Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TIPOLOGIA DOS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS Prof. Andréa Maria Góes Negrão SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA INSTITUTO DE SAÚDE E PRODUÇÃO ANIMAL – ISPA CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA EIXO TEMÁTICO MEDICINA PREVENTIVA E SAÚDE COLETIVA I DISCIPLINA DE EPIDEMIOLOGIA VETERINÁRIA Doença e morte nas populações DOENTES GRAVEM ENTE DOENTES MORTE INFECTADOS EXPOSTOS POPULAÇÃO Existem vários modelos de estudo aplicáveis na epidemiologia, diferindo entre si na forma como selecionam as unidades de observação, mensuram os fatores de risco e consideram as hipóteses (Nazareno, UFPR, 2005) ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS Intervenção: ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS Os modelos podem ser classificados de várias maneiras, segundo: Propósito: Descritivos Analíticos Observacionais Experimentais Seguimento: Sentido no tempo: Transversais Longitudinais Prospectivos Retrospectivos ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS Constituem um ótimo método para colher informações adicionais não disponíveis a partir dos sistemas rotineiros de informação de saúde ou de vigilância Estudos Descritivos Estudos Analíticos São aqueles em que o observador descreve as características de uma determinada amostra. Se caracteriza pela necessidade de conhecer o problema. É uma fase exploratória em que se buscam informações sobre uma doença, grupos de risco e fatores envolvidos. Não é de grande utilidade para estudar etiologia de doenças ou eficácia de um tratamento, porque não há um grupo- controle para permitir inferências causais. Como exemplo podem ser citadas as séries de casos em que as características de um grupo de pacientes são descritas. Estudos Descritivos Exame da distribuição de uma doença em uma população e observação dos acontecimentos básicos de sua distribuição em termos de Pessoa, Tempo e Lugar. Estudos Descritivos Relato de caso Estudos Transversais Série de casos Tipos de estudos descritivos: É um estudo bastante simples, que consiste em uma descrição cuidadosa e detalhada de características clínicas de um animal Relato de Caso BRUCELOSE CANINA - RELATO DE CASO Megid, M.G. et al. Arq. Inst. Biol., São Paulo, v.69, n.4, p.103-106, out./dez., 2002 Relata-se a ocorrência de brucelose em um cão sem raça definida, com três anos de idade. Ao exame clínico o animal apresentava aumento de volume testicular esquerdo, sem histórico de lesão traumática no local. A citologia aspirativa por agulha fina do testículo afetado permitiu o isolamento de Brucella canis. Procedeu- se a terapia utilizando rifampicina e estreptomicina, simultaneamente à indicação de orquiectomia bilateral do animal. Exames histopatológicos revelaram infiltrado neutrofílico e necrose de coagulação no testículo direito e reação granulomatosa com infiltrado mononuclear no testículo esquerdo. Cultivo microbiológico de sangue, urina e líquido prostático resultaram negativos para o isolamento do agente. As provas de soroaglutinação rápida em cartão e imunodifusão em gel de ágar resultaram positivas no animal relatado, bem como em duas fêmeas contactantes, com histórico de abortamento recente. Quando são descritas as características de um número de pacientes com determinada condição de saúde ou doença. Série de Casos COMPLICAÇÕES DA ADENITE EQUINA – RELATO DE SÉRIE DE CASOS MATTEI, et al. XIX CIC, 2010. No período de 2006 a 2009, no Hospital Veterinário da UFPEL foram avaliados 7 equinos, apresentando sinais de alteração respiratória e histórico de Adenite Eqüina. Três machos e 4 fêmeas, das raças Crioula, Puro Sangue Inglês e sem raça definida, com idade entre 7 meses e 19 anos, e média de 6 anos. Os animais apresentavam-se apáticos, com emagrecimento progressivo, dificuldade respiratória e na deglutição. As mucosas congestas, o tempo de preenchimento capilar (TPC) superior a dois segundos, com taquipnéia e taquicardia. A avaliação hematológica de todos os animais apresentou leucocitose por neutrofilia e valores aumentados de proteínas plasmáticas totais, que refletem um processo inflamatório agudo. Na avaliação microbiológica de todos os animais foi confirmada a presença de Streptococcus equi. Dos sete animais, 2 tiveram evolução clínica e recuperaram-se, e 5 foram a óbito. Fonte: Wada, M.Y. Situação da Raiva no Brasil, 2000 a 2009. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, 20(4):509-518, 2011. Estudos Descritivos Fonte: Wada, M.Y. Situação da Raiva no Brasil, 2000 a 2009. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, 20(4):509-518, 2011. Estudos Descritivos Fonte: Wada, M.Y. Situação da Raiva no Brasil, 2000 a 2009. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, 20(4):509-518, 2011. Estudos Descritivos Vantagens: rápidos e de baixo custo, sendo muitas vezes o ponto de partida para um outro tipo de estudo epidemiológico. Desvantagens: não haver um grupo-controle, o que impossibilita seus achados serem comparados com os de uma outra população. Estudos Descritivos Pressupõem a existência de um grupo de referência, o que permite estabelecer comparações. Estes, por sua vez, de acordo com o papel do pesquisador, podem ser: Estudos Analíticos Observacionais Experimentais Alocação de uma determinada exposição está fora do controle do pesquisador O pesquisador pode controlar a alocação de uma determinada exposição ESTUDOS ANALÍTICOS LONGITUDINAIS E TRANSVERSAIS Exposição Doença Estudo de Coorte Estudo de Caso-Controle Estudo Transversal ou de Prevalência Tempo Limitado Tempo Ilimitado - longo Observacional x Experimental • Ensaio clínico • Ensaio de comunidade Observacionais Transversal Coorte Caso-controle Experimentais Estudos Analíticos Os estudos transversais, de coorte e caso-controle classificam os animais em com e sem doença, expostos e não expostos aos fatores hipotéticos de risco; Geram uma tabela de contingência do tipo 2x2 para cada doença/fator de risco; Os métodos de geração diferem entre os tipos de estudo Estudos Observacionais Doentes Sadios Total Expostos a b a + b Não expostos c d c + d Total a + c b + d N É também chamado de estudo de prevalência ou Cross- sectional; Envolve a seleção de uma amostra de n indivíduos de uma grande população e então a determinação, para cada indivíduo, da presença ou ausência simultânea da doença e do fator hipotético de risco; É um tipo de estudo que examina (animais) em um determinado momento, fornecendo dados de prevalência (dados estáticos); Aplica-se, particularmente, a doenças comuns e de duração relativamente longa. Estudo Transversal Envolve um grupo de animais expostos e não expostos a determinados fatores de risco, sendo que alguns destes apresentarão o desfecho a ser estudado e outros não; A ideia central do estudo transversal é que a prevalência da doença deverá ser maior entre os expostos do que entre os não-expostos, se for verdade que aquele fator de risco causa a doença; Em estudos de prevalência somente n (total de animais) pode ser predeterminado. Estudo Transversal A medida de ocorrência dos estudos transversais é a medida da prevalência, expressa da seguinte maneira: Estudo Transversal Doentes Sadios Total Expostos a b a + b Não expostos c d c + d Total a + c b + d N Prevalência = N° de casos Total a + c N = X 100 X 100 A medida de ocorrência dos estudos transversais é a medida da prevalência, expressa da seguinte maneira: Estudo Transversal Doentes Sadios Total Expostos a b a + b Não expostos c d c + dTotal a + c b + d N Prevalência = N° de casos Total a + c N = X 100 X 100 Estudo Transversal Razão de Prevalência = Prevalência nos expostos Prevalência nos não expostos A medida de efeito comumente usada em estudos transversais, é a razão de prevalências, ou seja, a expressão numérica da comparação do risco de adoecer entre um grupo exposto a um determinado fator de risco e um grupo não-exposto. c/c + d Razão de Prevalência = a/a + b X 100 X 100 Uma pesquisa de bronquite crônica na cidade de Ananindeua, no ano de 2010, revelou o seguinte: Estudo Transversal Bronquite crônica Sadios Total Fumante atual 175 475 650 Não fumante e ex-fumante 133 1202 1335 Total 308 1677 1985 Prevalência de bronquite crônica em 2010 = (308/1985) x 100 = 15,5% Uma pesquisa de bronquite crônica na cidade de Ananindeua, no ano de 2010, revelou o seguinte: Estudo Transversal Bronquite crônica Sadios Total Fumante atual 175 475 650 Não fumante e ex-fumante 133 1202 1335 Total 308 1677 1985 Prevalência de bronquite crônica em 2010 = (308/1985) x 100 = 15,5% Estudo Transversal Para obter-se uma melhor estimativa da medida da prevalência, utiliza-se a medida do intervalo de confiança de 95% (IC 95%). Ao estudar-se uma amostra da população, e, não todos os habitantes, a medida da prevalência pode ter uma variação. Essa prevalência pode variar de 13,9% a 17,1% dentro de uma margem de 95% de certeza (fórmula para o cálculo do IC 95%). IC 95% = 15,5 - 1.96 √ (15,5 (1 - 15,5)/1985) = 13,9% IC 95% = 15,5 + 1.96 √ (15,5 (1 – 15,5)/1985) = 17,1% IC 95% = P ± 1.96 √ (P (1 - P)/N) Estudo Transversal Bronquite crônica Sadios Total Fumante atual 175 475 650 Não fumante e ex-fumante 133 1202 1335 Total 308 1677 1985 Razão de Prevalência = 175/650 x100 = 26,9% = 2,7 133/1335 x100 9,9% A razão de prevalência entre fumantes e não-fumantes é de 2,7, ou seja, os fumantes têm 2,7 vezes mais bronquite crônica dos que os não-fumantes. Razão de Prevalência = Prevalência nos expostos Prevalência nos não expostos a/a + b c/c + d = X 100 X 100 Rapidez Baixo custo Identificação de casos Detecção de grupos de risco. Estudo Transversal Vantagens do estudo transversal são: Causalidade reversa - exposição e desfecho são coletados simultaneamente e frequentemente não se sabe qual deles precedeu o outro. Viés de sobrevivência - episódios de doença com longa duração estão sobrerrepresentados e doenças com duração curta estão subrrepresentadas; Necessidade de grande número de animais (amostra) se a prevalência da doença a ser avaliada for muito baixa. Estudo Transversal Desvantagens do estudo transversal são: Neste estudo, um grupo (coorte) de animais expostos ao fator hipotético de risco e outro não expostos são selecionados e observados Estudo de Coorte Registro do desenvolvimento da doença em cada grupo por um período de tempo suficientemente longo para que haja o aparecimento da doença Determinar a incidência da doença Desenho de um estudo de coorte. Estudo de Coorte A análise do estudo será a comparação da incidência da doença em estudo entre os indivíduos expostos e entre os não expostos. A medida de efeito no estudo de coorte é a razão de taxa de incidência, comumente referida como risco relativo (RR). Em estudos de coorte animais expostos (a + b) e não expostos (c + d) são predeterminados. Estudo de Coorte Estudo de Coorte Doentes Sadios Total Expostos a b a + b Não expostos c d c + d Total a + c b + d N A análise do estudo será a comparação da incidência da doença em estudo entre os indivíduos expostos e entre os não expostos. Em estudos de coorte (a + b) e (c + d) são predeterminados Estudo de Coorte RR = a / (a+b) x 100 c / (c+d) x 100 Incidência dos expostos Incidência dos não expostos RR = Risco Relativo: Incidência dos não expostos = Casos novos Total de não expostos c + d c = X 100 X 100 Incidência dos expostos = Casos novos Total de expostos a + b a = X 100 X 100 Estudo de Coorte O RR pode ser interpretado como quantas vezes maior é o risco entre os expostos comparados aos não expostos. Quando se estudam fatores de proteção, o RR será menor do que 1. Se maior que 1 indica que a exposição é fator de risco. Se menor que 1 indica que a exposição é fator protetor. Se igual a 1 indica que não há associação entre as variáveis. Estudo de coorte em áreas de risco para leishmaniose visceral canina (adaptado) Estudo de Coorte Foi investigada a incidência de leishmaniose visceral canina e estimada a associação entre variáveis de risco e a soroconversão em um grupo de 147 cães, inicialmente soronegativos (ELISA), foram acompanhados por um período de 18 meses. Desses, 27 apresentaram soroconversão, correspondendo a uma incidência geral de 18,4% (27/147). Quanto às variáveis associadas ao risco relativo de infecção dos cães por Leishmania sp., a presença de suínos no peridomicílio representou um incremento de 3,1 vezes. Risco Relativo Frequência Presença de galinha 1,9 32,1 % (43/134) Presença de suíno 3,1 5,3 % (7/133) Cão com leishmaniose na vizinhança 2,5 48,8 % (62/127) Estudo de Coorte Exemplo: castração de cadelas é considerada um fator de risco para a incontinência urinária (IU) – estudo de coorte adequado incluiria um grupo de cadelas castradas e um de não castradas, e cada uma delas seria monitorada para o desenvolvimento da IU, por um período de tempo – determinação da incidência das castradas e das não castradas – determinação do RR. RR = a / (a+b) x 100 c / (c+d) x 100 Incidência dos expostos Incidência dos não expostos RR = Risco Relativo: São excelentes para avaliar várias exposições e doenças ao mesmo tempo; Estão indicados para doenças frequentes e doenças que levam à seleção dos mais saudáveis. Estudo de Coorte Vantagens do estudo de coorte são: São caros; Demorados; Pode haver perdas de acompanhamento que podem levar a distorcer o estudo; Não servem para doenças raras; As associações podem ser afetadas por variáveis de confusão. Estudo de Coorte Desvantagens do estudo de coorte são: O estudo de caso-controle parte do desfecho (do efeito ou da doença) para chegar à exposição. O grupo, tanto de casos quanto de controles, não precisa ser necessariamente representativo da população em geral. Os casos podem ser um subgrupo de animais, desde que atendam aos critérios de elegibilidade previamente estabelecidos pelo pesquisador. Estudo Caso-controle No estudo de caso-controle, um grupo de animais doentes (casos) e um grupo de animais não doentes (controle) são selecionados e comparados com relação à presença do fator hipotético de risco; A lógica do estudo de caso-controle estabelece que se o fator de risco causa a doença em estudo, o odds de exposição entre os casos será maior do que entre os controles. Odds é uma palavra inglesa que se refere a um quociente. Estudo Caso-controle Ex: O propósito do investigador pode ser o estudo de pacientes com asma grave que requeiram hospitalização. A população de origem dos casos, portanto, é a população de asmáticos, e desta mesma população devem originar-se os controles. Os controles devem representar a população de onde se originaram os casos, e não a população geral. Estudo Caso-controleEstudo Caso-controle Doentes (caso) Sadios (controle) Total Expostos a b a + b Não expostos c d c + d Total a + c b + d N Em estudos de caso-controle (a + c) e (b + d) são predeterminados. Estudo Caso-controle Em estudos de caso-controle (a + c) e (b + d) são predeterminados. A medida de ocorrência no estudo de caso-controle é a medida da prevalência da exposição {(a/a + c) x100 > (b/b + d) x100}. Prevalência de casos Prevalência de controles > Prevalência de casos = Casos expostos Total de casos a a + c = X 100 X 100 Prevalência de controles = Sadios expostos Total de controles b + d b = X 100 X 100 A medida de efeito, no estudo de caso-controle, é a razão de odds (RO) ou razão de produtos cruzados, já que não se pode estimar riscos relativos (incidência) em estudos de casos e controles; A razão de odds é a probabilidade de um evento dividido pela probabilidade da ausência deste evento. Nesse tipo de estudo, apenas as prevalências das exposições podem ser estimadas. A fórmula para o cálculo dessa medida de efeito é: Razão de Odds (RO) = ad cb Estudo Caso-controle ad cb Estudo Caso-controle Ex: Um estudo de caso-controle sobre a tuberculose em vacas Aptidão Casos com tuberculose Controle Total Leite 51 31 82 Corte 101 264 365 Total 152 295 447 Portanto, as vacas leiteiras tiveram cerca de quatro vezes mais chances de terem tuberculose do que as de aptidão de corte Razão de Odds (RO) = 51x264 101 x 31 13464 3131 = = 4,3 São altamente informativos: Permitem testar várias hipóteses sobre: exposições, fatores de confusão; São relativamente rápidos (permitem testar hipóteses recentes); São (relativamente) baratos; Servem para doenças raras e comuns; Se tiverem base populacional, permitem descrever a incidência e características da doença em uma coorte dinâmica. Estudo Caso-controle Vantagens Não medem a freqüência da doença (a não ser que tenham base populacional); são suscetíveis a uma série de vieses Estudo Caso-controle Desvantagens Muitos modelos foram testados para reproduzir de modo experimental, em uma espécie, doenças, condições patológicas e comprometimento de funções que ocorrem em outras espécies, principalmente, na humana. É válida para estudos sobre tratamento e prevenção. Estudos Experimentais Ensaio de comunidade Ensaio clínico As dermatofitoses dos carnívoros domésticos são infecções fúngicas superficiais, causadas habitualmente por dois gêneros fúngicos: Microsporum sp e Trichophyton sp. Trata-se de uma antropozoonose, com importância na saúde pública. Objetivou-se comparar a eficácia da griseofulvina e da terbinafina na terapia das dermatofitoses. Trinta e cinco animais foram reunidos em três grupos de protocolos de terapia. A griseofulvina (50 mg/kg/dia) foi eficaz em 100% dos casos, sem acarretar efeitos colaterais, com média de tempo para cura de 41 dias. Já a terbinafina na dose de cinco mg kg /dia apresentou eficácia de 81,8%, sem induzir efeitos colaterais e com êxito terapêutico em 21 dias. A dose de 20mg kg/dia demonstrou a mesma eficácia que a dose de 5mg kg/dia, porém com efeitos colaterais observados em 16,6% dos animais tratados, com tempo médio para cura de 33 dias. Conclui-se que a terbinafina é uma boa alternativa terapêutica, porém a griseofulvina ainda se constitui na droga de eleição para o tratamento das dermatofitoses de caninos e felinos. Ensaio Clínico É aquele em que a unidade experimental é uma comunidade inteira. Este tipo de estudo já foi realizado em medicina humana. Ex: fluoração da água para prevenir cáries dentárias. Estudos Comunitários A adição de flúor às águas de abastecimento público, como estratégia de saúde pública para prevenir a cárie dentária, teve início com três estudos-pilotos em 1945 nos Estados Unidos e no Canadá. Para cada uma dessas cidades foram definidas cidades-controles para avaliação dos resultados. Essas experiências pioneiras visavam à comprovação da segurança e praticabilidade do procedimento e à eficácia da fluoretação artificial como método de massa para prevenção de cárie. Tais investigações foram ampla e profundamente monitoradas em seus aspectos médicos e de engenharia tendo ficado exaustivamente demonstrado, já nos anos 50, a eficácia e segurança sanitária da medida. ESTUDOS ANALÍTICOS LONGITUDINAIS E TRANSVERSAIS Exposição Doença Estudo de Coorte Estudo de Caso-Controle Estudo Transversal ou de Prevalência Tempo Limitado Tempo Ilimitado - longo PRINCIPAIS DESENHOS DE ESTUDOS Observacional x Experimental • Ensaio clínico • Ensaio de comunidade Observacionais Relato de Casos Série de casos Transversal Coorte Caso-controle Experimentais Estudos Descritivos Estudos Analíticos
Compartilhar