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Resumão Pediatria

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Controle de reações e reflexos 
 Alguns reflexos realizados com estímulos e devem desaparecer por volta do 4º ao 
6º mês de vida. 
 Reação de preensão palmar; 
 Reação de preensão plantar; 
 Reação de fossadura, de procura ou de busca: estímulo na bochecha; 
 Reação de sucção; 
 Reflexo de Moro; 
 Reflexo de Galant: estímulo na lateral do tronco entre a crista ilíaca e a 
costela; 
 Reação de apoio; 
 Reflexo de marcha; 
 Reflexo de extensão cruzada: bebê em supino estende-se um membro 
inferior e aplica-se um estímulo na sola do pé. O membro contralateral 
faz flexão e abdução – para fugir do estímulo –, seguida de extensão e 
adução – volta à posição normal; 
 Reflexo de Landau: a partir de 4-5 meses; 
 Reflexo de pára-quedas: a partir de 6 meses; 
 Reação cervical de retificação: o bebê vira em bloco; presente até 3-4 
meses; 
 Reação corporal de retificação: dissociação das cinturas aparece entre 
os 4-6 meses e dura até o fim da vida; 
 Reação labiríntica de retificação: reação de defesa. Ocorre quando o 
bebê libera as vias respiratórias da superfície para não se sufocar na 
posição prona; 
 Reação óptica de retificação: início entre 3-4 meses. 
Reflexos posturais 
 A presença é sempre patológica. 
 Reflexo tônico labiríntico (RTL): resposta patológica é a hiperextensão 
de tronco (opistotomo). Desaparece no 6º mês; 
 Reflexo tônico cervical assimétrico (RTCA): é considerado patológico 
quando o bebê fica preso ao reflexo. Inicio no 2º mês; 
 Reflexo tônico cervical simétrico (RTCS): surge no 2º mês; 
 Reações de equilíbrio: período de aparecimento: 
 Prono: 6 a 7 meses; 
 Supino: 7 a 8 meses; 
 Sentado: 7 a 8 meses; 
 Gato: aproximadamente 9 meses; 
 Em pé: quando iniciar a marcha e desenvolve até 4-6 anos. 
 
Teorias 
 Teoria do reflexo: os reflexos são blocos de construção do comportamento 
complexo. Esse comportamento poderia ser explicado pela combinação da 
ação de reflexos individuais que estavam conectados uns aos outros. 
Considera a unidade básica do movimento, assim os movimentos mais 
complexos seriam formados por uma junção dos reflexos; 
 Teoria hierárquica: cada nível mais elevado, sucessivamente, exerce controle 
sobre o nível abaixo dele. Em uma hierarquia estritamente vertical, linhas de 
controle não se cruzam e nunca há um controle de baixo para cima. 
No sistema nervoso existe uma hierarquia, onde os centros superiores 
comandam os centros inferiores; 
 Teoria da programação motora: se removermos a resposta motora do 
estimulo, permanecemos com um conceito de padrão motor central. É mais 
flexível, pois pode ser ativado por um estímulo sensorial ou por processos 
centrais. 
Indica que o movimento acontece devido a programas motores que são 
ativados por processo central e estímulo sensorial, assim pode ocorrer na 
ausência de uma ação reflexa; 
*Modelo de processamento de informações: este modelo não apenas permite 
compreender o controle motor, como também fornece a estrutura para identificar os 
déficits do controle de movimento que, então, podem se transformar em metas de 
tratamento – baseia-se nos conceitos de Bernstein e outros. 
 Teoria dos sistemas dinâmicos: sinergias musculares. O movimento que 
fundamenta as ações resulta da interação de componentes físicos e neurais. 
Vários sistemas atuam no controle motor – fatores extrínsecos e intrínsecos; 
*Os sistemas dinâmicos reduzem a importância da contribuição do SNC ao controle 
motor, dando maior ênfase ao ambiente e a fatores biomecânicos, possivelmente pelo 
fato de os mesmos terem sido negligenciados no passado. 
 Teoria ecológica: a perspectiva ecológica ampliou a compreensão da função do 
SN de um sistema sensório/motor, que reage às variáveis do ambiente, para 
um sistema de percepção/ação que explora ativamente o meio ambiente para 
satisfazer seus objetivos próprios. 
Relaciona as interações do sistema motor com o meio ambiente. 
Controle motor: designa a regulação da postura e do movimento, e todo movimento, 
voluntário ou reflexo, é produzido pela contração dos músculos esqueléticos. 
 Sequência do desenvolvimento motor: controle cervical, rolar parcial, rolar 
total, rastejar (apoio no antebraço, depois braços), sentar, 4 apoios (posição de 
gato), ajoelhado, semi-ajoelhado, engatinhar, em pé e marcha. 
Desenvolvimento motor 
 É o processo de mudança no comportamento motor, o qual está relacionado 
com a idade do individuo; 
 Desenvolvimento é o processo de mudanças complexas e interligadas das 
quais participam todos os aspectos de crescimento e maturação dos 
aparelhos e sistemas dos organismos. 
 Inclui mudanças relacionadas à idade tanto na postura quanto no movimento; 
 Durante o período intra-uterino, a maturação do tônus muscular segue uma 
progressão no sentido caudal para cranial e de distal para proximal, 
particularmente para o tônus flexor. O bebê a termo ao nascimento mostra 
uma postura em flexão global (hipertonia flexora fisiológica); 
 Crianças que pulam fases espontaneamente podem ter, futuramente, déficit de 
equilíbrio ou coordenação. 
 
PATOLOGIAS 
Paralisia Cerebral (PC) 
 Lesão ou agressão encefálica, de caráter irreversível e não progressivo causado 
no período de maturação do SNC (até os 2-3 anos de vida), promovendo 
alterações qualitativas de movimento; 
 A variedade espástica é a mais comum e indica uma lesão fixa na parte motora 
do córtex cerebral; 
o Atetose ou distonia refletem envolvimento dos gânglios da base. A 
ataxia refere-se à lesão cerebelar. Tipos mistos também são comuns; 
estes podem incluir combinações de espasticidade com atetose ou 
ataxia. A rigidez sugere uma lesão de decerebração grave. 
 A PC espástica inclui hemiparesia, diplegia e tetraparesia; os tipos raros incluem 
ataxia, rigidez e atonia. 
 O conceito Bobath foi criado para tratamento de crianças com PC e adultos 
com hemiplegia. Sua meta final é a criança conquistar o melhor funcionamento 
possível. 
Complicações associadas a PC: 
 Epilepsia: está relacionada a um maior risco de distúrbio sensorial e cognitivo. 
Os déficits sensoriais têm um profundo impacto sobre a coordenação de 
movimentos. Em crianças com PC há uma diminuição do controle antecipatório 
e distúrbios da regulação tátil ao tocar e segurar objetos. 
 Apresentam ainda menor habilidade de construção de modelos internos de 
objetos e padrões de movimentos e podem necessitar de orientações 
ambientais adicionais para executar o movimento com êxito. 
 Há um alto índice de distúrbios do sono entre as crianças com PC, relacionados 
a uma serie de causas, como a hipoxemia relacionado ao sono, obstrução das 
vias aéreas superiores, baixos níveis de melatonina, convulsões noturnas, 
refluxo e desconforto postural. 
 As deformidades posturais e posicionais fazem com que os músculos e ossos 
se desenvolvam de maneiras diferentes, gerando desequilíbrios entre os 
grupamentos musculares, deformidades articulares e ósseas e, muitas vezes, 
densidade óssea diminuída nas crianças incapazes de andar 
independentemente. 
 Hemiplegia: posição equina do pé e do tornozelo, flexão do cotovelo, punho, 
falanges e adução do polegar são deformidades clássicas das crianças 
hemiplégicas. 
 As deformidades mais comuns associadas à diplegia espástica são as 
contraturas de flexores e adutores de quadril e da musculatura de isquiotibiais, 
rotação interna do quadril e a anteversão femoral. 
 
Tratamento Fisioterapêutico 
 Avaliação da marcha; 
 Aplicação do PEDI (índice de avaliação pediátrica de disfunção): avalia o nível 
de funcionalidade de uma criança com ou sem o emprego de tecnologia 
assistiva.Ele avalia as áreas de cuidado próprio, mobilidade e transferências, e 
função social; 
 Conceito Bobath; 
 Treinamento de fortalecimento; (obs.: a bicicleta ergométrica demonstrou 
melhora significativa nas escalas GMFM – medição da função motora grossa – 
após um programa de 6 semanas; 
 Terapia de restrição e indução de movimento; 
 Uso de órteses para prevenção de deformidades, melhora do alinhamento 
articular e da biomecânica, e melhora da função. 
 
Síndrome de Down 
 Doença genética que resulta em 47 cromossomos. Comumente chamada de 
trissomia 21, a síndrome de Down resulta da falta de divisão de uma célula 
afetando o 21º par de cromossomos, tanto devido a não separação (95%), 
translocação (3 a 4%) ou, menos comumente, como uma apresentação em 
mosaico (1%). 
 Resulta em patologias: 
 Neuromotoras: distúrbios no SNC em crianças com síndrome de Down é 
devida a várias anormalidades encefálicas. 
 Musculoesqueléticas: hipotonia generalizada – contribui para o atraso 
no desenvolvimento motor –, e frouxidão ligamentar (devido a um 
déficit do colágeno e resulta em pé plano, instabilidade patelar, 
escoliose (52%) e instabilidade atlantoaxial. 
 Cardiopulmonares: 40% das crianças nascem com cardiopatias 
congênitas; as mais comuns são defeitos no canal atrioventricular e 
defeitos no septo ventricular. 
Características físicas: 
 A face da criança tem contornos achatados, nariz pequeno, os olhos são 
caracteristicamente estreitos, com pálpebras oblíquas, a boca é pequena, o 
palato é estreito e a língua pode tomar uma forma estriada. O abdômen pode 
ser ligeiramente protuberante, as mãos e pés tendem a ser pequenos, e o 
quinto dedo é curvado para dentro. 
 
Distrofia muscular de Duchenne 
 Doença progressiva na qual as crianças enfraquecem e em geral morrem de 
infecção respiratória ou de insuficiência cardiorrespiratória. 
 Há um padrão hereditário ligado ao cromossomo X: a prole masculina herda a 
doença de suas mães, que são assintomáticas. 
 Tem começo insidioso, normalmente resultando em sintomas antes dos 3 anos 
de idade. 
 Sintomas: dificuldade de caminhar ou de correr nas idades apropriadas, 
quedas, dificuldades em levantar-se do chão, marcha na ponta dos pés, 
desorganização e aumento do tamanho de vários grupos musculares 
(especialmente panturrilha). 
 A fraqueza é constante e progressiva. 
Com a progressão da doença, há a tendência para o desenvolvimento de 
contraturas (flexão plantar de tornozelo, inversão do pé e flexão do quadril e 
joelho). Ocorre perda precoce de ADM. 
 
 Sinal de Gower: indica fraqueza muscular proximal – a criança levanta-se 
“escalando as pernas”. 
 
Principais objetivos fisioterápicos: 
 Prevenir deformidades; 
 Prolongar a capacidade funcional; 
 Facilitar o desenvolvimento e a assistência do apoio familiar e o apoio de 
outros; 
 Controlar a dor, se necessário; 
 Exercícios ativos SUBMÁXIMOS (NUNCA REALIZAR EXERCÍCIOS RESISTIDOS 
NESTES PACIENTES!); 
 Uso de órtese noturna; 
 Alongamentos (10 a 30 repetições de 5 a 10 segundos). 
 
NÃO PODE DEIXAR ENTRAR EM FADIGA MUSCULAR; ISSO IRÁ OCASIONAR MORTE 
DA FIBRA MUSCULAR!!!

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