/88: • 8h/dia e 44h/semana (requisitos cumulativos: não pode trabalhar 8h/dia de segunda a sexta-feira (8x5 = 40) e no sábado trabalhar 5h (5+ 40 = 45 – ultrapassa jornada legal) P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a sábado trabalhar 5h (5+ 40 = 45 – ultrapassa jornada legal) • 6h/dia - turnos ininterruptos de revezamento. • Nos turnos ininterruptos de revezamento os empregados são escalados para prestar serviços em diferentes períodos de trabalho (manhã, tarde e noite), em forma de rodízio. Esse tipo de trabalho é prejudicial à saúde, pois trabalhar em dias e horários alternados impede uma vida regrada ao obreiro. P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a JORNADA DE TRABALHO • Exceções previstas em lei ou em decisões do TST que permitem a prorrogação do horário superior ao estabelecido na CF/88: “Art. 59 - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho. § 1º - Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho deverá constar, obrigatoriamente, a importância da remuneração da hora suplementar, que será, pelo menos, 20% (vinte por cento) superior à da hora normal. (Vide CF, art. 7º inciso XVI)”. P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a JORNADA DE TRABALHO “Súmula nº 423 do TST TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. FIXAÇÃO DE JORNADA DE TRABALHO MEDIANTE NEGOCIAÇÃO COLETIVA. VALIDADE. (conversão P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a TRABALHO MEDIANTE NEGOCIAÇÃO COLETIVA. VALIDADE. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 169 da SBDI-1) Res. 139/2006 – DJ 10, 11 e 13.10.2006) Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio de regular negociação coletiva, os empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento não tem direito ao pagamento da 7ª e 8ª horas como extras”. P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a JORNADA DE TRABALHO • A jornada diária também pode ser prorrogada mediante acordo de compensação de jornada (banco de horas), dispensado o pagamento de 50% a título de horas extras, sempre que disciplinado por convenção ou acordo coletivo de trabalho, sendo o excesso de horas laboradas em um dia compensadas pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. (art. 59, §2º, CLT) • O artigo 62 da CLT cuidou de excluir do controle de jornada os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, bem como os gerentes, que exercem cargos de gestão e comando na empresa, desde que recebam gratificação de função nunca inferior a 40% (quarenta por cento) do salário efetivo. P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e ir a DOS INTERVALOS: INTERJORNADA E INTRAJORNADA • intervalo interjornada – mínimo 11 horas consecutivas para descanso do trabalhador entre uma jornada e outra. • intervalo intrajornada - se a jornada exceder de 6h, o P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a • intervalo intrajornada - se a jornada exceder de 6h, o empregado terá direito a um intervalo de, no mínimo, 1h e, salvo acordo ou convenção coletiva, de, no máximo, 2h, para repouso e alimentação, não sendo computado o intervalo na duração da jornada. • Obs. Se ultrapassar, é hora extra. P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a HORAS IN ITINERE •Horas in itinere - o tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para seu retorno, por qualquer meio de transporte •Regra geral: não será computado na jornada de trabalho P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a •Exceção - 2 requisitos cumulativos: •local de difícil acesso ou não servido por transporte público regular; •o empregador fornecer condução. •Preenchendo os requisitos o percurso do empregado de ida e volta até o local de trabalho será computado para fins de horas extras (ex. ultrapassar 8h/dia ou 44h/semana) P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a HORAS IN ITINERE •Algumas decisões sobre o assunto merecem destaque: “Súmula nº 90 do TST HORAS "IN ITINERE". TEMPO DE SERVIÇO (incorporadas as Súmulas nºs 324 e 325 e as Orientações Jurisprudenciais nºs 50 e 236 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a 22 e 25.04.2005 I - O tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida pelo empregador, até o local de trabalho de difícil acesso, ou não servido por transporte público regular, e para o seu retorno é computável na jornada de trabalho. (ex-Súmula nº 90 - RA 80/1978, DJ 10.11.1978) II - A incompatibilidade entre os horários de início e término da jornada do empregado e os do transporte público regular é circunstância que também gera o direito às horas "in itinere". (ex-OJ nº 50 da SBDI-1 - inserida em 01.02.1995) P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a HORAS IN ITINERE III - A mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de horas "in itinere". (ex-Súmula nº 324 – Res. 16/1993, DJ 21.12.1993) IV - Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em condução da empresa, as horas "in itinere" remuneradas limitam-se ao trecho não alcançado pelo transporte público. (ex-Súmula nº 325 – Res. 17/1993, DJ 21.12.1993) P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a 21.12.1993) V - Considerando que as horas "in itinere" são computáveis na jornada de trabalho, o tempo que extrapola a jornada legal é considerado como extraordinário e sobre ele deve incidir o adicional respectivo. (ex-OJ nº 236 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001). Súmula nº 320 do TST HORAS "IN ITINERE". OBRIGATORIEDADE DE CÔMPUTO NA JORNADA DE TRABALHO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O fato de o empregador cobrar, parcialmente ou não, importância pelo transporte fornecido, para local de difícil acesso ou não servido por transporte regular, não afasta o direito à percepção das horas "in itinere". P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a VARIAÇÕES DE HORÁRIO •As variações de horário para a entrada e saída do empregado na empresa: “Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limitemáximo de dez minutos diários”. (§1º do art. 58 da CLT) P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a •“ Súmula nº 366 do TST: CARTÃO DE PONTO. REGISTRO. HORAS EXTRAS. MINUTOS QUE ANTECEDEM E SUCEDEM A JORNADA DE TRABALHO (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 23 e 326 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário do registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite, será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a jornada normal. (ex-Ojs da SBDI-1 nºs 23 - inserida em 03.06.1996 - e 326 - DJ 09.12.2003)”. P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a TRABALHONOTURNO •Trabalho noturno é aquele executado entre as 22h de um dia às 5h do dia seguinte, em contrapartida o empregado recebe um adicional de 20% sobre a hora diurna. P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a •A CLT rege o horário do trabalhador noturno, denominado pela doutrina de “hora noturna reduzida”, pois a hora computada não é como a do trabalhador normal, mas sim, de 52minutos e 30 segundos cada hora. Um benefício para o obreiro. P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a REPOUSO SEMANAL REMUNERADO •Como o próprio nome diz, trata-se de um descanso remunerado, que será de 24h consecutivas, preferencialmente aos domingos. •Cuidado! O empregado que durante a semana faltar ou chegar atrasado injustificadamente perde o direito à remuneração do repouso semanal ou do feriado, tendo direito, entretanto, ao descanso. •Firmou-se, inclusive, entendimento do TST no sentido de que: P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a •Firmou-se, inclusive, entendimento do TST no sentido de que: “Súmula nº 146 do TST TRABALHO EM DOMINGOS E FERIADOS, NÃO COMPENSADO (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 93 da SBDI-1) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O trabalho prestado em domingos e feriados, não compensado, deve ser pago em dobro, sem prejuízo da remuneração relativa ao repouso semanal”. P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a OBRIGADO! P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a LEGISLAÇÃO TRABALHISTA BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo, 14a ed., São Paulo: Malheiros Editores, 2002 BITTENCOURT, Sidney. Questões Polêmicas sobre Licitações e Contratos Administrativos, 1a ed., Rio de Janeiro: Temas & Idéias Editora, 1999 P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a de Janeiro: Temas & Idéias Editora, 1999 CARVALHOFILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo, 13a ed., Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2005 MOTTA, Carlos Pinto Coelho. Eficácia nas Licitações e Contratos: estrutura da contratação, concessões e permissões, responsabilidade fiscal, pregão – parcerias público privadas, 10a ed., Belo Horizonte: Del Rey, 2005 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo, 16a ed., São Paulo: Malheiros Editores, 2003 P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a LEGISLAÇÃO TRABALHISTA BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA GRAU, Eros Roberto. Licitação e Contrato Administrativo, 1a ed., São Paulo: Malheiros Editores, 1995 JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos, 11a ed., São Paulo: Dialética, 2005 P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a ed., São Paulo: Dialética, 2005 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 19a ed., São Paulo: Malheiros Editores, 1994 MEIRELLES, Hely Lopes. Licitação e Contrato Administrativo, 12a ed., São Paulo: Malheiros Editores, 1999 SARAIVA, Renato. Direito do Trabalho, 13ª ed. ver. e atual. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2011. p. 39. P r o f . M a r c o s A n d r é M . T e i x e i r a
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