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Síndrome Metabólica

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1 
 
 
 
 
 
- Endocrinologia – 1ª avaliação – 
 
Síndrome Metabólica 
Fonte: Slides + Livro (Vilar 6ª ed.) 
 
Por: Helena C. F. L. – M21 – 2017.2 
 
 
 
 
 
1. Características: 
Caracteriza-se por interligados fisiológicos, bioquímicos, clínicos e metabólicos que aumento 
diretamente risco de DCV e DM2. 
• Obesidade 
• Resistência a Insulina (RI) 
• Dislipidemia 
• HAS 
2. Possíveis fatores desencadeadores de SM: 
• Adipose visceral; 
• RI; 
• Liberação excessiva de AG livre e 
citocinas inflamatórias pelos 
adipócitos; 
• Estresse oxidativo; 
• Dislipidemia aterogênia; 
• Hiperglicemia; 
• Disfunção endotelial; 
• Hipercoagubilidade; 
• HAS. 
 
3. Definições: 
OMS NCEP/ATPIII IDF (+ usado) 
Intolerância a glicose (HOMA) 
é essencial ao diagnóstico + 2 
critérios: 
▪ HAS (>160x90mmHG) 
▪ Relação C/Q: > 0,9 para 
homens e > 0,85 para 
mulheres 
▪ TGC >=150mg/dL 
▪ HDL <35mg/dL (H) e 
<39mg/dL (M) 
▪ Microalbuminúria 
>20mcg/min 
 
3 ou mais critérios: 
 
 
▪ Pré-HAS >=130x85mmHG 
▪ Obesidade abdominal: 
>102 cm (H) e >88cm (M) 
 
▪ TGC>150mg/dL 
▪ HDL <40mg/dL (H) e 
<50mg/dL (M) 
▪ GJ >=110mg/dL 
Obesidade abdominal* + 2 ou 
mais critérios: 
 
▪ Pré-HAS >=130x85mmHg 
▪ Das 
 
 
▪ TGC >=150mg/dL 
▪ HDL <=40mg/dL (H) e 
<=50mg/dL (M) 
▪ GJ >=100mg/dL 
 
 
 
* H M 
Europeus >94 >80 
Sul-americanos >90 >80 
Chineses >90 >80 
Asiáticos >90 >80 
Japoneses >85 >90 
 
Modelo de Homeostase Glicêmica (HOMA): envolve valor da glicemia (GJ) e insulinemia de jejum (IJ). 
1. HOMA-RI = (IJ x GJ)/22,5 Obs: IJ (mU/L); GJ (mmol/L) 
 - Normais: 2,1-2,7 
 - Tolerância diminuída a glicose: 4,3 – 5,2 
 - DM 2: 8,3-9,5 
 
2. HOMA-BcC = (20IJ)/(GJ-2,5) 
 
 
 
- Helena C. F. L. – M21 - 
2 
 
4. Prevalência 
 
Com aumento da vida sedentária  aumenta obesidade  aumenta SM. 
A prevalência se eleva a cada década de vida. É rara antes dos 20 anos, mas há relatos. 
Contém relação direta com o peso  5% normal, 22% sobrepeso e 60% obesos. 
A maioria dos estudos emprega ATP III. 
 
A prevalência varia amplamente pelo mundo (<10  84%) 
• EUA: 
o 25% da população com mais de 20 anos (adultos) 
o 7% de 20-29 anos 
o 20% de 40-49 anos 
o 44% de 60-69 anos 
o 42% com mais de 70 anos 
o 39,1% da população pela IDF e 34,6% pelo NCEP/ATP III (NHANES 1999 e 2000) 
• Estudo brasileiro: 25,9% em H e 40,9% em M entre 40-79 anos. 
• Obesidade grave: 50% tem SM. 
• BR: maior percentual em população indígena no RS (29,8% - área urbana; 20% - rural; 41,5% 
- indígenas). 
5. Mortalidade 
• Finlândia 
o 3,77 por DAC 
o 3,55 por DCV 
o 2,45 por qualquer causa 
▪ Obs: independente de tabagismo, uso de álcool e níveis de LDL-c 
• EUA (DAC) 
o 34,7% SM sem DM2 
o 54,7% SM com DM2 
6. Patogênese 
• Tecido adiposo visceral: 
o Principal fato de risco para RI 
o Se o tecido for periférico é fator de proteção 
o Ocorre SM em lipodistróficos com gordura visceral 
o Adipócitos grandes (viscerais) 
▪ Circundados por macrófagos produtores de citocinas inflamatórias 
▪ Multiplicam-se pouco 
▪ Metabolicamente + ativos e com + atividade lipídica 
▪ Drogas ARV aumentam gordura visceral 
o Adipócitos pequenos (subcutâneos) 
▪ Armazenam grandes quantidades de AGL como triacilglicerois e produzem 
poucas citocinas inflamatórias 
 
• Relação SM e DCV: 
o A SM é extremamente aterogênica (TGC altos, LDL [pequena e densa] elevada e HDL 
baixo) 
o Múltiplos fatores de risco associados 
o Risco de 1,78 para morte ou evento CV 
o Diabéticos e obesos com SM tem 2x mais risco de DCV 
o SM é um dos fatores de risco agravantes ao se utilizar o escore de Framingham. 
 
• Relação SM e DM: 
o Incidência de DM é 5x maior na SM. 
o Consequência natural de SM não tratada. 
o Intolerância a glicose e hiperinsulinemia já seria franca evidência de falência 
pancreática (?) – rigidez similar na abordagem (?) 
o DM2 com SM aumenta risco de complicações micro e macrovasculares, bem como 
da mortalidade CV 
 
- Helena C. F. L. – M21 - 
3 
 
• NASH (NAFLD – Esteatose Hepática – Doença do Fígado Gorduroso Não Alcoólico) 
o Diretamente relacionada a RI e acúmulo de gordura visceral. 
o Lipólise  excesso de aporte de ácidos graxos para o fígado. 
o Eleva enzimas pancreáticas e altera USG, RNM e TAC (esteatose) 
o > SM  > NASH 
o 3-5% de NASH  evoluem para cirrose hepática (pode evoluir para hepatocarcinoma), 
podendo responder por vários casos antes vistos como cirrose criptogênica 
7. SM e Eixos Endócrinos 
• Hiperativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal 
• Hipercortisolismo subclínico  não leva a Cushing 
• Piora da RI 
• Excesso de tecido adiposo abdominal  aumenta atividade da 11-beta-OH-esteroide 
desidrogrenase Tipo 1 (HSD11B1)  converte cortisona a cortisol  ciclo vicioso 
 
• SM x Hiperatividade do SNS 
o Aumento da termogênese (compensar o excesso de peso) induzida pela alimentação 
(hiperinsulinemia)  aumenta adrenalina e noradrenalina  aumenta PA, RI. 
o Ocorre subsequente hiperleptinemia  vasoconstrição e retenção de fluidos  
diminuição do fluxo sanguíneo para os músculos  consequente piora da RI  
perpetua o ciclo vicioso com hiperinsulinemia, aumento da FC e HAS. 
Leptina: produzida pelos adipócitos. Ajuda no controle da massa corporal, angiogênese e 
função cardiovascular. 
 
• SM x Eixo do GH 
o Causas da diminuição do GH 
▪ Ação direta da insulina na hipófise  diminui secreção de GH. 
▪ Diminuição da produção hepática de IGFBPs (proteína ligadora de IGF)  
eleva IGF-1 (fator de crescimento de insulina) livre  inibe GH. 
▪ Diminuição de GH pelos AGL (ácidos graxos livres). 
▪ Eleva somatostatina por AGL. 
▪ SOP, CA, aumento do volume adrenal, hiperplasia prostática  eleva IGF-1. 
▪ Se menos GH  aumenta tecido adiposo e AGL. 
 
• SM x Eixo Gonadal 
o Diminuição de Testosterona T e L e SHBG (sex homone-binding globulin) 
o Diminuição dos pulsos de LH (M) e aumento de E2 (H) 
o Adiposidade eleva aromatase  eleva níveis de E2 e Estrona  inibe liberação de LH 
hipofisário. 
o Elevação da insulina  diminui SHBG  diminui Testosterona T  hipogonadismo 
em homens. 
o A estimulação da insulina sobre os ovários  aumenta RI  leva ao 
hiperandrogenismo (SOP) 
o Hiperinsulinemia  diminui SHBG  aumenta T livre. 
o IGF-1 livre  aumenta o volume ovariano  potencializa a ação do LH. 
o Diminuição do FSH  diminui a maturação folicular  diminui E2 
o Hiperandrogenismo  aumenta RI. 
As frações que representam a testosterona total são: a fração fortemente ligada à SHBG (50 a 
60%), a fração fracamente ligada à albumina (40 a 50%) e a forma livre (0,5 a 2,0%) 
 
8. Novos métodos para estimativa da gordura corporal 
• BAI – índice de adiposidade corporal: 
o BAI = cintura (cm) / altura (m) x 1,5 – 18 
 
 
- Helena C. F. L. – M21 - 
4 
 
RI
Hiperinsulinemia
Hiperglicemia
Diminui a captação 
de glicose muscular
Aumenta a 
produção de glicose 
hepática
Aumenta lipólise
Eleva a lipólise
Eleva AGL
Estetose hepática
Diminui insulina
Dislipidemia
SM
PCR, fibrinogênio, 
PAI -1, ferritina, AU
BAI/IAC = 
Masculino Feminino Classificação 
8 – 20 21 - 32 Normal 
21 – 25 33 – 38 Sobrepeso 
> 25 > 38 Obesidade 
 
• VAI – índice de adiposidade visceral 
o Homens: (cintura/ [39,68 + (1,88 x IMC)]) x (TGC/1,03) x (1,31/HDL) 
o Mulheres: (cintura/ [36,58 + (1,89 x IMC)]) x (TGC/0,81) x (1,52/HDL) 
▪ Normal deve ser igual a 1 
• Circunferência cervical 
• Relação CA/altura <0,5 
9. SM x Alterações Bioquímicas• Diminui adiponectina 
o Quais ações da adiponectina? 
▪ Antiinflamatória e antiteratogênica 
▪ Inibe a produção e glicose hepática e gliconeogênese 
▪ Aumenta a captação de glicose e oxidação de ácidos graxos 
▪ Relação inversa com tecido adiposo visceral (TAV), PA, peso corporal, 
hipertrigliceridemia, inflamação e RI 
▪ Papel antineoplásico 
• Aumenta resistina 
o Relação direta com: 
▪ TAV 
▪ PA sistólica 
▪ Hipertrigliceridemia 
▪ HDL-c baixo 
10. SM x Terapia Anti-HIV 
• Inibidores de Protease (IP) e Transcriptase Reversa (ITR) 
o Aumenta tecido adiposo visceral e diminui periférico 
o IP 
▪ Diminui diferenciação de pré-adipócitos em adipócitos por diminuir a ação 
do PPAR-gama 
▪ Ligação dos lípides ao LDLr 
▪ Translocação e atividade da GLUT-4, etc... 
o ITR (estavudina e zidovudina) aumenta distúrbios mitocondriais e apoptose dos 
adipócitos por inibirem a síntese de DNA. 
• Proteínas acessórias do HIV inibem a ativação do PPAR-gama e a ação da insulina 
- Helena C. F. L. – M21 - 
5 
 
• Aumento da TNF-alfa por conta do aumento dos linfócitos T-helper 
11. SM x Câncer 
• Risco aumentado de CA e mortalidade. 
• Hiperinsulinemia  efeitos mitogênicos diretos da insulina  aumenta risco de CA  CA 
colorretal e carcinoma endometrial. 
12. SM x Alzheimer 
• DM2 (RI + falência progressiva das células beta)  risco aumentado de doenças cognitivas. 
• RI  diminuição da captação de glicose pelos neurônios, aumento na produção e secreção 
de beta-amiloide, formação de placas senis, fosforilação da proteína TAU. 
• Hiperglicemia  Diminuição na atividade da IDE (enzima degradadora de insulina) e 
aumento do estresse oxidativo. 
o IDE: degrada insulina e o peptídeo beta-amiloide. 
13. Tratamento 
• Combater a obesidade, sedentarismo e tabagismo 
• Perda de peso (diminui RI, HAS, dislipidemias e glicemia)  5% de perda já há melhora 
importante 
• Cirurgia bariátrica: 95% deixa de ter SM após 1 ano. 
• Dieta do mediterrâneo: 
o Grãos integrais, frutas, nozes e azeite de oliva (44% deixa de ter SM após 2 anos) 
• Tratar intolerância a glicose 
o Como? 
▪ MEV (58%) 
▪ Sensibilizadores de insulina (31%) 
▪ Secretagogos no DM2, caso o uso de sensibilizadores não forem efetivos por 
si só  pode levar a disfunção precoce do pâncreas  DM1. 
 
• Tiazolidinedionas (Glitazonas) 
o Teoria do peso bom 
o Diminui esteatose e NASH 
o Melhora perfil lipídico, marcadores da inflamação, PA, MMP-9, microalbuminúria e 
função endotelial 
o Diminui em 16% o risco de DAC e AVC 
o Diminui em 55-81% a evolução de glicemia de jejum alterada e intolerância a glicose 
para DM2. 
• Metformina 
o Principal ação no fígado 
o Diminui 
▪ Peso 
▪ Inflamação 
▪ Dislipidemia 
▪ Melhora função endotelial 
o UKPDS – Metformina diminui mortalidade 
▪ 42% em DM2 
▪ 39% em IAM 
▪ 36% de morte por qualquer causa 
 
• SM x HAS 
o Diuréticos 
▪ 1ª linha, porém piora perfil lipídico e RI 
o IECA, BRA e inibidores da renina 
▪ Proteção renal e diminui microalbuminúria, RI e risco de DM2 em hipertensos 
 
• SM x Dislipidemias 
o Tratar agressivamente 
o LDL <70mg/dL se paciente de risco muito alto 
 
- Helena C. F. L. – M21 - 
6 
 
o Estatinas 
▪ 1ª linha na SM 
▪ Pode ser necessário associações de drogas 
▪ Associação estatina + niacina NÃO diminui 75% de mortalidade por DAC 
 
• SM x HIV 
o Usar pravastatina e fibratos 
o Não interferem no metabolismo dos IPs e ITRs 
 
• Medicações anti-obesidade devem ser usados sempre que necessário 
o Sibutramina (SIB) 
▪ Diminui lípides, ácido úrico, leptina, resistina e hiperandrogenima na SOP 
▪ Melhora NASH 
o Orlistat 
▪ Diminui IMC, %gordura, RI, circunferência abdominal, PCR 
▪ Aumenta os níveis de adiponectina

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