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Venezuela: Geografia e Sociedade

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1 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ 
 
 
 
 
ANTONIO ALCIR DA SILVA ARRUDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VENEZUELA – UM PAÍS NA ENCRUZILHADA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2017 
 
 
2 
 
 
ANTONIO ALCIR DA SILVA ARRUDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VENEZUELA – UM PAÍS NA ENCRUZILHADA 
 
 
 
 
Trabalho de graduação apresentada à 
disciplina GB073 – Geografia do Mundo do 
Curso de Geografia do Setor de 
Ciências da Terra da Universidade Federal do 
Paraná. 
Prof. Dr. Wolf-Dietrich Sahr 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2017 
 
3 
 
Sumário 
1 - INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................ 4 
2 - GEOFATORES – ASPECTOS FÍSICOS ........................................................................................................ 5 
2.1 - Relevo e Geologia ....................................................................................................................................... 5 
 2.1.1 - Geologia e os Recursos Minerais ............................................................................................................ 8 
2.2 – Vegetação ................................................................................................................................................... 9 
2.2.1 - Classificação da vegetação da Venezuela ............................................................................................. 11 
2.3 – Hidrografia ................................................................................................................................................. 13 
2.4 – Clima ......................................................................................................................................................... 17 
2.4.1 - Classificação climática ............................................................................................................................ 18 
3 - GEOFATORES GEOGRÀFICOS E SOCIAIS ............................................................................................. 21 
3.1 - Organização territorial ................................................................................................................................ 21 
3.2 - Dados geográficos e sociais ...................................................................................................................... 22 
4 - GEOFATORES INFRA ESTRUTURAIS E SÓCIO ECONÔMICOS ............................................................ 24 
4.1 – Agricultura ................................................................................................................................................. 23 
4.2 - Eletricidade ................................................................................................................................................ 23 
4.3 – Transportes ............................................................................................................................................... 24 
4.3.1 – Transporte rodoviário ............................................................................................................................. 25 
4.3.2 – Transporte ferroviário ............................................................................................................................ 25 
4.3.3 - Aeroportos............................................................................................................................................... 26 
4.3.4 - Portos ..................................................................................................................................................... 26 
4.4 - Indústria ..................................................................................................................................................... 29 
4.5 - População e Demografia ........................................................................................................................... 30 
4.5.1 - Demografia.............................................................................................................................................. 31 
4.5.2 - Grupos étnicos ........................................................................................................................................ 35 
4.5.3 - Problemas sociais ................................................................................................................................... 36 
4.6 – Economia .................................................................................................................................................. 37 
4.6.1 – Petróleo ................................................................................................................................................. 39 
4.6.2 - Cuencas Petrolíferas de Venezuela ....................................................................................................... 41 
5 - CONCLUSÃO ............................................................................................................................................... 45 
6 - REFERÊNCIAS............................................................................................................................................. 46 
 
 
4 
 
1 – INTRODUÇÃO 
 
A Venezuela, oficialmente chamada de República Bolivariana da Venezuela, é um 
país americano localizado na parte setentrional da América do Sul em plena área tropical. 
Constituído por uma parte continental e um grande número de pequenas ilhas e ilhotas no 
Mar do Caribe. Sua capital é Caracas e também sua maior cidade com uma população de 
1.943 milhão de habitantes. 
Conforme o INE – INSTITUTO NACIONAL DE ESTASTSTICA, a Venezuela possui 
uma extensão territorial de 916.445 km² de área continental mais um território de 1.270 
Km2 (0.14%) composto pelas ilhas do Mar do Caribe constituindo-se no 34º território de 
maior tamanho do planeta. O território continental faz fronteira com o Mar do Caribe ao 
norte, a Colômbia a oeste, o Brasil ao sul e a Guiana ao leste com a qual, mantém uma 
disputa territorial sobre a Guayana Esequiba. 
Segundo o INE, a Venezuela possui soberania sobre 71.295 km² de mar territorial, 
22.224 km² na zona contígua, 471.507 km² do Mar do Caribe e o Oceano Atlântico sob o 
conceito de zona econômica exclusiva, e 99.889 km² de plataforma continental. Esta área 
marinha faz fronteira com treze estados soberanos, sendo Trinidad e Tobago, Granada, 
São Vicente e Granadinas, Santa Lúcia e Barbados, alguns deles. 
A população atingiu 27,227 milhões de habitantes no censo de 2011 e 30,4milhões 
em 2013. Segundo o IBGE@paises, a população é amplamente diversificada e constituída 
por grupos étnicos europeus e mestiços e, em menor grau, africanos, indígenas e asiáticos. 
Essas características influenciam suas culturas e manifestações artísticas. Politicamente, é 
constituída como um estado federal, democrático, social, jurídico e autônomo federal, cuja 
soberania está consagrada em seu Ato de Independência assinado em 1811. 
Seu território foi a residência de importantes grupos tribais de ameríndios, como os 
Caribes. Ele foi avistado pela primeira vez por Cristóvão Colombo em 1498, começando 
logo após uma colonização pela Espanha e uma mestiçagem cultural. 
Devido ao boom do petróleo, a Venezuela experimentou um período de alto 
crescimento econômico, interrompido pela crise energética da década de 1980, 
provocando um período de instabilidade política e social, alternando com níveisfinanceiros 
para cima e para baixo. 
Durante a realização desse trabalho, foi constatado que o país está passando por 
graves problemas sociais e econômicos, como a inflação, escassez de produtos básicos 
nos mercados, alta criminalidade e censura da imprensa de acordo com a divulgação 
patrocinada pelo site PÚBLICO. 
5 
 
2 – GEOFATORES – ASPECTOS FÍSICOS 
 
2.1 - Relevo e Geologia 
 
 
Figura 1 - Mapa geomorfológico da Venezuela. 
Fonte da imagem: IGVSB. 
 
 
 
6 
 
 
Figura 2 - Mapa Geológico Estrutural da Venezuela. 
Fontes da Imagem: Ministério de Energía y Minas e INGEOMIN. 
 
 A Venezuela é um país conformado por uma grande variedade de tipos de relevo, 
e também por uma estratigrafia retratada no mapa da Sociedade Venezuelana de Geologia 
(Figura2). 
7 
 
Todas essas regiões se formaram em diferentes momentos geológicos, que, ao 
longo do tempo, sofreram mudanças internas, dando origem a inúmeros recursos naturais: 
ouro, diamante, ferro, entre outros. (SIGAVENEZUELA, 2017). 
 De acordo com o INE (2017), o relevo é dividido em seis regiões fisiográficas com 
características geológicas diversificadas. 
 A primeira região é a plataforma continental, litoral costeira e ilhas no Mar do 
Caribe que se localiza ao norte do país. Ocupa 17,5% da área nacional e possui uma 
altitude média de 100m com exceção da ilha de Margarita (800m) em Cerro Copey. 
Geologicamente possui sua origem no cretáceo e as ilhas possuem afloramento de rochas 
ígnea. Essa região é habitada por 21,9% da população 
 A segunda região é um sistema de montanhas costeiras ou do Caribe localizada 
entre a zona costeira do nordeste e as planícies. Sofre uma interrupção pela depressão de 
Unare. Possui uma altitude média de 200m no Piedemonte, até uma altura máxima de 
2765m no pico Codazzi. Cordilheira de tipo alpino, com rochas metamorficas originadas do 
período mesozóico médio. É a região mais populosa com 40,8% . 
 A terceira região é composta pelos vales e serranias dos estados Falcon, Lara e 
Yaracuy. É uma zona de transição localizada no noroeste do país entre os sistemas 
montanhosos da costa e os Andes venezuelanos. Ocupa apenas 2,6 da área da 
Venezuela. A sua altitude possui variação de 100m da província costeira até 1990m de 
altitude em Ceroon (Falcon-Lara). Essa região é originada no cretáceo superior e 
cenozóico inferior, e é nela que residem 9,9% da população. 
 A quarta região é a cordilheira dos Andes localizada na parte oeste do país. É uma 
extensão dos Andes colombianos, banhada em duas cordilheiras: Serra de Perija e a 
Cordilheira dos Andes venezuelanos ocupando 5,8% da área do país. Possui uma variação 
na altitude de 200 m no Piedemont até o ápice de 5007m denominado de Pico de Bolívar, 
constituindo-se este pico na maior montanha da Venezuela. 
 A quinta região é constituida pelas planícies chamadas de Los Llanos que estão 
localizadas a partir do oeste do país. Essa é a região mais uniforme da Venezuela, com 
terrenos planos e baixos. A região é dividida em planícies ocidentais, planícies centrais e 
planícies orientais. Ocupam 25,5% da área do país possuindo uma altitude que oscila entre 
100m e até 200m. São chamadas de planícies altas e são formadas por sedimentos 
aluviais recentes do quaternário. As terras altas apresentam baixa inundação e são 
compostas por ondulações produzidas pelos processos de erosão dos rios. Nas terras 
baixas, ocorrem inundações nos longos períodos de chuva, causando transtornos na vida 
8 
 
dos habitantes da região. Aproximadamente 12,5% da população estão localizadas nessas 
planícies. 
 A sexta e última grande região da Venezuela é composta pelo Maciço das 
Guayanas. Localizada no sudeste da Venezuela, forma aproximadamente 45,4% do 
território. São as rochas mais antigas da Venezuela e do mundo com origem pré-
cambriana, sofreram mudanças internas e externas por movimentos tectônicos muito 
fortes. Por efeitos desses movimentos, o Maciço das Guaynas, tornou-se uma região muito 
rica em minerais. Nessa região ainda estão localizadas as Penillanuras que são massas de 
rochas grandes e muito altas. O relevo se apresenta sob a forma de planaltos com alturas 
de aproximadamente 3000m, resultado de um processo do atrito na sua formação. Os mais 
conhecidos são Roraima (2810m) e Auyantepui (2450m). 
 A Gran Sabana, localizada no estado de Bolívar, é o relevo mais importante da 
formação de Roraima, está entre 600m e 1400m de altura. Dentro desta formação 
orográfica está a cachoeira mais alta do mundo, o Churun Merú (Salto Ángel) de 1000 m de 
altura. Sua formação em algumas partes é interrompida por alguns Tepuyes. 
(montanha ou mesa encontrada nas terras da Guiana da América do Sul, especialmente na 
Venezuela e no oeste da Guiana, conforme verbete de mesmo nome na WIKIPEDIA,2017). 
Nessa região estão localizados 5,3% da população Venezuelana. 
 
2.1.1 - Geologia e os Recursos Minerais 
 
Segundo o Atlas da Venezuela - Instituto Geográfico de Venezuela Simón Bolívar, 
(IGVSB, 2017) os recursos minerais da Venezuela se distribuem por todo o país baseado 
nas formações geológicas de seu território que viriam a causar a dinâmica industrial 
relacionada a mineração e ao petróleo. 
 A distribuição dos principais recursos minerais que se exploram no país é um 
reflexo de sua geologia. De fato, no Escudo de Guayana encontram-se as formações de 
ferro correspondentes às rochas antigas do Complexo de Imataca. Nos cinturões de 
rochas vulcánicas guayanesas ("rochas verdes"), existem importantes depósitos primários 
de ouro, como os das minas de El Callao e La Camorra. 
 Na região de Guaniamo, ocorreram intrusões explosivas de magmas de pelo 
menos 120 km de profundidade, formando as chamadas kimberlitas que são a fonte 
primária de diamantes. 
 Ao final do Cretácio e início do Paleoceno com altas temperaturas, foi produzida 
uma intensa meteorização em cordões de granito na região de Los Pijiguasos, formando os 
9 
 
depósitos de bauxita, do qual é processado o alumínio no complexo industrial de Ciudad 
Guayana. Os minerais pesados como o ouro e o diamante, são muito resistentes à erosão 
e a uma vez liberados de suas rochas primárias podem acumular-se em depósitos 
secundarios aluviais. 
 Em relação a região norte do país, nas bacias marinas com águas mornas e pouco 
profundas, tanto do Cretácio Temprano, como do Paleoceno e metade do Terciário, se 
depositaram extensos corpos de calcário, que hoje em dia servem para a fabricação de 
cimento. As bacias marinas periféricas ao continente, possuem uma circulação da água 
pobre em oxigenio, o que torna possível a preservação de grandes quantidades de matéria 
orgânica. Sendo assim, as rochas formadas neste ambiente se converteram, em enormes 
depósitos do petróleo. Como exemplo, podem-se citar as formações Querecual, no oriente 
e La Luna, no ocidente. Durante o soterramento destes sedimentos no Terciário, com o 
respectivo aumento de temperatura e pressão, foram produzidas as reações químicas 
orgânicas ncessárias para a formação de petróleo e gás. 
 Em alguns setores dos estados Táchira, Zulia e Anzoátegui, durante o paleógeno 
foram geradas zonas pantanosas próximas à costa, onde a abundante materia orgânica 
vegetal foi preservada, gerando os depósitos de carbono de Guasare na Cordilheira de 
Perijá; Lobatera em Táchira e Naricual no estado Anzoátegui. 
 
2.2 – Vegetação 
Fazendo-se um cruzamento dos mapas de vegetação, relevo e hidrografia da 
Venezuela percebe-se uma grande biodiversidade determinada por alguns fatores, como 
topografia, exposição solar e temperatura devido à localização tropical, precipitação anual 
e umidade atmosférica,e a história geológica da área. Quase a metade do território 
venezuelano é ocupado por vegetação florestal e grande parte dessas florestas estão 
situado ao sul do Rio Orinoco na região de montanha do Maciço de Guayna. 
 
 
10 
 
Figura 3 – mapa dos tipos de vegetação da Venezuela 
Fonte da imagem: IGVSB- 2003 (Instituto Geográfico de Venezuela Simón Bolívar) 
 
 
 
 
11 
 
2.2.1 - Classificação da vegetação da Venezuela 
 
O Instituto Geográfico da Venezuela Simon Bolívar (IGVSB, 2017) elaborou uma 
classificação da cobertura vegetal do pais identificando suas caracteristicas e qual a região 
de ocorrência dessa vegetação. 
Bosques siempreverdes: Estende-se de los Lhanos até as terras altas. A 
substituição da massa foliar nas florestas é gradualmente realizada ao longo do ano, de 
modo que as árvores dominantes nunca aparecem sem sua folhagem. Eles predominam 
nas regiões com alta precipitação. 
Bosques semideciduos: uma parte das espécies de árvores dominantes perde a 
folhagem durante a estação seca. Essas florestas, também chamadas de "florestas 
comerciais", predominam em regiões com alternância entre uma estação úmida e uma 
seca, menos prolongada. 
Bosques deciduos: a grande maioria das árvores perde a sua folhagem durante a 
estação seca. Eles estão localizados principalmente nas regiões áridas e semiáridas do 
norte do país, onde as condições nutricionais dos solos são mais favoráveis. 
Bosques submontanos: Estendem-se nas áreas baixas das montanhas, variando de 
800 a 1 200 metros de altitude. Podem incluir florestas de folha caduca, semidecídua, de 
folhas perenes e também algumas florestas de nuvens costeiras. Em alguns casos, eles 
são muito altos, com árvores que atingem até 60 m de altura. 
Bosques montanos: crescem nas encostas média e superior das montanhas até 
3.000 metros acima do nível do mar; são sempre verdes e também incluem florestas de 
nuvens andinas, dominadas por grandes pinheiros nativos. Enquanto na Guiana, na 
cimeira de alguns tepuis, eles cultivam bosques tão baixos, mas muito densos. 
Bosques ribeirinhos (ribereños): eles se estendem ao longo das margens dos rios, 
geralmente em bancos e albardones do rio. Se distinguem nesta classificação, as próprias 
florestas do rio. e folhas perenes, localizadas nas florestas do sul do país. As florestas da 
galeria, principalmente semidecíduas ou decíduas, que formam tiras estreitas em ambos os 
lados dos rios e planícies Llaneras. 
 Bosques costeros (manglares): - manguezais - Crescem em praias rasas e ao longo 
das costas do delta do rio Orinoco, são resistentes às águas marinhas, salgada ou salobra. 
Os manguezais são as únicas árvores halófitas da flora venezuelana. 
Arbustales espinosos (espinares y cardonales): são comunidades de plantas 
formadas por arbustos e árvores baixas (geralmente abaixo de 5 m de altura), das quais 
uma grande maioria possui espinhos ou são plantas de cactos (cardonais). Elas estão 
12 
 
localizadas nas zonas áridas do norte do país, desde o estado de Zulia até Sucre e a Ilha 
de Margarita. 
Arbustales siempreverdes: são comunidades vegetais arbustivas formadas por 
espécies com folhas perenes, principalmente de consistência coriácea. Ás vezes eles 
podem crescer nas margens de rios de águas escuras. Eles são típicos das terras baixas e 
médias de Guayana, entre 50 e 1.500 metros acima do nível do mar. 
Arbustales tepuyanos: vegetação arbórea densa que cresce em alguns picos 
Tepuyan acima de 1.500 metros acima do nível do mar. Estes arbustos são comunidades 
de plantas endêmicas e sob uma forma de crescimento específico. 
Matorrales: Arbusto ou vegetação arbórea baixa (abaixo de 5 a 7 m de altura), 
secundária, resultante da degradação por atividade antropogênica de florestas naturais 
nativas. Eles estão concentrados na parte norte do país ao longo da Cordilheira da Costa, 
onde as florestas secas originais foram fortemente interpostas pelo homem há séculos. 
Sabanas: (herbazales graminosos): As savanas são comunidades de plantas 
herbáceas dominadas por gramíneas das terras baixas e regiões tropicais com ou sem 
elementos lenhosos. Constituem o principal tipo de vegetação dos Llanos e da Gran 
Sabana no sudeste do país. 
Herbazales latifoliados de tierra baja: Comunidades de plantas herbáceas que 
crescem em areias de quartzo branco, dominadas por gramíneas de folhas largas e não 
graminóides. São ecossistemas muito ricos em endemismos peculiares do estado do 
Amazonas. Outras pastagens de folhas largas também são encontradas na região do Delta 
em solos turvos. 
Herbazales latifoliados tepuyanos: comunidades de plantas herbáceas peculiares 
aos picos Tepuyan e Gran Sabana, crescem de preferência em solos orgânicos profundos 
(turfa). Os Tepuyan estão localizados entre 1.200 e 3.000 metros acima do nível do mar. 
Estes ecossistemas são muito ricos em espécies endêmicas e forma de crescimento 
especifica. 
Vegetación de páramo: Comunidades de plantas herbáceas e arbustivas típicas de 
áreas de alta montanha, acima do limite da floresta com altitude de aproximadamente 
3.000m. As plantas mais características são as rosetas gigantes dos frailejones. Os 
paramos venezuelanos mais desenvolvidos são encontrados nas altas altitudes da parte 
ocidental do país, no entanto, os páramos mais baixos (subpáramos) crescem na 
Cordilheira da Costa a partir de 2 200 metros acima do nível do mar. 
Vegetación saxícola (litófita): composta de pequenas comunidades de plantas que 
crescem nos numerosos afloramentos rochosos presentes nas terras baixas do noroeste 
13 
 
dos estados do Amazonas e Bolívar, bem como nos tepuis. Ecossistemas muito ricos em 
endemismos. 
Vegetación litoral (insular y continental): comunidades de plantas herbáceas e 
arbóreas que crescem em praias arenosas e em áreas adjacentes, às vezes 
acompanhadas de bromélias terrestres e arbustos espinhosos. Em alguns casos, é uma 
vegetação bastante escassa, enquanto que em outros pode ser densa e impenetrável. 
 
2.3 – Hidrografia 
 
 Observando-se os mapas da hidrografia da Venezuela e a tabela de síntese 
explicativa do INE percebe-se que os rios venezuelanos fluem principalmente para duas 
encostas marítimas: o Mar do Caribe e o Oceano Atlântico. 
 Segundo o IGVSB, 2017 - Instituto geográfico da Venezuela Simon Bolivar, a 
vertente do Atlântico é composta pela Bacia do Orinoco, com 2,140 km de extensão e que 
ocupa 69,3% do territorio nacional; pelo Rio Cuyuni, que se origina no escudo com ligação 
via Rio Cassiquiare em divisão do Rio negro, mas depois passa ao norte até Venemo nos 
Lhanos ao leste. 
 O Rio Essequibo ocupa quase toda a bacia localizada na Zona reclamada de 
mesmo nome e Abrange 4,5% do território venezuelano. Existem outros 22 afluentes 
relevantes, cujos comprimentos variam de 38 a 185 quilômetros. A grande maioria circula 
através do território Essequibo reinvindicado. 
 A bacia composta pelo Golfo da Paria abrange 2,2% do território nacional. Na 
vertente do Oceano Atlântico ainda existe outros 379 afluentes relevantes, cujos 
comprimentos variam de 35 a 316 km, estendidos por todo o território nacional. 
 Para a vertente que deságua no Mar do Caribe tem-se a composição formada pelo 
Golfo da Venezuela e o Lago de Maracaibo que juntos possuem uma área de 12.870 
quilômetros quadrados: 155 quilômetros de comprimento norte a sul por 120 quilômetros de 
largura máxima; 35 metros de profundidade. Abrange 9,9% do territorio. 
 Existem 44 outros afluentes relevantes nessa vertente do Mar do caribe, cujos 
comprimentos variam de 41 a 120 quilômetros, atravessando os estados de Zulia, centro-
oeste do estado Falcón e declive ocidental do alpino andinocorrespondente aos estados 
Trujillo e Mérida. 
 Segundo o INE, para a vertente do Mar do Caribe existe a Bacia do Caribe; que é 
estruturada por três setores: 
B-1) Setor Ocidental; Abrange 3,6% do território venezuelano. 
14 
 
B-2). Setor Central; Abrange 1,4% do território venezuelano. 
B-3). Setor oriental com o golfo de Cariaco e que possui uma abrangência de 3,5% do 
territorio venezuelano. 
 Ainda com menor expressão, mas com relevância para o INE, existe a vertente do 
Lago de Valência; que é expressa por uma depressão tectônica longitudinal localizada na 
seção intermediária do sistema montanhoso de La Costa. O corpo hídrico dessa vertente 
possui uma área de 375 quilômetros quadrados, 94 deles fazem parte do Estado Aragua e 
281 pertencem ao Estado Carabobo. 
. 
 
 
 
15 
 
 
Figura 4 – Mapa das bacias hidrográficas da Venezuela 
Fonte da Imagem: Instituto Nacional de Estadística da Venezuela 
16 
 
 
Figura 5- Bacias Hidrográficas da Venezuela. 
Fonte da imagem: http://www.sigavenezuela.com.ve/fnsv/Geografia/hidrografia 
 
 
 
 
17 
 
2.4 – Clima 
 
 
Figura 6 - Mapa Clima de Venezuela. 
Fonte: IGVSB. 
 
 
18 
 
Segundo o IGVSB, A Venezuela está localizada na zona intertropical do Hemisfério 
Norte, entre 0º 38 '53 "e 12º 11 '22" de latitude norte, e 59º 48 '10 "e 73º 25' 00" de 
longitude oeste. Como consequência desta localização geográfica, as condições climáticas 
dependem dos padrões de circulação atmosférica e dos sistemas atmosféricos globais e 
regionais que afetam o Norte da América do Sul e o Sul do Mar do Caribe. 
O território venezuelano está sob a influência direta dos ventos alísios do Nordeste, 
que se originam em uma área do Atlântico Norte, onde a pressão atmosférica é alta. A faixa 
ou área onde os ventos alísios do noroeste do Hemisfério Norte e os do Sudeste do 
Hemisfério Sul convergem na superfície é chamada de Zona de Convergência Intertropical 
(ITCZ). 
As condições gerais do clima podem ser modificadas regionalmente por diversos 
fatores, como a altitude do relevo, a exposição aos ventos, a continentalidade e mesmo a 
presença recorrente do fenômeno chamado El Niño e La Niña. Destes sistemas 
atmosféricos, o mais importante devido à amplitude geográfica e ao seu significado 
climático, são a Zona de Convergência Intertropical e o Sistema de Alta Pressão do 
Atlântico Norte, os vales, as ondas do leste e as frentes frias do norte. 
 
2.4.1 - Classificação climática 
 
No território venezuelano, os seguintes tipos climáticos relevantes podem ser 
diferenciados em dois grupos, segundo o Atlas da Venezuela do IGVSB,2017. 
Grupo I - Clima quente de terras baixas - Ele corresponde às regiões localizadas 
abaixo de 1000 m de altitude, com temperaturas médias anuais entre 22 e 26 ° C para tipos 
quentes e acima de 26 °C para tipos muito quentes. Do ponto de vista das chuvas, 
distinguem-se seis tipos de climas de terras quentes com diferentes subtipos, a saber: 
1. Climas do sul: Compreende os tipos de climas quentes com extrema umidade, e 
muito úmido com característica equatorial. 
2. Climas dos Llanos: úmido nas terras baixas e muito úmido no piemonte ocidental de 
Barinas. Na maioria dos casos, os climas das planícies são caracterizados por uma 
marcada sazonalidade das chuvas. Assim, na estação chuvosa, concentra-se mais 
de 85% da precipitação anual total, enquanto nos meses secos chove muito pouco, 
especialmente de janeiro a abril. 
3. Clima da Depressão do Lago de Maracaibo: Na Depressão do Lago de Maracaibo 
podem distinguir-se os seguintes tipos climáticos: Super-úmido nos Piedemontes 
das bacias dos rios Tarra, Socuavo e Catatumbo. Muito úmido, no oeste, sul e 
19 
 
sudeste do lago. Úmido no sudoeste, sul e leste do piemonte andino. Sub úmido nas 
costas ocidental e leste do lago. 
4. Semiárido: nas terras altas de Maracaibo, Laguna de Sinamaica e Paraguachón. 
5. Clima do Sistema de relevo Lara-Falcón-Yaracuy: Nesta região formada por uma 
sucessão de áreas de baixas montanhas, colinas e vales longitudinais, há uma 
variedade de climas que variam de muito úmido a árido. 
6. Climas da Costa Central: A Costa Central está localizada entre os meridianos 66 ° 
30 'e 68 ° W e está sob os efeitos do fenômeno da surgência, resultante da 
exposição da linha costeira oeste-leste e da inversão dos ventos alísios. Estas 
características originam um clima semiárido neste setor. 
7. Climas da região Nordeste: Nesta região podem-se encontrar climas muito úmidos. 
No estado de Nueva Esparta, predomina o clima semiárido. No setor nordestino da 
ilha de Margarita, que inclui Cerro Copey, o clima é um pouco mais úmido e mais frio 
devido à altitude. 
 
Grupo II - Climas das Terras altas de Guayana: são conformadas por uma topografia 
escalonada e extensa em que os tepuis e serras estão intercaladas, com altitudes 
superiores a 1000m. Localizadas na extensa região do clima super-úmido quente de 
Guayana, ele apresenta, basicamente, dois tipos de clima: o super-úmido mesotérmico e o 
mesotérmico muito úmido. 
 
8. Cordilheira da Costa Central e Oriental: nesta Cordilheira, tanto na parte central 
como no leste, os tipos climáticos que se destacam são o mesotérmico úmido 
cobrindo as faixas isométricas entre 1000 e 2000 m. O sub úmido mesotérmico 
localizado na mesma altitude e o sub úmido temperado localizado acima de 2000 m. 
Este último apresenta uma temperatura média anual entre 15 °C em sua parte 
inferior e 10 °C em suas partes mais altas. O fator altitude faz parte dos fatores 
marítimos e continentais para produzir grande diversidade climática. 
9. Cordilheira de Mérida: na Cordilheira dos Andes, há a maior variabilidade climática 
das terras altas acima de 1000 m de altitude. De fato, devido à variabilidade 
altimétrica de seu relevo que atingem quase 5000 m, massividade, orientação e a 
exposição aos ventos e raios solares, são determinantes. Os tipos e subtipos de 
climas que podem ser encontrados nesta Cordilheira variam desde o Mesotérmico 
muito úmido até o Frosty Floor. A variabilidade climática andina é determinada por 
20 
 
grande biodiversidade, muito importante para a localização dos tipos de vegetação 
natural e o uso agrícola da terra. 
10. Cordilheira de Perijá: a cordilheira apresenta uma grande diversidade climática, em 
estreita relação com a altitude e a orientação da declividade das encostas, o que 
origina uma variabilidade importante na quantidade de precipitação média anual. É 
assim que na bacia do rio Guasare, localizado no setor mais a norte da serra, a 
precipitação varia entre 1600 mm a 3000 mm por ano conforme a localização da 
cordilheira. No extremo sul da Cordilheira, a quantidade de chuva ainda é muito 
maior, atingindo médias anuais entre 2200 mm por ano na área montanhosa até 
4000 mm por ano nos vales dos rios Ouro e Intermediário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
3 - GEOFATORES GEOGRÀFICOS E SOCIAIS 
3.1 - Organização territorial 
 
 A República Bolivariana da Venezuela é uma federação constituída pela união dos 
23 estados, o Distrito Capital, as dependências federais, os territórios federais e 335 
municípios. Os estados possuem as mesmas competências entre si e são chefiados por 
um Governador através de um gabinete de ministros. Cada um dos estados possui uma 
constituição própria, exceto as dependências federais e o distrito da capital, cujo governo é 
regido pelo prefeito de Caracas. 
 
Figura 7 - Organização territorial 
Fonte da imagem: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Venezuela_Division_Politica_Territorial.svg. 
 
223.2 - Dados geográficos e sociais 
 
Conforme os dados extraídos do IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA 
E ESTATISTICA, A Venezuela possuía, em 2013, uma população de 30,4 milhões, assim 
como no Brasil, concentrada em área litorânea atlântica; área de seu território é de 916,445 
km2, suas cidades mais populosas – Caracas (capital- 3.242.000), Maracaibo (2.192.000), 
Valência (1770.000), Barquisimeto (1180.000) e Maracay (1057.000). A religião dominante 
no país é o cristianismo com 94,3% sendo a católica a maior com 84%%. Na parte de 
economia, a moeda utilizada é o Bolívar e apresentou PIB US$ 382,4 Bilhões em 2012, 
com uma inflação anual no mesmo ano de 21%; superávit orçamentário na ordem de 2,2% 
do PIB (2005). A sua força de trabalho foi estimada em 2011 em 13,8milhões (47,2%) da 
população. A língua oficial da Venezuela é o castelhano ou espanhol, embora deva ser 
referido que as línguas indígenas como o Pemón e o Warao também fazem parte das 
línguas reconhecidas como oficiais. Por outro lado, sendo um país bastante cosmopolita, 
outras línguas, como o italiano, português, árabe e o inglês também são falados por uma 
parte significativa da população. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
4 – GEOFATORES INFRA ESTRUTURAIS E SÓCIO ECONÔMICOS 
 
4.1 – Agricultura 
 
Conforme Hudson, 1990, em 1980 obteve o menor índice de produção agrícola entre 
todos os países latinos americanos. Em 1988, o setor contribuiu com apenas 5,9% do PIB. 
O setor empregou apenas 13% da força de trabalho, e forneceu apenas 1% das 
exportações totais. 
A pequena produção agrícola foi focada quase inteiramente no mercado interno. A 
agricultura foi a espinha dorsal da economia nacional durante séculos, mas entrou em um 
período de rápido declínio no início do século XX, à medida que a indústria do petróleo 
eclipsava todos os outros setores da economia. Até a década de 1930, a agricultura ainda 
era responsável por 22% do PIB e ocupou 60% da força de trabalho. 
 O desenvolvimento industrial da nação na década de 1940, no entanto, parecia ter 
relegado a agricultura para status secundário de forma permanente. A agricultura registrou 
o seu pior crescimento no início dos anos 80. Várias politicas públicas tentaram revitalizar a 
agricultura com ampla intervenção estatal. Em 1984, o governo do presidente Lusinchi 
enfrentou estagnação rural com um programa multifacetado de subsídios de produtores e 
consumidores, proteção de importação e preferências cambiais. 
No entanto, todas essas tentativas de alavancar a agricultura não deram certo, em 
função da atratividade de oportunidades oferecidas pelas cidades. As de oportunidades de 
emprego na principal atividade venezuelana e a cadeia produtiva envolvida com a indústria 
do petróleo fez com que muito agricultores migrassem para as cidades em busca de 
melhoria de vida. 
 
4.2 - Eletricidade 
 
A Venezuela exibe um dos maiores graus de eletrificação na América Latina, com 
mais de 94% da população sendo atendida por energia elétrica, superando o Brasil, que 
embora tenha índice comparável na área urbana, perde na área rural. Este é o fruto de um 
empreendimento bem sucedido do Estado venezuelano durante as décadas dos 70 e 80, 
embora com participação significativa de companhias privadas. O total nacional de oferta 
de energia elétrica a partir de hidroelétricas é de aproximadamente 46 GW. É interessante 
notar que a despeito de ser uma grande produtora mundial de petróleo a Venezuela não 
descuidou do uso do seu potencial hidroelétrico. (ROSA,2001) 
24 
 
 
 
 
4.3 – Transportes 
 
 
Figura 8 – malha viária 
Fonte da imagem: https://es.slideshare.net/berzav/el-transporte 
 
25 
 
4.3.1 – Transporte rodoviário 
 
A Venezuela possui malha viaria com uma rede de estradas que cobrem o território 
nacional. Utilizadas por linhas de ônibus, veículos particulares e carga que conectam todo 
o território. O tráfego nas rodovias é intenso na região centro-norte, no distrito da capital e 
nos estados de Miranda, Aragua, Lara, Zulia, Anzoátegui, Monagas, Yaracuy, Falcon e 
Carabobo. A malha viária se estende para o interior do país, conectando os centros 
urbanos com as áreas rurais distantes. 
Segundo HUDSON,1990, a extensão da malha viária cobriu mais de 76.000 
quilômetros em 1988, sendo constituidas por 34% de estradas pavimentadas e 32% de 
cascalho. Os 34% restantes eram estradas de terra. A parte sul do país não possuia uma 
malha viária, consequentemente não sendo acessível por terra. 
As conquistas econômicas propiciadas pelo petróleo na década de 1970 permitiram 
ao país construir rodovias de pista dupla para atender a crescente população 
automobilística, que ultrapassou 2,3 milhões de veículos oficialmente registrados até 1986. 
As principais rodovias internacionais incluíram a Rodovia do Caribe colombiano na costa 
norte, que se interligava com a Rodovia Pan-Americana na Colômbia via San Cristobal e 
acesso ao Brasil via Santa Elena. Aproximadamente 55% das ruas da capital Caracas 
foram pavimentadas e outras grandes cidades copiaram o mesmo modelo em relação à 
pavimentação e tráfego de automóveis. 
 
4.3.2 – Transporte ferroviário 
 
HUDSON,1990, diz que o sistema ferroviário do país não era tão extenso quanto 
rede rodoviária e muitos industriais queixaram-se de que o sistema ferroviário era 
insuficiente para sustentar o crescente setor de mineração. Em 1990, as ferrovias 
abrangeram apenas 400 quilômetros, transportando passageiros e frete sobre duas rotas 
principais. A rota principal de passageiros era Esticado de Barquisimeto a Puerto Cabello. 
Esta rota também passou pelo complexo petroquímico de Moron. Em 1988, os trens da 
nação, excluindo o metrô de Caracas, transportaram 240 mil passageiros. A segunda 
grande linha ferroviária percorreu a mineração pesada localizada ao sul da Cidade de 
Guayana. 
Caracas também apresentou um moderno sistema de metrô que abriu pela 
primeira vez em 1982 e que foi instalado por uma empresa francesa e administrada sob 
contratos de serviços privados. O Metrô de Caracas (C.A. Metro de Caracas-Cametro) foi 
26 
 
considerado transparente, pontual, seguro e financeiramente sólido no final da década de 
1980. 
 
4.3.3 - Aeroportos 
 
Conforme HUDSON, 1990, o transporte aéreo na Venezuela, no ano de 1988 
transportou cerca de 15,7 milhões de passageiros. 11 aeroportos internacionais, 36 
aeroportos domésticos e 290 pistas de pouso privadas constituem a rede aérea da 
Venezuela. O Aeroporto Internacional Maiquetfa, localizado a uma distância de 21 
quilômetros do Distrito Federal de Caracas, era o principal aeroporto internacional, 
responsável por 40% de todos os passageiros, 84% da carga aérea e 90% de todos os 
vôos internacionais. 
Outros aeroportos internacionais importantes estão localizados em Barcelona e 
Maracaibo. A companhia aérea Venezuela International Airways (Venezolana Internacional 
de Aviacion S.A.-VIASA), transportadora internacional do governo, mantém voos regulares 
para os Estados Unidos, Caribe, Europa e América do Sul. 
 A rede aérea Venezoelana possui ainda duas companhias de transporte doméstico; 
a companhia de correio aéreo venezuelana estatal (Lmea Aeropostal Venezolana-LAV) e a 
empresa privada Avensa. 
A partir do final da década de 1980, Avensa também fêz algumas rotas 
internacionais. Numerosos táxis aéreos navegam para áreas mais remotas da Venezuela e 
vinte e sete companhias aéreas internacionais voam regularmente para a Venezuela. 
 
4.3.4 - Portos 
 
Segundo HUDSON, 1990, O INP - Instituto Nacional de Portos, gerenciou em 1990 
os nove principais portoscomerciais do país, e outras entidades governamentais 
administraram o desempenho de outros portos do INP, localizados nos vários tipos de vias 
navegáveis. O crescimento da indústria pesada na década de 1980. fez com que os portos 
do INP se ocupassem com 90% do transporte de carga dessa natureza e quase todo o 
tráfego gerado em contêineres. 
Na década de 80, o Porto de La Guaira, localizado na metrópole de Caracas, foi o 
porto INP mais importante, seguido por Puerto Cabello e Maracaibo. Outros portos na costa 
do Caribe e no Lago de Maracaibo eram tipicamente portos especializados que atendiam 
uma indústria particular. Os portos venezuelanos e os portos do INP em particular 
27 
 
sofreram custos extremamente elevados, que estavam intimamente ligados à força dos 
sindicatos rurais. A falta de modernização e expansão após a década de 1970 também 
contribuiu para a baixa eficiência. Em 1990 o governo permitiu o avanço do setor privado 
na gestão portuária, para expandir o desenvolvimento portuário, uma medida que 
provocaria conflitos com o trabalho organizado. 
A Companhia de Navegação Venezuelana e dezenas de empresas privadas 
forneceram serviços de marinha comercial, incluindo o serviço de petroleiros em todo o 
mundo. Os principais portos da Venezuela, estão situados no Mar do caribe. 
 
 
 
Figura 9 – Portos da venezuela 
Fonte da imagem: http://paginas_internet.tripod.com/andrews/and-vene.html 
 
O Puerto de La Guaira está situado no estado de Vargas ao norte da Venezuela. É 
considerado um dos portos mais importantes do país juntamente com o Puerto Cabello 
localizado no Estado de Carabobo. A importância desses portos não é só pelo volume de 
cargas e contêineres manipulam, mas também por sua localização, considerada 
estratégica pela proximidade ao principal aeroporto internacional Simon Bolívar. Também a 
proximidade com a cidade de Caracas, reforça essa afirmação sobre a estratégia 
locacional. 
O porto de Maracaibo é o terceiro porto mais importante da Venezuela e também 
está localizado estrategicamente próximo ao lago de Maracaibo onde existe a produção de 
petróleo, facilmente escoada para o mercado internacional do petróleo. Como se observa 
na figura 9, outros portos compõe o parque portuário para o escoamento dos minérios e 
28 
 
petróleo produzidos no país. Naturalmente esses portos permitem também a chegada das 
importações de bens de consumo necessária à Venezuela pela deficiência na produção 
agrícola e tecnologia de ponta. 
LMERIDAG (2017) em 2009 faz um balanço do movimento de carga dos principais 
portos da Venezuela conforme representado no Gráfico e tabela da figura 10. 
―Si revisamos la data disponible podemos observar que durante el año 2009 se 
movilizaron 123.699.591 Toneladas métricas de mercancías en los puertos 
venezolanos, correspondiendo al cabotaje un 30% de esa cantidad, es decir unas 
36.878.699 TM. De esta cantidad un 93% de la misma corresponde a graneles 
líquidos y solo cerca de un 1,5% a carga containerizada. Pudiéramos inferir entonces 
que la mayor parte de la carga en container se moviliza vía terrestre desde Puerto 
Cabello, puerto que recibe el 70% de la carga en container, hacia el resto del territorio 
nacional, a distancias que van mas allá de su Hinterland natural. No es raro ver 
cantidades de gandolas atravesando Caracas para llevar carga hacia el Oriente del 
país e incluso hasta las empresas básicas en Guayana‖ 
 
Figura 10 – Volume de carga nos portos Venezuelanos por tipo de tráfego. 
Fonte da imagem: 
https://lmeridag.files.wordpress.com/2010/12/carga-por-circunscripcion-2009.png 
 
 
29 
 
4.4 - Indústria 
 
Segundo HUDSON, 1990, as políticas de industrialização do governo e iniciadas no 
final da década de 1950 impulsionaram o setor de manufatura na Venezuela. Do começo 
da década de 1970 até o final da década de 1980, a participação do Estado na indústria 
aumentou de 4% para 42%. Em meados da década de 1970, a riqueza da nação era 
enorme em função do petróleo que permitiu ao governo fornecer ajuda significativa à 
indústria, especialmente sob a forma de crédito subsidiado. 
A nacionalização do ferro e aço em 1975 e do petróleo em 1976 foram responsáveis 
pela expansão considerável da indústria do setor público. Embora o nível de 
industrialização da Venezuela tenha sido impressionante para os padrões latino-
americanos, era ineficiente e com baixa produtividade para os padrões dos paises 
desenvolvidos. 
No final da década de 1980, a estrutura da indústria continuava sendo dominada por 
muitas empresas pequenas no setor privado. A maior parte era de propriedade familiar e as 
poucas grandes empresas, pertencentes ao setor público. O setor industrial empregava 
18% da força de trabalho e representava 17,1% do PIB. Com exceção da exportação de 
petróleo e minerais processados, praticamente toda a produção industrializada era 
consumida localmente. 
Em 1988, as grandes empresas empregavam 64% da força de trabalho do setor e 
forneceram 78% de sua produção. Caracas era a localização de quase metade das 
indústrias, mas forneceu apenas 36% de seus empregos e 26% dos produtos 
manufaturados do país. Em contraste com a Ciudad Guayana, com apenas 3% da 
atividade industrial do país, produziu 10% de todos os produtos industrializados. 
O parque industrial era formado basicamente por Indústrias básicas ou de fabricação 
tradicional, como processamento de alimentos, bebidas, couro, calçados e produtos de 
madeira. A fabricação tradicional constituiu 54% de todas as empresas. Cerca de três 
quartos eram considerados pequenas empresas. Produtos intermediários, como papel, 
petroquímica, borracha, plásticos e minerais industriais, representavam 18% do setor. A 
participação do subsetor de bens de capital e metais básicos foi de 19% em 1988. 
As indústrias mais pesadas eram constituidas pelas indústrias de ferro, aço, 
alumínio, equipamentos de transporte e maquinário. Outras produções diversas 
representaram 9% da produção do setor. 
A indústria automobilística foi uma das maiores atividades de fabricação da 
Venezuela fora do refino de petróleo e processamento de minerais. No início da década de 
30 
 
1950, a indústria automobilística era apenas de montagem, possuindo três plantas de 
montagem de veículos e importando a maioria das peças. 
A indústria de automóvel consistia em subsidiárias venezuelanas de várias 
empresas estrangeiras. As empresas automobilísticas dos Estados Unidos reuniram 85% 
dos veículos da frota do país, europeus com 10% e as empresas japonesas com 5%. As 
duas maiores companhias de automóveis dos Estados Unidos, a General Motors e a Ford, 
controlavam 70% do mercado de automóveis venezuelano. 
Eventualmente, as fábricas locais forneciam peças para a linha de montagem, 
particularmente pneus, produtos metálicos e motores. Em 1985, um decreto do governo 
exigia que todos os motores de automóveis fossem feitos na Venezuela por um período de 
cinco anos. Em 1984, a produção acumulada atingiu 1,7 milhão de veículos. A indústria, 
protegida por tarifas de importação de até 300%, logo se tornou virtualmente a única fonte 
da frota de transporte do país. 
 
4.5 - População e Demografia 
 
 Segundo MARCIANO DANTAS, 2017, atualmente, a população venezuelana é o 
produto de uma forte mestiçagem iniciada no período colobnial entre a população indígena 
e a espanhola, mais tarde, no final do século XVI, aconteceu uma importante contribuição 
da população escrava originada do continente africano. Com a evolução histórica da 
venezuela, o processo de mestiçagem caracterizada pela "união livre", aceita como uma 
instituição no país, aumentou. No final da década de 1940, como início do processo de 
industrialização, começou uma importante imigração de origem espanhola, italiana e 
portuguesa, aumentando até 1958. Na década de 1970 e 80 ocorreu esse mesmo 
processo, mas diferentemente do processo anterior, dessa vez foi realizado por cidadãos 
de origem sul-americana, justificada pelo desenvolvimento da economia venezuelana em 
razão do boom do petróleo e à recessão de seus países de origem. 
 Conforme HUDSON,1990, até a segunda metade do século XX, a estrutura social 
venezuelana foi se organizando em sua etnia. Um pequeno número de caucasianos não 
misturados ocuparam a elite da escala social em virtude de seu status como senhorios e 
herdeiros de propriedades e costumes hispânicos. 
―This heritage stressed the importance of the patriarchal extended family, the primacy 
accorded individual uniqueness and dignity, disdain for manual labor, and a sharp 
distinction between the roles of men and women. In the traditionalsociety, the lower class 
was rural, with the majority of its members poor peasants, usually of pure or mixed Indian 
31 
 
or black descent. A small middle class, made up of less successful whites andsome 
mestizos, lived mainly in the cities and towns. By the early eighteenth century, the 
outlines and bases of the social system had been drawn. Most Indians and a growing 
number of blacks were losing their ethnic and cultural identities through the processes of 
racial mixture and societal pressure to conform to Hispanic norms. New generations 
began to see themselves as Venezuelans, distinct from Colombians, with whom they 
were associated through colonial administrative structures, or from the dwindling numbers 
of isolated forest Indians. The criollos, Venezuelan but of direct Spanish descent, formed 
the leadership cadre of a new national system. The growth of nationalism, however, did 
not subsume or overcome regional differences. In fact, the devotion to region was often 
far stronger than devotion to country, a factor that in many ways explains the protracted 
nature of the war of independence. In addition, both Indians and blacks during this period 
had reason to feel that they were better protected by the Spanish crown than might be the 
case under a regime ruled by haughty criollos.‖ HUDSON, 1990, p62 
 
 
4.5.1 - Demografia 
 
Figura 11 – população classificada por genero – Censo 2011 
Fonte da imagem Instituto nacional de estatistica - INE 
32 
 
 
Figura 12 – Densidadde populacional da Venezuela 
Fonte da imagem: https://pt.slideshare.net/kingstree/latin-americageographycomparisonmexicovenezuela1 
 
 A população da Venezuela (de acordo com as estimativas para 2017) é de 31,9 
milhões de habitantes, com uma densidade demográfica de 34,8 hab / km². 
 Mais de 80% da população é agrupada nos litorais do Mar do Caribe e Atlântico, 
vales e piedmont das Cordilheiras da Costa e dos Andes, criando grandes vazões 
populacionais ao sul do eixo do rio Orinoco-Apure. As maiores aglomerações de pessoas 
se situam ao norte da Venezuela. 
 Observando-se as oito maiores aglomerações de população da tabela do INE, 
identifica-se que essas aglomerações estão situadas junto a faixa litorânea do Mar de 
Caribe e a faixa litorânea do Oceano Atlântico. 
 Pode-se inferir que o inicio da ocupação da terra em sua colonização foi 
semelhante ao inicio da colonização do Brasil. Assim, a colonização da Venezuela 
33 
 
começou pela orla litoranea do Mar do caribe e Oceano Atlantico. Com a evolução 
histórica, houve expansão para o interior do continente, exatamente como seu vizinho 
brasileiro. Nas regiões com menos população, pela análise do mapa vegetação e relevo 
percebe-se que a cobertura vegetal é formada por florestas tropicais, que podem ser 
consideradas como reserva natural, desfavorecendo a ocupação pelo rigor da legislação 
ambiental. 
 Em alguns casos, a barreira altimétrica é o fator limitante de ocupação antrópica. 
Dessa forma possui baixa densidade demográfica ou nenhuma como a Cordilheiira dos 
Andes por exemplo que atinge até 4500m de altura em alguns lugares. 
 Outro fator importante de adensamento populacional é a oferta hidrica dos rios que 
em grande quantidade irrigam os terrenos de planícies favorecendo a fixação do homem a 
terra para suas atividades primárias, como a agricultura e a pesca. historicamente, os 
agrupamentos humanos sempre procuram as planicies onde tenha rios ou lagos para sua 
fixação. 
 O lago de Maracaibo é um exemplo dessa fixação, pois é onde está localizada a 
provincia de Zulia possuindo a maior população de todo o territorio seguido de perto pela 
Provìncia de Miranda onde se situa a capital Caracas e a provincia de Carabobo, situadas 
no litoral do Mar do Caribe. 
 Além do atrativo dos rios e lagos essa província situada em planicie sedimentar, 
conforme o mapa geológico da região, adensou demograficamente em função de ser uma 
bacia petrolífera de grande produção, se constituindo um atrativo de oportunidades de 
negócios e empregos . Sendo assim pode-se concluir que a urbanização dessa região foi 
fomentado pelo fator econômico, desencadeado pela cadeia produtiva do petróleo. De 
acordo com o Almanaque Abril(2014) e INE, a Venezuela é um país com alta taxa de 
urbanização de 95% no censo de 2011 
 
34 
 
 
Figura 13 – Pirámide etaria da Venezuela 
Fonte da imagem: populationalpyramid.net 
 
 Verificando-se a pirãmide de faixa etária, percebe-se uma equidade nas faixas de 
idade e gênero com uma distribuição praticamente uniforme. Na faixa etária de zero aos 
quarenta anos diminuindo gradativamente ao avanço das faixas. 
 Conforme indicadores demográficos do ALMANAQUE ABRIL (2014) A Venezuela 
apresentou um crescimento demográfico de 1,5% no período de 2010 a 2015, com uma 
fecundidade de 2,41 de filhos por mulher no mesmo periodo. A expectativa de vida de 71,7 
anos para homens e 77,6 anos para mulheres está na média dos países em 
desenvolvimento na América do Sul. A mortalidade infantil por mil nascidos vivos foi de 
2,41 em 2012. No período de 2005 a 2010 o analfabetismo atingiu 4,5% e o IDH em 2012 
foi de 0,748. 
 A Venezuela é composta por uma população relativamente jovem e desta forma 
possui uma grande quantidade de mão de obra em idade laboral no país com 
aproximadamente 55% da população. 
35 
 
4.5.2 - Grupos étnicos 
 
 O povo da Venezuela vem de uma variedade de ancestrais. Estima-se que a 
maioria da população seja de origem mestiça ou miscegenação racial. No entanto, no 
censo de 2011, os venezuelanos foram convidados a identificar-se de acordo com seus 
costumes e ascendência. A maioria afirmou ser mestiça ou branca - 51,6% e 43,6%, 
respectivamente. Praticamente metade da população afirmou ser moreno, um termo usado 
em toda a América do Norte que, neste caso, significa "pele escura" ou "pele marrom", ao 
contrário de ter uma pele mais clara (este termo define a cor da pele ou o tom, em vez das 
características faciais ou descendência). A maioria da população indígena está localizada 
no sul da Venezuela e parte da região de Zulian, e representam. 12% da população da 
Venezuela. (WIKIPEDIA, Venezuela#Ethnic_groups, 2017). 
 
 
Figura14 – Tipos étnicos da Venezuela 
Fonte da Imagem: HUDSON R. - Venezuela : a country study / Federal Research Division, p62 , Library of 
Congress ; edited by Richard A. Haggerty. — 4th ed. 1990 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
4.5.3 - Problemas sociais 
 
A situação social da Venezuela em 2017 pode ser retratada, através desta manchete 
de jornal, que por si só dispensa maiores comentários, é disponibilizada de forma integral 
no link: https://www.publico.pt/2017/05/28/mundo/noticia/os-venezuelanos-tem-fome-mas-os-agricultores-nao-conseguem-darlhes-de-comer-1773607 
 
Com o dinheiro em baixa e as dívidas a acumularem-se, o 
Governo socialista da Venezuela cortou severamente nas 
importações de comida. Para os agricultores da maioria dos 
países isto representaria uma oportunidade. Mas isto é a 
Venezuela, país cuja economia funciona num plano especial 
de disfunção muito próprio. Em tempos de supermercados 
vazios e fome que se alastram, as quintas do país produzem 
cada vez menos – não mais –, agravando ainda mais o défice 
calórico. 
 Ao percorrer o campo nos arredores da capital, Caracas, 
encontramos tudo aquilo que um agricultor precisa: terra fértil, 
água, luz do sol e gasolina a 0,01 dólares por litro, o preço 
mais barato do mundo. Mas, ainda assim, as famílias desta 
zona têm um aspecto tão esquelético como os venezuelanos 
que vivem na cidade, que fazem filas para comprar pão ou 
vasculham no lixo à procura de restos de comida. 
·... [Os últimos indicadores de saúde pública da Venezuela 
confirmam que o país está a enfrentar uma calamidade 
alimentar. Com a escassez de medicamentos e os casos de mal 
nutrição a aumentar, morreram no ano passado mais de 11 mil 
bebés, fazendo a taxa de mortalidade infantil aumentar 30%, 
de acordo com o Ministério da Saúde da Venezuela. A 
responsável pelo ministério foi despedida pelo Presidente, 
Nicolás Maduro, dois dias depois de divulgar estas estatísticas. 
A fome infantil em certas partes da Venezuela é uma “crise 
humanitária”, de acordo com um novo relatório da 
organização de ajuda humanitária Caritas, que descobriu que 
11,4% das crianças com menos de cinco anos sofriam de mal 
nutrição moderada a grave e que 48% estavam “em risco” de 
passar fome.]...Os manifestantes que nas últimas sete semanas 
têm marchado nas ruas contra Maduro gritam “Temos 
fome!”“, enquanto a polícia de choque responde com canhões 
de água e gás lacrimogéneo. 
 Num inquérito recente a 6500 famílias venezuelanas, 
realizado pelas principais universidades do país, três quartos 
dos adultos afirmaram ter perdido peso em 2016 – uma média 
de 8,6 quilos. Aqui, as pessoas referem-se secamente a este 
emagrecimento coletivo como “a dieta Maduro”, mas é um 
nível de fome quase sem precedentes fora de zonas de guerra 
ou áreas devastadas por furacões, secas ou pragas. 
 Os economistas apontam que o desastre na Venezuela é 
provocado pelo homem – o resultado de nacionalizações de 
quintas, de distorções da moeda e da aquisição governamental 
da distribuição de alimentos. Ao mesmo tempo que milhões de 
venezuelanos não têm o suficiente para comer, os responsáveis 
do Governo, habituados a ver o seu país rico em petróleo 
como um benfeitor e não um caso objeto de caridade, 
recusaram a entrada no país de grupos de ajuda internacional 
para entregar alimentos. “Com a produção industrial da 
Venezuela em colapso, os agricultores são obrigados a 
importar rações, fertilizantes e peças suplentes, mas não 
podem fazê-lo sem divisas fortes. E o Governo tem reservado 
os dólares que ganha com as exportações de petróleo para 
pagar empréstimos com elevadas taxas de juro aos credores 
estrangeiros. 
Escobar explicou que, para manter a produção a funcionar, 
necessitam de 400 toneladas de ração animal importada rica 
em proteínas a cada três meses, mas só obtém 100 toneladas. 
Portanto, como muitos outros, virou-se para o mercado negro. 
Contudo, só consegue comprar uma ração mais barata e menos 
nutritiva, o que significa que as suas galinhas são mais 
pequenas do que eram antes – tal como os ovos. 
“A qualidade desceu, portanto a produção também desceu”, 
lamenta. 
 Há muito que a Venezuela depende das importações de 
certos produtos alimentares, como o trigo, que não podem ser 
cultivados em larga escala no clima tropical do país. Mas as 
estatísticas comerciais revelam que as políticas de reforma da 
terra do falecido Hugo Chávez, o antecessor de Maduro, 
tornaram a Venezuela mais dependente do que nunca de 
alimentos importados. Há anos que o Governo não publica 
dados sobre a agricultura. Mas Machado, o perito em 
agricultura, afirmou que as importações anuais de alimentos 
tinham um valor médio de 75 dólares por pessoa até 2004 e 
dispararam depois de Chávez ter acelerado a nacionalização 
de quintas, acabando por se apoderar de mais de quatro 
milhões de hectares. O Governo também expropriou fábricas e 
a produção alimentar da Venezuela caiu a pique. 
Apenas uma minoria pequena e rica dos venezuelanos tem 
possibilidade de comprar muita comida no mercado negro, 
onde meio quilo de arroz importado do Brasil ou da Colômbia 
custa cerca de 6000 bolívares. Isto representa cerca de um 
dólar à taxa de câmbio do mercado negro, mas, para um típico 
trabalhador venezuelano, é um dia inteiro de salário, porque o 
bolívar perdeu 99% do valor nos últimos cinco anos. 
 
37 
 
4.6 – Economia 
 
Os indicadores econômicos da Venezuela observados em 2012, conforme a 
divulgação do AMANAQUE ABRIL (2014) foi o PIB total em milhões de US$ = 382.424, 
sendo o PIB agropecuário representando apenas 6% do total. O PIB da indústria 
representando 52% e o PIB dos serviços representados por 42% do total. Ainda em relação 
ao PIB, o crescimento em média anual desse ano foi 5,5%, que representa uma renda per 
capita de US$ 12.470. As exportações de 2011 foram de 92.602 milhões em 2011 e 
47.600 milhões de importações no mesmo ano, apresentando um superávit de US$ 45.002 
milhões. Conforme essa exposição de Indicadores pode-se inferir que a situação 
econômica da Venezuela em 2012 era relativamente boa. 
 
Figura 15 – Historia do preço mundial do petróleo 
Fonte da imagem: www.economichelp.org / DCOILBRENTEU – Jan 2016 
No entanto, conforme o IMF Data Mapper do Fundo monetário internacional e o site 
economicshelp demonstram na figura14, a queda acentuada do preço do petróleo nos 
últimos anos teve reflexo imediato e drástico na economia da Venezuela fazendo com que 
o PIB desabasse de um índice positivo de 5,5% em 2012, para sucessivos índices 
negativos. A explicação se encontra na produção de petróleo ao qual a Venezuela é 
extremamente dependente. Cerca de 90% das exportações do país é produzida por 
38 
 
petróleo, motivo pelo qual qualquer variação no valor desse produto afeta a economia de 
forma imediata e isso foi exatamente o que aconteceu, onde o preço do petróleo a partir 
dos últimos meses de 2014 desaba internacionalmente, saindo dos confortáveis 100 
dólares por barril para apenas 27 dólares em fins de 2015. 
 
 O PIB da Venezuela segundo dados do relatório do Fundo Monetário Internacional 
(FMI), em 2014 teve uma retração de 3,9%. Em 2015, foi maior ainda atingindo 6,2%. Mas 
em 2016 essa retração atinge índice de 18%. Trata-se da maior queda observada no PIB 
de um país latino-americano desde 1980, levando ao empobrecimento da Venezuela de 
forma drástica, com reflexos sociais imediatos. 
Em 2015, a Venezuela exportou US$ 34,3 bilhões e importou US$ 27,5 bilhões – ou 
seja, teve um saldo comercial positivo de US$ 6,8 bilhões, mas bem menor do que o ano 
anterior de US$ 45 bilhões, demonstrando assim o início decadente da economia na 
Venezuela. 
No gráfico da figura 15, é possível compreender porque a Venezuela nos últimos 
três anos agravou sua economia enormemente, caracterizando-se a extrema dependência 
da economia à produção de petróleo. O preço do barril de petróleo teve baixa considerável 
no mercado internacional, acarretando problemas econômicos graves além da explosão 
inflacionária. Quantificar a Inflação é um indicador econômico difícil de ser acompanhado 
na Venezuela. Conforme o site IMF DataMapperem 2015, a inflação acumulada foi de 
1118%, muito acima dos valores registrados nos anos anteriores. 
Ano Inflação (%) Ano Inflação (%) Ano Inflação (%) 
2006 13,7 2010 28,2 2014 57,3 
2007 18,7 2011 26,1 2015 111,8 
2008 30,4 2012 21,1 2016 254,4 
2009 27,1 2013 43,5 2017 652,7 
(estimativa) 
Figura 16 - Tabela adaptada de dados extraídos do IMF Data Mapper 
http://www.imf.org/external/datamapper/datasets 
 
39 
 
Entre 2006 e 2016, esse índice variou entre 13,7% e 254,4%. O Instituto Nacional 
de Estatística da Venezuela deixou de publicar dados de inflação em dezembro de 2015. 
Desde então, há diversas formas de acompanhar esse dado. O FMI é uma das possíveis 
fontes. Segundo o fundo, em 2016, a inflação venezuelana foi de 254,4% e pode chegar a 
652,7% em 2017. 
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), elaborado pela ONU, leva em 
consideração a esperança de vida da população, a escolaridade e o PIB per capita de 
vários países do mundo para elaborar um ranking. Nele, os países com nota 1 são os mais 
desenvolvidos. Em 2000, na gestão Chávez, conforme o INE, o IDH venezuelano foi de 
0,672. Em 2013, ano em que faleceu, foi de 0,771. Em 2014, já na gestão Maduro, o índice 
caiu para 0,769 e, em 2015 (último dado disponível) retrocedeu ainda mais – para 0,767. 
4.6.1 – Petróleo 
 
 
Figura 17 - Reservas energéticas de Venezuela 
Fonte da imagem: http://motoresconstituyentes.blogspot.com.br/2007/12/venezuela-potencia-energtica-
mundial.html 
40 
 
 
A economia venezuelana baseia-se no petróleo e na exploração do minério de 
ferro. A expansão dessas atividades atraiu para o país outras indústrias: químicas, de papel 
e celulose e de borracha. Na Amazônia venezuelana, são explorados recursos importantes: 
ouro, diamantes, cobre, zinco, titânio e manganês, além do petróleo. 
Após a Primeira Guerra Mundial, a economia venezuelana passou por mudanças 
significativas: de uma economia essencialmente agrícola para uma economia centrada na 
extração e exportação de petróleo, onde essa atividade é responsável por cerca de 80% 
das exportações do país. 
O país é membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) 
mas não aparece na lista dos dez maiores produtores de petróleo do mundo, no entanto 
aparece na lista das maiores reserva de petróleo em primeiro lugar. 
 Pode-se deduzir que a produção de petróleo na Venezuela tem muito a crescer. 
No entanto já existem graves problemas ambientais relativas às reservas hídricas de 
abastecimento as grandes cidades. 
O crescimento constante da cidade de Maracaibo com o seu vasto plano 
siderúrgico e energético e a reativação da atividade petrolífera na costa leste exige a 
adoção de medidas de previsão rigorosas para evitar que a poluição do lago prejudique a 
reserva de água doce mais importante do país. Este tipo de poluição pode ser presumida 
acontecer também em outras bacias com grande aglomeração humana e produção 
industrial como a bacia do Mar do Caribe por exemplo onde se situa a capital Caracas. 
Essas aglomerações humanas se devem principalmente por estas cidades além de 
outras densamente povoadas na região norte ser produtoras de petróleo possuindo bacias 
41 
 
petrolíferas em produção nas regiões de Maracaibo-Falcon, Oriental, Tuy-Cariaco, Ature-
Barinas e a faixa petrolífera do Orinoco. 
4.6.2 - Cuencas Petrolíferas de Venezuela 
Segundo VENELOGIA, as bacias petrolíferas são regiões geológicas favoráveis 
para a formação e acumulação de hidrocarbonetos. Nelas se encontram os grandes 
depósitos de petróleo. 
Durante milhões de anos, os restos dos animais marinhos e grandes massas de 
sedimentos foram depositados no fundo do mar originando os grandes depósitos de 
petróleo. Na atualidade as bacias petrolíferas são compostas por planícies que 
antigamente estiveram sob os mares. 
Os restos de organismos que habitavam lagos e mares se combinaram com 
carbono e hidrogênio, posteriormente flutuando ou se misturando à água. Quando essa 
massa biológica fica presa nos poros das rochas sedimentares se acumulando 
continuamente permite a formação de óleo. É por isso que as localizações de bacias 
petrolíferas ocorrem em regiões sedimentares. 
 
Figura 18 - Cuencas petrolíferas de Venezuela/Imagen: Pdvsa 
Fonte da imagem: http://www.venelogia.com/archivos/9711/ 
 
42 
 
Segundo o site LAOPEPYVENEZUELA, 2017 e o site VENELOGIA, 2017 as 
bacias petrolíferas da Venezuela principais são: 
Bacia de Maracaibo-Falcón - Até 1998, era a maior bacia de produção do país. No 
ano 2000, 46,6% da produção nacional foi produzida nesta bacia. Atualmente, tem 13.000 
poços ativos e sua capacidade de produção é de 1.885 milhões de barris por dia. Inclui 
uma sub-bacia de Maracaibo, com uma área de 67.000 km 2. Elas estão separadas pela 
região montanhosa composta a leste de Zulia e a oeste de Falcón e Lara. A sub-bacia 
Falcón que complementa Maracaibo contribui com uma pequena porcentagem da 
produção nacional de petróleo bruto. Os principais poços dessas bacias são: Lagunillas, 
Tía Juana, Barraquero, La Paz, Lama, Cabimas, Mene Grande, Las Manuelas, Boscan, 
Concepción. 
Bacia Apure-Barinas - Sua extensão ainda não está determinada, no entanto, é 
estimado em cerca de 87.000 km2. São integrado pelos estados de Apure, Barinas e 
Portuguesa. Do ponto de vista da produção, contribui com cerca de 2% da produção 
nacional de petróleo. Possui 350 poços ativos e sua capacidade de produção é de 166 
milhões de barris diários. Os principais poços explorados são: Hato Viejo, Maporal, Silvan, 
Páez, Sinco, Silvestre. 
 
Bacia oriental - É a mais extensa, com mais de 150,000 km2; Inclui regiões dos 
estados de Anzoátegui, Monagas, Guárico, Sucre e Delta Amacuro. É a segunda bacia em 
importância para produção e reserva. Atualmente, possui 3.300 poços ativos. Nesta bacia, 
produzem-se óleo crú pesado e extra-pesado para mercados de processos alternativos. É 
subdividido em três sub-bacias: a sub-bacia de Guárico, a sub-bacia de Maturín e a sub-
bacia de Paria. Os campos de petróleo que têm MAIS importância nesta bacia são os de 
Quiriquire, Jusepín, Tucupita, Temblador, Tucupido, Las Mercedes e El Àrea de Oficina. 
Bacia de Tuy-Cariaco - Localizada ao norte da bacia oriental. Tem uma superfície 
aproximada de 18.000 km2. Ela se estende de Barlovento, estado de Miranda ao Golfo de 
Cariaco em Sucre, quase inteiramente coberto pelo Mar do Caribe. Inclui a península de 
Araya e as ilhas de Margarita, Coche e Cubagua. Duas descobertas importantes foram 
feitas com o programa de exploração Costa Afuera, uma para o gás liquefeito em Paria e 
outro para o petróleo no MTC.IX. O valor comercial do óleo que potencialmente pode estar 
nesta bacia ainda está sendo estudado, pois esta bacia ainda está em exploração. Nesta 
bacia estão as sub-bacias Tuy e Cubagua. Este poço tem uma produção de 1.000 a 1.500 
barris de petróleo bruto diariamente. 
43 
 
Faixa petrolífera do Orinoco: É uma região localizada no extremo sul da bacia 
oriental, entre o norte do rio Orinoco e as porções do sul de Anzoátegui, Monagas e Delta 
Amacuro. Tem uma área de 55.313 km 2. Constitui uma grande reserva de óleo crú extra 
pesado com alto teor de enxofre em processo de certificação e exploração. Esta Bacia é 
considerada como a maior e a mais importante da Venezuela 
 
 
Figura 19 - Faja Petrolífera del Orinoco 
Fonte da imagem: http://laopepyvenezuela.galeon.com/orinoco.htm 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
5 – CONCLUSAO. 
 
Atravessar o continente sul americano e conhecer um país situado no extremo norte 
continental da América do Sul, interpretar a composição de suapopulação, sua 
organização, economia, indústria, rede de transporte e seu território com vasta diversidade 
de hidrografia, relevo, geologia, vegetação, são lições que a geografia pode nos 
proporcionar. 
 A Venezuela atrai a atenção do geógrafo justamente por possuir uma riqueza em 
recursos naturais incalculáveis e possuir a maior reserva do planeta do ouro negro como é 
chamado o petróleo. Desta forma, toda a possibilidade que um país pode necessitar para 
ser grandioso, a Venezuela possui. Este trabalho também foi muito gratificante para 
entender porque a Venezuela que tem tudo para dar certo, passa por uma crise 
extraordinária de ordem política, econômica e social. 
Depois de observar de forma imparcial sob todos os ângulos possíveis da geografia, 
foi possível concluir que este grande país sairá dessa crise apenas com vontade humana e 
essencialmente politica, através da quebra de paradigmas em seu conceito de gestão 
governamental. Fazendo mudanças estruturais em sua forma de governar, quebrando o 
esquema de política econômica que é contra os investimentos, e melhorando suas relações 
politicas e comerciais com alguns dos grandes mercados globais principalmente os EUA. 
Essas mudanças associadas ao apoio que o mundo inteiro possa oferecer a 
Venezuela fará com certeza que esse país se redescubra e se torne novamente uma 
excelente economia como fora no passado. 
Mas precisa perder a dependência extrema da produção do petróleo, que com 
certeza será ainda por muito tempo sua melhor divisa, mas não deve ser considerada 
exclusiva, pois esse produto sofre variações imprevistas em seu preço internacional. 
A Venezuela deve procurar incentivar a produção primária representada por sua 
agricultura que é pouco participativa ou quase nada, pois apenas 10% do PIB veem da 
agricultura essencialmente familiar. A agricultura nos países que não possuem a vanguarda 
tecnológica europeia, asiática e americana na produção de bens de capital devem vir 
sempre como premissa na formação do PIB nacional. 
A exportação de commodities também é necessária para o equilíbrio da balança 
comercial internacional. Além disso, é necessário expandir a produção secundária com 
abertura de mercado internacional para a instalação de indústrias e produtos de tecnologia 
que possam competir nesse mercado e assim alavancar economia da nova Venezuela. 
 
45 
 
6 - REFERÊNCIAS 
 
Almanaque Abril 2014 – Editora Abril, São Paulo, 2014. 
BRASIL - ITAMARATY 
<http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/ficha-pais/5411-republica-bolivariana-davenezuela> 
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<http://geografiadevenezuela-carmen.blogspot.com.br/2009/07/hidrografia-en-
venezuela.html> acessado em 17/09/2017 
HUDSON R. - Venezuela : a country study / Federal Research Division, Library of 
Congress ; edited by Richard A. Haggerty. — 4th ed. 1990 
IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA 
<http://www.ibge.gov.br/paisesat/main_frameset.php > Acessado 02/09/2017 
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<http://www.igvsb.gob.ve/> acessado em 05/09/2017 
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<http://www.imf.org/external/datamapper/datasets>Acessado em 24/11/2017 
 
IMF - INTERNATIONAL MONETARY FUND 
<http://www.imf.org/external/datamapper/PCPIPCH@WEO/WEOWORLD/VEN> Acessado 
em 24/11/2017 
INSTITUTO NACIONAL DE ESTADISTICA 
<http://www.ine.gov.ve/> acessado em 02/09/2017 
LAOPEPYVENEZUELA 
<http://laopepyvenezuela.galeon.com/> Acessado em 24/11/2017 
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<http://professormarcianodantas.blogspot.com.br/2014/02/confrontos-na-venezuela.html > 
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PUBLICO 
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OBSERVATÓRIO DE VIOLENCIA DA VENEZUELA 
<https://observatoriodeviolencia.org.ve/> acessado em 23/09/2017 
ROSA L.P - A política de energia elétrica da Venezuela , GUIMARAES S.P.G et 
CARDIM C.H. organizadores - Venezuela: Visões brasileiras -, Brasília: IPRI, 2003 – 
Textos apresentados no seminário sobre a Venezuela, Rio de Janeiro, 2001 
 
SIGAVENEZUELA 
<http://www.sigavenezuela.com.ve/fnsv/Geografia/geologia> Acessado em 15/10/2017 
46 
 
TAMDJAN, J. O.et LAZZARI I.M - Estudos de geografia: o espaço do mundo I, 8º ano, 
São Paulo: FTD, 2012. 
 
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<http://www.venelogia.com/archivos/9711/ > Acessado em 24/11/2017 
WIKIPEDIA 
<https://en.wikipedia.org/wiki/Venezuela#Ethnic_groups> acessado em 09/09/2017.

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