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Resumo 1º modulo - Geografia do Brasil

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ANTONIO ALCIR DA SILVA ARRUDA – GRR20151735 – GEOGRAFIA MANHÃ 
 
RESUMO 1º MÓDULO DA DISCIPLINA GEOGRAFIA DO BRASIL 
 
2s01 - MORAES, A.C.R., Território e História no Brasil. Annablume Editora, São Paulo, 
2005, pg 61-73.- Formação colonial e conquista do espaço 
 
 Antônio Carlos Robert de Moraes conceitua a colonização como ferramenta de ocupação de 
espaço, vagando na origem da expansão territorial de um determinado grupo humano. A 
colonização é o domínio destes grupos sobre outros rotulados de inferiores. Em vários casos a 
produção local é incorporada na produção do dominante e o povo subjugado deve se adaptar à 
estas novas condições. Pressupõe-se que para consolidar tal domínio, deve haver investimento 
do privado, que fomentará a conquista e participará diretamente na ocupação territorial. A 
independência das nações de origem colonial deve ser entendida da forma como cada nação 
em particular, a colonização se deu e como foi a relação de espaço e sociedade foi se 
emoldurando. 
O texto é um verdadeiro chamado à reflexão sobre a importância do modelo de produção 
baseado na exploração do território em relação ao setor social que vivencia toda aceleração 
deste sistema, e diretamente toda sociedade antiga e atual envolvida no processo colonial é 
afetada. 
 
- O Brasil não é definitivamente a soma dos seus estados, regiões, municípios...biomas, 
população etc. 
- Como pensar o Brasil como uma totalidade? -> Grande desafio – 
-> historia territorial -> formação territorial 
-> desafio do tempo – acumulação desigual de tempos ( Milton Santos) 
Trata-se de negar 1) a historia como introdução da geografia -> evolução 2) a geografia como 
introdução da historia. -> como integrar geografia e historia pois existem múltiplas 
temporalidades -> a historia baliza o presente -> simultaneidade de tempos historicos em ação 
no Brasil , relacionando presente e passado – Não se separa sociedade e natureza (ambiente) 
Objetivo da disciplina -> Pensar o Brasil do ponto de vista da geografia compreendendo o 
Brasil através de seus fundamentos espaciais - ( Ruy Moreira) considerar o sentido da 
dimensão espacial na construção da história e da sociedade brasileira 
 Raízes espaciais da sociedade brasileira ( Qual a importância do espaço para a 
formação do país, ds classes sociais, do poder políticos, da economia, das condições 
ambientais) 
 Fundamentos espaciais - > fundamento central – TERRA – TERRITORIO – ESTADO 
em qualquer momento histórico, essa e a chave para pensar o Brasil do ponto de vista 
da geografia. 
 Terra, território, Estado – 1) violência contra a expropriação da população não europeia 
( indígenas, quilombolas. 2) exploração de recursos naturais e degradação ambiental 
 Exercício interescalar – Brasil homogêneo ( constituição do território capitalista) com 
conflitos territoriais ( conflitos de contra espaço (Ruy Moreira) -> quase todas as lutas 
envolvem o espaço. -> desigualdades sócio espaciais. 
Constituir o domínio terriotiral 
-Relação entre as sesmarias e as grandes propriedades – grandes faixas de terras 
-houve liberdade da coroa na disposição territorial portuguesa. Isso foi possível por existir um 
principio jurídico regulando problemas de fronteiras no sec XVIchamado de UTI POSSIDETIS 
(Uso capião – se você ocupa então te pertence) 
-> Colonia -> anexo territorial da metrópole -> violência irá garantir o processo de 
conquista territorial – disponibilização do novo território para o projeto colonial ( econômico /geo 
politico) -> tratava-se de disponibilizar(tomar) o espaço para uma nova estrutura econômica, 
politica, cultural e socioambiental 
 
2s02 - MOREIRA, R. Sociedade e espaço geográfico no Brasil: constituição e problemas de 
relação. Editora Contexto, São Paulo, 2011, pg 11-17. – A Disponibilização Espacial 
 
Nesta reflexão, o geógrafo Ruy Moreira apresenta uma relação terra, território e poder imposto 
pelos senhores latifundiários, que na chegada dos portugueses na nova colônia, tornarão 
indispensáveis para a ocupação do novo espaço descoberto. O bandeirantismo e os jesuítas 
foram desmontes da sociedade indígena. As sesmarias foram à expropriação do espaço 
indígena para criação das grandes fazendas. Configuração do sistema agrícola de monocultura 
prevaleceu no litoral, enquanto prevaleceu a pecuária no interior. Neste sistema também se 
excluem as pequenas propriedades, deixando o poder político somente para os grandes 
proprietários. Ruy Moreira aponta a gênese da configuração política brasileira coronelista, o 
domínio dos grandes donos de terras, que são atualmente os donos do país. 
 
Rui Moreira – disponibilização espacial -> expropriação territorial dos indígenas e realocação 
territorial -> significa extermínio indígena ou captura. 
A realocação territorial é feita pelos jesuítas, organizando o domínio de outra forma 
propagando a fpé católica, descaracterizando a fé nativa e fazendo eles perderem a identidade. 
Terra disponibilizada significa terra tomada de indígenas e tornada propriedade da 
coroa portuguesa, logo, disponível para a instalação da lógica colonial- No litoral, cana 
de açúcar, no interior o gado 
 
Espaço colonial - > região de exploração consolidada, mais inclui o que é chamado de 
espaços intermitentes, que são caminhos, sertões e matos-> fundos territoriais (espaço 
não consolidado) 
Formação territorial brasileira 
 Processo histórico de incorporação de trabalho no espaço 
 Fixação de capitais de investimentos, infra estruturas; sistemas políticos e juridicos; 
formas de uso e domínio da terra 
 Caio Prado junior diz que era voltado para fora ( grande comercio e metrópole) 
-Processo contínuio até hoje (fronteira agrícola) 
-móvel/ processo-> espaço/ sociedade 
Tempo histórico para o passado e para o presente. 
 Vanderley diz que se instala poder politico bipolar; governo geral-> polo interno 
representando a coroa representado pelos senhores da terra que eram os donos das 
sesmarias. 
 
 
2S03 - PRADO JR., C. História Econômica do Brasil. Editora Brasiliense S.A. São Paulo, SP, 
2004, pg. 13-23. – Caráter Inicial e Geral da Formação Econômica Brasileira 
 
 A formação da sociedade brasileira, na interpretação de Caio Prado Jr. merece uma 
análise materialista histórica sistêmica e comercial com gênese no evento das transformações 
ocorridas na Europa da idade média. Com as lutas político-religiosas e o nascente sistema de 
produção industrial no velho continente, os perseguidos colonos veem oportunidade de 
recomeçar suas vidas nas terras novas (a criação de um novo mundo), se inicia um ciclo 
constante de migração, que resultará na ocupação de espaço e conflitos territoriais. 
O texto traz o conceito de colonização como exploração comercial totalmente voltada ao 
sistema mercantil. É mostrada bem a origem do capitalismo nas Américas, como se deu a 
reorganização do espaço e a necessidade de expurgo do nativo pelo europeu. No Brasil, 
ferramenta do comércio europeu ainda se observa como se formou o fenômeno da má 
distribuição fundiária e demarca de forma clara a classe dominante. 
 Será que qa modernidade se instalou no Brasil do mesmo modo que nos países 
capitalistas avançados? 
 Modernidade frágil, o que é modernidade? “ ser moderno” -> sociedade contratual ou 
seja pautada pelo contrato 
 CONTRATO – sociedade regulada coletivamente por regras , normas e convenções. 
Não confundir com lei. – sociedade com maior impessoalidade onde o individuo está 
em função da vontade geral. 
 Resposta - No Brasil está um pouco diferente, pois o Brasil se forma no absolutismo 
monárquico ibérico. Esse comportamento marca nossa relação frágil com a 
contratualidade, impessoalidadee com a institucionalidade. Estes tr~es elementos 
estão completamente articulados. Para a existência de um é necessário a existêencia 
dos outros dois 
 Modernidade está relacionada com o progresso. 
 Na américa latina há uma incorporação apenas parcial dos elementos da modernidade 
europeia. 
 Existe um contraste entre o moderno e o arcaico com industrias, agronegócios etc, no 
entanto existe ainda a grande propriedade e concentração da riqueza e a desigualdade 
social, caracterizando ao rcaico. 
 “ a modernidade não nega o arcaico” a “riqueza não nega a pobreza” 
 Na américa latina há uma ioncorporação apenas parcial dos elementos da 
modernidade europeia. 
 O autor parte da ideia de que as forças produtivas, as relações sociais, politicas , 
culturais não avançam igualemnte no mesmo ritmo histórico, havendo um 
desenvolvimento desgual do moderno praticado na europa., ou seja, o processo 
histórico não é linear não avançando por sucessões evolutivas. O processo histórico é 
irregular pois contém avanços e retrocessos na mesma linha do tempo além de 
persistências existindo assim uma coexistência de processos históricos. 
 HISTORIA LENTA – freios que atrasam e limitam o desenvolvimento, as grandes 
transformaçãoes na sociedade acontecem lentamente – combinação dualista entre o 
moderno /novo e o arcaico/velho tradicional e atrasado acabam por freiar nosso 
desenvolvimento social. 
 Em 1822 foi o rei de Portugal que encerrou sesmarias – fazendeiros com os escravos 
como riqueza 
 O problema da terra/ fundiário como o núcleo do atraso histórico e da democratização 
da sociedade brasileira. 
 
 
3s01 - Martins, J.S., O poder do atraso: ensaios de sociologia lenta. Editora Hucitec, São 
Paulo, 1999, pg 19-51.- Clientelismo e Corrupção no Brasil Contemporâneo 
 
 As relações de poder marca profundamente a sociedade. José de Souza Martins pensa a 
realidade do Brasil através de uma combinação contraditória, dialética entre o moderno e o 
arcaico. O autor vai fundo no problema cultural da troca de favores, dentro da aceitação da 
opinião pública e sua definição de corrupção. Fica difícil a grande massa distinguir o que é 
normal neste complexo sistema de aceitação de favores. O problema começa na influência da 
oligarquia sobre seus dominados e o andamento histórico e lento que esta relação causa ao 
desenvolvimento sócio econômico do Estado brasileiro. Isto causa certa confusão entre o 
direito de propriedade e o direito da pessoa. No Brasil, o principio motor das relações sociais 
não é moderno, contratual e sim, fomentado por relações de clientelismo, patrimonialismo, 
totalmente antiga e arcaica e difícil de dissolver, sendo a concentração de patrimônio, 
sobretudo terras, o maior bloqueio da história do país. 
 
 CLIENTELISMO – política do favor – favoritismo – das relações pessoais – ligado ao 
patrimonialismo que gera poder, prestiigio e que emana da acumulação da riqueza, do 
dinheiro e da acumulação da propriedade da etrra. 
 A política do favor articula o publico e o privado(fundo) ou seja, conforme Holanda o 
Brasil é personalista; afastando –nos de uma sociedade impessoal -> contratual 
 No clientelismo, a pessoa está no centro das relações sociais. 
 
Darcy Ribeiro - Outro autor para entender melhor: -> 
 Incapacidade de impor a todos os responsáveis pelos três poderes uma conduta a 
prova de roubos, de falcatruas e favoritismos. 
 Faraónismo 
 Ritualismo – justiça brasileira – justiça como burocracia da lei ou uma justiça que é 
cega aos contextos desiguais da sociedade e idolatra ( interessada na processualística 
– malabarismos processuais que fecham os olhos para a desigualdade e vêm a penas 
a lei) 
 
 
3s02 - CASTRO, I. E. de. Et al. Explorações geográficas (pp. 204-208). 
A Transposição do Sistema Sesmarial para o Brasil (ABREU, M. de A.) 
 
A tomada de posse do território brasileiro por aquisição originária ou seja por direito de 
conquista fomentou a ocupação do território que iria formar o Brasil, pois na época qualquer 
terra virgem que não dispunha de senhorio poderia ser ocupada. A coroa portuguesa usando 
dessa prerrogativa, outorgou a terceiros no que podemos chamar de primeira parceria com a 
iniciativa privada o direito de uso e produção nas terras da nova colônia de forma diferenciada 
do que se fazia em Portugal. Essa diferenciação foi feita para incentivar os novos proprietários 
a vir para iniciar a colonização e basicamente eram três diferenças. A primeira era a 
perpetualidade da colônia podendo então ser herdada pela prole, em Portugal era apenas 
vitalícia. A segunda, era a questão de uso da terra que senão produzir em um período de cinco 
anos deveria ser devolvida a coroa que ignorou os atrasos que houveram em função da dificil 
“contratação” de mão de obra para o cultivo de cana nos engenhos. A terceira foi a questão da 
conquista territorial avançada que tornou as propriedades muito maiores do que o tratado havia 
acordado. Como a expansão territorial dava vantagens à coroa, também esse avanço foi 
ignorado, e assim aumentava o desenho territorial da colônia e futuro Brasil. Nessa 
transposição era obrigação do donatário o pagamento do dízimo institucionado como imposto 
na produção de riqueza para a coroa portuguesa. 
 
Pensar o Brasil, em sua totalidade, significa considerar a escala nacional não como somatória 
de recortes político-administrativos-territoriais (União, Estados, Municípios, Grandes Regiões 
do IBGE), mas como articulação múltipla e complexa de escalas: desde a escala do lugar 
(dinâmicas municipais, urbanas-metropolitanas), a escala regional (subregional, meso-
regional), a escala do território nacional propriamente, a escala continental, a escala 
global/mundial. É necessário analisar como os processos/dinâmicas nacionais se apoiam em 
processos econômicos, políticos, culturais, sociais, naturais e espaciais que se dão nessas 
variadas escalas espaciais, evidenciando os diferentes sujeitos e suas ações escalares. 
Importância da análise multiescalar como base para elaboração de políticas públicas. Ao longo 
da disciplina estudamos processos que vão desde a escala local (coronelismo, clientelismo), 
mas que se desdobram em outras escalas (estadual, nacional). Outro exemplo é a 
compreensão da colonização do Brasil como processo articulado à escala mundial da 
reprodução do capitalismo mercantil europeu, além dos processos recentes de 
globalização/mundialização que reconfiguram a arrumação do espaço brasileiro. A escala 
regional também foi abordada, por meio das políticas territoriais sobretudo na região Nordeste 
e na Amazônia, apontando inclusive para novas regionalizações. Portanto o estudo do Brasil 
pela geografia deve compreender uma análise multiescalar, que articule escalas geográficas. 
 
Elites brasileiras 
Patronado é a elite empresarial ->capitalista gestão da economia – corporativista e solidário. 
Patriciado – é a elite burocrática – ordenação legal e jurídica – políticos e militares 
 Nossa eleite trabalha em causa própria, enquanto a eleite americana em sua conquista 
para o oeste, foi distributiva com amapro legal ao pioneiros. 
 Reportagem – concentração de terra cresce e latifúndios equivalem a quase três 
estado do tamnho de Sergipe. 
 Governo Dilma (2010-2014)– aumento de grandes propriedades de aproximadamente 
2,5 conforme o INCRA, no CAR de 238mi para 244mi há 
 Patrus ananaisa diz que é preciso “ derrubas as cercas dos latifúndios” em contraste a 
Katia Abreu diz que “ sequer existem mais” 
 No governo Lula a concentração de terras foi maior ainda que Dilma de 214mi para 
318mi há – um aumento de 114mi há. O índice de produtividade relativa a soja saiu de 
1200kg há para 3500 kg há Não sósoja maas outras culturas precisam também serem 
atualizadas. 
 Minifúndios imóveis 8,2% para 7,8% entre 2010 e 2014 
 Pequenas propriedades 15,6% para 14,7% 
 Medias propriedades de 20% para 17,9% 
 Grandes propriedades e publicas de 56,1% para 59,6% 
 Por que isso ? AGRONEGOCIO conforme a (ABRA) 
 
4s01 - MOREIRA, R., Sociedade e espaço geográfico no Brasil. Editora Contexto, São 
Paulo, 2011, pg 45-73 – Um domínio rural cosmopolita. 
 
 A sociedade brasileira é esclarecida pelo geógrafo Ruy Moreira através de um estudo histórico 
sobre o início da ocupação do território brasileiro. A política de ocupação da coroa portuguesa 
implica na doação de terras através de sesmarias, a escravidão indígena e negra, a 
agressividade das bandeiras e a falsa passividade das missões jesuítas. Após o primeiro 
contato com a terra nova, a coroa de certa forma se decepciona por não ter, como na América 
espanhola, facilidades de riqueza de bens preciosos, investe na produção monoculturista, no 
sistema de plantation canavieira. Ao redor das fazendas e engenhos, o sistema social vai se 
desenvolvendo e rapidamente a expansão territorial torna-se obrigatória. Como esta mudança 
drástica no meio natural, o sistema atinge diretamente o modo de vida indígena e com as 
invasões holandesas e a vontade de liberdade dos escravos africanos, surgem resistências. Os 
conflitos vão se localizar no litoral, passando para o interior e até nas mais remotas missões 
jesuíticas. 
O que marca a formação da sociedade brasileira é a selvagem exploração humana e 
principalmente, a desordenada distribuição de terras pelos grandes posseiros, que acarretará 
no eterno problema de distribuição de renda que vivemos hoje e a disputa por espaço territorial 
e político problematizará e fomentará a corrupção. 
Arranjo espacial e ciclo econômico apontam para o processo de organização do espçao e 
formação territorial do Brasil. 
 Arranjo espacial – forma de relação sociedade espaço – pode ser entendido como uma 
forma de relações de trabalho, de propriedade da terra, de utilização de recursos 
naturais, de ocupação demográfica do espaço, de transporte e comercialização da 
produção. 
 Ciclos econômicos ou de exploração- a ideia de ciclos pode dar uma ideia equivocada 
de que os ciclos são sucessivos e não simultâneos. Por exemplo o ciclo da cana de 
açúcar sec XVI continua até hoje.Ciclos se integram e se desdobram um do outro. 
 O que são os ciclos econômicos? São grandes ciclos de produção e de 
comercialização de certos produtos agrícolas que tem o poder de estruturar as 
relações econômicas , politicas e sociais numa escala mais ampla. Exemplo café, 
borracha, cana de açúcar, ouro e outros ciclos secundários também são relevantes 
como o cacau, mate e diamantes. 
 Surtos econômicos – impulsos produtivos que acontece na sociedade agrária e 
escravocrata. 
 Arquipélagos regionais – formados por ciclos econômicos economicamente isolados, 
não contemplando uma dinâmica nacional, portanto não são mercado interno, pois o 
produto é feito para exportação (mercado externo) 
 A indústria estabelece uma continuidade de produção e urbanização, rompe com a 
ideia de ciclo econômico ou surto econômico. 
 Grande propriedade rural , onde os ciclos foram assentados desde os tempos das 
sesmarias. Entoa essa grande propriedade rural foi o fundamento dos ciclos com 
excessão do cilo de ouro. 
 Para Rui Moreira, existem fases diferentes daformação espacial brasileira. Modelo 
comunitário; indígena e quilombola e o modelo latifundiário imposto pela coroa. 
“ A sociedade brasileira é uma sociedade historicamente concentradora e excludente 
- concentradora no sentido da distribuição desigual da riqueza e da renda 
- excludente no sentido da marginalização da maioria da população do poder de 
decisão dos caminhos e das formas de organização da sua prorpia forma de 
sociedade. 
O autor fala em VETORES FUNDACIONAIS – que interiorizam o território como bandeiras, 
catequese jesuítica , expansão do gado, através de vários eixos, o objetivo inicial era encontrar 
metais preciosos.

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