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Biogeografia Relatorio parque Barreirinha de Curitiba

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ 
SETOR DE CIÊNCIAS DA TERRA 
CURSO DE GEOGRAFIA 
BIOGEOGRAFIA 
 
 
 
 
 
 
 
ANTONIO ALCIR DA SILVA ARRUDA 
CRISTINA PEGORARO 
JULLIENE REIS 
QUEZIA FREITAS GARCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARQUE BARREIRINHA E NASCENTES DO RIO BELÉM COMO 
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2017 
 
2 
 
 
1 - INTRODUÇÃO 
O objetivo desse trabalho é reconhecer a classificação dos parques das 
nascentes do rio Belém e parque Barreirinha como unidades de conservação da 
natureza e as suas características tais como, delimitação formato, fragmentação, 
diversidade de paisagens, possibilidades de conexões entre parque e fragmentos 
florestais, efeitos de borda etc. Enfim, fazer uma panorâmica dessas duas 
importantes unidades de conservação urbana quanto a sua inserção e importância 
social na cidade e o estado de conservação atual. 
2 – PARQUE NASCENTES DO RIO BELEM 
O Rio Belém faz parte da bacia de mesmo nome e está situado ao extremo 
norte de Curitiba. Inaugurado em 2001 possui sua nascente situada no bairro da 
Cachoeira no Parque Nascentes do Rio Belém, criado exclusivamente com a ideia 
de proteção da nascente do rio Belém que possui uma extensão de 17,13km. A 
bacia do Rio Belém está limitada pelas ruas Avenida Anita Garibaldi, Rua José 
Bajersk, Avenida Manoel Ribas e Avenida Brasília. O Rio Belém é o rio principal 
possuindo afluentes como por exemplo os Rios Bigorrilho, Ivo, Água Verde, Juvevê, 
Vila Guaira entre outros totalizando 46 rios em seu trecho até a desembocadura no 
Iguaçu ao qual se torna por sua vez afluente. 
 Figura 2: Bacia do Rio Belém 
Fonte: IPPUC – GEO (2007) 
3 
 
 
Figura 1: Mapa das Bacias Hidrográficas de Curitiba Fonte: Mapa Base IPPUC (2011) 
 
Conforme MISAEL et NUCCI a área do parque das nascentes do Rio Belém é 
considerada pequena para uma unidade de conservação da natureza possuindo 
apenas 10.850m2 de área de preservação permanente (APP). Os autores concluem 
que a Prefeitura criou um parque para proteger uma área que já estava legalmente 
protegida por ser APP. Devido ao reduzido tamanho, não há diversidade de 
ambientes, sendo uma área originalmente ocupada por Floresta Ombrófila Mista 
aluvial. 
“Constatou-se também que boa parte da área do parque está ocupada por 
edificações como a do Posto da Guarda Municipal e por construções como 
sanitários, mirante, ponte, fonte, lago, pergolado e caminhos, infraestrutura 
que deve fazer parte de um parque urbano devido a sua função social e 
estética, mas que reduz ainda mais a área destinada à conservação da 
natureza. Quanto ao formato retangular não muito alongado do parque, esta é 
uma característica relativamente boa, porém, devido ao tamanho reduzido, 
pode-se afirmar que não há área nuclear e que toda a área do parque sofre 
um intenso efeito de borda, principalmente pelos usos potencialmente 
impactantes que se encontram nos limites do parque.” 
 
A localização do cemitério (1) de forma adjacente ao parque em cota 
altimétrica superior causa impacto de borda contaminante à nascente do rio Belém 
que tende a piorar em função de uma possível ampliação desse cemitério em médio 
prazo representada pela área pública reservada (2). O Bairro Recanto Feliz (3) 
degradou outras nascentes do rio Belém que estavam situadas em cotas altimétricas 
superiores em função do escoamento superficial de esgoto doméstico que atinge 
diretamente o parque. Encontrando o rio Belém em sua porção inicial. Outro fator 
de contaminação do parque está na ferrovia que passa ao lado leste junto com a 
avenida Anita Garibaldi em cota altimétrica também superior e que através de bueiro 
construído para o desague no parque, ratifica essa contaminação. Fato constatado 
pela equipe de alunos com a observação docente. Ou seja, o rio Belém já começa 
poluído em seu trecho inicial e receberá outros alimentadores de poluição em todo 
seu percurso até o rio Iguaçu. 
Concluindo, pode-se afirmar que as ocupações antrópicas funcionam como 
barreiras para a conectividade entre fragmentos florestais, restando apenas poucos 
trechos conservados de mata ciliar a jusante da nascente e que poderiam conectar o 
parque com outros fragmentos florestais, mas não o fazem em função da 
urbanização e suas obras que além de contaminantes são isoladoras. 
4 
 
 
Figura 3 – Localização e contorno do Parque das Nascentes do Rio Belém com o marcador 
amarelo no ponto exato da nascente com uma foto sobreposta do local mapeado e em azul o rio 
Belém. A norte, na vertente direita do rio, está o cemitério (1) e em (2) sua possível área de 
expansão. Mais ao norte, em cotas mais elevadas, encontra-se o bairro Jardim Recanto Feliz (3 
Fonte: Adaptado Google Earth(2017), MISAEL/NUCCI,(2015) e foto ARRUDA.A.S.A (2017) 
 
 
 
Figura 4: Destaque da Nascente com a localização geográfica em UTM 
Fonte: adaptado Google Maps 2017 
 
.3 – PARQUE BARREIRINHA 
Conforme a Prefeitura Municipal de Curitiba o parque foi “criado em 1959 mas 
transformado em parque e entregue a população apenas em 1972, na primeira 
gestão do prefeito Jaime Lerner, o Parque da Barreirinha tem uma área de 275.380 
metros quadrados, entre araucárias, aroeiras, canelas, bracatingas, pés de erva-
mate e outras espécies nativas. No parque estão espalhadas churrasqueiras, 
playground e outros equipamentos de lazer. A área verde de preservação natural do 
5 
 
parque é importante regulador da qualidade de ar na região e um bom exemplo de 
consciência ecológica”. 
3.1 - O Parque Barreirinha pode ser considerado uma Unidade de 
Conservação? (Explique). Ele já é considerado pela prefeitura de Curitiba 
como um Parque Natural Municipal? Quais os objetivos de um Parque 
Natural Municipal de acordo com o Sistema Nacional de Unidades de 
Conservação da Natureza? 
Para responder essa pergunta é necessário consultar a legislação municipal 
para que haja esclarecimento. A lei 9.804 do ano 2000 que cria o Sistema de 
Unidades de Conservação do Município de Curitiba (de propriedade pública ou 
privada, com características naturais de relevante valor ambiental ou destinadas ao 
uso público, legalmente instituídas, com objetivos e limites definidos, sob condições 
especiais de administração e uso, as quais se aplicam garantias de conservação, 
proteção ou utilização pública ( CURITIBA, 2000), era a que regimentava a definição 
dos parques no Município de Curitiba/PR e definia o que era um parque de 
conservação classificando o parque barreirinha como sendo um Parque de 
Conservação, 
“Parques de conservação: Áreas de propriedade do Município destinadas à 
proteção dos recursos naturais existentes, que possuam uma área mínima de 
10 ha (dez hectares) e que se destinem à manutenção da qualidade de vida e 
proteção do interesse comum de todos os habitantes;” 
 
Conforme (GALVÃOS,2003), ”a definição de unidade de conservação 
utilizada pelo município permite a designação de quase qualquer tipo de espaço 
como unidades de conservação já que estas são caracterizadas pelo “valor 
ambiental ou destinadas ao uso público” e, também, “com garantias de conservação, 
proteção ou de utilização pública “ 
No entanto em 2017 a lei 15047/2017 altera a lei 9804/2000 inserindo o texto de 
definição de Bosque de Conservação da Biodiversidade Urbana -BCBU 
 
“X - BOSQUE DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE URBANA - BCBU: 
são áreas de propriedade do Município, atingidas em, no mínimo, 70% 
(setenta por cento) por vegetação do bioma Floresta com Araucária, 
destinadas principalmente à conservação e recuperação da biodiversidade 
local, mas que podem conter equipamentos de uso público, lazer e atividades 
educativas, paraauxiliar na proteção de seu entorno. (Redação acrescida 
pela Lei nº 15.047/2017)” 
 
Assim pode-se afirmar que o Parque Barreirinha se encaixa nessa definição e 
pode ser considerado Bosque de Conservação da Biodiversidade Urbana – BCBU 
6 
 
 
Respondendo o questionamento sobre o objetivo de um parque natural 
municipal GALVAO,2003 apud ANDRADE,2001) diz que “Grande parte (85%) dos 
parques e bosques públicos de Curitiba apresenta cursos d’água em seu interior 
sendo, portanto, distribuídos ao longo dos principais rios que cortam ou delimitam o 
município esses parques públicos surgiram dentro de uma visão sanitarista, com a 
principal função de prevenir as enchentes, sendo o entorno dos reservatórios 
adaptados, com obras paisagísticas, para o lazer, como forma de se evitar o 
loteamento irregular sem se preocupar muito com a conservação da natureza. 
(OLIVEIRA,1996 apud ANDRADE, 2001)” 
 
3.2 -. Faça uma avaliação do parque com base em alguns critérios da Teoria 
da Biogeografia de Ilhas: 
 
3.2.1 - Proteção das nascentes e da mata ciliar do rio que corta o 
parque (APPs). 
 
As nascentes no interior do parque estão protegidas, pois obedece a legislação de 
unidade conservação que preconiza o Código Florestal Brasileiro. 
 
“O Código Florestal atual, no seu art. 4º, estabelece como áreas de 
preservação permanente: I - as faixas marginais de qualquer curso d'água 
natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha 
do leito regular, em largura mínima de:a) 30 (trinta) metros, para os cursos 
d'água de menos de 10 (dez) metros de largura;” 
 
Mas na parte externa do parque isso não acontece, pois estará em área fora 
de preservação e densamente urbanizada onde o rio é canalizado e por isso mesmo 
sujeito ao despejo de resíduos de esgoto doméstico e outros tipos de agentes 
poluidores. 
 
3.2.2- Tamanho do parque e de suas áreas de Floresta Ombrófila Mista 
contínua (FOM) 
 
Parte dos remanescentes de Floresta Ombrófila Mista está inserida em áreas 
urbanas sob forma de Unidades de Conservação (UCs). Elas são definidas pelo 
Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC, 2000) como espaço 
territorial com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder 
Público, com objetivo de conservação e limites definidos, sob regime especial de 
administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção. 
Conforme ( MIELKE et al 2015) “O Parque da Barreirinha apresenta área total 
de 132.014m², sendo apenas 42.920,68m² de vegetação remanescente da Floresta 
Ombrófila Mista, além de áreas com vegetação graminóide, áreas arbóreas isoladas, 
7 
 
lagos, construções e trilhas”. Ou seja, apenas 32,5% de floresta ombrófila mista 
remanescente do total da área total do parque. 
 
3.2.3 - Fragmentação da cobertura vegetal arbórea dentro do parque. 
Foi verificado uma fragmentação vegetal composta por floresta ombrófila 
mista além de outras formações vegetais como graminóides e agrupamentos 
arbóreos isolados sem densidade e quase sempre “bosqueados” com 
churrasqueiras, trilhas e demais atrativos ao visitante do parque. 
 
3.2.4 - Diversidade de paisagens (lagos, floresta, playground, etc), 
dentro do parque, 
 
O parque Barreirinha do ponto de vista da população possui grandes atrativos 
em paisagem e recursos tais como 3 lagos artificiais, churrasqueiras, sanitários, 
estacionamento, cabana, trilhas, cabana etc. conforme o croqui representado na 
figura 5. 
 
 
 
Figura 5 – Croqui do Parque Barreirinha - 1-Estacionamento 2-Guarita 3-Salão de Festas 4-
Playground 5-Cabana 6-Lago 
7-Biblioteca/Administração/Sanitários 8-Cancha de Vôlei 9-Churrasqueiras 
Fonte da imagem – Prefeitura Municipal de Curitiba 
8 
 
 
Fonte da imagem: PMC 
3.2.4 - Formato do parque (circular, alongado, ...), 
 
Conforme pode se observar na figura 5 o parque possui formato irregular 
alongado com menor largura na segunda metade da parte leste e maior largura na 
segunda metade da parte oeste, mas sem formar uma figura geométrica definida. 
 
3.2.5 - Possibilidades de conexões (corredores ecológicos) entre 
outros parques e fragmentos de florestas, 
 
Possibilidade de corredores ecológicos é limitados por muros e também pelo 
efeito de borda do parque. Como existem espécies exóticas bastante invasivas 
como pau incenso (Pittosporum undulatum ) por exemplo que cresce em profusão no 
parque; essa possibilidade apesar de difícil é possível, pois o parque barreirinha é 
adjacente com o horto florestal e outros fragmentos florestais entorno. No entanto 
entre os fragmentos florestais dentro do próprio parque essa invasão é possível 
apesar da dificuldade imposta pela atividade humana em forma de muro e 
bosqueamento. 
 
3.2.6 Estressores externos e efeito de borda: ferrovia, avenidas, etc. 
Acrescentar a esses critérios outros com base nos artigos de Galvão et al. (2003) e 
Misael e Nucci (2015), além de outras observações feitas nas imagens de satélite. 
 
Em função de o parque barreirinha ser uma unidade de conservação urbana 
ou de acordo com a lei 15047/2017 que altera a lei 9804/2000 definindo o parque 
barreirinha como um Bosque de Conservação da Biodiversidade Urbana –BCBU 
apresenta vários fatores de estresse da biodiversidade do parque como efeito de 
borda destacando-se a poluição sonora, provocado pelo trem e veículos na borda do 
9 
 
parque por varias avenidas; a contaminação da nascente do rio Bacacheri que entra 
no parque já contaminado, ou seja apesar do rio passar pelo parque de forma 
protegida em suas margens por mata ciliar, a sua nascente não está protegida por 
estar em propriedade privada fora do perímetro do parque conforme demonstrado na 
figura 6. Ainda como fator de estresse pode-se citar as espécies exóticas presentes 
no parque com ênfase no pau-incenso (Pittosporum undulatum ). 
Galvão et al. (2003) diz que “ além de pequenos os parques e bosques 
públicos de Curitiba não são conectados entre si, apresentam espaços interiores 
fragmentados pelo sistema viário, são voltados principalmente para o uso intensivo 
da população, apresentam muitas áreas construídas, plantas exóticas etc. o que 
demanda uma manutenção ativa contínua e extensiva.” E essa manutenção 
antrópica também é um fator estressante para a conservação da natureza, pois 
provoca uma diminuição das possibilidades para a vida nativa. O autor conclui “um 
parque urbano há poucas zonas tranquilas nas quais os seres vivos possam se 
desenvolver naturalmente” 
3.2.7 - Utilizar mapa hidrográfico com maior detalhamento do trecho 
superior da bacia do rio Bacacheri, indicando o arruamento, as avenidas 
como divisores de águas e o parque Barreirinha e outros parques, além de 
outros pontos de referência, como a linha férrea. 
 
Figura 2: Bacia do Rio Bacacheri 
Fonte: COMEC e SEMA (2000) 
 
 
10 
 
3.2.8 - Delimitar sobre imagem do Google Earth, o rio Bacacheri e o 
Parque Barreirinha. Fazer as análises sobre as imagens: utilizem recursos 
gráficos para desenhar sobre as imagens do Google Earth, coloquem setas e 
caixas de texto explicativas e fotos 
 
 
 
Figura 6 – perímetro do parque barreirinha, hidrografia, ferrovia e arruamento interno 
Fonte: ÍPPUC, Google maps, – adaptado ARRUDA, A.S.A em Qgis (2017) 
 
 
Figura 7 – Perímetro do parque barreirinha 
Fonte: Google Earth – adaptado ARRUDA.A.S.A ( 2017) 
 
11 
 
3.3 Apresente três espécies de Árvores Exóticas Invasoras (AEI) presentes 
no Parque da Barreirinha, descrevendo suas características ecológicas 
que fazem com que essas espécies tenham uma grande capacidade de 
invasão de áreas e de competição com as espécies nativas. Utilize fotos 
para ilustrar.Este item será apresentado com fragmentos de texto e fotos extraídos do 
trabalho realizado por ILA SCHOLZ em sua monografia de graduação de Biologia da 
UFPR em 2013. No seu trabalho a autora observa as características das espécies 
invasoras citando outros autores desse tema: “As espécies exóticas invasoras são 
uma ameaça à biodiversidade global em áreas de mata nativa (LAKE e LEISHMAN, 
2004). A infestação biológica é o processo da introdução e adaptação da espécie 
exótica que pode se tornar invasora causando mudanças em ecossistemas naturais 
(ZILLER, 2001). Este processo pode afetar a saúde humana, contribuir para a 
instabilidade social e econômica (MCNEELY et al., 2001), e mudar processos 
ecológicos, como: ciclagem de nutrientes, taxas da decomposição, processos 
ecológicos, polinização, biodiversidade e valor estético da paisagem (ZILLER, 2001). 
A infestação biológica tende a multiplicar progressivamente e reduzir a capacidade 
de regeneração ou resiliência (PIMM, 1991), transformando-se em um problema com 
dimensões elevadas (WESTBROOKS, 1998). 
Ela conclui que as AEIs mais preocupantes são aquelas que se comportam 
como espécies pioneiras e possuem vantagens de crescimento em relação às 
espécies nativas. 
 
Quadro 1 – Demonstrativo da quantidade de AEI´s presentes em 2007 e 2013. 
Fonte dos dados: SCHOLZ, 2013 
12 
 
 
 
 
 
 
3.3.1 - Pau-incenso - (Pittosporum undulatum Vent.) 
 
 
 
Figura 8 – Pau-incenso - (Pittosporum undulatum Vent.) 
Fonte da Imagem: SCHOLZ, 2013 
 
Conforme SCHOLZ Foram encontrados 1101 pau-incensos adultos no 
parque, recebendo o primeiro lugar das plantas AEI. O Pau-incenso - (Pittosporum 
undulatum Vent.),” trata-se de uma árvore perene usada frequentemente em Curitiba 
como planta ornamental, devido às suas flores perfumadas e atrativas. Esta espécie 
exibe grande versatilidade como colonizadora de áreas abertas e perturbadas. 
Possui um denso banco de plântulas e de sementes no solo e tem boa capacidade 
de rebrota após o corte (BINGGELI e GOODLAND, 1998)”. 
Conforme o site FITOBOTANICA, 
 
“o pau incenso é originário da Austrália, é uma árvore que tem o 
crescimento muito rápido, chegando até 10 m de altura, e às vezes até 12 a 
15 m em locais úmidos e abrigados do vento. O tronco tem casca cinzenta, 
com forma irregular, forte nodosidade na zona de inserção dos ramos e 
imediatamente abaixo desta. A copa é piramidal, formando uma canópia com 
3 a 5 m de diâmetro. As folhas são perenes, ovado-lanceoladas, agudas, de 
margem ondulada (o que dá o nome à espécie). As folhas quando 
esmagadas produzem um odor pungente. As flores agrupam-se em cimos, 
13 
 
com pétalas brancas, lanceoladas. As flores emitem durante a noite e 
madrugada um cheiro suave mas intenso, que pode ser facilmente percebido 
a vários metros da árvore. Os frutos são cápsulas obovoides, glabras, 
bivalves, que de verde glauca passam a cor de laranja intenso quando ficam 
maduros. Os frutos são resinosos, possuindo um forte odor. Aceita vários 
tipos de solos, até os com baixa fertilidade natural e com pouca matéria 
orgânica. Prefere ambientes ensolarados e abertos, mas este fator não é 
limitante.” 
 
3.3.2 - Uva Japão(Hovenia dulcis Thunb) 
 
 
Figura 9 - Uva Japão (Hovenia dulcis) 
Fonte da imagem SCHOLZ,2013 
 
SCHOLZ identificou a uva japão (Hovenia dulcis) como a segunda planta 
invasora com maior número de indivíduos no Parque Barreirinha e faz uma 
descrição. 
 “trata-se de uma espécie resistente, ocorrendo no Japão, China e 
Coreias orientais até o Himalaia sendo encontradas até 2.000m crescendo 
preferivelmente a pleno sol. Foi introduzida em diversos países como 
ornamental, pela madeira e pela sua fruta comestível (KOLLER e 
ALEXANDER, 1979). Invade rapidamente a floresta perturbada, formando 
maciços densos e inibindo o crescimento de espécies de plantas nativas. A 
14 
 
dispersão é difícil de controlar devido à abundância de diversos agentes de 
dispersão incluindo pássaros (HORUS, 2005). A espécie foi plantada pela 
municipalidade de Curitiba nos anos 80 ao longo das ruas da cidade (BLUM 
et al., 2008). Além disto, o sucesso no seu estabelecimento pode ser devido 
às suas características ecológicas, razão da exclusão de espécies nativas 
(RODOLFO et al.,2008).” 
 
 O site FLORASBS descreve a uva japão (Hovenia dulcis) afirmando que pode 
atingir até 25m de altura, que possui copa globosa e ampla. Diz que a casca é lisa a 
levemente fissurada, pardo-escura a cinza-escura. Onde “as folhas são simples, 
alternas, curto-pecioladas, ovadas, acuminadas, glabras na parte superior e 
ligeiramente pubescentes na parte inferior”. Afirma também que as flores são 
hermafroditas, pequenas, branco-esverdeadas e são numerosas. Os frutos são 
pequenos, na forma de cápsula globosa seca com duas a quatro sementes, preso a 
um pedúnculo carnoso cor de canela com sabor doce e agradável. Conclui dizendo 
que as sementes são alaranjadas ou avermelhadas quando recém-colhidas, 
passando para marrom a preta com o tempo, sendo aproximadamente circulares. 
 
 
 
 
Figura 10 - O alfeneiro (Ligustrum lucidum W. T.Aiton) 
Fonte da imagem: SCHOLZ, 2013 
 
No trabalho de SCHOLZ foi constatado que o alfeneiro (Ligustrum lucidum W. 
T.Aiton) é a terceira planta invasora com maior número de indivíduos presentes no 
Parque Barreirinha. 
“...é ornamental, tolerante e de fácil crescimento, desenvolve-se em 
quase todo o solo, a pleno sol ou sombra, sendo igualmente tolerante à 
poluição atmosférica e a poda, mesmo dos ramos muito velhos ou quando 
podados drasticamente (DAVIS, 1990; THOMAS, 1992) (FIGURA 10). Tais 
15 
 
características confirmam seu potencial invasor sob diversas circunstâncias 
ambientais, não sendo indicado à finalidade de ajardinamento. Inconsciente 
disto, a municipalidade de Curitiba plantou-o ao longo das ruas, 
especialmente durante os anos 80. Desde então, aquelas árvores formaram 
uma fonte de contaminação de UCs, conforme citaram Smith et al. (2006). 
Geralmente, a espécie é encontrada inicialmente nas bordas e nas clareiras, 
sendo dominante em algumas UCs de Curitiba, como citou Roseira (1990). 
Podem atingir as dimensões de uma pequena árvore (até 10m) de folhas 
persistentes e brilhantes (bastando a sua beleza para justificar o uso que lhe 
é dado), flores (brancas) dispostas em inflorescências em cacho. Os frutos 
(de cor azul carregado) são bagas também agrupadas em cacho e muito 
apreciadas por aves de diversas espécies” 
 
4 - CONCLUSÃO 
Este trabalho foi gratificante e conclusivo em alguns aspectos que antes de 
sua execução era desconhecido pelo discente da disciplina de Biogeografia. A 
primeira observação foi entender que a nomenclatura de classificação de unidade de 
conservação de parques naturais é de responsabilidade dos municípios que não 
seguem exatamente a recomendação do código florestal e possuem autonomia para 
regular. No caso do parque Barreirinha e outros parques municipais entender que 
houve uma modificação na lei 9804/2000 com a lei 15047/2017 alterando o nome 
dos parques municipais para Bosque de Conservação da Biodiversidade Urbana–
BCBU. A segunda observação se faz ao entendimento de dano à floresta ombrófila 
mista das plantas invasoras como o pau-incenso (Pittosporum undulatum ), que do 
ponto de vista popular é uma planta inofensiva e agradável, mas que sob a ótica da 
natureza nativa essa planta e outras AEI´s são extremamente danosas podendo 
extinguir espécies que não consigam competir. 
 
5 – REFERÊNCIAS 
 
 
MISAEL, G.Y.M; NUCCI, J.C – Parque municipal nascentes do Belém (Curitiba-
PR) como unidade de conservação da natureza, I Congresso de Geografia e 
Atualidades – UNESP, Rio Claro-SP, 2015GALVÃO,W; SANTOS A.C.; PIACESKI C.; GOOD P.L.; NUCCI J.C. – Conservação 
da natureza no município de Curitiba – PR, artigo publicado na Revista GEOUERJ 
número especial, Rio de Janeiro, 2003 (CD ROM) 
 
SCHOLZ, I – Árvores exóticas invasoras no parque municipal da Barreirinha 
(Curitiba, Paraná): Subsídios ao manejo e controle – UFPR, Curitiba-PR, 2013 
 
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA 
<http://www.curitiba.pr.gov.br/conteudo/parques-e-bosques-parque-barreirinha/295> 
Acessado em 1/10/2017. 
16 
 
 
LEIS MUNICIPAIS DE CURITIBA 
<https://leismunicipais.com.br/a/pr/c/curitiba/lei-ordinaria/2000/981/9804/lei-ordinaria-
n-9804-2000-cria-o-sistema-de-unidades-de-conservacao-do-municipio-de-curitiba-e-
estabelece-criterios-e-procedimentos-para-implantacao-de-novas-unidades-de-
conservacao> Acessado em 12/10/2017 
 
FITOBOTANICA 
<http://fitobotanica.blogspot.com.br/2012/06/pau-incenso.html> Acessado em 
12/10/2017 
 
FLORASBS 
<https://sites.google.com/site/florasbs/rhamnaceae/uva-do-japao>Acessado 
em 12/10/2017

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