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Aula 5 - Leptospirose

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Prof. Andréa Maria Góes Negrão
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA
INSTITUTO DE SAÚDE E PRODUÇÃO ANIMAL – ISPA
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
 Doença infectocontagiosa bacteriana, aguda ou 
crônica, de grande polimorfismo clínico, com 
distúrbios reprodutivos, urinários e circulatórios
 Acomete todos os mamíferos, principalmente 
bovinos, suínos, caninos e humanos 
 É uma zoonose de grande importância social e 
econômica
 Tem distribuição mundial, com maior prevalência 
em países tropicais e sub-tropicais
Definição
 Hemoglobinúria 
Infecciosa dos Bovinos 
 Doença dos porqueiros
 Tifo canino
 Doença de Stuttgart
Sinonímia
 Doença ou síndrome 
de Weil
 Febre dos pântanos
 Febre dos arrozais
 Febre outonal
 Febre dos sete dias
Importância Econômica
 Diminuição dos índices reprodutivos -
transtornos reprodutivos: abortos, 
natimortos, fetos mumificados, 
nascimento de produtos fracos
 Baixa na produção de leite, já que este 
pode ter presença de sangue
 Letalidade em animais jovens de até 
60%
PERDAS 
DIRETAS
Importância Econômica
PERDAS 
INDIRETAS
 Infecções humanas
 Alto custo hospitalar (diagnóstico, 
internações, tratamento)
 Ausência no trabalho
 Letalidade: pode chegar a 40%
 Gênero Leptospira
 Bactéria helicoidal (espiroqueta) –
forma de espiral
 Tem ganchos nas extremidades
 São aeróbias
 Móveis e flexíveis
 Não tem cápsula e nem esporos
 Medem de 6 a 20 µm x 0,1 µm
Etiologia
Etiologia
 LPS: alta concentração em amostras virulentas, 
reconhecedor de sorogrupos
 Proteínas e Lipoproteínas
 Antígenos flagelares
 Glicoproteína (GLP)
Estrutura Antigênica
Motilidade
Endotoxinas
Fatores de Virulência
 Crescimento ótimo a 28º a 30º C
 pH neutro a alcalino (7,2 a 7,6)
 Crescimento lento em meios de cultura
 Meios líquidos e semi-sólidos
Crescimento Bacteriano
Meios de Cultura
Meio semi-sólido:
meio de Fletcher
Meio líquido: meio de Ellinghausen-
McCullough-Johnson-Harris (EMJH)
Classificação das leptospiras
Sorológica
L.biflexa 
L.interrogans 
23 sorogrupos
+250 sorovares
Genoespécies
12 espécies, 9 patogênicasGenômica
Mais recentemente, o sistema genotípico tem 
agrupado as leptospiras em 20 espécies
L. interrogans
L. borgpetersenii
L. santarosai
L. inadai
L. noguchii
L. weilii
L. kirschneri
L. fainei
L. meyeri
L. biflexa
L. wolbachii
L. alexanderi
Classificação Genômica
Patogênicas Apatogênicas
Sorovares pertencentes ao mesmo sorogrupo 
encontram-se distribuídos entre diferentes espécies
A identificação dos sorovares é importante para a 
epidemiologia, uma vez que eles apresentam relações 
diretas com alguns animais reservatórios, focos de 
infecção e distribuição geográfica
Sorovares
Qualquer sorovar pode determinar as diversas 
formas de apresentação clínica ou crônica
O sorovar é a unidade taxonômica básica utilizada 
para a classificação da leptospira
Cada sorovar tem o seu hospedeiro preferencial, 
ainda que uma espécie animal possa albergar um ou 
mais sorovares
 Superfícies de águas naturais: 2 – 6 semanas
 Água de chuva contaminada: até 18 dias
 Fezes: morrem rapidamente
 Leite: provoca lise – ação letal
 Urina: depende do pH (neutro ou básico: 24 horas; 
ácida: morte)
 Solo úmido: garante a sobrevivência
 Calor: morrem rapidamente
 76 a 96º C: ação letal imediata - 50º C: 10-35 
minutos
 Frio: resistentes - Congelamento: 100 dias a - 20º C 
 Dessecação: resistem até 16 horas
 Suco gástrico: 5 a 30 minutos
Resistência
Inativação da Leptospira sp
 São sensíveis a todos os desinfetantes comuns
 Exposição à luz solar direta
 Sabão, ácidos biliares, ressecamento
 Dessecação
 pH ácidos e alcalinos (bile, ácido clorídrico)
Suscetibilidade à antibióticos
Doxiciclina e penicilina Fase aguda
Dihidroestreptomicina Portadores
Epidemiologia
da 
Leptospirose
Rattus norvegicus
(ratazana ou rato de 
esgoto) 
Rattus rattus (rato de telhado 
ou rato preto)
Mus musculus
(camundongo ou catita)
Hospedeiros de Manutenção ou 
Reservatórios
Animais domésticos
Sinantrópicos
Silvestres
 Hospedeiros Acidentais
Todos os mamíferos
Principais Reservatórios
Sorovar Reservatório Provoca doença
Icterohaemorrhagiae Rato Homem, animais 
domésticos
Canicola Cão Homem. Suíno, bovino
Hardjo
Bovino
(Ovino)
Bovino, bubalino, ovino, 
eqüino, caprino, homem
Pomona Suíno Maioria
Bratislava Suíno Equino, Bovino, cães
Grippotyphosa Roedor Maioria
Sejroe Camundongo Bovino
Butembo Roedor Bovino, bubalino
Wolffi Camundongo Bovino
Sorovar x Reservatório
Clima quente e úmido (verão chuvosos da regiões 
tropicais e subtropicais)
Relevo e tipo de solo (baixadas e várzeas alagadiças)
Falta de condições de higiene
Concentração de animais
Exposição a diferentes hospedeiros de manutenção
 Manejo Reprodutivo
Fatores de Ocorrência
Fatores de Ocorrência
 Sensibilidade: suínos, bovinos e cães
 Distribuição: Mundial – qualquer idade e sexo
 Fatores de risco: água, pastagem úmida, 
reprodutores contaminados e compartilhados
 Fontes de transmissão: urina contaminada, 
corrimento uterino, placenta, sêmen, leite
Epidemiologia
 Bovinos: Hardjo
 Suínos: Pomona, Bratislava, Tarassovi
 Caninos: Canicola
Roedores: Icterohaemorrhagiae, 
Grippotyphosa
Hospedeiros ou 
Reservatórios
Cepas adaptadas: bovídeo para bovídeo -
Hardjo
Cepas acidentais: Pomona, Bratislava, 
Tarassovi, Icterohaemorrhagiae, 
Grippotyphosa, Butembo, Autumnalis.
Transmissão
Bovinos: Hardjo, Pomona, Wolfii, Sejroe, 
Bratislava
Cães: Canicola, Icterohaemorrhagiae, Pomona, 
Grippotyphosa, Autumnalis, Bratislava
Suínos: Pomona, Bratislava, 
Icterohemorrhagiae
Ratos: Icterohaemorrhagiae
Ocorrência no Brasil
Bovinos: Hardjo, Butembo, Pomona, Wolfii, 
Bratislava
Bubalinos: Butembo, Hardjo, Autumnalis, 
Pomona, Castellonis
Cães: Canicola, Icterohaemorrhagiae, Pomona, 
Grippotyphosa
Ocorrência no Pará
Fonte de infecção Via de eliminação Via de Transmissão Porta de Entrada Suscetível
Animais 
domésticos, 
silvestres e 
o Homem
Animal 
infectado
Urina, leite, 
sêmen, feto, 
anexos 
fetais, 
secreções 
vaginais
Direta e Indireta
Pele e 
tecidos 
lesados, 
mucosa 
genital, 
nasal, oral, 
conjuntival, 
pele íntegra
Roedores
Carnívoros
Marsupiais
Morcegos
Bovinos
Suinos
Cães
Cadeia de Transmissão
Água, solo úmido, 
urina, sangue, 
tecidos, órgãos, 
monta natural, IA, 
pastagens, 
alimentos 
contaminados
DIA
0 →Penetração do microrganismo →sangue
4 → leptospira no sangue e órgãos (fígado, baço e rins 
principalmente) = LEPTOSPIREMIA
–Fígado → lesão hepática →icterícia
–Rins → problemas de filtração → uremia → hálito de 
amônia
–Problemas reprodutivos → baixa produtividade, diminuição 
da fertilidade e abortos
6 → Danos vasculares
7 → Anticorpos em elevação
10 → Leptospira sai do sangue
12 → Colonização renal = LEPTOSPIRÚRIA
Período de Incubação: 7 a 14 dias (1 a 30 dias)
Patogenia
Patogenia
LEPTOSPIREMIA LEPTOSPIRÚRIA
Sorovar x virulência x dose
 Animais jovens x adultos 
 Sorovares clássicos x sorovares inespecíficos
 Animais de produção x companhia
Sintomatologia
Os Sinais clínicos dependem:
 Bezerro são mais suscetíveis
 Febre (4-5dias), anorexia, conjuntivite ediarréia
 Icterícia, hemoglobinúria, anemia, pneumonia, 
meningite
Abortos, infertilidade, retenção de placenta, 
natimortos, mortalidade neonatal, fetos mumificados
 “Síndrome da Queda do Leite” – Mastite atípica -
diminuição na produção de leite, leite com estrias de 
sangue
Leptospirose em Bovinos
Leptospirose em Bovinos
 Febre, anorexia, depressão, anemia, 
icterícia, hemoglobinúria
 Abortos, infertilidade, natimortos, 
mortalidade neonatal, diminuição de leite
 Cordeiros fracos
Leptospirose em Ovinos
Leptospirose em Ovinos
 Febre, diminuição leite, icterícia
 Falência reprodutiva, abortos, infertilidade, 
natimortos, mortalidade neonatal, fetos 
mumificados
 Animais jovens: Febre, anorexia, depressão, 
diarréia, icterícia, hemoglobinúria
Leptospirose em Suínos
Leptospirose em Suínos
 Doença sub-clínica: Febre
 Problemas oculares: fotofobia, conjuntivite, 
opacidade córnea, catarata, uveíte...
 Doença sistêmica incomum: aborto (?), 
envolvimento hepático, renal e 
cardiovascular
Leptospirose em Eqüinos
Leptospirose em Eqüinos
 Febre, depressão, anorexia, rigidez muscular, 
mialgia, fraqueza
Abortos, diarréia, tosse, dispnéia, conjuntivite, 
emaciação, icterícia
 Síndrome hemorrágica: petéquias, gastroenterite 
hemorrágica, epistaxe
 Doença renal: anúria, hematúria, vômito, 
desidratação, úlceras na boca
Leptospirose em Cães
Leptospirose em Cães
Leptospirose
Gatos
Raramente ocorre a enfermidade
Leptospirose
Roedores
Estão perfeitamente adaptados às 
leptospiras e não manifestam sinais ou 
lesões
Doença ocupacional – magarefes, 
veterinários, fazendeiros, açougueiros, 
tratadores de animais.
Contato direto ou indireto – urina de animais
Riscos – Hardjo - diretamente proporcional a 
endemicidade do rebanho
Pomona – Criações de suínos próximas ao
rebanho
Icterohaemorrhagiae - regiões alagadas
Leptospirose no Homem
Leptospirose no Homem
Doença de Weil (10% dos casos)
Fígado, Rins, SNC, meses para recuperação
mortalidade 20%
PI: 7-12 dias (2-29)
Forma Anictérica (90% dos casos)
Febre, sinais de gripe, dor de cabeça, mialgia, dor 
na panturrilha, náuseas, vômito, diarréia
Leptospirose no Homem
Leptospirose no Homem
Leptospirose no Homem
 Métodos de Demonstração Direta
 Métodos de Demonstração Indireta
Clínico
Laboratorial
Diagnóstico 
 Métodos de Demonstração Direta
(urina, sangue, líquor, tecidos)
 Exame Direto
 Isolamento de leptospiras
 Métodos Moleculares
 Métodos de Demonstração Indireta
 Técnicas Sorológicas
Diagnóstico Laboratorial 
Exame Direto
Urina (20 minutos)
-Morfologia e movimentação típicas
-Não usado como rotina /Pesquisa
-Exames inconclusivos
-Habilidade do leitor
-Exames negativos
Diagnóstico Laboratorial 
Soroaglutinação Microscópica –SAM
-Antígenos vivos
-Sorogrupo-específica
-Altamente sensível
-Reação antígeno-anticorpo –pontos de 
aglutinação
-Resultado é dado em título de Ac.
-Lembrar de vacinas! Anticorpos vacinais (6 
meses)
Diagnóstico Laboratorial 
Soroaglutinação Microscópica –SAM
Diagnóstico Laboratorial 
Antígenos vivos
Reação antígeno-anticorpo –pontos de 
aglutinação
Fluidoterapia e Transfusão de Sangue
–Manutenção da hidratação
–Preservação da função renal
Antibioticoterapia
–Ampicilina ou Penicilina G: IV inicialmente
–Doxicilina por 2 semanas (depois da penicilina)
–Diidroestreptomicina: nefrotóxica
Tratamento
Fonte de infecção
 Isolamento dos doentes e suspeitos
 Diagnóstico e tratamento dos doentes
Controle
Via de transmissão
 Controle de roedores
Destino adequado das excretas
Limpeza e desinfecção de instalações
Drenagem de águas de pastagens
Não usar sêmen suspeito
Controle
Animais Suscetíveis
 Quarentena dos recém adquiridos
Vacinação dos animais domésticos (cães, 
bovinos e suínos)
Locais endêmicos: vacinação a cada 6 meses, 
se não for o caso, um vez ao ano
Controle

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